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Karl Marx

Lista de 10 exercícios de Sociologia com gabarito sobre o tema Karl Marx com questões de Vestibulares.


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01. (UEL) Analise a imagem a seguir.

Em “O banqueiro e sua esposa”, é possível verificar a emergência da sociedade capitalista.

Em “O banqueiro e sua esposa”, é possível verificar a emergência da sociedade capitalista.

Com base na imagem e nos conhecimentos sociológicos sobre o capitalismo, assinale a alternativa correta.

  1. Weber, em A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, demonstrou que o capitalismo depende da religião para existir, pois, sem ela, não haveria acúmulo de capital.
  2. Para Durkheim, a divisão do trabalho social na sociedade capitalista isolou cada vez mais os indivíduos, restringindo, assim, a possibilidade de existência de harmonia social.
  3. Weber, contrariamente a Marx, negou a existência das classes sociais, as quais foram suplantadas pelos grupos de status.
  4. Marx e Durkheim compreenderam que o fim da sociedade capitalista se tornou possível porque o homem alienado se desencantou com o mundo existente.
  5. Para Marx, o dinheiro recebido sob a forma de salário é diferente daquele existente sob a forma de capital, pois consiste em trabalho social não pago.

Resposta: E

Resolução: A imagem apresenta uma representação de "O banqueiro e sua esposa", que ilustra a emergência da sociedade capitalista. A alternativa correta faz referência a uma ideia central do pensamento de Karl Marx sobre o capitalismo, que é a exploração do trabalho assalariado. Marx argumentava que os trabalhadores vendem sua força de trabalho por um salário, e o valor produzido por eles excede o valor de seu próprio salário, sendo a diferença a mais-valia, que é a fonte de lucro para os capitalistas. Portanto, o dinheiro recebido sob a forma de salário é o resultado do trabalho social não pago, que é a base do funcionamento do capitalismo.

02. (UDESC) “Os proletários nada têm a perder a não ser suas algemas. Têm um mundo a ganhar. Proletários de todo o mundo, uni-vos.”. Estas frases, escritas por Karl Marx e Frederich Engels, encerram o Manifesto Comunista, publicado em Londres, em 1848.

A respeito das condições de trabalho na Europa, durante o século XIX, é correto afirmar:

  1. O manifesto escrito por Marx e Engels denunciava as condições de desigualdade social entre, especialmente, a burguesia e o proletariado.
  2. O texto escrito por Marx e Engels afirmava que uma verdadeira revolução deveria ser promovida, exclusivamente, pelos dirigentes do Estado.
  3. Marx e Engels consideravam que os proletários jamais teriam condições de mudar de situação social, devido à condição de opressão em que viviam.
  4. Marx e Engels escreveram o Manifesto Comunista após a observação atenta das iniciativas de organização do estado soviético sob o governo de Stalin.
  5. Marx descreveu, no Manifesto Comunista, o detalhamento de seus projetos políticos relativos aos anos em que governou a Rússia, tendo Engels no cargo de vicechanceler.

Resposta: A

Resolução: O Manifesto Comunista, escrito por Karl Marx e Friedrich Engels, de fato denunciava as desigualdades sociais existentes na sociedade capitalista do século XIX, especialmente a desigualdade entre a burguesia (classe proprietária dos meios de produção) e o proletariado (classe trabalhadora assalariada). O manifesto defendia a ideia de que os proletários deveriam se unir para lutar contra essa desigualdade e buscar a superação do sistema capitalista.

03. (UECE) Atente para a seguinte afirmação de Karl Max sobre o trabalho no sistema capitalista: “O trabalho não produz somente mercadorias; ele produz a si mesmo e ao trabalhador como uma ‘mercadoria’”.

Fonte: Marx, Karl. Manuscritos econômicos-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2010. p. 80.

Assinale a opção que corresponde à afirmação de Karl Marx acima.

  1. O trabalho dignifica o homem, empresta-lhe sentido na vida social e, como tal, o trabalhador não existe autônomo do capital, que é a razão de existir do próprio trabalhador.
  2. O trabalhador é autônomo e dono do seu trabalho, o que reflete sua grandeza interior, e o que ele produz destina-se ao seu sustento.
  3. No capitalismo, trabalho e capital não estabelecem uma relação de oposição, pois se complementam: é no capital que o trabalhador se reconhece e é no trabalhador que o capitalista se realiza.
  4. Ao tornar-se mercadoria, o trabalhador não se reconhece no produto do seu trabalho, ao mesmo tempo em que o seu trabalho deixa de ser uma manifestação essencial do seu ser, para ser um trabalho forçado, determinado pela necessidade externa.

Resposta: D

Resolução: A afirmação de Karl Marx indica que, no sistema capitalista, o trabalhador não apenas produz mercadorias, mas também se torna ele mesmo uma "mercadoria". Isso significa que o trabalho do trabalhador é alienado, ou seja, ele não se reconhece no produto do seu próprio trabalho e não tem controle sobre o processo de produção. O trabalhador é forçado a vender sua força de trabalho para sobreviver, perdendo a conexão essencial com o trabalho que realiza. Isso leva à alienação e à exploração no sistema capitalista.

04. (UEA - SIS) Leia o texto para responder à questão.

O melhor método de análise social deve começar pelo real e pelo concreto. Em economia, começar-se-ia pela população, que é a base da produção como um todo. Mas, numa observação atenta, apercebemo-nos de que há aqui um erro. A população é uma abstração se desprezarmos as classes de que se compõe. Entretanto, essas classes são uma palavra oca se ignorarmos os elementos em que repousam, como o trabalho assalariado, o capital etc. O capital, sem o trabalho assalariado, sem o dinheiro, não é nada. Assim, se começássemos pela população teríamos uma visão caótica do todo e, através de uma análise, chegaríamos a conceitos e a determinações mais simples. Partindo daqui, seria necessário caminhar em sentido contrário até chegar finalmente de novo à população, que será, desta vez, uma totalidade de relações numerosas.

(Karl Marx. “Introdução à crítica da economia política”. Contribuição à crítica da economia política, 2015. Adaptado.)

A perspectiva metodológica do marxismo recebeu a denominação de

  1. idealismo materialista.
  2. fenomenologia espiritual.
  3. apriorismo transcendental.
  4. empirismo lógico.
  5. materialismo histórico.

Resposta: E

Resolução: O Materialismo Histórico é a abordagem metodológica desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels para analisar a sociedade, a economia e a história. Essa abordagem enfatiza a importância das relações de produção, das lutas de classe e das mudanças históricas nas estruturas sociais e econômicas. É uma forma de análise que se concentra nas condições materiais e nas contradições sociais que moldam o desenvolvimento humano e histórico.

05. (UECE) Para Karl Marx, na relação capitalista, “O trabalho produz maravilhas para os ricos, mas produz a desnudez para o trabalhador [...] quanto mais poderoso o trabalho, mais impotente fica o trabalhador”.

MARX, Karl; ENGELS, Frederic. História (Coleção Grandes Cientistas Sociais). São Paulo: Ática, 2003, p. 152.

De acordo com a informação no texto, é correto afirmar que ele diz respeito

  1. à autorrealização do trabalhador por meio do trabalho, por ele realizado, pelo qual se dá a plenitude do seu ser.
  2. ao trabalho e ao produto, fruto da capacidade do trabalhador de criar, de planejar-se e de autorrealizar-se na sua criação.
  3. ao fato de que, na produção capitalista, a relação do produto do trabalho, diante do trabalhador, o representa, porque tem sua marca pessoal.
  4. à relação do trabalhador com os objetos de sua produção, na qual ele se coisifica, se autossacrifica e, no fim, não vê o produto como seu.

Resposta: D

Resolução: O trecho citado de Marx destaca a alienação do trabalhador na produção capitalista, onde ele perde a conexão com o produto de seu trabalho e se torna uma mera parte do processo de produção, resultando em uma sensação de impotência e falta de realização pessoal. Isso reflete a ideia de que, apesar de sua capacidade de criar e produzir, o trabalhador não experimenta a plenitude do seu ser no trabalho, pois é submetido a condições de exploração e alienação.

06. (UEG) Para Marx, diante da tentativa humana de explicar a realidade e dar regras de ação, é preciso considerar as formas de conhecimento ilusório que mascaram os conflitos sociais. Nesse sentido, a ideologia adquire um caráter negativo, torna-se um instrumento de dominação na medida em que naturaliza o que deveria ser explicado como resultado da ação histórico-social dos homens, e universaliza os interesses de uma classe como interesse de todos. A partir de tal concepção de ideologia, constata-se que

  1. a sociedade capitalista transforma todas as formas de consciência em representações ilusórias da realidade conforme os interesses da classe dominante.
  2. ao mesmo tempo que Marx critica a ideologia ele a considera um elemento fundamental no processo de emancipação da classe trabalhadora.
  3. a superação da cegueira coletiva imposta pela ideologia é um produto do esforço individual principalmente dos indivíduos da classe dominante.
  4. a frase “o trabalho dignifica o homem” parte de uma noção genérica e abstrata de trabalho, mascarando as reais condições do trabalho alienado no modo de produção capitalista.

Resposta: D

Resolução: Marx argumenta que essa afirmação abstrata sobre o trabalho ignora as condições reais em que muitos trabalhadores se encontram no sistema capitalista, onde o trabalho muitas vezes é alienado, explorado e desumanizado. A ideia de que "o trabalho dignifica o homem" pode ocultar as verdadeiras relações de exploração e alienação presentes nas condições de trabalho capitalistas.

07. (UEG) A reflexão sobre o poder político acompanhou a história da filosofia desde a antiguidade e o pensamento sociológico desde seu surgimento na sociedade moderna. Nos últimos anos vêm ocorrendo diversas manifestações, protestos e revoltas em todo mundo. A esse respeito, com base no pensamento filosófico e sociológico, verifica-se que

  1. esses processos revelam a incompetência do Estado em ser o “cérebro da sociedade”, o que confirma as teses de Durkheim.
  2. essas ações coletivas podem ser interpretadas como processos derivados da expansão de uma ética protestante, confirmando as análises de Weber.
  3. os movimentos contestadores atuais expressam um processo de vontade de potência que é corroborado pela filosofia kantiana.
  4. as lutas sociais contemporâneas revelam as contradições da sociedade capitalista, o que estaria de acordo com a teoria de Marx.

Resposta: D

Resolução: De acordo com a perspectiva de Karl Marx, as lutas sociais e os movimentos de protesto são resultado das contradições inerentes ao sistema capitalista, onde existe uma luta de classes entre os detentores dos meios de produção (burguesia) e os trabalhadores assalariados (proletariado). As revoltas e manifestações podem ser vistas como uma resposta à exploração e à desigualdade presentes nesse sistema.

08. (UPE) Leia o texto a seguir sobre a concepção do Estado Democrático.

Segundo Karl Marx, o Estado é o organismo de dominação de classe, de opressão de uma classe por outra. O Estado representa a violência estabelecida e organizada, a violência legal. Ele é um instrumento, não de conciliação, mas sim de luta das classes.

(POLITZER, Georges. Princípios Fundamentais de Filosofia. São Paulo: Hemus, 1954, p. 328.)

Na citação acima, o autor configura uma leitura crítico-reflexiva sobre a concepção do Estado na perspectiva da filosofia de Karl Marx. Com relação a essa temática, é CORRETO afirmar que

  1. o Estado intenta os interesses da classe dominada e estaria a serviço da democracia.
  2. o Estado representa a síntese do que tende a superar os interesses contraditos da sociedade civil.
  3. o Estado é um meio suplementar de exploração das classes oprimidas, ou seja, o instrumento de dominação da classe economicamente mais poderosa.
  4. o Estado é decisivo para defesa de um modo de produção. Trata-se de um instrumento de conciliação e democratização da sociedade.
  5. o Estado não oprime, mas concilia os meios de produção para a democratização da sociedade civil.

Resposta: C

Resolução: De acordo com a perspectiva de Karl Marx, o Estado é visto como um instrumento de dominação de classe, onde a classe economicamente mais poderosa (burguesia) utiliza o Estado para manter sua posição dominante e explorar as classes oprimidas (proletariado). Marx argumentava que o Estado serve aos interesses da classe dominante e que sua estrutura e funcionamento estão enraizados nas relações de produção e nas lutas de classe.

09. (UECE) Para Karl Marx, há um caráter misterioso que o produto do trabalho apresenta ao assumir a forma de mercadoria.

MARX, K. O capital. Crítica da economia política. Vol. I, 11ª ed., São Paulo: Editora Bertrand Brasil – DIFEL, 1987

Karl Marx atribui essa propriedade misteriosa assumida pela mercadoria ao

  1. valor de uso da mercadoria.
  2. fetichismo da mercadoria.
  3. tempo do trabalho gasto na mercadoria.
  4. valor a mais extraído da mercadoria.

Resposta: B

Resolução: Karl Marx se refere ao "fetichismo da mercadoria" para descrever o fenômeno pelo qual as relações sociais entre pessoas são obscurecidas e mediadas pelas relações de troca entre as mercadorias no sistema capitalista. As mercadorias assumem uma propriedade misteriosa e quase mágica, onde sua importância é atribuída não ao trabalho humano que nelas foi incorporado, mas ao valor de troca e ao mercado.

10. (URCA) Sobre a influência decisiva que o marxismo exerceu na gênese da geografia critica. Marque a opção INCORRETA.

  1. No plano pedagógico instrumentalizou as correntes tecnicistas e utilitaristas da renovação, defendendo que a geografia se preocupasse com a relação sociedade natureza, posicionando os seres humanos como agentes que sofrem influencia do meio, mas também agem sobre ele, transformando-o.
  2. No plano epistemológico, subsidiando os esforços de redefinição do objeto da disciplina, fornecendo um método de analise que se procurava aplicar a esse objeto e ainda um discurso que atribuía ao método marxista uma cientificidade inquestionável.
  3. No plano teórico, por oferecer uma teoria critica ampla do capitalismo e um sistema de conceitos e teorias mais especificas passiveis de serem aplicadas no estudo de temas geográficos.
  4. Na esfera ideológica, moldando (e ao mesmo tempo se moldando) à visão de mundo dos geógrafos, isto é, às representações e valores simbólicos que orientam seus posicionamentos políticos.
  5. No plano ontológico, estabelecendo a existência de um estrito vinculo entre ciência, ética e política e enfatizando a necessidade da ação militante, a qual deveria tomar por base os pressupostos teóricos e metodológicos para assumir um caráter cientifico e transformador.

Resposta: A

Resolução: O marxismo, na gênese da geografia crítica, não se alinhou às correntes tecnicistas e utilitaristas da renovação, mas sim buscou enfocar a análise geográfica de maneira mais ampla, considerando a influência das relações sociais, econômicas e políticas na organização e transformação do espaço geográfico.

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