Aristóteles
Lista de 10 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Aristóteles com questões de Vestibulares.
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01. (UPE) "(...) aprendemos executando o que temos que executar. Exemplo: homens se tornam construtores construindo e se tornam tocadores de lira tocando lira. É a realização de atos justos que nos torna justos, a de atos moderados que nos torna moderados, a de atos corajosos que nos torna corajosos (...)."
Aristóteles. Ética a Nicômaco. Livro II, cap. I, pág.75. São Paulo: Edipro, 2014. (Adaptado).
Segundo o texto, para Aristóteles, as virtudes são
- puramente inatas ao ser humano.
- frutos do nascimento nobre.
- oriundas da prática e do exercício.
- exclusivas dos atenienses.
- proibidas aos bárbaros.
02. (UNICAMP) “Muitos políticos veem facilitado seu nefasto trabalho pela ausência da filosofia. Massas e funcionários são mais fáceis de manipular quando não pensam, mas tão somente usam de uma inteligência de rebanho. É preciso impedir que os homens se tornem sensatos. Mais vale, portanto, que a filosofia seja vista como algo entediante.”
(Karl Jaspers, Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo: Cultrix, 1976, p.140.)
Assinale a alternativa correta.
- O filósofo lembra que a filosofia tem um potencial crítico que pode desagradar a políticos, poderosos e ao senso comum, tal como ocorreu na Grécia em relação a Sócrates.
- A filosofia precisa ser entediante para estimular o pensamento crítico, rigoroso e formar pessoas sensatas, a partir do ensino de lógica, retórica e ética.
- A ditadura militar no Brasil retirou a disciplina de filosofia das escolas por considerá-la subversiva, mas atenuou a medida estimulando os Centros Populares de Cultura (CPC), ligados a entidades estudantis.
- Os políticos e a estrutura escolar não são o verdadeiro obstáculo ao ensino de filosofia, mas a concepção de que ela é difícil e tediosa, considerando-se que existem mecanismos para aproximá-la do senso comum.
03. (UEA) No caso da Grécia, a evolução intelectual que vai de Hesíodo a Aristóteles pareceu-nos estabelecer uma distinção, orientada pela razão, entre o mundo da natureza, o mundo humano e o mundo das forças sagradas. Essa distinção, porém, é sempre mais ou menos mesclada ou aproximada pela imaginação mítica, que às vezes confunde esses diversos domínios.
(Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990. Adaptado.)
O texto caracteriza
- a incomunicabilidade entre o pensamento mítico e o racional.
- a transição do idealismo para o materialismo histórico.
- a constituição de um pensamento fundado na razão e na fé católica.
- a transição e a combinação entre o pensamento mítico e o racional.
- a superação racionalista e objetiva do pensamento mítico tradicional.
04. (UNIMONTES) Admiração é a categoria que nos possibilita tomar consciência da nossa própria ignorância, que, por sua vez, é entendida aqui como ausência de conhecimento. É essa categoria que estimula a abertura para o saber e o conhecer. Aristóteles, no início da Metafísica, lembra-nos de que: “Na verdade, foi pela admiração que os homens começaram a filosofar, tanto no princípio, como agora”. Assinale a alternativa CORRETA.
- A admiração constitui possibilidade ímpar para o ato de filosofar.
- A admiração conduz ao devaneio e à distância da filosofia.
- A admiração liga-se aos sentidos e é falsa em sua origem.
- A admiração é enganadora e confusa na constituição do conhecimento.
05. (UEA) Atribui-se a Tales de Mileto, por sua grande sabedoria, uma especulação lucrativa […]. Reprovava-se a sua pobreza, dizendo-lhe que a filosofia para nada serve. Ele havia previsto, diz-se, por seus conhecimentos astronômicos, que iria haver uma grande colheita de azeitonas. Estava-se ainda no inverno. Procurou Tales o dinheiro necessário, arrendou todas as prensas de óleo de Mileto e de Quio por um preço bem módico, pelo fato de não ter concorrentes. Quando veio a colheita, as prensas foram procuradas de repente por uma multidão de interessados. Alugou-lhas então pelo preço que quis, e, realizando assim grandes lucros, mostrou que é fácil aos filósofos enriquecer quando querem, embora não seja esse o fim dos seus estudos.
(Aristóteles. A política, s/d.)
O episódio de Tales de Mileto (séculos VII e VI a.C), relatado por Aristóteles, demonstra que não é função da filosofia se preocupar com alguma forma de lucro e que o campo da reflexão filosófica
- estava limitado à análise do universo celeste.
- permanecia desligado da sociedade da pólis grega.
- incorporava os conhecimentos do mundo físico.
- desconsiderava o caráter rigoroso do raciocínio matemático.
- entendia o debate de ideias como prejudicial à procura da verdade.
06. (UEA) Se estes assuntos, assim como a virtude e também a amizade e o prazer, foram suficientemente discutidos em linhas gerais, devemos dar por terminado nosso programa? [...] No tocante à virtude, pois, não basta saber, devemos tentar possuí-la e usá-la ou experimentar qualquer outro meio que se nos antepare de nos tornarmos bons.
(Aristóteles. Ética a Nicômaco, 1973.)
Aristóteles argumenta que a ética
- deve vincular conhecimento e atividade humana.
- está, como disciplina filosófica, afastada do conhecimento.
- é um setor de menor importância na reflexão filosófica.
- prega o comportamento honesto aos indivíduos pobres.
- orienta os cidadãos gregos na administração da pólis.
07. (UFU) De fato, os homens começaram a filosofar, agora como na origem, por causa da admiração, na medida em que, inicialmente, ficavam perplexos diante das dificuldades mais simples; em seguida, progredindo pouco a pouco, chegaram a enfrentar problemas sempre maiores [...].
ARISTÓTELES. Metafísica, v. I. São Paulo: Edições Loyola, 2002. p. 11 [982b].
Admiração ou espanto, essa é a atitude que Aristóteles considerava como o princípio do filosofar. Assinale a alternativa que justifica o raciocínio do filósofo grego.
- O espanto é a atitude de êxtase em face da revelação da verdade eterna assinalada por um saber divino que abarca toda a realidade, pois dispensa qualquer uso do pensamento ou da experiência guiada pelo pensamento.
- O espanto causa perplexidade em quem se depara com algo desconhecido e assim se sente impelido a querer saber; essa atitude é própria do filosofar, por isso, "agora como na origem", o que motiva os homens é a libertação da ignorância.
- O espanto reforça a ignorância humana, pois tudo que existe possui uma ordem imutável e eterna, e quem se submeter cegamente aos designíos do desconhecido, apesar de abdicar de sua liberdade, terá na ignorância o seu maior bem.
- O espantoso, para Aristóteles, era constatar, na cultura grega, que os homens diante da menor dificuldade eram incapazes de pensar que este mundo é uma ilusão; o mundo verdadeiro está além do sensível e só pode ser contemplado.
08. (Unioeste) No itinerário histórico-cultural ocidental de estruturação do pensamento filosófico-político sobre a origem e fundamento do Estado e da sociedade política encontra-se o modelo de pensamento contratualista (jusnaturalista), tendo em Hobbes, Locke e Rousseau filósofos relevantes na discussão dos elementos estruturais deste modelo. Segundo Norberto Bobbio, este modelo é “construído com base na grande dicotomia ‘estado (ou sociedade) de natureza/estado (ou sociedade civil)’”, e contém “elementos caracterizadores” deste modelo.
Com base no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
- Na concepção política de HOBBES, o estado de natureza é tido como um estado de guerra generalizada, de todos contra todos.
- Na concepção política de Aristóteles, o homem é, por natureza, um ser insociável e apolítico.
- Na concepção política de HOBBES, o poder soberano que resulta do pacto de união, por ser soberano, tem como atributos fundamentais ser um poder absoluto, indivisível e irrevogável.
- Na concepção política de Locke, a passagem do estado de natureza para o estado civil se realiza mediante o contrato social que é um pacto de consentimento unânime de indivíduos singulares para o ingresso no estado civil.
- Contrapondo-se a Hobbes, Locke concebe o estado de natureza como um estado de “relativa paz, concórdia e harmonia”.
09. (UNIMONTES) Entende Aristóteles que a virtude será uma decorrência do cultivo das aptidões e potencialidades do ser humano. Recomenda a mediania como caminho importante na busca da felicidade. São livros de Aristóteles.
- Ética a Nicomaco, Metafísica e Física.
- Ética a Nicomaco, Metafísica e Teeteto.
- Julgamento de Sócrates, Metafísica e Física.
- Ética a Nicomaco, Confissões e Física.
10. (Enem 2020) Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhe parece um bem; se todas as comunidades visam algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens.
ARISTÓTELES. Política. Bresilia: UnB, 1988.
No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que associa dois elementos essenciais à discussão sobre a vida em comunidade, a saber:
- Ética e política, pois conduzem à eudaimonia.
- Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos na ágora.
- Metafisica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira.
- Democracia e sociedade, pois se referem a relações sociais.
- Geração e corrupção, pois abarcam o campo da physis.