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Tales de Mileto:

Lista de 08 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Tales de Mileto: com questões de Vestibulares.


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Tales de Mileto foi um filósofo, matemático, engenheiro, homem de negócios e astrônomo da Grécia Antiga, considerado, por alguns, o primeiro filósofo ocidental. De ascendência fenícia, nasceu em Mileto, antiga colônia grega, na Ásia Menor, atual Turquia. Tales é apontado como um dos sete sábios da Grécia Antiga. Wikipédia






01. (UFPR) De acordo com Tales de Mileto, a água é origem e matriz de todas as coisas.

Essa maneira de reduzir a multiplicidade das coisas a um único elemento foi considerada uma das primeiras expressões da Filosofia, porque:

  1. é um questionamento sobre o fundamento das coisas.
  2. enuncia a verdade sobre a origem das coisas.
  3. é uma proposição que se pode comprovar.
  4. é uma proposição científica.
  5. é um mito de origem.

02. (Enem 2020) Aquilo que é quente necessita de umidade para viver, e o que é morto seca, e todos os germes são úmidos, e todo alimento é cheio de suco; ora, é natural que cada coisa se nutra daquilo de que provém.

SIMPLÍCIO. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1993.

O fragmento atribuído ao filósofo Tales de Mileto é característico do pensamento pré-socrático ao apresentar uma

  1. abordagem epistemológica sobre o lógos e a fundamentação da metafísica.
  2. teoria crítica sobre a essência e o método do conhecimento científico.
  3. justificação religiosa sobre a existência e as contradições humanas.
  4. elaboração poética sobre os mitos e as narrativas cosmogônicas.
  5. explicação racional sobre a origem e a transformação da physis.

03. (UEG) A filosofia, para muitos filósofos e comentadores, tem data e local de nascimento – séc. VII a. C. – e o primeiro filósofo teria sido Tales de Mileto (640-550 a.C.). Esse nascimento da filosofia marcou toda história do Ocidente, deixando um vasto legado de conquistas que ainda hoje influenciam nosso modo de ser. Dentre esses legados, destaca-se

  1. a desconfiança nas decisões puramente racionais, exigindo que os sentimentos e as paixões tivessem prioridade sobre a razão.
  2. a visão fatalista da realidade, já que os gregos acreditavam que a vontade humana era condicionada por determinismos sociais e históricos.
  3. o nascimento da filosofia enquanto fato histórico-social, circunscrito à realidade grega, exercendo pouca influência no desenvolvimento posterior do Ocidente.
  4. o pensamento operando conforme leis e princípios que permitem distinguir o verdadeiro do falso, além de postular que as práticas humanas eram resultado da deliberação da vontade.

04. (Unimontes) As origens gregas da filosofia revelam historicamente um processo de ruptura com a mitologia e, consequentemente, com os deuses e as crenças até então predominantes culturalmente. Essa cultura mitológica fundamentava-se em dogmas que, por sua vez, sustentavam a força de divindades sobre os homens, colocando-os em um lugar comum e lhes fazendo acreditar nas mesmas coisas de maneira comum. Nesse contexto, a primeira necessidade dos primeiros pensadores, conhecidos como pré-socráticos, foi conhecer a natureza a partir da sua origem. Desse modo, entre os séculos VII e VI a.C, defendiam a existência de um princípio universal de que todas as coisas nasceram.

Qual é esse princípio (arkhé) para o primeiro filósofo Tales de Mileto?

  1. O elemento ar.
  2. O elemento fogo.
  3. O elemento terra.
  4. O elemento água.

05. (Unioeste) “A proposição de Tales de que a água é o absoluto ou, como diziam os antigos, o princípio, é filosófica: com ela, a filosofia começa porque, através dela, chega à consciência de que o um é a essência, o verdadeiro, o único que é em si e para si. Começa aqui um distanciar-se daquilo que é em nossa percepção sensível; um afastar-se deste ente imediato - um recuar diante dele. Os gregos consideraram o sol, as montanhas, os rios, etc., como forças autônomas, honrando-os como deuses, elevados pela fantasia a seres ativos, móveis, conscientes, dotados de vontade. Isto gera em nós a representação da pura criação pela fantasia — animação infinita e universal, figuração, sem unidade simples. Com essa proposição está aquietada a imaginação selvagem, infinitamente colorida, de Homero; dissociar-se de uma infinidade de princípios, toda esta representação de que um objeto singular é algo que verdadeiramente subsiste para si, que é uma força para si, autônoma e acima das outras, é sobressumida e assim está posto que só há um universal, o universal ser em si e para si, a intuição simples e sem fantasia, o pensamento de que apenas um é. Este universal está, ao mesmo tempo, em relação com o singular, com a aparição, com a existência do mundo.”

Hegel

“Não se trata de contrapor os gregos aos outros povos, como se fossem destituídos de racionalidade. Mas diante do real, os gregos não se limitaram a uma atividade prática ou a um comportamento religioso; ao lado disso, souberam assumir um comportamento propriamente filosófico: a pergunta filosófica exige uma postura mais puramente intelectual.” Gerd A. Bornheim

Considerando os textos acima, que tratam do surgimento da filosofia e do primeiro filósofo grego, Tales de Mileto, é CORRETO afirmar que

  1. a proposição de Tales é filosófica, mas não constitui uma resposta racional que pretende organizar o mundo para além da ordem mitológica ou do ente imediato.
  2. ao afirmar que a água é o princípio de tudo, Tales institui mais uma perspectiva para o mito, mas agora como uma verdade sobre o que é a realidade.
  3. o advento da filosofia não distingue os gregos de seus contemporâneos ou daqueles que os antecederam, apenas acrescenta uma nova noção, a noção de ser, à história da cultura.
  4. a representação que temos do mundo, formada pela fantasia e pelo mito, guia a razão à essência do real e motiva os primeiros filósofos em suas reflexões.
  5. a filosofia, ao surgir, impulsiona a razão a se perguntar se aquilo que observamos através de nossa percepção sensível constitui a verdadeira essência da realidade.

06. (UFN) Alguns aspectos da teoria de Tales de Mileto (cerca de 625/4 a.C-558/6 a.C) foram descritos nestes termos por Simplício:

"[...] a água é o princípio, tendo sido levado a isto pelas coisas que lhe parecia segundo a sensação; pois o quente vive com o úmido, as coisas mortais ressecam-se, as sementes de todas as coisas são úmidas e todo alimento é suculento. [...] A água é o princípio da natureza úmida e é continente de todas as coisas; por isso Tales de Mileto supusera que a água é o princípio de tudo e afirmava que a terra está deitada sobre ela."

(SIMPLÍCIO. Física, 23, 21 (DK 11 A13) apud. Os pré Socráticos. Fragmentos, doxografia e documentários. Seleção de textos de José Cavalcante de Souza. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p. 07. (Adaptado))

Sobre o texto e outros elementos da teoria de Tales de Mileto, é verdadeiro afirmar que o filósofo:

I. Sustenta que a água é a fonte originária e o processo de surgimento e desenvolvimento de todas as coisas.

II. Inaugura um modo de compreender a realidade em uma base racional, interpretando a origem e a constituição das coisas desde um princípio único e universal.

III. Tem a sua tese aceita com unanimidade pelos pensadores da época, conhecidos por nós como filósofos pré-socráticos, como Anaximandro e Anaxímenes de Mileto.

IV. Considera a água como uma divindade mítica que constituía e pertencia a todas as coisas, o que o tornou célebre.

Estão corretas

  1. apenas I e II.
  2. apenas I e III.
  3. apenas II e III.
  4. apenas II e IV.
  5. apenas III e IV.

07. (UEA - SIS) Atribui-se a Tales de Mileto, por sua grande sabedoria, uma especulação lucrativa […]. Reprovava-se a sua pobreza, dizendo-lhe que a filosofia para nada serve. Ele havia previsto, diz-se, por seus conhecimentos astronômicos, que iria haver uma grande colheita de azeitonas. Estava-se ainda no inverno. Procurou Tales o dinheiro necessário, arrendou todas as prensas de óleo de Mileto e de Quio por um preço bem módico, pelo fato de não ter concorrentes. Quando veio a colheita, as prensas foram procuradas de repente por uma multidão de interessados. Alugou-lhas então pelo preço que quis, e, realizando assim grandes lucros, mostrou que é fácil aos filósofos enriquecer quando querem, embora não seja esse o fim dos seus estudos.

(Aristóteles. A política, s/d.)

O episódio de Tales de Mileto (séculos VII e VI a.C), relatado por Aristóteles, demonstra que não é função da filosofia se preocupar com alguma forma de lucro e que o campo da reflexão filosófica

  1. estava limitado à análise do universo celeste.
  2. permanecia desligado da sociedade da pólis grega.
  3. incorporava os conhecimentos do mundo físico.
  4. desconsiderava o caráter rigoroso do raciocínio matemático.
  5. entendia o debate de ideias como prejudicial à procura da verdade.

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