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Resolução: Política e Estado

Lista de 08 exercícios de Sociologia com gabarito sobre o tema Política e Estado com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Política e Estado.

01. (Enem 2019) A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) como uma política para todos constitui-se uma das mais importantes conquistas da sociedade brasileira no século XX. O SUS deve ser valorizado e defendido como um marco para a cidadania e o avanço civilizatório. A democracia envolve um modelo de Estado no qual políticas protegem os cidadãos e reduzem as desigualdades. O SUS é uma diretriz que fortalece a cidadania e contribui para assegurar o exercício de direitos, o pluralismo político e o bem-estar como valores de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, conforme prevê a Constituição Federal de 1988.

RIZZOTO, M. L. F. et al. Justiça social, democracia com direitos sociais e saúde: a luta do Cebes. Revista Saúde em Debate, n. 116, jan.-mar. 2018 (adaptado).

Segundo o texto, duas características da concepção da política pública analisada são:

  1. Paternalismo e filantropia.
  2. Liberalismo e meritocracia.
  3. Universalismo e igualitarismo.
  4. Nacionalismo e individualismo.
  5. Revolucionarismo e coparticipação.

Resposta: C

Resolução: A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) é mencionada no texto como uma política pública que fortalece a cidadania e contribui para o exercício de direitos, o pluralismo político e o bem-estar, conforme prevê a Constituição Federal de 1988. Essas características apontam para uma concepção universalista e igualitarista da política pública, ou seja, que busca garantir acesso a serviços de saúde para toda a população, independentemente de condições socioeconômicas, e promover a redução de desigualdades sociais. As opções A, B e D não estão de acordo com essa concepção. A opção E, por sua vez, se refere a uma outra forma de organização da política pública, na qual a participação dos cidadãos é valorizada como forma de influenciar as decisões políticas.

02. (Enem 2019) TEXTO I

A centralização econômica, o protecionismo e a expansão ultramarina engrandeceram o Estado, embora beneficiassem a burguesia incipiente.

ANDERSON, P. In: DEYON, P. O mercantilismo. Lisboa: Gradiva, 1989 (adaptado).

TEXTO II

As interferências da legislação e das práticas exclusivistas restringem a operação benéfica da lei natural na esfera das relações econômicas.

SMITH, A. A riqueza das Nações. São Paulo: Abril Cultural, 1983 (adaptado).

Entre os séculos XVI e XIX, diferentes concepções sobre as relações entre Estado e economia foram formuladas. Tais concepções, associadas a cada um dos textos, confrontam-se, respectivamente, na oposição entre as práticas de

  1. valorização do pacto colonial - combate à livre-iniciativa
  2. defesa dos monopólios régios - apoio à livre concorrência.
  3. formação do sistema metropolitano critica à livre navegação.
  4. abandono da acumulação metalista - estimulo ao livre-comércio.
  5. eliminação das tarifas alfandegárias livre-cambismo

Resposta: B

Resolução: A opção correta é a letra B, pois no Texto I é mencionada a centralização econômica, o protecionismo e a expansão ultramarina, ou seja, práticas que restringem a livre concorrência e beneficiam a burguesia. Já no Texto II, é mencionada a crítica às práticas exclusivistas e a defesa da lei natural, o que pode ser entendido como apoio à livre concorrência.

03. (Enem PPL 2019) Quando se trata de competência nas construções e nas artes, os atenienses acreditam que poucos sejam capazes de dar conselhos. Quando, ao contrário, se trata de uma deliberação política, toleram que qualquer um fale, de outro modo não existiria a cidade.

BOBBIO, N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 (adaptado).

De acordo com o texto, a atuação política dos cidadãos atenienses na Antiguidade Clássica tinha como característica fundamental o(a)

  1. dedicação altruísta em ações coletivas.
  2. participação direta em fóruns decisórios.
  3. ativismo humanista em debates públicos.
  4. discurso formalista em espaços acadêmicos.
  5. representação igualitária em instâncias parlamentares.

Resposta: B

Resolução: Sim, a frase "toleram que qualquer um fale" sugere que os atenienses permitiam que todos os cidadãos participassem ativamente nas deliberações políticas. Isso era uma característica fundamental da democracia ateniense, na qual os cidadãos eram responsáveis por tomar as decisões políticas da cidade. Isso diferia de outras formas de governo, como a monarquia ou a oligarquia, nas quais apenas uma pequena elite tinha o poder de tomar decisões políticas. A democracia ateniense, portanto, foi uma das primeiras formas de governo democrático na história da humanidade.

04. (Enem 2017) A tribo não possui um rei, mas um chefe que não é chefe de Estado. O que significa isso? Simplesmente que o chefe não dispõe de nenhuma autoridade, de nenhum poder de coerção, de nenhum meio de dar uma ordem. O chefe não é um comandante, as pessoas da tribo não têm nenhum dever de obediência. O espaço da chefia não é o lugar do poder. Essencialmente encarregado de eliminar conflitos que podem surgir entre indivíduos, famílias e linhagens, o chefe só dispõe, para restabelecer a ordem e a concórdia, do prestígio que lhe reconhece a sociedade. Mas evidentemente prestígio não significa poder, e os meios que o chefe detém para realizar sua tarefa de pacificador limitam-se ao uso exclusivo da palavra.

CLASTRES, P. A sociedade contra o Estado. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).

O modelo político das sociedades discutidas no texto contrasta com o do Estado liberal burguês porque se baseia em:

  1. Imposição ideológica e normas hierárquicas.
  2. Determinação divina e soberania monárquica.
  3. Intervenção consensual e autonomia comunitária.
  4. Mediação jurídica e regras contratualistas.
  5. Gestão coletiva e obrigações tributárias.

Resposta: C

Resolução: Sim, a opção "Intervenção consensual e autonomia comunitária" (letra C) parece ser a mais adequada, pois o texto afirma que o chefe não tem autoridade ou poder de coerção, e que as pessoas da tribo não têm o dever de obedecer a ele. Em vez disso, ele é responsável por resolver conflitos através do uso exclusivo da palavra e do prestígio que lhe é reconhecido pela sociedade. Isso sugere que o poder é exercido de maneira consensual, e que a comunidade tem autonomia para tomar decisões políticas. Esse modelo político contrasta com o do Estado liberal burguês, que se baseia em regras contratualistas e gestão coletiva.

05. (Enem 2017) Fala-se muito nos dias de hoje em direitos do homem. Pois bem: foi no século XVIII — em 1789, precisamente — que uma Assembleia Constituinte produziu e proclamou em Paris a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa Declaração se impôs como necessária para um grupo de revolucionários, por ter sido preparada por uma mudança no plano das ideias e das mentalidades: o lluminismo.

FORTES, L. R. S. O lluminismo e os reis filósofos. São Paulo: Brasiliense, 1981 (adaptado).

Correlacionando temporalidades históricas, o texto apresenta uma concepção de pensamento que tem como uma de suas bases a

  1. modernização da educação escolar.
  2. atualização da disciplina moral cristã.
  3. divulgação de costumes aristocráticos.
  4. socialização do conhecimento científico.
  5. universalização do princípio da igualdade civil.

Resposta: E

Resolução: Sim, a opção "universalização do princípio da igualdade civil" (letra E) parece ser a mais adequada, pois o texto menciona a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que foi proclamada em 1789 durante a Revolução Francesa. Essa Declaração foi um marco importante na história dos direitos humanos, pois estabeleceu os direitos universais dos cidadãos, incluindo o princípio da igualdade perante a lei. Esse documento foi influenciado pelo Iluminismo, um movimento de pensamento que surgiu no século XVIII e que pregava a razão, a liberdade e a igualdade como valores fundamentais. Portanto, a concepção de pensamento mencionada no texto tem como uma de suas bases a universalização do princípio da igualdade civil.

06. (Enem 2016)

A memória recuperada pela autora apresenta a relação entre

  1. conflito trabalhista e engajamento sindical
  2. organização familiar e proteção à infância.
  3. centralização econômica e pregação religiosa.
  4. estrutura educacional e desigualdade de renda.
  5. transformação política e modificação de costumes.

Resposta: E

Resolução: Sim, a opção "transformação política e modificação de costumes" (letra E) parece ser a mais adequada, pois o texto menciona a memória recuperada pela autora, que aparentemente trata de eventos políticos e sociais que levaram à mudança de costumes em uma determinada época. A imagem mostra uma manifestação de mulheres, o que sugere que a memória recuperada pode ter a ver com a luta pelos direitos das mulheres ou com outras questões de gênero. De qualquer maneira, a memória recuperada pela autora parece estar relacionada com a transformação política e a modificação de costumes em uma época específica.

07. (Enem 2015) A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar.

HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003

Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles

  1. entravam em conflito.
  2. recorriam aos clérigos.
  3. consultavam os anciãos.
  4. apelavam aos governantes.
  5. exerciam a solidariedade.

Resposta: A

Resolução: Sim, a opção "entravam em conflito" (letra A) parece ser a mais adequada, pois o texto afirma que, antes da constituição da sociedade civil, dois homens que desejavam o mesmo objeto entravam em conflito para obtê-lo. Isso sugere que, em uma sociedade pré-política, os indivíduos não possuíam regras ou leis que os governassem, e que os conflitos eram resolvidos por meio da força ou da violência. Hobbes defende que a sociedade civil é criada para evitar esse tipo de conflito, e que os indivíduos aceitam limitar sua liberdade em troca da segurança e da proteção que a sociedade lhes oferece. Portanto, a opção "entravam em conflito" reflete corretamente a ideia defendida por Hobbes.

08. (Enem 2015) Em sociedade de origens tão nitidamente personalistas como a nossa, é compreensível que os simples vínculos de pessoa a pessoa, independentes e até exclusivos de qualquer tendência para a cooperação autêntica entre os indivíduos, tenham sido quase sempre os mais decisivos. As agregações e relações pessoais, embora por vezes precárias, e, de outro lado, as lutas entre facções, entre famílias, entre regionalismos, faziam dela um todo incoerente e amorfo. O peculiar da vida brasileira parece ter sido, por essa época, uma acentuação singularmente enérgica do afetivo, do irracional, do passional e uma estagnação ou antes uma atrofia correspondente das qualidades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras.

HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995

Um traço formador da vida pública brasileira expressa-se, segundo a análise do historiador, na

  1. rigidez das normas jurídicas.
  2. prevalência dos interesses privados.
  3. solidez da organização institucional.
  4. legitimidade das ações burocráticas.
  5. estabilidade das estruturas políticas.

Resposta: B

Resolução: Sim, a opção "prevalência dos interesses privados" (letra B) parece ser a mais adequada, pois o texto afirma que, na sociedade brasileira, os vínculos de pessoa a pessoa eram decisivos, e que as agregações e relações pessoais e as lutas entre facções, entre famílias e entre regionalismos faziam da sociedade um todo incoerente e amorfo. Isso sugere que os indivíduos estavam mais preocupados em satisfazer seus próprios interesses do que em cooperar com os demais para o bem comum. Além disso, o texto menciona que houve uma "accentuação singularmente enérgica do afetivo, do irracional, do passional" e uma "atrofia correspondente das qualidades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras". Isso indica que os indivíduos estavam mais guiados pelos seus sentimentos e paixões do que pela razão ou pela lógica, o que reforça a ideia de que eles estavam mais preocupados em satisfazer seus próprios interesses. Portanto, a opção "prevalência dos interesses privados" reflete corretamente a análise do historiador mencionada no texto.

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