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Filosofia Alemã

Lista de 13 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Filosofia Alemã com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Filosofia Alemã .




Nietzsche, Filosofia Alemã

01. (Enem 2021) Minha fórmula para o que há de grande no individuo é amor fati: nada desejar além daquilo que é, nem diante de si, nem atrás de si, nem nos séculos dos séculos. Não se contentar em suportar o inelutável, e ainda menos dissimulá-lo, mas amá-lo.

NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos.

Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado).

Essa fórmula indicada por Nietzsche consiste em uma critica à tradição cristã que

  1. combate as práticas sociais de cunho afetivo.
  2. impede o avanço cientifico no contexto moderno.
  3. associa os cultos pagãos à sacralização da natureza.
  4. condena os modelos filosóficos da Antiguidade Clássica.
  5. consagra a realização humana ao campo transcendental.

Immanuel Kant, Filosofia Alemã, Ética e Moral

02. (Enem Digital 2020) Princípios práticos são subjetivos, ou máximas, quando a condição é considerada pelo sujeito como verdadeira só para a sua vontade; são, por outro lado, objetivos, quando a condição é válida para a vontade de todo ser natural.

KANT, I. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, 2008.

A concepção ética presente no texto defende a

  1. universalidade do dever.
  2. maximização da utilidade.
  3. aprovação pelo sentimento.
  4. identificação da justa medida.
  5. obediência à determinação divina.

Immanuel Kant, Filosofia Alemã, Ética e Moral

03. (Enem 2019) TEXTO I

Duas coisas enchem o ânimo de admiração e veneração sempre crescentes: o céu estrelado sobre mim e a lei moral em mim.

KANT. |. Crítica da razão prática. Lisboa: Edições 70, s/d (adaptado).

TEXTO II

Duas coisas admiro: a dura lei cobrindo-me e o estrelado céu dentro de mim.

FONTELA, O. Kant (relido). In: Poesia completa. São Paulo: Hedra, 2015.

A releitura realizada pela poeta inverte as seguintes ideias centrais do pensamento kantiano:

  1. Possibilidade da liberdade e obrigação da ação.
  2. A prioridade do juízo e importância da natureza.
  3. Necessidade da boa vontade e crítica da metafísica.
  4. Prescindibilidade do empírico e autoridade da razão.
  5. Interioridade da norma e fenomenalidade do mundo.

Nietzsche, Filosofia Alemã

04. (Enem PPL 2019) Eis o ensinamento de minha doutrina: “Viva de forma a ter de desejar reviver — é o dever —, pois, em todo caso, você reviverá! Aquele que ama antes de tudo se submeter, obedecer e seguir, que obedeça! Mas que saiba para o que dirige sua preferência, e não recue diante de nenhum meio! É a eternidade que está em jogo!”.

NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: filosofia para os novos tempos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (adaptado).

O trecho contém uma formulação da doutrina nietzscheana do eterno retorno, que apresenta critérios radicais de avaliação da

  1. qualidade de nossa existência pessoal e coletiva.
  2. conveniência do cuidado da saúde física e espiritual.
  3. legitimidade da doutrina pagã da transmigração da alma.
  4. veracidade do postulado cosmológico da perenidade do mundo.
  5. validade de padrões habituais de ação humana ao longo da história.

Nietzsche,Filosofia Alemã, Ética e Moral

05. (Enem PPL 2018) Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, quando o homem sentiu a necessidade de criar em si uma memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores, as mais repugnantes mutilações (as castrações, por exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem naquele instinto que divisou na dor o mais poderoso auxiliar da memória.

NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.

O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de um mecanismo distintivo entre homens e animais, marcado pelo(a)

  1. racionalidade científica.
  2. determinismo biológico.
  3. degradação da natureza.
  4. domínio da contingência.
  5. consciência da existência.

Immanuel Kant, Filosofia Alemã, Ética e Moral, Metafísica

06. (Enem 2017) Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá.

KANT, 1. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

De acordo com a moral kantiana, a "falsa promessa de pagamento" representada no texto

  1. assegura que a ação seja aceita por todos a partir da livre discussão participativa.
  2. garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra.
  3. opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal.
  4. materializa-se no entendimento de que os fins da ação humana podem justificar os meios.
  5. permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as pessoas envolvidas.

Schopenhauer, Filosofia Alemã

07. (Enem 2016) Sentimos que toda satisfação de nossos desejos advinda do mundo assemelha-se à esmola que mantém hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua fome. A resignação, ao contrário, assemelha-se à fortuna herdada: livra o herdeiro para sempre de todas as preocupações.

SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

O trecho destaca uma ideia remanescente de uma tradição filosófica ocidental, segundo a qual a felicidade se mostra indissociavelmente ligada à

  1. consagração de relacionamentos afetivos.
  2. administração da independência interior.
  3. fugacidade do conhecimento empírico.
  4. liberdade de expressão religiosa.
  5. busca de prazeres efêmeros.

Nietzsche, Filosofia Alemã

08. (Enem 2016) Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza. Os melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se uma doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é oco, tudo é igual, tudo passou! O nosso trabalho foi inútil; o nosso vinho tornou-se veneno; o mau olhado amareleceu-nos os campos e os corações. Secamos de todo, e se caísse fogo em cima de nós, as nossas cinzas voariam em pó. Sim; cansamos o próprio fogo. Todas as fontes secaram para nós, e o mar retirou-se. Todos os solos se querem abrir, mas os abismos não nos querem tragar!

NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra, Rio de Janeiro: Ediouro, 1977

O texto exprime uma construção alegórica, que traduz um entendimento da doutrina niilista, uma vez que

  1. reforça a liberdade do cidadão.
  2. desvela os valores do cotidiano.
  3. exorta as relações de produção.
  4. destaca a decadência da cultura.
  5. amplifica o sentimento de ansiedade.

Immanuel Kant, Filosofia Alemã, Filosofia Política, Metafísica

09. (Enem PPL 2016) Os ricos adquiriram uma obrigação relativamente à coisa pública, uma vez que devem sua existência ao ato de submissão à sua proteção e zelo, o que necessitam para viver; o Estado então fundamenta o seu direito de contribuição do que é deles nessa obrigação, visando a manutenção de seus concidadãos, ou pelo estabelecimento de fundo e de uso dos juros obtidos a partir deles, não para suprir as necessidades do Estado (uma vez que este é rico), mas para suprir as necessidades do povo.

KANT, I. A metafísica dos costumes. Bauru: Edipro, 2003.

Segundo esse texto de Kant, o Estado

  1. deve sustentar todas as pessoas que vivem sob seu poder, a fim de que a distribuição seja paritária.
  2. está autorizado a cobrar impostos dos cidadãos ricos para suprir as necessidades dos cidadãos pobres.
  3. dispõe de poucos recursos e, por esse motivo, é obrigado a cobrar impostos idênticos dos seus membros.
  4. delega aos cidadãos o dever de suprir as necessidades do Estado, por causa do seu elevado custo de manutenção
  5. tem a incumbência de proteger os das imposições pecuniárias dos pobres, pois os ricos pagam mais tributos.

Nietzsche, Filosofia Alemã

10. (Enem 2015) A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levâ-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e favulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.

NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento de filosofia entre os gregos?

  1. O impulso para transformar, mediante justificativas os elementos sensíveis em verdades racionais.
  2. O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.
  3. A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.
  4. A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.
  5. A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.

Immanuel Kant, Filosofia Alemã, Metafísica

11. (Enem PPL 2015) A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na ideia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori.

KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Barcarolla, 2009.

A passagem citada expõe um pensamento caracterizado pela

  1. eficácia prática da razão empírica.
  2. transvaloração dos valores judaico-cristãos.
  3. recusa em fundamentar a moral pela experiência.
  4. comparação da ética a uma ciência de rigor matemático.
  5. importância dos valores democráticos nas relações de amizade.

Immanuel Kant, Filosofia Alemã, Metafísica

12. (Enem 2013) Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.

KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado)

O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele, confrontam-se duas posições filosóficas que

  1. assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.
  2. defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.
  3. revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.
  4. apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.
  5. refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant.

Metafísica, Filosofia Alemã

13. (Enem PPL 2013) A substância é um Ser capaz de Ação. Ela é simples ou composta. A substância simples é aquela que não tem partes. O composto é a reunião das substâncias simples ou Mônadas. Monas é uma palavra grega que significa unidade ou o que é uno. Os compostos ou os corpos são Multiplicidades, e as Substâncias simples, as Vidas, as Almas, os Espíritos são unidades. É preciso que em toda parte haja substâncias simples porque sem as simples não haveria as compostas, nem movimento. Por conseguinte, toda natureza está plena de vida.

LEIBNIZ, G. W. Discurso de metafísicas e outros textos.

São Paulo: Matins Fontes, 2004 (adaptado).

Dentre suas diversas reflexões, Leibniz voltou sua atenção para o tema da metafísica, que trata basicamente do fundamento de realidade das coisas do mundo. A busca por esse fundamento muitas vezes é resumida a partir do conceito de substância, que para ele se refere a algo que é

  1. complexo por natureza, constituindo a unidade mínima do cosmo.
  2. estabilizador da realidade, dada a exigência de permanência desta.
  3. desdobrado no composto, em vez de gerá-lo unindose a outras substâncias simples.
  4. considerado simples e múltiplo a um só tempo, por ser um todo indecomponível constituído de partes.
  5. essencial na estrutura do que existe no mundo, sem deixar de contribuir para o movimento.

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