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Ideologia

Lista de 10 exercícios de Sociologia com gabarito sobre o tema Ideologia com questões de Vestibulares.


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01. (UEMA) Analise a tirinha. O diálogo entre as personagens revela percepções diferentes sobre determinadas situações cotidianas.

O diálogo entre as personagens revela percepções diferentes sobre determinadas situações cotidianas.

Esse diálogo expressa a noção de ideologia na perspectiva de

  1. concepções variadas da realidade social, moldadas por ideias e valores que orientam o modo como os indivíduos interpretam e representam tal realidade.
  2. associações reflexivas da vida em comunidade, definidas em contraposição às mensagens transmitidas pelos veículos de comunicação.
  3. construções do mundo ideal que norteiam o desenvolvimento da consciência e da razão humana.
  4. compreensões humanas que buscam garantir a manutenção da saúde física e da psíquica.
  5. reuniões de práticas individualistas que descrevem a vida social cotidiana e a instrumentalizam.

02. (PUCCamp) Considere os itens abaixo.

I. Os dirigentes procuravam sujeitar toda a vida da nação a uma ideologia imposta pelo Partido.

II. O totalitarismo de direita era justificado como sendo o único meio de terminar com a luta de classes, com a ameaça do internacionalismo comunista e com a fraqueza da liberdade individual.

III. O combate à democracia por considerá-la um regime fraco frente às ameaças do comunismo.

IV. O nacionalismo extremado e a exaltação da guerra como meio de restaurar as glórias passadas e sobrepor o regime às demais nações.

V. A imposição de uma cooperação entre capital e o trabalho, condicionada por uma ampla legislação social.

O conhecimento histórico permite afirmar que os itens identificam

  1. pressupostos políticos da social-democracia alemã nos anos de 1960.
  2. limitações impostas pelos militares no Brasil, na década de 1970.
  3. características dos principais pontos da ideologia fascista italiana.
  4. fatores responsáveis pela implantação da República de Weimar.
  5. aspectos das ditaduras adotadas nos países latino-americanos.

03. (UEG) O fenômeno da ideologia é um dos temas fundamentais tanto da reflexão filosófica quanto da sociológica. A esse respeito, verifica-se que

  1. Weber e outros sociólogos alemães consideram que a ideologia é um fenômeno cultural derivado da evolução cognitiva do ser humano e por isso seria objeto de estudo da psicologia, da neurologia e da filosofia, e não da sociologia.
  2. os filósofos contemporâneos consideram que a ideologia é melhor compreendida a partir da definição fornecida por Destutt de Tracy, segundo a qual ela é a “ciência das ideias” e por isso é objeto de estudo exclusivo da filosofia.
  3. Mannheim entendia que a ideologia é um produto social gerado pelas classes sociais, sendo que a ideologia, no sentido mais estrito, seria produção da classe dominante, ao passo que as classes dominadas produziriam utopias.
  4. Marx compreendia que a ideologia é um sistema de pensamento ilusório e que é um fenômeno que “não tem história”, sendo natural e universal, o que gerava a necessidade de substituição da ideologia burguesa pela ideologia proletária.
  5. Hegel produziu a abordagem filosófica mais desenvolvida de ideologia e a compreendia como sendo o estágio mais desenvolvido do pensamento humano, superando outras formas de pensamento, como o mito, a religião, a filosofia e a ciência.

04. (UNESP) A utilização de fantasia pelo sistema de crença que reafirma o capitalismo ocorre a partir do consenso popular que é realizado por meio da conquista, pelos assalariados, de bens simbólicos, de expectativas e de interesses.

Assim sendo, o sistema de crença no consumo não opera sobre programas concretos e imediatos, mas sim a partir de imagens criadas pela publicidade e pela propaganda, que são fomentadas exclusivamente pela base econômica da sociedade; daí a permanente busca de realização econômica como sinônimo de todas as outras realizações ou satisfações.

Por isso é que nos roteiros de cenas a comunicação sempre espelha a positividade. Não há dor, nem crueldade, nem conflito, nem injustiça, nem infelicidade, nem miséria. A seleção e associação de signos são trabalhadas para nem de longe sugerir dúvidas no sistema de crença no consumo.

O jovem rebelde é bonito, forte, penteado e vestido com grife divulgada; o belo casal transpira boas expectativas de vida no calor do forno de micro-ondas ou na certeza de um seguro de vida ou mediante uma assistência médica eficiente; uma supercriança lambe nos superdedos a margarina de uma família feliz.

(Solange Bigal. O que é criação publicitária ou (O estético na publicidade), 1999. Adaptado.)

De acordo com o texto, no universo publicitário, a estética exerce sobretudo o papel de

  1. denunciar as condições opressivas de vida existentes no capitalismo.
  2. criticar os mecanismos de sedução exercidos pela indústria cultural.
  3. veicular imagens de caráter ideológico manipuladoras do desejo.
  4. efetivar processos formadores do senso crítico sobre a realidade.
  5. questionar os estereótipos hegemônicos na sociedade de classes.

05. (URCA) O professor Emerson Ribeiro do Departamento de Geociências do Curso de Geografia da Universidade Regional do Cariri, em seu “Livro Arte e Criatividade em Geografia: Práticas Pedagógicas em Instalações Geográficas”, passa uma mensagem da importância do papel dos professores e a relevância da Geografia no contexto da formação cidadã.

Quando o autor enfatiza a formação cidadã o mesmo se enquadra na:

  1. Escola sem Partido, que preza pelo fim da politicagem nas escolas públicas e privadas, eliminando assim a alienação escolar;
  2. Escola sem Mordaça, pois quando valoriza o papel do professor na formação cidadã do educando, está valorizando o compromisso à liberdade e a autonomia que o professor deve ter em sala de aula;
  3. Escola sem Censura, pois ao pensar a formação cidadã do aluno sem a intervenção do professor o aluno terá mais liberdade de escolhas na vida;
  4. Escola Laica, onde a religião é matéria de ensino e coadjuvante de outras matérias. Pois ser cidadão sem formação Religiosa é impossível;
  5. Escola Nova, onde após a lei de reforma do ensino médio, fortaleceu as ciências sociais na formação dos jovens educandos, garantindo assim uma formação cidadã.

06. (UNITAU) Nem o imperialismo nem o colonialismo são um simples ato de acumulação e aquisição. Ambos são sustentados e talvez impelidos por potentes formações ideológicas que incluem a noção de que certos territórios e povos precisam e imploram pela dominação.

SAID, Edward. Cultura e Imperialismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 40.

O texto acima faz referência a um conjunto de ideias que legitimou a dominação dos povos africanos e asiáticos no século XIX, dentre as quais podemos destacar

  1. o capitalismo, que afirmava a necessidade de novos mercados consumidores para a produção industrial europeia.
  2. a ideia de “destino manifesto”, empregada para justificar a ocupação do território norte-americano.
  3. a noção, defendida pela Igreja, de salvação das almas de homens considerados pagãos, infiéis e pecadores.
  4. o etnocentrismo e a noção de missão civilizadora dos povos brancos, considerados “avançados”, sobre os demais povos, considerados “atrasados”.
  5. a ideia de igualdade social e de direitos para todos os homens, independentemente de classe social ou raça.

07. (UENP) Leia o texto a seguir.

A ideia de que as culturas orais africanas eram estagnadas e aguardavam a chegada de ideias do exterior para sair da letargia é errada. Não se pode, em meu entender, subestimar o número de inovações que existem em diferentes culturas.

(GOODY, J. G. [1919-2015]. In. PALHARES-BURKE, M. L. G. As muitas faces da História: nove entrevistas. São Paulo: Editora UNESP, 2000. p.46.)

Considerando as ideias do antropólogo britânico sobre cultura e ideologia, considere as afirmativas a seguir.

I. A África é um continente de países atrasados por causa de características estruturais predominantemente resistentes, como a mentalidade arcaica dos povos e a prevalência das tradições orais na maior parte das suas sociedades.

II. Para conhecer e interpretar a realidade de um povo, basta tomar por base as capacidades inovadoras de um único setor ou dimensão, por exemplo, o das tecnologias.

III. Tipologias como “atrasado” e “desenvolvido” podem ser mais bem explicadas a partir dos múltiplos elementos e dimensões da inovação, presentes nas mais diferentes sociedades e tradições.

IV. Em termos absolutos, as sociedades não são fixas, mas mudam muito em função de suas capacidades de invenções ou das trocas ou empréstimos culturais que realizam.

Assinale a alternativa correta.

  1. Somente as afirmativas I e II são corretas.
  2. Somente as afirmativas I e IV são corretas.
  3. Somente as afirmativas III e IV são corretas.
  4. Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
  5. Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

08. (UEMA) As sociedades modernas são complexas e multifacetadas. Mas é com o capitalismo que as divisões sociais se tornam mais desiguais e excludentes. Marx já observara que só o conflito entre as classes pode mover a história. Assim sendo, para o referido autor, em qual das opções se evidencia uma característica de classe social?

  1. O status social e cultural dos indivíduos.
  2. A função social exercida pelos indivíduos na sociedade.
  3. A ação política dos indivíduos nas sociedades hierarquizadas.
  4. A identidade social, cultural e coletiva.
  5. A posição que os indivíduos ocupam nas relações de produção.

09. (Unioeste) Em História das ideias Políticas, François Châtelet e Olivier Duhamel inscrevem o movimento anarquista do século XIX dentro de uma tradição muito antiga, que é marcada pela reivindicação da independência do indivíduo e a sua capacidade para engendrar uma outra forma de organização da sociedade que não a do Estado. Sobre as principais ideias anarquistas, é correto afirmar que

  1. os anarquistas defendem um sistema político centralizador, que parte do principio que o indivíduo é essencialmente subordinado à coletividade.
  2. o anarquismo crê na emancipação social através do voto e na possibilidade de uma revolução na sociedade somente pela via política proporcionado pelo sufrágio universal.
  3. o anarquismo tem em mira o coletivo e o seu objetivo é a mudança da sociedade numa visão de classe coletivista; seu método é sempre a organização política via democracia representativa.
  4. não há correntes anarquistas, mas um único anarquismo, pois todos os anarquistas sempre estiveram de acordo em relação ao fim último de seus propósitos, e a tática mais convincente para consegui-los.
  5. para os anarquistas, o Estado, este organismo imenso e todo poderoso, é a síntese da autoridade e da centralização, cuja eliminação é inevitável ou cuja ação deve ser minimizada, quando não substituído por formas de cooperação inteiramente livres e espontâneas entre grupos, regiões e nações.

10. (UNIMONTES) “A ideologia é um conjunto lógico, sistemático e coerente de representações (ideias e valores) e de normas ou regras (de conduta) que indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar, como devem valorizar, o que devem sentir e como devem sentir. O que devem fazer e como devem fazer.”

(Marilena Chauí)

Com relação à ideologia, é INCORRETO afirmar:

  1. Caracteriza-se pela naturalização, na medida em que são consideradas naturais as situações que, na verdade, são produtos da ação humana.
  2. É uma mentira que os indivíduos da classe dominante inventam para subjugar a classe dominada.
  3. Não é uma mentira, é uma possibilidade de manutenção da coesão social.
  4. Tem por função conservar a unidade de todo o bloco social.

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