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Utilitarismo (Jeremy Bentham e John Stuart Mill)

Lista de 06 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Utilitarismo (Jeremy Bentham e John Stuart Mill) com questões de Vestibulares.


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O utilitarismo é uma família de teorias consequencialistas, defendida principalmente por Jeremy Bentham e John Stuart Mill, que afirma que as ações são boas quando tendem a promover a felicidade e más quando tendem a promover o oposto da felicidade. Filosoficamente, pode-se resumir a doutrina utilitarista pela frase: Wikipédia






01. (Unioeste) Texto 1: “Por princípio da utilidade entende-se aquele princípio que aprova ou desaprova qualquer ação, segundo a tendência que tem a aumentar ou a diminuir a felicidade da pessoa cujo interesse está em jogo, ou, o que é a mesma coisa em outros termos, segundo a tendência de promover ou comprometer a referida felicidade. Digo qualquer ação, com o que tenciono dizer que isto vale não somente para qualquer ação de um indivíduo particular, mas também de qualquer ato ou medida de governo. [...] A comunidade constitui um corpo fictício, composto de pessoas individuais que se consideram como constituindo os seus membros. Qual é, nesse caso, o interesse da comunidade? A soma dos interesses dos diversos membros que integram a referida comunidade”. (BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 10)

Texto 2: “Para compreendermos o valor que Mill atribui à democracia, é necessário observar com mais atenção a sua concepção de sociedade e indivíduo [...]. O governo democrático é melhor porque nele encontramos as condições que favorecem o desenvolvimento das capacidades de cada cidadão”.

(WEFFORT, F. (org.). Os clássicos da política 2. 3 ed. São Paulo: Ática, 1991. p. 197-98).

Sobre o utilitarismo e o pensamento de Bentham e Stuart Mill, é INCORRETO afirmar.

  1. Para o utilitarismo clássico, o principal critério para a moralidade é o princípio da utilidade, que defende como morais as ações que promovem a felicidade e o bem-estar para o maior número de pessoas envolvidas.
  2. Para os utilitaristas Bentham e Stuart Mill, uma ação é considerada moralmente correta se promove a felicidade e o bem-estar para o indivíduo, não importando suas consequências em relação ao conjunto da sociedade.
  3. Utilitaristas como Bentham defendem que o papel do legislador é o de produzir leis que sejam do interesse dos indivíduos que constituem uma comunidade e que resultem na maior felicidade para o maior número deles.
  4. O pensamento de Stuart Mill propõe mudanças importantes à agenda política, na medida em que reconhece que a participação política não pode ser tomada como privilégio de poucos. O Estado deverá, portanto, adotar mecanismos que garantam a institucionalização da participação mais ampliada dos cidadãos.
  5. Enquanto Bentham defendia a democracia representativa como sendo uma forma de impedir que os governos imponham seus interesses aos do povo, Stuart Mill defende tal forma de governo como a melhor forma para se controlar os governantes e ao mesmo tempo aumentar a riqueza total da sociedade.

02. (Enem 2013) O edifício é circular. Os apartamentos dos prisioneiros ocupam a circunferência. Você pode chamá-los, se quiser, de celas. O apartamento do inspetor ocupa o centro; você pode chamá-lo, se quiser, de alojamento do inspetor. A moral reformada; a saúde preservada; a indústria revigorada; a instrução difundida; os encargos públicos aliviados; a economia assentada, como deve ser, sobre uma rocha; o nó górdio da Lei sobre os Pobres não cortado, mas desfeito — tudo por uma simples ideia de arquitetura!

BENTHAM, J. O panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2008

Essa é a proposta de um sistema conhecido como panóptico, um modelo que mostra o poder da disciplina nas sociedades contemporâneas, exercido preferencialmente por mecanismos

  1. religiosos, que se constituem como um olho divino controlador que tudo vê.
  2. ideológicos, que estabelecem limites pela alienação, impedindo a visão da dominação sofrida.
  3. repressivos, que perpetuam as relações de dominação entre os homens por meio de tortura física.
  4. sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por meio do olhar como instrumento de controle.
  5. consensuais, que pactuam acordos com base na compreensão dos benefícios gerais de se ter as próprias ações controladas.

03. (Enem 2017) A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão de agradar a Deus, muito menos de fidelidade a regras abstratas. A moralidade é a tentativa de criar a maior quantidade de felicidade possível neste mundo. Ao decidir o que fazer, deveríamos, portanto, perguntar qual curso de conduta promoveria a maior quantidade de felicidade para todos aqueles que serão afetados.

RACHELS, J. Os elementos da filosofia moral. Barueri-SP: Manole, 2006.

Os parâmetros da ação indicados no texto estão em conformidade com uma

  1. fundamentação científica de viés positivista.
  2. convenção social de orientação normativa.
  3. transgressão comportamental religiosa.
  4. racionalidade de caráter pragmático.
  5. inclinação de natureza passional.

04. (PUC-SP) Racionalidade e tolerância no contexto pedagógico

Nadja Hermann – PUCRS

Stuart Mill (1806-1873) acrescenta à ideia de tolerância religiosa a importância do pluralismo, da liberdade de opinião e crença, baseado na independência do indivíduo. A liberdade compreende a “liberdade de pensamento e de sentimento, absoluta independência de opinião e de sentimento em todos os assuntos, práticos ou especulativos, científicos, morais ou teológicos” (MILL, 2000, p.21). Desse modo, Stuart Mill defende a tolerância a partir de um princípio bastante simples de que a autoproteção constitui a única finalidade pela qual se garante à humanidade individual ou coletivamente, interferir na liberdade de ação de qualquer um. O único propósito de se exercer legitimamente o poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade, é evitar danos aos demais.[...] Na parte que diz respeito apenas a si mesmo, sua independência é, de direito, absoluta. Sobre si mesmo, seu corpo e sua mente, o indivíduo é soberano (2000, p.18).

MILL, John Stuart. A liberdade. In: ____. A liberdade, utilitarismo. Trad. Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 2000. Trecho de artigo publicado no site do Grupo de Pesquisa “Racionalidade e Formação”. Disponível em: http://w3.ufsm.br/gpracioform/artigo%2002.pdf. Acesso em: 24 out.2015.

Para tratar da concepção de liberdade, Nadja Hermann retoma Stuart Mill para afirmar que

  1. o livre arbítrio só não leva em conta a tolerância religiosa para exercer com legitimidade a liberdade dos indivíduos.
  2. a liberdade de opinião e crença baseia-se em ideais cujo maior propósito é exercer legitimamente o poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade.
  3. a autonomia e a independência do indivíduo implicam renúncia a assuntos de ordem prática ou especulativa e até mesmo assuntos de natureza científica, moral ou teológica.
  4. a liberdade abrange ampla e total autonomia tanto de opinião como de sentimento em assuntos das mais diversas ordens.

05. (PUC-SP) Racionalidade e tolerância no contexto pedagógico

Nadja Hermann – PUCRS

Stuart Mill (1806-1873) acrescenta à ideia de tolerância religiosa a importância do pluralismo, da liberdade de opinião e crença, baseado na independência do indivíduo. A liberdade compreende a “liberdade de pensamento e de sentimento, absoluta independência de opinião e de sentimento em todos os assuntos, práticos ou especulativos, científicos, morais ou teológicos” (MILL, 2000, p.21). Desse modo, Stuart Mill defende a tolerância a partir de um princípio bastante simples de que a autoproteção constitui a única finalidade pela qual se garante à humanidade individual ou coletivamente, interferir na liberdade de ação de qualquer um. O único propósito de se exercer legitimamente o poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade, é evitar danos aos demais.[...] Na parte que diz respeito apenas a si mesmo, sua independência é, de direito, absoluta. Sobre si mesmo, seu corpo e sua mente, o indivíduo é soberano (2000, p.18).

MILL, John Stuart. A liberdade. In: ____. A liberdade, utilitarismo. Trad. Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

Trecho de artigo publicado no site do Grupo de Pesquisa “Racionalidade e Formação”. Disponível em: http://w3.ufsm.br/gpracioform/artigo%2002.pdf. Acesso em: 24 out.2015.

Indique o princípio de Stuart Mill do qual tanto Hélio Schwartsman como Nadja Hermann se valem para sustentar suas ideias.

  1. Tolerância religiosa e importância do pluralismo, da liberdade de opinião e crença, com base na coerção do indivíduo.
  2. A legitimidade de o Estado operar de modo ativo “para promover a coesão social, mesmo que, para isso, force o indivíduo a conformar-se ao statu quo.
  3. O autoritarismo inerente a “sociedades que colocam os interesses coletivos acima dos individuais tendem a apresentar menores índices de violência interpessoal e menos desigualdade”.
  4. “Sobre si mesmo, seu corpo e sua mente, o indivíduo é soberano.”

06. (Unifor) De todas as dificuldades que impedem o progresso do pensamento e a formação de opiniões bem fundamentadas sobre a vida e os sistemas sociais, a maior, hoje em dia, é a ignorância e negligência da humanidade com relação às influências que formam o caráter humano. Independentemente de quaisquer partes da espécie humana que hoje sejam, ou pareçam ser, assim, acredita-se, elas têm uma tendência natural para ser: mesmo quando o conhecimento mais elementar das circunstâncias nas quais foram colocadas, claramente põe em relevo as causas que as tornaram o que são.

(John Stuart Mill apud Cordelia Fine em Homens não são de Marte, Mulheres não são de Vênus.)

Segundo o texto,

  1. o homem não entende a formação de opiniões porque não há progresso do pensamento.
  2. mesmo que o conhecimento mais elementar seja posto em relevo, há uma tendência natural para a ignorância.
  3. a dificuldade do progresso do pensamento e a formação de opiniões bem fundamentadas se dão independentes de quaisquer partes da espécie humana.
  4. é a ignorância e a negligência em relação às influências que formam o caráter humano.
  5. a ignorância da humanidade impede o progresso do pensamento e a formação de opiniões.

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