Filosofia Medieval

Lista de 06 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Filosofia Medieval com questões do Enem.


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1. (Enem 2019) De fato, não é porque o homem pode usar a vontade livre para pecar que se deve supor que Deus concedeu para isso. Hà, portanto, uma razão pela qual Deus deu ao homem esta caracteristica, pois sem ela não poderia viver e agir corretamente. Pode-se compreender, então, que ela foi concedida ao homem para esse fim, considerando-se que se um homem a usa para pecar, recairão sobre ele as punições divinas. Ora, isso seria injusto se a vontade livre tivesse sido dada ao homem não apenas para agir corretamente, mas também para pecar. Na verdade, por que deveria ser punido aquele que usasse sua vontade para o para o qual ela Ihe foi dada?

AGOSTINHO. O livre-arbitrio. In: MARCONDES, D. Textos báslcos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.

Nesse texto, o filósofo cristão Agostinho de Hipona sustenta que a punição divina tem como fundamento o(a)

  1. desvio da postura celibatária.
  2. insuficiência da autonomia moral.
  3. afastamento das ações de desapego.
  4. distanciamento das práticas de sacrificio.
  5. violação dos preceitos do Velho Anglo

Resposta: B

Resolução:

2. (ENEM 2019 PPL) Tomás de Aquino, filósofo cristão que viveu no século XIII, afirma: a lei é uma regra ou um preceito relativo às nossas ações. Ora, a norma suprema dos atos humanos é a razão. Desse modo, em última análise, a lei está submetida à razão; é apenas uma formulação das exigências racionais. Porém, é mister que ela emane da comunidade, ou de uma pessoa que legitimamente a representa.

GILSON, E.; BOEHNER, P. História da filosofia cristã. Petrópolis: Vozes, 1991 (adaptado).

No contexto do século XIII, a visão política do filósofo mencionado retoma o

  1. A pensamento idealista de Platão.
  2. conformismo estoico de Sêneca.
  3. ensinamento místico de Pitágoras.
  4. paradigma de vida feliz de Agostinho.
  5. conceito de bem comum de Aristóteles.

Resposta: E

Resolução:

3. (ENEM 2018) Desde que tenhamos compreendido o significado da palavra “Deus”, sabemos, de imediato, que Deus existe. Com efeito, essa palavra designa uma coisa de tal ordem que não podemos conceber nada que lhe seja maior. Ora, o que existe na realidade e no pensamento é maior do que o que existe apenas no pensamento. Donde se segue que o objeto designado pela palavra “Deus”, que existe no pensamento, desde que se entenda essa palavra, também existe na realidade. Por conseguinte, a existência de Deus é evidente.

TOMÁS DE AQUINO. Suma teológica. Rio de Janeiro: Loyola, 2002.

O texto apresenta uma elaboração teórica de Tomás de Aquino caracterizada por

  1. reiterar a ortodoxia religiosa contra os heréticos.
  2. sustentar racionalmente doutrina alicerçada na fé.
  3. explicar as virtudes teologais pela demonstração.
  4. flexibilizar a interpretação oficial dos textos sagrados.
  5. justificar pragmaticamente crença livre de dogmas.

Resposta: B

Resolução:

4. (ENEM 2018) Não é verdade que estão ainda cheios de velhice espiritual aqueles que nos dizem: “Que fazia Deus antes de criar o céu e a terra? Se estava ocioso e nada realizava”, dizem eles, “por que não ficou sempre assim no decurso dos séculos, abstendo-se, como antes, de toda ação? Se existiu em Deus um novo movimento, uma vontade nova para dar o ser a criaturas que nunca antes criara, como pode haver verdadeira eternidade, se n’Ele aparece uma vontade que antes não existia?”

AGOSTINHO. Confissões, São Paulo: Abril Cultural, 1984.

A questão da eternidade, tal como abordada pelo autor, é um exemplo de reflexão filosófica sobre a(s)

  1. essência da ética cristã.
  2. natureza universal da tradição.
  3. certezas inabaláveis da experiência.
  4. abrangência da compreensão humana.
  5. interpretações da realidade circundante.

Resposta: D

Resolução:

5. (Enem PPL 2015) Se os nossos adversários, que admitem a existência de uma natureza não criada por Deus, o Sumo Bem, quisessem admitir que essas considerações estão certas, deixariam de proferir tantas blasfêmias, como a de atribuir a Deus tanto a autoria dosbens quanto dos males. pois sendo Ele fonte suprema de Bondade, nunca poderia ter criado aquilo que é contrário à sua natureza.

AGOSTINHO. A natureza do Bem. Rio de Janeiro: Sétimo Selo, 2005 (adaptado).

Para Agostinho, não se deve atribuir a Deus a origem do mal porque

  1. o surgimento do mal é anterior à existência de Deus.
  2. o mal, enquanto princípio ontológico, independe de Deus.
  3. Deus apenas transforma a matéria, que é, por natureza, má.
  4. por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto, o mal.
  5. Deus se limita a administrar a dialética existente entre o bem e o mal.

Resposta: D

Resolução: Agostinho via Deus como unicamente bom e não sendo possível o mal se originar dele também (alternativa D).

A visão de Agostinho e um paradoxo:

Deus é onipotente, sendo único e originador de tudo e todos que existem, falar que ele não pode criar o mal é limitar ele, e se ele for limitado, ele não é onipotente e se o mal não foi criado por ele, ele foi criado por outra coisa ou alguém, então teremos dois seres capazes de gerar coisas.

Sabemos que, fisicamente, no nosso universo, nada pode ser criado a partir do nada, nenhuma matéria ou energia, ao menos não para os mortais, então se existe algo capaz de criar o mal, não é humano também, mas sim tão poderoso quanto Deus.

6. (Enem 2015) Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, é preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim. Com efeito, um navio, que se move para diversos lados pelo impulso dos ventos contrários, não chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem um fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e ação. Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos em vista do fim, o que a própria diversidade dos esforços e ações humanas comprova. Portanto, precisa o homem de um dirigente para o fim.

AQUINO, T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado).

No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime de governo capaz de

  1. refrear os movimentos religiosos contestatórios.
  2. promover a atuação da sociedade civil na vida política.
  3. unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum.
  4. reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística.
  5. dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual.

Resposta: C

Resolução:

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