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Filosofia Moderna II

Lista de 15 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Filosofia Moderna II com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Filosofia Moderna II .




Nietzsche, Filosofia Alemã

01. (Enem 2015) A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levâ-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem imagem e favulação; e enfim, em terceiro lugar, porque nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.

NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento de filosofia entre os gregos?

  1. O impulso para transformar, mediante justificativas os elementos sensíveis em verdades racionais.
  2. O desejo de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.
  3. A necessidade de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.
  4. A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.
  5. A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o que existe no real.

Empirismo Britânico, David Hume

02. (Enem 2015) Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar.

HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.

Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que

  1. os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação.
  2. o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível.
  3. as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso.
  4. os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória.
  5. as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.

Descartes, Racionalismo

03. (Enem 2015) Após ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a concebo em meu espírito.

DESCARTES, R. Meditações. Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

A proposição “eu sou, eu existo” corresponde a um dos momentos mais importantes na ruptura da filosofia do século XVII com os padrões da reflexão medieval, por

  1. estabelecer o ceticismo como opção legítima.
  2. utilizar silogismos linguísticos como prova ontológica.
  3. inaugurar a posição teórica conhecida como empirismo.
  4. estabelecer um princípio indubitável para o conhecimento.
  5. questionar a relação entre a filosofia e o tema da existência de Deus.

Immanuel Kant, Filosofia Alemã, Metafísica

04. (Enem PPL 2015) A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na ideia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori.

KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Barcarolla, 2009.

A passagem citada expõe um pensamento caracterizado pela

  1. eficácia prática da razão empírica.
  2. transvaloração dos valores judaico-cristãos.
  3. recusa em fundamentar a moral pela experiência.
  4. comparação da ética a uma ciência de rigor matemático.
  5. importância dos valores democráticos nas relações de amizade.

Política, Positivismo

05. (Enem PPL 2015) O filósofo Auguste Comte (1798 - 1857) preenche sua doutrina com uma imagem do progresso social na qual se conjugam ciência e política deve assumir o aspecto de uma ação científica e a política deve ser estudada de maneira científica (a física social). Desde que a Revolução francesa favoreceu a integração do povo na vida social, o posotivismo obstina-se no programa de uma comunidade pacífica. E o Estado, instituição do “reino absoluto da lei”, é a garantia da ordem que impede o retorno potencial das revoluções e engendra o progresso.

RUBY, C. Introdução à filosofia política. São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado).

A característica do Estado positivo que lhe permite garantir não só a ordem, como também o desejado progresso das nações, é ser

  1. espaço coletivo, onde as carências e desejos da população se realizam por meio das leis.
  2. produto científico da física socil transcendendo e transformando as exigências da realidade.
  3. elemento unificador, organizando e reprimindo, se necessário, as ações dos membros da comunidade.
  4. programa necessário, tal como a Revolução Francesa, devendo portanto se manter aberto a novas insurreições.
  5. agente repressor, tendo um papel importante a cada revolução, por impor pelo menos um curto período de ordem.

06. (Enem 2014) A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto.

GALILEI, G. O ensaiador. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

No contexto da Revolução Científica do século XVII, assumir a posição de Galileu significava defender a

  1. continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade Média.
  2. necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado do exame matemático.
  3. oposição da nova física quantitativa aos pressupostos da filosofia escolástica
  4. importância da independência da investigação científica pretendida pela igreja.
  5. inadequação da matemática para elaborar uma explicação racional da natureza.

Descartes, Racionalismo, Metafísica

07. (Enem 2014) É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.

SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado).

Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por contribuir para o(a)

  1. dissolução do saber científico.
  2. recuperação dos antigos juízos.
  3. exaltação do pensamento clássico.
  4. surgimento do conhecimento inabalável.
  5. fortalecimento dos preconceitos religiosos.

Política, Contratualismo, Empirismo Britânico, John Locke

08. (Enem PPL 2014) Sendo os homens, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade para viverem com segurança, conforto e paz umas com as outras, gozando garantidamente das propriedades que tiverem e desfrutando de maior proteção contra quem quer que não faça parte dela.

LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1978

Segundo a Teoria da Formação, de John Locke, para viver em sociedade, cada cidadão deve

  1. manter a libertadade do estado de natureza, direito inalienável.
  2. abrir mão de seus direitos individuais em prol do bem comum.
  3. abdicar de sua propriedade e submeter-se ao poder do mais forte.
  4. concordar com as normas estabelecidas para a vida em sociedade.
  5. renunciar à posse jurídica de seus bens, mas não à sua independência.

Política

09. (Enem PPL 2014) A justiça é a primeira virtude das instituições sociais, como a verdade o é dos sistemas de pensamento. Cada pessoa possui uma inviolabilidade fundada na justiça que nem mesmo o bem-estar da sociedade como um todo pode ignorar. Por essa razão, a justiça nega que a perda de liberdade de alguns se justifique por um bem maior partilhado por todos.

HAWLS, J. Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2000 (adaptado).

O filósofo afirma que a ideia de justiça atua como um importante fundamento da organização social e aponta como seu elemnto de ação e funcionamento o

  1. povo.
  2. Estado.
  3. governo.
  4. indivíduo.
  5. magistrado.

Immanuel Kant, Filosofia Alemã, Metafísica

10. (Enem 2013) Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.

KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado)

O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele, confrontam-se duas posições filosóficas que

  1. assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.
  2. defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.
  3. revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.
  4. apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.
  5. refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant.

Descartes, Racionalismo

11. (Enem 2013) Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente.

CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques. Scientiae Studia, São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado).

Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste em

  1. expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes.
  2. oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.
  3. ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o progresso.
  4. explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos.
  5. explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates acadêmicos.

Descartes, Racionalismo, Metafísica

12. (Enem 2013) TEXTO I

Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável.

DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado).

TEXTO II

É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.

SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado)

A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se

  1. retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade.
  2. questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções.
  3. investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos.
  4. buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e ultrapassados.
  5. encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.

Política, Contratualismo, Montesquieu

13. (Enem 2013) Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. Tudo estaria perdido se o mesmo homem ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo, exercesse esses três poderes: o de fazer leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar os crimes ou as divergências dos indivíduos. Assim, criam-se os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, atuando de forma independente para a efetivação da liberdade, sendo que esta não existe se uma mesma pessoa ou grupo exercer os referidos poderes concomitantemente.

MONTESQUIEU, B. Do espírito das leis. São Paulo: Abril Cultural, 1979 (adaptado)

A divisão e a independência entre os poderes são condições necessárias para que possa haver liberdade em um Estado. Isso pode ocorrer apenas sob um modelo político em que haja

  1. exercício de tutela sobre atividades jurídicas e políticas.
  2. consagração do poder político pela autoridade religiosa.
  3. concentração do poder nas mãos de elites técnico-científicas.
  4. estabelecimento de limites aos atores públicos e às instituições do governo.
  5. reunião das funções de legislar, julgar e executar nas mãos de um governante eleito.

Empirismo Britânico, David Hume

14. (Enem PPL 2013) O contrário de um fato qualquer é sempre possível, pois, além de jamais implicar uma contradição, o espírito o concebe com a mesma facilidade e distinção como se ele estivesse em completo acordo com a realidade. Que o Sol não nascerá amanhã é tão inteligível e não implica mais contradição do que a afirmação de que ele nascerá. Podemos em vão, todavia, tentar demonstrar sua falsidade de maneira absolutamente precisa. Se ela fosse demonstrativamente falsa, implicaria uma contradição e o espírito nunca poderia concebê-la distintamente, assim como não pode conceber que 1 + 1 seja diferente de 2.

HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).

São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).

O filósofo escocês David Hume refere-se a fatos, ou seja, a eventos espaço-temporais, que acontecem no mundo. Com relação ao conhecimento referente a tais eventos, Hume considera que os fenômenos

  1. acontecem de forma inquestionável, ao serem apreensíveis pela razão humana.
  2. ocorrem de maneira necessária, permitindo um saber próximo ao de estilo matemático.
  3. propiciam segurança ao observador, por se basearem em dados que os tornam incontestáveis.
  4. devem ter seus resultados previstos por duas modalidades de provas, com conclusões idênticas.
  5. exigem previsões obtidas por raciocínio, distinto do conhecimento baseado em cálculo abstrato.

Metafísica, Filosofia Alemã

15. (Enem PPL 2013) A substância é um Ser capaz de Ação. Ela é simples ou composta. A substância simples é aquela que não tem partes. O composto é a reunião das substâncias simples ou Mônadas. Monas é uma palavra grega que significa unidade ou o que é uno. Os compostos ou os corpos são Multiplicidades, e as Substâncias simples, as Vidas, as Almas, os Espíritos são unidades. É preciso que em toda parte haja substâncias simples porque sem as simples não haveria as compostas, nem movimento. Por conseguinte, toda natureza está plena de vida.

LEIBNIZ, G. W. Discurso de metafísicas e outros textos.

São Paulo: Matins Fontes, 2004 (adaptado).

Dentre suas diversas reflexões, Leibniz voltou sua atenção para o tema da metafísica, que trata basicamente do fundamento de realidade das coisas do mundo. A busca por esse fundamento muitas vezes é resumida a partir do conceito de substância, que para ele se refere a algo que é

  1. complexo por natureza, constituindo a unidade mínima do cosmo.
  2. estabilizador da realidade, dada a exigência de permanência desta.
  3. desdobrado no composto, em vez de gerá-lo unindose a outras substâncias simples.
  4. considerado simples e múltiplo a um só tempo, por ser um todo indecomponível constituído de partes.
  5. essencial na estrutura do que existe no mundo, sem deixar de contribuir para o movimento.

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