Jean-Paul Sartre
Lista de 12 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Jean-Paul Sartre com questões de Vestibulares.
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01. (UFU) A respeito da filosofia existencialista de Jean-Paul Sartre, é correto afirmar que:
- O homem é o puro agir, e essa liberdade não conhece nenhuma responsabilidade.
- O homem é dotado de uma natureza humana imutável que determina o seu ser.
- O homem de início não é nada, ele será aquilo que fizer de si mesmo.
- A vida segue um designo superior que submete o homem ao destino.
02. (UFU) Mas se verdadeiramente a existência precede a essência, o homem é responsável por aquilo que é. Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de pôr todo homem no domínio do que ele é e de lhe atribuir a total responsabilidade da sua existência. E, quando dizemos que o homem é responsável por si próprio, não queremos dizer que o homem é responsável pela sua restrita individualidade, mas que é responsável por todos os homens. [...] Assim, a nossa responsabilidade é muito maior do que poderíamos supor, porque ela envolve toda a humanidade.
SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. Trad. Vergílio Ferreira. Lisboa: Presença, 1970. Apud ARANHA, M. L. de Arruda e MARTINS, M. H. Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2009.
Conforme o texto, é correto afirmar que, para o existencialismo,
- o homem não é responsável por todos os seus atos, pois a sociedade o limita.
- a humanidade é responsável pelo fato de os homens não terem plena liberdade.
- a sociedade limita as pessoas, logo não somos responsáveis por nossas ações.
- a responsabilidade não é restrita ao indivíduo, estende-se a toda humanidade.
03. (Unimontes) “A liberdade será ética quando o exercício da vontade estiver em harmonia com a direção apontada pela razão. Sartre levou essa concepção ao ponto limite. Para ele, a liberdade é a escolha incondicional que o próprio homem faz de seu ser e de seu mundo. Quando julgamos estar sob o poder de forças externas mais poderosas do que nossa vontade, esse julgamento é uma decisão livre, pois outros homens, nas mesmas circunstâncias, não se curvaram nem se resignaram. Em outras palavras, conformar-se ou resignar-se é uma decisão livre, tanto quanto não se resignar nem se conformar, lutando contra as circunstâncias. Quando dizemos estar fatigados, a fadiga é uma decisão nossa. Quando dizemos estar enfraquecidos, a fraqueza é uma decisão nossa. Quando dizemos não ter o que fazer, o abandono é uma decisão nossa. Ceder tanto quanto não ceder é uma decisão nossa”. Fonte: CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ética, 2000. p. 464
A partir dessa sua concepção acerca da liberdade, Jean-Paul Sartre chega a uma determinada conclusão.
Assinale a alternativa CORRETA quanto ao que conclui o filósofo:
- O homem não necessita da liberdade.
- A liberdade não depende da escolha humana.
- O homem é condenado a ser livre.
- A liberdade é uma ficção.
04. (UFU) Leia o excerto abaixo e assinale a alternativa que relaciona corretamente duas das principais máximas do existencialismo de Jean-Paul Sartre, a saber:
I. “a existência precede a essência”
II. “estamos condenados a ser livres”
Com efeito, se a existência precede a essência, nada poderá jamais ser explicado por referência a uma natureza humana dada e definitiva; ou seja, não existe determinismo, o homem é livre, o homem é liberdade. Por outro lado, se Deus não existe, não encontramos já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. [...] Estamos condenados a ser livres. Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz.
SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um Humanismo. 3ª. ed. S. Paulo: Nova Cultural, 1987.
De acordo com as alternativas apresentadas acima, responda
- Se a essência do homem, para Sartre, é a liberdade, então jamais o homem pode ser, em sua existência, condenado a ser livre, o que seria, na verdade, uma contradição.
- A liberdade, em Sartre, determina a essência da natureza humana que, concebida por Deus, precede necessariamente a sua existência.
- Para Sartre, a liberdade é a escolha incondicional, à qual o homem, como existência já lançada no mundo, está condenado, e pela qual projeta o seu ser ou a sua essência.
- O Existencialismo é, para Sartre, um Humanismo, porque a existência do homem depende da essência de sua natureza humana, que a precede e que é a liberdade.
05. (UFGD) Ao afirmarmos que o homem se escolhe a si mesmo, queremos dizer que cada um de nós se escolhe, mas queremos dizer também que, escolhendo-se, ele escolhe todos os homens. De fato, não há um único de nossos atos que, criando o homem que queremos ser, não esteja criando, simultaneamente, uma imagem do homem tal como julgamos que ele deva ser.
SARTRE, J. P. O Existencialismo é um Humanismo. Edition Nagel, Paris, 1970.
Esse trecho se constitui como uma importante reflexão da ética existencialista, porque
- traz a questão da escolha para o centro do agir ético, mostrando como nossas escolhas nos constituem e de como nossa responsabilidade sobre elas é maior do que comumente julgamos.
- mostra como é importante saber o que desejamos e seguir nossos interesses de acordo com nossa individualidade, sem compromissos ou interferências externas.
- aponta a importância da liberdade, pois o homem é condenado a ser livre, e, enquanto tal, nada pode restringir seu poder de escolha.
- ao escolhermos a nós mesmos, não temos nenhuma responsabilidade para com as possíveis consequências de nossos atos em relação aos outros.
- o filósofo avalia que o homem, ao enfatizar a escolha individual, torna-se individualista e incapaz de agir eticamente.
06. (Unioeste) “O que significa aqui o dizer-se que a existência precede a essência? Significa que o homem primeiramente existe, se descobre, surge no mundo; e que só depois se define. O homem, tal como o concebe o existencialista, se não é definível, é porque primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer. (...) O homem é, não apenas como ele se concebe, mas como ele quer que seja, como ele se concebe depois da existência, como ele se deseja após este impulso para a existência; o homem não é mais que o que ele faz. (...) Assim, o primeiro esforço do existencialismo é o de pôr todo o homem no domínio do que ele é e de lhe atribuir a total responsabilidade de sua existência. (...) Quando dizemos que o homem se escolhe a si, queremos dizer que cada um de nós se escolhe a si próprio; mas com isso queremos também dizer que, ao escolher-se a si próprio, ele escolhe todos os homens. Com efeito, não há de nossos atos um sequer que, ao criar o homem que desejamos ser, não crie ao mesmo tempo uma imagem do homem como julgamos que deve ser”.
Sartre.
Considerando a concepção existencialista de Sartre e o texto acima, é INCORRETO afirmar que
- o homem é um projeto que se vive subjetivamente.
- o homem é um ser totalmente responsável por sua existência.
- por haver uma natureza humana determinada, no homem a essência precede a existência.
- o homem é o que se lança para o futuro e que é consciente deste projetar-se no futuro.
- em suas escolhas, o homem é responsável por si próprio e por todos os homens, porque, em seus atos, cria uma imagem do homem como julgamos que deve ser.
07. (UEA) Por outras palavras, escolhermos o conselheiro é ainda comprometermo-nos a nós próprios. A prova está em que, se sois cristãos, direis: consulte um padre. Mas há padres colaboracionistas, padres oportunistas, padres resistentes. Qual escolher? E se [alguém] escolhe um padre resistente, ou padre colaboracionista, já decidiu sobre o gênero de conselho que vai receber.
(Jean-Paul Sartre. O existencialismo é um humanismo, 1973.)
Jean-Paul Sartre procura responder à possível objeção a um argumento essencial da filosofia existencialista, segundo o qual
- a ação humana deve ser orientada pelo conhecimento racional.
- a angústia do indivíduo solitário pode ser atenuada pelas crenças religiosas.
- o homem confere livremente sentido a sua própria vida.
- a vida humana é historicamente determinada por fatores materiais.
- o homem é livre à medida que reconhece seus interesses sociais.
08. (IFPR) Jean Paul Sartre explica em “O existencialismo é um Humanismo”:
- Que não há essência humana definida, já que o homem primeiro existe para construir sua essência.
- O homem precisa seguir sua essência de nascimento, dando sentido a sua existência.
- O homem deve conformar-se ao seu destino, nada podendo fazer para mudá-lo.
- A liberdade humana está intimamente ligada à obediência civil, já que livre é o homem que obedece a leis que ajudou a criar.
- A existência humana esta fatalmente determinada pelo meio social em que se vive.
09. (UEA) O existencialismo foi um movimento filosófico do século XX. Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty escreveram e publicaram livros sobre o existencialismo. Embora houvesse diferenças entre pensamentos e pensadores existencialistas, um princípio filosófico lhes era comum, segundo o qual
- o homem está no topo da vida animada, depois de ter passado por um longo processo de transformação e de evolução.
- o homem alcança a sabedoria quando adquire o conhecimento das leis que regem a sua existência.
- o prazer é o bem mais soberano do homem; os prazeres naturais e necessários à existência devem ser favorecidos.
- a existência precede a essência; o homem é o que ele faz de si mesmo por meio de seus atos.
- o homem existe porque pensa; ele é, desde o início de sua existência, um ser caracterizado pela racionalidade.
10. (UPE) Se a filosofia deve ser, ao mesmo tempo, totalização do saber, método, ideia reguladora, arma ofensiva e comunidade de linguagem; se essa ‘visão do mundo’ é também um instrumento que trabalha as sociedades carcomidas; se essa concepção singular de um homem ou de um grupo de homens torna-se a cultura e, por vezes, a natureza de toda uma classe, fica bem claro que as épocas de criação filosófica são raras.
SARTRE, Jean Paul. Questão de Método. São Paulo: Difel, 1979.
A ideia filosófica de Sartre, no texto acima, considera como o mais alto grau de conhecimento:
- a reflexão crítica do homem na sua existência.
- o valor do conhecimento no âmbito da essência.
- a concepção do homem como criação divina.
- o primado do conhecimento revelado.
- a raridade do conhecimento absoluto.
11. (UFU) Leia o texto abaixo
“A doutrina que lhes estou apresentando é justamente o contrário do quietismo, visto que ela afirma: a realidade não existe a não ser na ação; aliás, vai longe ainda, acrescentando: o homem nada mais é do que o seu projeto; só existe na medida em que se realiza; não é nada além do conjunto de seus atos, nada mais que sua vida”.
SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um humanismo. São Paulo: Nova Cultural, 1987, Col. Os Pensadores. p. 13.
Tomando o texto acima como referência, assinale a alternativa correta.
- A frase “a realidade não existe a não ser na ação” significa que é o homem aquele que cria toda a realidade possível e imaginável, que o homem é o ser que cria o mundo todo a partir de sua existência.
- O existencialismo sartreano é uma espécie muito particular de quietismo, porque afirma que o homem é livre a partir do momento em que deixa a decisão sobre a própria existência nas mãos dos outros.
- Quando Sartre afirma que o homem “nada mais é do que a sua vida”, ele está dizendo que todos são iguais na indeterminação de seus atos e que, portanto, é indiferente ser responsável ou não pelas ações praticadas.
- O existencialismo de Sartre é o contrário do quietismo, porque defende que a vida humana é feita a partir das ações e escolhas que cada ser humano realiza juntamente com outros homens. A vida do homem é um projeto que se realiza em plena liberdade.
12. (UEMA) O tema da liberdade é discutido por muitos filósofos. No existencialismo francês, Jean-Paul Sartre, particularmente, compreende a liberdade enquanto escolha incondicional.
Entre as afirmações abaixo, a única que está de acordo com essa concepção de liberdade humana é:
- O homem primeiramente tem uma essência divinizada e depois uma existência manifestada na história de sua vida.
- O homem não é mais do que aquilo que a sociedade faz com ele.
- O homem primeiramente existe porque sendo consciente é um ser-em-si e para-o-outro.
- O homem é determinado por uma essência superior, que é o Deus da existência, pois, primeiramente não é nada.
- O homem primeiramente não é nada. Só depois será alguma coisa e tal como a si próprio se fizer.