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Francis Bacon

Lista de 13 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Francis Bacon com questões de Vestibulares.


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01. (Enem 2019) TEXTO I

Os segredos da natureza se revelam mais sob a tortura dos experimentos do que no seu curso natural.

BACON, F. Novum Organum, 1620. In: HADOT, P. O véu de Ísis: ensaio sobre a história da ideia de natureza. São Paulo: Loyola, 2006.

TEXTO II

O ser humano, totalmente desintegrado do todo, não percebe mais as relações de equilíbrio da natureza. Age de forma totalmente desarmônica sobre o ambiente, causando grandes desequilíbrios ambientais.

GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. Campinas: Papirus, 1995.

Os textos indicam uma relação da sociedade diante da natureza caracterizada pela

  1. objetificação do espaço físico.
  2. retomada do modelo criacionista.
  3. recuperação do legado ancestral.
  4. infalibilidade do método científico.
  5. formação da cosmovisão holística.

02. (UNESP) Ao cunhar a frase “natureza atormentada,” no início do século XVII, numa referência ao objeto do conhecimento científico, Francis Bacon não imaginou que esse ideal iria, no século XXI, atormentar filósofos e cientistas. O “tormento” do mundo natural, para ele, significava conhecê-lo, não pelo saber desinteressado, mas para dominar, transformar e, então, utilizar esse universo da maneira mais eficiente. O berço da ciência moderna trazia a estrutura para que o ideal de controle da natureza pudesse ser realizado. A partir de então, essa relação entre ciência e técnica foi naturalmente se estreitando.

(Carlos Haag. “Natureza atormentada”. https://revistapesquisa.fapesp.br, agosto de 2005. Adaptado.)

De acordo com o tema abordado pelo excerto, o “tormento” gerado em filósofos e cientistas contemporâneos se dá devido à problematização da

  1. eficácia de teorias.
  2. natureza do conhecimento.
  3. noção de progresso.
  4. confiança nos resultados.
  5. verificação dos experimentos.

03. (UEL) Leia o texto a seguir.

Resta-nos um único e simples método, para alcançar os nossos intentos: levar os homens aos próprios fatos particulares e às suas séries e ordens, a fim de que eles, por si mesmos, se sintam obrigados a renunciar às suas noções e comecem a habituar-se ao trato direto das coisas.

(BACON, F. Novum Organum Trad. José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 26.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o problema do método de investigação da natureza em Bacon, assinale a alternativa correta.

  1. O preceito metodológico do “trato direto das coisas” supõe que cada um já possui em si as condições para realizar a investigação da natureza.
  2. A investigação da natureza consiste em aplicar um conjunto de pressupostos metafísicos, cuja função é orientar a investigação
  3. As “séries e ordens” referentes aos fatos particulares resultam da aplicação dos pressupostos do método de investigação.
  4. A renúncia às noções que cada um possui é o princí- pio do método de investigação, que levará a ida aos fatos particulares.
  5. O método de interpretação da natureza propõe uma nova atitude com relação às coisas e uma nova compreensão dos poderes do intelecto.

04. (Enem 2013) Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente.

CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques. Scientiae Studia, São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado).

Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste em

  1. expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes.
  2. oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.
  3. ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o progresso.
  4. explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos.
  5. explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates acadêmicos.

05. (UECE) “Toda a obra de Francis bacon se destina a substituir uma cultura do tipo retórico-literário por uma do tipo técnico-científico. Bacon está perfeitamente consciente de que a realização deste programa de reforma comporta numa ruptura com a tradição. De que tal ruptura diz respeito não só ao modo de pensar, mas também ao modo de viver dos homens. O tipo de discurso filosófico elaborado no mundo clássico pressupõe, segundo Bacon, a superioridade da contemplação sobre as obras, da resignação diante da natureza sobre a conquista da natureza, da reflexão acerca da interioridade sobre a pesquisa voltada para os fatos e as coisas.”

ROSSI, Paolo. Os filósofos e as máquinas:1400-700. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p.75/adaptado.

A passagem acima expõe a relação entre o pensamento filosófico moderno, representado por Francis Bacon, e o pensamento filosófico clássico.

Sobre essa relação, é correto afirmar que

  1. não houve nenhuma mudança substantiva entre a forma como os modernos pensavam o mundo e a forma como os antigos interpretavam a realidade, a não ser no aspecto da adoção de um processo metodológico diferenciado do pensamento.
  2. a filosofia dos modernos buscava compreender a forma do pensamento e a partir de um raciocínio dedutivo, ao contrário dos antigos que baseavam o pensamento na forma indutiva e experimental de abordagem da realidade.
  3. a mudança da maneira com que os filósofos da modernidade passaram a pensar a realidade foi radical em relação aos antigos, representando uma ruptura com um tipo de saber retórico e a adoção de um pensamento focado na pesquisa sobre os fatos e as coisas.
  4. embora ancorada em raciocínio lógico e em um método mais preciso de análise, a filosofia dos modernos mostrava-se inferior ao pensamento antigo, em decorrência tanto de sua dependência excessiva da experiência, como do abandono do raciocínio.

06. (EMESCAM) Francis Bacon (1561 – 1626) filósofo, escritor e político Inglês considerado um dos grandes precursores do método moderno de pesquisa científico afirmou: “Os ídolos e noções falsas que ora ocupam o intelecto humano e nele se acham implantados não somente o obstruem a ponto de ser difícil o acesso da verdade, como, mesmo depois de seu pórtico logrado e descerrado, poderão ressurgir como obstáculo à própria instauração das ciências, a não ser que os homens, já precavidos contra eles, se cuidem o mais que possam”.

BACON, Francis. “Novum Organum” (versão eletrônica) XXXVIII . Disponível em: www.psb40.org.br/bib/b12.pdf Acesso em 20 de maio de 2015.

Segundo Bacon, “são de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana”, qual item abaixo não corresponde ao pensamento do filósofo:

  1. Ídolos do teatro – as opiniões que se formam em nós em decorrência dos poderes das autoridades que nos impõem seus pontos de vista.
  2. Ídolo da tribo – as opiniões que se formam em nós, por sermos da espécie humana, ou seja, em decorrência da natureza humana.
  3. Ídolo da caverna – as opiniões que se formam em nós por erros e defeitos de nossos órgãos dos sentidos.
  4. Ídolos do direito – as opiniões que se formam em nós por meio de decretos e leis que não podem ser questionados.
  5. Ídolos do fórum – as opiniões que se formam em nós como consequência da linguagem e de nossas relações com os outros.

07. (UECE) Leia atentamente o trecho a seguir, que é um fragmento do pensamento de Francis Bacon a respeito do processo de conhecimento e da relação entre conhecimento contemplativo e conhecimento prático:

“Efetivamente construímos no intelecto humano um modelo verdadeiro do mundo, tal qual foi descoberto e não segundo o capricho da razão de fulano ou beltrano. Porém, isso não é possível levar a efeito, sem uma prévia e diligentíssima dissecção e anatomia do mundo. Por isso, decidimos correr com todas essas imagens ineptas e simiescas que a fantasia humana infundiu nos vários sistemas filosóficos. Saibam os homens como já antes dissemos a imensa distância que separa os ídolos da mente humana das ideias da mente divina. Aqueles, de fato, nada mais são que abstrações arbitrárias; estas, ao contrário, são as verdadeiras marcas do Criador sobre as criaturas, gravadas e determinadas sobre a matéria, através de linhas exatas e delicadas. Por conseguinte, as coisas em si mesmas, neste gênero, são verdade e utilidade, e as obras devem ser estimadas mais como garantia da verdade que pelas comodidades que propiciam à vida humana”.

BACON, Francis. Novum Organum ou Verdadeiras Indicações Acerca da Interpretação da Natureza. Domínio público (http://br.egroups.com/group/acropolis/)

Levando em consideração o trecho acima e o pensamento de Francis Bacon, é correto afirmar que

  1. a concepção baconiana de mundo está ligada à corrente racionalista que associa a ideia divina revelada ao processo de descoberta da verdade.
  2. Bacon defendia um modo de pensar mais atento às coisas, imune aos ídolos construídos pela mente humana quando destituída de um método de abordagem do real.
  3. Francis Bacon defendia um empirismo de caráter essencialmente contemplativo com submissão parcial da experiência ao pensar especulativo.
  4. a filosofia de Francis Bacon reafirmou a importância da metafísica aristotélica como ponto máximo do conhecimento puramente contemplador da verdade.

08. (PUC-PR) São de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana. Para melhor apresentá-los, assinalamos os nomes: Ídolos da Tribo, Ídolos da Caverna, Ídolos do Foro e Ídolos do Teatro.”

Fonte: BACON. Novum Organum..., São Paulo: Nova Cultural, 1999, p.33.

É CORRETO afirmar que para Bacon:

  1. Os Ídolos da Tribo e da Caverna são os conhecimentos primitivos que herdamos dos nossos antepassados mais notáveis.
  2. Os Ídolos do Teatro são todos os grandes atores que nos influenciam na vida cotidiana.
  3. Os Ídolos do Foro são as ideias formadas em nós por meio dos nossos sentidos.
  4. Através dos Ídolos, mesmo considerando que temos a mente bloqueada, podemos chegar à verdade.
  5. Os Ídolos são falsas noções e retratam os principais motivos pelos quais erramos quando buscamos conhecer.

09. (Unesp) Os ídolos e noções falsas que ora ocupam o intelecto humano e nele se acham implantados não somente o obstruem a ponto de ser difícil o acesso da verdade, como, mesmo depois de superados, poderão ressurgir como obstáculo à própria instauração das ciências, a não ser que os homens, já precavidos contra eles, se cuidem o mais que possam. O homem se inclina a ter por verdade o que prefere. Em vista disso, rejeita as dificuldades, levado pela impaciência da investigação; rejeita os princípios da natureza, em favor da superstição; rejeita a luz da experiência, em favor da arrogânciae do orgulho, evitando parecer se ocupar de coisas vis e efêmeras; rejeita paradoxos, por respeito a opiniões vulgares. Enfim, inúmeras são as fórmulas pelas quais o sentimento, quase sempre imperceptivelmente, se insinua e afeta o intelecto.

(Francis Bacon. Novum Organum [publicado originalmente em 1620],1999. Adaptado.)

Na história da filosofia ocidental, o texto de Bacon preconiza

  1. um pensamento científico racional afastado de paixões e preconceitos.
  2. uma crítica à hegemonia do paradigma cartesiano no âmbito científico.
  3. a defesa do inatismo das ideias contra os pressupostos da filosofia empirista.
  4. a valorização romântica de aspectos sentimentais e intuitivos do pensamento.
  5. uma crítica de caráter ético voltada contra a frieza do trabalho científico.

10. (PUC-PR) Na sua obra Novum Organum, publicado em 1620, o filósofo Francis Bacon inaugura uma nova concepção de conhecimento científico.

Sobre esse novo conceito de ciência, é CORRETO afirmar que:

I. Para Bacon, a nova ciência deveria continuar usando o método dedutivo, já que ele é superior ao método indutivo, pois este estaria por demais limitado aos dados estatísticos observáveis.

II. Ele pretende distanciar-se da visão aristotélica de ciência como pura contemplação, como um saber em si mesmo.

III. Ele busca um tipo de ciência que não privilegie o falar (a retórica), mas o fazer (as obras), ou seja, trata-se de um método de enfrentamento da natureza visando a transformar o mundo a favor do ser humano. É isso o que explica a sua frase: “Os gregos, com efeito, possuem o que é próprio das crianças: estão sempre prontos para tagarelar, mas são incapazes de gerar, pois a sua sabedoria é farta em palavras, mas estéril em obras”. (Novum Organum, Livro I, § LXXI).

IV. Para Bacon, o saber científico dos gregos (entre os quais Aristóteles) é extremamente útil para a ciência moderna porque forneceria as bases para a pesquisa instrumental.

  1. Apenas as assertivas I e II estão corretas.
  2. Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
  3. Apenas as assertivas II e III estão corretas.
  4. Todas as assertivas estão corretas.
  5. Apenas a assertiva IV está correta.

11. (UFSM) Como parte de um esforço para aprimorar o letramento científico de seus alunos, a escola de Pedro ofereceu um curso de história da ciência. Nesse curso, ele aprendeu que o método de investigação científica defendido por Bacon, no surgimento da ciência moderna, consistia em elencar o maior número de observações particulares de um determinado fenômeno e, a partir daí, extrair uma lei ou conclusão geral. Esse método é usualmente conhecido como

  1. dedutivo.
  2. indutivo.
  3. sintético.
  4. analítico.
  5. intuitivo.

12. (PUC-PR) No seu livro Novum Organum, o filósofo Francis Bacon tenta se distanciar do modo grego de fazer ciência. É o que se denota, por exemplo, na seguinte passagem: “Os gregos, com efeito, possuem o que é próprio das crianças: estão sempre prontos para tagarelar, mas são incapazes de gerar, pois a sua sabedoria é farta em palavras, mas estéril em obras.”

(Novum Organum, Livro I, § LXXI).

Sobre essa posição assumida por Bacon, avalie as proposições a seguir:

I. Bacon afirma que a ciência grega está pautada na retórica, privilegiando o falar sobre a realidade e esse seria o seu limite.

II. O novo método, ao contrário, seria baseado num fazer e num agir sobre a natureza, a fim de que ela favorecesse a vida do ser humano.

III. Esse novo jeito de fazer ciência é marcado por um novo método, que é o “método indutivo”, ou seja, aquele pelo qual seria necessário ao cientista não apenas contemplar, mas, sobretudo, observar e experimentar.

IV. Segundo o autor, o novo método deveria abandonar o uso da racionalidade e se apoiar apenas no experimento prático, a fim de livrar a ciência dos erros e ilusões que o autor chama de “ídolos”.

Está(ão) CORRETA(S):

  1. Apenas as assertivas I e III.
  2. Apenas as assertivas II e IV.
  3. Apenas as assertivas I, II e III.
  4. Apenas a assertiva IV.
  5. Todas as assertivas.

13. (PUC-PR) “Ciência e poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, se não quando se lhe obedece. E o que à contemplação apresenta-se como causa é regra na prática.”

Fonte: BACON. Novum Organum..., São Paulo: Nova Cultural, 1999, p.40.

Tendo em vista o texto acima, assinale a alternativa CORRETA:

  1. Bacon estabelece que a melhor maneira de explicar os fenômenos naturais é recorrer aos princípios inatos da razão.
  2. Através do conhecimento científico, o homem aprende a aceitar o domínio dos princípios metafísicos de causalidade sobre a natureza.
  3. O conhecimento da natureza depende do poder do homem. Assim um rei conhece mais sobre a natureza do que um pobre estudante.
  4. Através da contemplação - observação - da natureza o homem aprende a conhecê-la e, então, reúne condições para dominar a natureza.
  5. Devemos ser práticos e obedecer à natureza, pois o conhecimento das relações de causa e efeito é impossível e sempre frustrante.

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