Filosofia Clássica
Lista de 28 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Filosofia Clássica com questões do Enem.
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01. (Enem 2021) Sócrates: “Quem não sabe o que uma coisa é, como poderia saber de que tipo de coisa ela é? Ou te parece ser possível alguém que não conhece absolutamente quem é Mênon, esse alguém saber se ele é belo, se é rico e ainda se é nobre? Parece-te ser isso possível? Assim, Mênon, que coisa afirmas ser a virtude?”.
PLATÃO. Mênon. Rio de Janeiro: PUC-RIO; São Paulo: Loyola, 2001 (adaptado).
A atitude apresentada na interlocução do filósofo com Mênon é um exemplo da utilização do(a)
- escrita epistolar.
- método dialético.
- linguagem trágica.
- explicação fiscalista.
- suspensão judicativa.
02. (Enem 2020) Vemos que toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhe parece um bem; se todas as comunidades visam algum bem, é evidente que a mais importante de todas elas e que inclui todas as outras tem mais que todas este objetivo e visa ao mais importante de todos os bens.
ARISTÓTELES. Política. Brasilia: UnB, 1988.
No fragmento, Aristóteles promove uma reflexão que associa dois elementos essenciais à discussão sobre a vida em comunidade, a saber:
- Ética e política, pois conduzem à eudaimonia.
- Retórica e linguagem, pois cuidam dos discursos na ágora.
- Metafisica e ontologia, pois tratam da filosofia primeira.
- Democracia e sociedade, pois se referem a relações sociais.
- Geração e corrupção, pois abarcam o campo da physis.
03. (Enem PPL 2021) Os verdadeiros filósofos, tornados senhores da cidade, sejam eles muitos ou um só, desprezam as honras como as de hoje, por julgá-las indignas de um homem livre e sem valor algum, mas, ao contrário, têm em alta conta a retidão e as honras que dela decorrem e, julgando a justiça como algo muito importante e necessário, pondo-se a serviço dela e fazendo-a crescer, administram sua cidade.
PLATÃO. A República. São Paulo: Martins Fontes, 2006 (adaptado).
No contexto da filosofia platônica, o texto expressa uma perspectiva aristocrática acerca do exercício do poder, uma vez que este é legitimado pelo(a)
- prática da virtude.
- consenso da elite.
- decisão da maioria.
- riqueza do indivíduo.
- pertencimento de sangue.
04. (Enem PPL 2021) A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são da natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são constituídos, e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem. Pois deve haver uma natureza qualquer, ou mais do que uma, donde as outras coisas se engendram, mas continuando ela a mesma.
ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
O texto aristotélico, ao recorrer à cosmogonia dos pré - socráticos, salienta a preocupação desses filósofos com a
- mutação ontológica dos entes.
- alteração estética das condutas.
- transformação progressiva da ascese.
- sistematização crítica do conhecimento.
- modificação imediata da espiritualidade.
05. (Enem PPL 2020) Sem dúvida, os sons da voz (phone) exprimem a dor e o prazer; também a encontramos nos animais em geral; sua natureza lhes permite somente sentir a dor e o prazer e manifestar-lhes entre si. Mas o lógos é feito para exprimir o justo e o injusto. Este é o caráter distintivo do homem face a todos os outros animais: só ele percebe o bem e o mal, o justo e o injusto, e os outros valores; é a posse comum desses valores que faz a família e a cidade.
ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Nova Cultural, 1987 (adaptado).
Para o autor, a característica que define o ser humano é o lógos, que consiste na
- evolução espiritual da alma.
- apreensão gradual da verdade.
- segurança material do indivíduo.
- capacidade racional de discernir.
- possibilidade eventual de transcender.
06. (Enem PPL 2020) Polemizando contra a tradicional tese aristotélica, que via na sociedade o resultado de um instinto primordial, Hobbes sustenta que no gênero humano, diferentemente do animal, não existe sociabilidade instintiva. Entre os indivíduos não existe um amor natural, mas somente uma explosiva mistura de temor e necessidade recíprocos que, se não fosse disciplinada pelo Estado, originaria uma incontrolável sucessão de violências e excessos.
NICOLAU, U. Antologia ilustrada de filosofia: das origens à Idade Moderna. São Paulo: Globo, 2005 (adaptado).
Referente à constituição da sociedade civil, considere, respectivamente, o correto posicionamento de Aristóteles e Hobbes:
- Instrumento artificial para a realização da justiça e forma de legitimação do exercício da coerção e da violência.
- Realização das disposições naturais do homem e artifício necessário para frear a natureza humana.
- Resultado involuntário da ação de cada indivíduo e anulação dos impulsos originários presentes na natureza humana.
- Objetivação dos desejos da maioria e representação construída para possibilitar as relações interpessoais.
- Realização da razão e expressão da vontade dos governados.
07. (Enem PPL 2019) Tomemos o exemplo de Sócrates: é precisamente ele quem interpela as pessoas na rua, os jovens no ginásio, perguntando: “Tu te ocupas de ti?” O deus o encarregou disso, é sua missão, e ele não a abandonará, mesmo no momento em que for ameaçado de morte. Ele é certamente o homem que cuida do cuidado dos outros: esta é a posição particular do filósofo.
FOUCAULT, M. Ditos e escritos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
O fragmento evoca o seguinte princípio moral da filosofia socrática, presente em sua ação dialógica:
- Examinar a própria vida.
- Ironizar o seu oponente.
- Sofismar com a verdade.
- Debater visando a aporia.
- Desprezar a virtude alheia.
08. (Enem PPL 2019) Vimos que o homem sem lei é injusto e o respeitador da lei é justo; evidentemente todos os atos legítimos são, em certo sentido, atos justos, porque os atos prescritos pela arte do legislador são legítimos e cada um deles é justo. Ora, nas disposições que tomam sobre todos os assuntos, as leis têm em mira a vantagem comum, quer de todos, quer dos melhores ou daqueles que detêm o poder ou algo desse gênero; de modo que, em certo sentido, chamamos justos aqueles atos que tendem a produzir e a preservar, para a sociedade política, a felicidade e os elementos que a compõem.
ARISTÓTELES. A política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010 (adaptado).
De acordo com o texto de Aristóteles, o legislador deve agir conforme a
- moral e a vida privada.
- virtude e os interesses públicos.
- utilidade e os critérios pragmáticos.
- lógica e os princípios metafísicos.
- razão e as verdades transcendentes.
09. (Enem Digital 2020) Há um tempo, belas e boas são todas as ações justas e virtuosas. Os que as conhecem nada podem preferir-lhes. Os que não as conhecem, não somente não podem praticá-las como, se o tentam, só cometem erros. Assim praticam os sábios atos belos e bons, enquanto os que não o são só podem descambar em faltas. E se nada se faz justo, belo e bom que não pela virtude, claro é que na sabedoria se resumem a justiça e todas as mais virtudes.
XENOFONTE. Ditos e feitos memoráveis de Sócrates. Apud CHALITA, G. Vivendo a filosofia. São Paulo: Ática, 2005.
Ao fazer referência ao conteúdo moral da filosofia socrática narrada por Xenofonte, o texto indica que a vida virtuosa está associada à
- aceitação do sofrimento como gênese da felicidade suprema.
- moderação dos prazeres com vistas à serenidade da alma.
- contemplação da physis como fonte de conhecimento.
- satisfação dos desejos com o objetivo de evitar a melancolia.
- persecução da verdade como forma de agir corretamente.
10. (Enem PPL 2019) Tomás de Aquino, filósofo cristão que viveu no século XIII, afirma: a lei é uma regra ou um preceito relativo às nossas ações. Ora, a norma suprema dos atos humanos é a razão. Desse modo, em última análise, a lei está submetida à razão; é apenas uma formulação das exigências racionais. Porém, é mister que ela emane da comunidade, ou de uma pessoa que legitimamente a representa.
GILSON, E.; BOEHNER, P. História da filosofia cristã. Petrópolis: Vozes, 1991 (adaptado).
No contexto do século XIII, a visão política do filósofo mencionado retoma o
- pensamento idealista de Platão.
- conformismo estoico de Sêneca.
- ensinamento místico de Pitágoras.
- paradigma de vida feliz de Agostinho.
- conceito de bem comum de Aristóteles.
11. (Enem 2017) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. É sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação.
BRÊHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na
- contemplação da tradição mítica.
- sustentação do método dialético.
- relativização do saber verdadeiro.
- valorização da argumentação retórica.
- investigação dos fundamentos da natureza
12. (Enem PPL 2017) A definição de Aristóteles para enigma é totalmente desligada de qualquer fundo religioso: dizer coisas reais associando coisas impossíveis. Visto que, para Aristóteles, associar coisas impossíveis significa formular uma contradição, sua definição quer dizer que o enigma é uma contradição que designa algo real, em vez de não indicar nada, como é de regra.
COLLI, G. O nascimento da filosofia. Campinas: Unicamp, 1996 (adaptado).
Segundo o texto, Aristóteles inovou a forma de pensar sobre o enigma, ao argumentar que
- a contradição que caracteriza o enigma é desprovida de relevância filosófica.
- os enigmas religiosos são contraditórios porque indicam algo religiosamente real.
- o enigma é uma contradição que diz algo de real e algo de impossível ao mesmo tempo.
- as coisas impossíveis são enigmáticas e devem ser explicadas em vista de sua origem religiosa.
- a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais, porque ela é desligada de seu fundo religioso.
13. (Enem PPL 2017) Dado que, dos hábitos racionais com os quais captamos a verdade, alguns são sempre verdadeiros, enquanto outros admitem o falso, como a opinião e o cálculo, enquanto o conhecimento científico e a intuição são sempre verdadeiros, e dado que nenhum outro gênero de conhecimento é mais exato que o conhecimento científico, exceto a intuição, e, por outro lado, os princípios são mais conhecidos que as demonstrações, e dado que todo conhecimento científico constitui-se de maneira argumentativa, não pode haver conhecimento científico dos princípios, e dado que não pode haver nada mais verdadeiro que o conhecimento científico, exceto a intuição, a intuição deve ter por objeto os princípios.
ARISTÓTELES. Segundos analíticos. In: REALE, G. História da filosofia antiga. São Paulo: Loyola, 1994.
Os princípios, base da epistemologia aristotélica, pertencem ao domínio do(a)
- opinião, pois fazem parte da formação da pessoa.
- cálculo, pois são demonstrados por argumentos.
- conhecimento científico, pois admitem provas empíricas.
- intuição, pois ela é mais exata que o conhecimento científico.
- prática de hábitos racionais, pois com ela se capta a verdade.
14. (Enem PPL 2016) Enquanto o pensamento de Santo Agostinho representa o desenvolvimento de uma filosofia cristã inspirada em Platão, o pensamento de São Tomás reabilita a filosofia de Aristóteles – até então vista sob suspeita pela Igreja —, mostrando ser possível desenvolver uma leitura de Aristóteles compatível com a doutrina cristã. O aristotelismo de São Tomás abriu caminho para o estudo da obra aristotélica e para a legitimação do interesse pelas ciências naturais, um do principais motivos do interesse por Aristóteles nesse período.
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de a abra aristotélica
- valorizar a investigação científica, contrariando certos dogmas religiosos.
- declarar a inexistência de Deus, colocando em dúvida toda a moral religiosa.
- críticar a Igreja Católica, instigando a criação de outras intituições religiosas.
- evocar pensamentos de religiões orientais, minando a expansão do cristianismo.
- contribuir para o desenvolvimento de sentimentos antirreligiosos, seguindo sua teoria política.
15. (Enem PPL 2016) Estamos, pois, de acordo quando, ao ver algum objeto, dizemos: "Este objeto que estou vendo agora tem tendência para assemelhar-se a um outro se, mas, por ter defeitos, não consegue ser tal como o seu em questão, e lhe é, pelo contrário, inferior". Assim, para podermos fazer estas reflexões, é necessário que antes tenhamos tido ocasião de conhecer esse ser de que se aproxima o dito objeto, ainda que imperfeitamente.
PLANTÃO, Fédon. São Paulo: Abril Cultural, 1972.
Na epistemologia platônica, conhecer um determinado objeto implica
- estabelecer semelhanças entre o que é observado em momentos distintos.
- comparar o objeto observado com uma descrição detalhada dele.
- descrever corretamente as características do objeto observado.
- fazer correspondência entre o objeto observado e seu ser.
- identificar outro exemplar idêntido ao observado.
16. (Enem 2016) Os andróginos tentaram escalar o céu para combater os deuses. No entanto, os deuses em um primeiro momento pensam em matá-los de forma sumária. Depois decidem puni-los da forma mais cruel: dividem-nos em dois. Por exemplo, é como se pegássemos um ovo cozido e, com uma linha, dividíssemos ao meio. Desta forma, até hoje as metades separadas buscam reunir-se. Cada um com saudade de sua metade, tenta juntar-se novamente a ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro, desejando formar um único ser.
PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio de uma alegoria, o
- bem supremo com o fim do homem.
- prazer perene como fundamento da felicidade.
- ideal inteligível como transcendência desejada.
- amor como falta constituinte do ser humano.
- autoconhecimento como caminho da verdade.
17. (Enem PL 2016) Ninguém delibera sobre coisas que não podem ser de outro modo, nem sobre as que lhe é impossível fazer. Por conseguinte, como o conhecimento científico envolve demonstração, mas não há demonstração de coisas cujos primeiros princípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser diferentemente), e como é impossível deliberar sobre coisas que são por necessidade, a sabedoria prática não pode ser ciência, nem arte: nem ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz de ser diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir são duas espécies diferentes de coisa. Resta, pois, a alternativa de ser ela uma capacidade verdadeira e raciocinada de agir com respeito às coisas que são boas ou más para o homem.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
Aristóteles considera a ética como pertencente ao campo do saber prático. Nesse sentido, ela difere-se dos outros saberes porque é caracterizada como
- conduta definida pela capacidade racional de escolha.
- capacidade de escolher de acordo com padrões científicos.
- conhecimento das coisas importantes para a vida do homem.
- técnica que tem como resultado a produção de boas ações.
- política estabelecida de acordo com padrões democráticos de deliberação.
18. (Enem 3ª Aplicação 2016) Estamos, pois, de acordo quando, ao ver algum objeto, dizemos: "Este objeto que estou vendo agora tem tendência para assemelhar-se a um outro ser, mas, por ter defeitos, não consegue ser tal como o ser em questão, e lhe é, pelo contrário, inferior". Assim, para podermos fazer estas reflexões, é necessário que antes tenhamos tido ocasião de conhecer esse ser de que se aproxima o dito objeto, ainda que imperfeitamente.
PLATÃO. Fédon. São Paulo: Abril Cultural, 1972.
Na epistemologia platônica, conhecer um determinado objeto implica
- estabelecer semelhanças entre o que é observado em momentos distintos.
- comparar o objeto observado com uma descrição detalhada dele.
- descrever corretamente as características do objeto observado.
- fazer correspondência entre o objeto observado e seu ser.
- identificar outro exemplar idêntico ao observado.
19. (Enem PPL 2015) Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende sobre todo o comprimento da fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o pescoço presos por correntes, de tal sorte que não podem trocar de lugar e só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores de marionetes armam entre eles e o público e sobre os quais exibem seus prestígios.
PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.
Essa narrativa de Platão é uma importante manifestação cultural do pensamento grego antigo, cuja ideia central, do ponto de vista filosófico, evidencia o(a)
- caráter antropológico, descrevendo as origens do homem primitivo.
- sistema penal da época, criticando o sistema carcerário da sociedade ateniense.
- vida cultural e artística, expressa por dramaturgos trágicos e cômicos gregos.
- sistema político elitista, provindo do surgimento da pólis e da democracia ateniense.
- teoria do conhecimento, expondo a passagem do mundo ilusório para o mundo das ideias.
20. (ENEM PPL 2015) A utilidade do escravo é semelhante à do animal. Ambos prestam serviços corporais para atender às necessidades da vida. A natureza faz o corpo do escravo e do homem livre de forma diferente. O escravo tem corpo forte, adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já o homem livre tem corpo ereto, inadequado ao trabalho braçal, porém apto à vida do cidadão.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.
O trabalho braçal é considerado, na filosofia aristotélica, como
- indicador da imagem do homem no estado de natureza.
- condição necessária para a realização da virtude humana.
- atividade que exige força física e uso limitado da racionalidade.
- referencial que o homem deve seguir para viver uma vida ativa.
- mecanismo de aperfeiçoamento do trabalho por meio da experiência.
21. (Enem 2014) No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a
- suspensão do juízo como reveladora da verdade.
- realidade inteligível por meio do método dialético.
- salvação da condição mortal pelo poder de Deus.
- essência das coisas sensíveis no intelecto divino.
- ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.
22. (Enem PPL 2014) Ao falar de caráter de um homem não dizemos que ele é sábio ou que possui entendimento, mas que é calmo ou temperante. No entanto, louvamos também o sábio, referindo-se ao hábitos dignos de louvor chamamos virtude.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1973
Em Aristóteles, o conceito de virtude ética expressa a
- excelência de atividades praticadas em consonância com o bem comum.
- concretização utilitária de ações que revelam a manifestação de propósitos privados.
- concordância das ações humanas aos preceitos emanados da divindade.
- realização de ações que permitem a configuração da paz interior.
- manifestação de ações estéticas, coroadas de adorno e beleza.
23. (Enem 2013) A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como
- busca por bens materiais e títulos de nobreza.
- plenitude espiritual e ascese pessoal.
- finalidade das ações e condutas humanas.
- conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
- expressão do sucesso individual e reconhecimento público.
24. (Enem PPL 2013) Mas, sendo minha intenção escrever algo de útil para quem por tal se interesse, pareceu-me mais conveniente ir em busca da verdade extraída dos fatos e não à imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam repúblicas e principados jamais vistos ou conhecidos como tendo realmente existido.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: www.culturabrasil.pro.br. Acesso em: 4 abr. 2013.
A partir do texto, é possível perceber a crítica maquiaveliana à filosofia política de Platão, pois há nesta a
- elaboração de um ordenamento político com fundamento na bondade infinita de Deus.
- explicitação dos acontecimentos políticos do período clássico de forma imparcial.
- utilização da oratória política como meio de convencer os oponentes na ágora.
- investigação das constituições políticas de Atenas pelo método indutivo.
- idealização de um mundo político perfeito existente no mundo das ideias.
25. (Enem PPL 2013) O termo injusto se aplica tanto às pessoas que infringem a lei quanto às pessoas ambiciosas (no sentido de quererem mais do que aquilo a que têm direito) e iníquas, de tal forma que as cumpridoras da lei e as pessoas corretas serão justas. O justo, então, é aquilo conforme à lei e o injusto é o ilegal e iníquo.
ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural: 1996 (adaptado).
Segundo Aristóteles, pode-se reconhecer uma ação justa quando ela observa o
- compromisso com os movimentos desvinculados da legalidade.
- benefício para o maior número possível de indivíduos.
- interesse para a classe social do agente da ação.
- fundamento na categoria de progresso histórico.
- princípio de dar a cada um o que lhe é devido.
26. (Enem 2012) Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
- Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
- Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.
- Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.
- Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.
- Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.
27. (Enem PPL 2012) Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, podese desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de descobrir seu sentido último.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à
- adoção da experiência do senso comum como critério de verdade.
- incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas.
- pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade.
- defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade.
- compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente.
28. (Enem PPL 2012) Quanto à deliberação, deliberam as pessoas sobre tudo? São todas as coisas objetos de possíveis deliberações? Ou será a deliberação impossível no que tange a algumas coisas? Ninguém delibera sobre coisas eternas e imutáveis, tais como a ordem do universo; tampouco sobre coisas mutáveis como os fenômenos dos solstícios e o nascer do sol, pois nenhuma delas pode ser produzida por nossa ação.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Edipro, 2007 (adaptado).
O conceito de deliberação tratado por Aristóteles é importante para entender a dimensão da responsabilidade humana. A partir do texto, considera-se que é possível ao homem deliberar sobre
- coisas imagináveis, já que ele não tem controle sobre os acontecimentos da natureza.
- ações humanas, ciente da influência e da determinação dos astros sobre as mesmas.
- fatos atingíveis pela ação humana, desde que estejam sob seu controle.
- fatos e ações mutáveis da natureza, já que ele é parte dela.
- coisas eternas, já que ele é por essência um ser religioso.