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Pós-estruturalismo

Lista de 04 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Pós-estruturalismo com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Pós-estruturalismo .




01. (Enem 2019) Penso que não há um sujeito soberano, fundador, uma forma universal de sujeito que poderíamos encontrar em todos as lugares. Penso, pelo contrário, que o sujeito se constitui através das práticas de sujeição ou, de maneira mais autônoma, através de práticas de liberação, de liberdade, como na Antiguidade — a partir, obviamente, de um certo número de regras, de estilos, que podemos encontrar no meio cultural.

FOUCAULT, M. Ditos e escritos V: ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.

O texto aponta que a subjetivação se efetiva numa dimensão

  1. legal, pautada em preceitos jurídicos.
  2. racional, baseada em pressupostos lógicos.
  3. contingencial, processada em interações sociais.
  4. transcendental, efetivada em princípios religiosos.
  5. essencial, fundamentada em parâmetros substancialistas.

02. (Enem Libra 2017) O momento histórico das disciplinas é o momento em que nasce uma arte do corpo humano, que visa não unicamente o aumento das suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente. Forma-se então uma política das coerções, que são um trabalho sobre o corpo, uma manipulação calculada de seus elementos, de seus gestos, de seus comportamentos.

FOUCAULT, M. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. Petrópolis: Vozes, 1987.

Na perspectiva de Michel Foucault, o processo mencionado resulta em

  1. declínio cultural.
  2. segregação racial.
  3. redução da hierarquia.
  4. totalitarismo dos governos.
  5. modelagem dos indivíduos.

03. (Enem 2013) O edifício é circular. Os apartamentos dos prisioneiros ocupam a circunferência. Você pode chamá-los, se quiser, de celas. O apartamento do inspetor ocupa o centro; você pode chamá-lo, se quiser, de alojamento do inspetor. A moral reformada; a saúde preservada; a indústria revigorada; a instrução difundida; os encargos públicos aliviados; a economia assentada, como deve ser, sobre uma rocha; o nó górdio da Lei sobre os Pobres não cortado, mas desfeito — tudo por uma simples ideia de arquitetura!

BENTHAM, J. O panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2008

Essa é a proposta de um sistema conhecido como panóptico, um modelo que mostra o poder da disciplina nas sociedades contemporâneas, exercido preferencialmente por mecanismos

  1. religiosos, que se constituem como um olho divino controlador que tudo vê.
  2. ideológicos, que estabelecem limites pela alienação, impedindo a visão da dominação sofrida.
  3. repressivos, que perpetuam as relações de dominação entre os homens por meio de tortura física.
  4. sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por meio do olhar como instrumento de controle.
  5. consensuais, que pactuam acordos com base na compreensão dos benefícios gerais de se ter as próprias ações controladas.

04. (Enem 2010) A lei não nasce da natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros pastores; a lei nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que têm sua data e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras devastadas; ela nasce com os famosos inocentes que agonizam no dia que está amanhecendo.

FOUCAULT, M. Aula de 14 de janeiro de 1976. In: Em defesa da sociedade.

São Paulo: Martins Fontes, 1999.

O filósofo Michel Foucault (séc. XX) inova ao pensar a política e a lei em relação ao poder e à organização social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na organização das sociedades modernas é

  1. combater ações violentas na guerra entre as nações.
  2. coagir e servir para refrear a agressividade humana.
  3. criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os indivíduos de uma mesma nação.
  4. estabelecer princípios éticos que regulamentam as ações bélicas entre países inimigos.
  5. organizar as relações de poder na sociedade e entre os Estados.

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