Friedrich Nietzsche
Lista de 05 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Friedrich Nietzsche com questões do Enem.
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01. (Enem 2021) Minha fórmula para o que há de grande no individuo é amor fati: nada desejar além daquilo que é, nem diante de si, nem atrás de si, nem nos séculos dos séculos. Não se contentar em suportar o inelutável, e ainda menos dissimulá-lo, mas amá-lo.
NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado).
Essa fórmula indicada por Nietzsche consiste em uma critica à tradição cristã que
- combate as práticas sociais de cunho afetivo.
- impede o avanço cientifico no contexto moderno.
- associa os cultos pagãos à sacralização da natureza.
- condena os modelos filosóficos da Antiguidade Clássica.
- consagra a realização humana ao campo transcendental.
02. (Enem PPL 2019) Eis o ensinamento de minha doutrina: “Viva de forma a ter de desejar reviver — é o dever —, pois, em todo caso, você reviverá! Aquele que ama antes de tudo se submeter, obedecer e seguir, que obedeça! Mas que saiba para o que dirige sua preferência, e não recue diante de nenhum meio! É a eternidade que está em jogo!”.
NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado).
O trecho contém uma formulação da doutrina nietzscheana do eterno retorno, que apresenta critérios radicais de avaliação da
- qualidade de nossa existência pessoal e coletiva.
- conveniência do cuidado da saúde física e espiritual.
- legitimidade da doutrina pagã da transmigração da alma.
- veracidade do postulado cosmológico da perenidade do mundo.
- validade de padrões habituais de ação humana ao longo da história.
Nietzsche,Filosofia Alemã, Ética e Moral
03. (Enem PPL 2018) Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, quando o homem sentiu a necessidade de criar em si uma memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores, as mais repugnantes mutilações (as castrações, por exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem naquele instinto que divisou na dor o mais poderoso auxiliar da memória.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de um mecanismo distintivo entre homens e animais, marcado pelo(a)
- racionalidade científica.
- determinismo biológico.
- degradação da natureza.
- domínio da contingência.
- consciência da existência.
04. (Enem 2016) Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza. Os melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se uma doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é oco, tudo é igual, tudo passou! O nosso trabalho foi inútil; o nosso vinho tornou-se veneno; o mau olhado amareleceu-nos os campos e os corações. Secamos de todo, e se caísse fogo em cima de nós, as nossas cinzas voariam em pó. Sim; cansamos o próprio fogo. Todas as fontes secaram para nós, e o mar retirou-se. Todos os solos se querem abrir, mas os abismos não nos querem tragar!
NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra, Rio de Janeiro: Ediouro, 1977
O texto exprime uma construção alegórica, que traduz um entendimento da doutrina niilista, uma vez que
- reforça a liberdade do cidadão.
- desvela os valores do cotidiano.
- exorta as relações de produção.
- destaca a decadência da cultura.
- amplifica o sentimento de ansiedade.
05. (Enem 2015) A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levâ-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e favulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.
NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento de filosofia entre os gregos?
- O impulso para transformar, mediante justificativas os elementos sensíveis em verdades racionais.
- O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.
- A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.
- A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.
- A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.