Lógica Filosófica

Lista de 10 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Lógica Filosófica com questões de Vestibulares.


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01. (UNESP) Não é fácil vencer uma discussão. Especialmente em um contexto inflamado, em que as opiniões se polarizam, notícias falsas se proliferam, debatedores recorrem a ofensas e sarcasmo e festas de fim de ano criam ambientes propícios para a briga. Uma boa discussão, ao contrário do que a maior parte das pessoas pensa, não serve para a disputa — e, sim, para a construção do conhecimento. Nesse sentido, saber sustentar uma boa argumentação é fundamental.

(Beatriz Montesanti e Tatiana Dias. “Por que ‘opinião não é argumento’, segundo este professor de lógica da Unicamp”. www.nexojornal.com.br, 28.02.2018.)

O excerto explicita a relevância de uma área da filosofia que contribui para o desenvolvimento de boas discussões, qual seja,

  1. a lógica e a investigação da estrutura do pensamento humano.
  2. a estética e a investigação do uso de imagens ao longo da história.
  3. a metafísica e o entendimento das qualidades do ser.
  4. a ética e a compreensão dos modos de agir individual.
  5. a epistemologia e a verificação da natureza do conhecimento.

Resposta: A

Resolução: O excerto explicita a relevância da seguinte área da filosofia que contribui para o desenvolvimento de boas discussões:

02. (UECE) Considerando a premissa: “Se Alcibíades empurrar Sócrates, Sócrates cai”, analise os seguintes argumentos:

I. Sócrates caiu, logo Alcibíades o empurrou.

II. Alcibíades o empurrou, logo Sócrates caiu.

III. Sócrates não caiu, logo Alcibíades não o empurrou.

É correto dizer que o que consta em

  1. I e II são argumentos válidos.
  2. I e III são argumentos válidos.
  3. III constitui uma falácia.
  4. I constitui uma falácia.

Resposta: D

Resolução:I constitui uma falácia, I. Sócrates caiu, logo Alcibíades o empurrou.

Sócrates poderia ter sido empurrado por outra pessoa, Alcibíades só iria derrubar Sócrates ao empurrar.

03. (UEMA) Analise o seguinte argumento

Se um grande número de As foi observado sob ampla variedade de condições, e se todos esses As observados possuíam, sem exceção, a propriedade B, então todos os As têm a propriedade B.

Tome-se como exemplo para o enunciado acima o ponto de ebulição da água. Sempre que observamos a água ferver (A), isso aconteceu a 100 graus centígrados (propriedade B). Portanto, pode-se concluir que a água (A), e, qualquer água encontrada na terra, ferve a 100 graus centígrados (propriedade B).

https://filosofianaescola.com/logica/argumento-indutivo

Como é classificado esse tipo de argumento?

  1. Dedução
  2. Bicondicional
  3. Indução
  4. Conjuntivo
  5. Disjuntivo

Resposta: C

Resolução: A indução é um tipo de raciocínio lógico em que, a partir de observações particulares, se generaliza uma conclusão sobre todos os casos similares. No caso do exemplo dado sobre o ponto de ebulição da água, ao observar um grande número de ocorrências em que a água ferve a 100 graus centígrados, generaliza-se que todas as águas têm essa propriedade.

04. (UPE) Sentença ou proposição que não é provada ou demonstrada é considerada óbvia ou um consenso inicial necessário para a construção ou aceitação de uma teoria. Os “Elementos” de Euclides trazem alguns exemplos dessas proposições: “Duas coisas iguais a uma terceira, são iguais entre si”, “Coisas que coincidem uma com a outra, são iguais”.

Esse tipo de proposição ou sentença é chamado de

  1. Lógica.
  2. Paradoxo.
  3. Ciência.
  4. Axioma.
  5. Contradição.

Resposta: D

Resolução: Os axiomas são enunciados que são considerados evidentes ou autoevidentes e servem como bases iniciais para a construção ou aceitação de uma teoria ou sistema lógico. Eles não precisam ser provados ou demonstrados, pois são aceitos como verdadeiros por convenção ou consenso inicial. Nos "Elementos" de Euclides, os axiomas são as proposições básicas a partir das quais ele constrói a geometria euclidiana.

05. (UFPR) Considere as três premissas abaixo:

1. Devemos proibir legalmente apenas o que é moralmente incorreto.

2. Os filhos mentirem para os pais é moralmente incorreto.

3. Todavia, os filhos mentirem para os pais não deve ser legalmente proibido.

A partir dessas premissas, é correto inferir que:

  1. Não é verdade que devemos proibir legalmente apenas o que é moralmente incorreto.
  2. Os filhos mentirem para os pais não é moralmente incorreto.
  3. Tudo o que é moralmente incorreto é ilegal.
  4. Nem tudo que é moralmente incorreto deve ser legalmente proibido.
  5. Deveria ser proibido que os filhos mentissem para os pais.

Resposta: D

Resolução: Isso é uma inferência direta das premissas 1 e 3. A premissa 1 estabelece que devemos proibir legalmente apenas o que é moralmente incorreto. A premissa 3 diz que os filhos mentirem para os pais não deve ser legalmente proibido, o que significa que nem tudo que é moralmente incorreto (neste caso, a mentira dos filhos para os pais) deve ser legalmente proibido.

06. (UECE) Numa postagem do Facebook, um usuário afirma:

Alguém apagou o vídeo em que mostra imagens de mulher nua

Arregou

Uma amiga comenta:

Todo covarde é arregão... Todo estuprador é covarde... logo, todo estuprador é arregão...

Observe que esse comentário constitui um argumento, com premissas e conclusão.

Supondo que a palavra “covarde” tenha o mesmo significado nas duas premissas, a forma do argumento é

  1. falaciosa.
  2. modus ponens.
  3. modus tollens.
  4. silogística.

Resposta: D

Resolução: A forma do argumento apresentado é a seguinte:

Premissa 1: Todo covarde é arregão.

Premissa 2: Todo estuprador é covarde.

Conclusão: Logo, todo estuprador é arregão.

Essa é uma forma de argumento silogística. Portanto, a resposta correta é: silogística.

07. (FGV-SP) César afirma que a emissão descontrolada de moeda causa inflação.

A contrapositiva dessa afirmação, que do ponto de vista da lógica é equivalente à sentença condicional de César, é:

  1. a inflação causa a emissão descontrolada de moeda.
  2. a emissão controlada de moeda não causa inflação.
  3. a emissão descontrolada de moeda não causa inflação.
  4. não temos inflação, portanto não houve emissão descontrolada de moeda.
  5. não houve emissão descontrolada de moeda, portanto não há inflação.

Resposta: D

Resolução: A contrapositiva de uma sentença condicional é obtida negando o antecedente e o consequente e invertendo a ordem dos dois termos. A sentença condicional dada por César é: "A emissão descontrolada de moeda causa inflação."

A contrapositiva dessa sentença seria: "Se não há inflação, então não houve emissão descontrolada de moeda."

08. (ENEM PPL 2011) A confusão era grande e ficou ainda maior depois do discurso do presidente norte-americano Barack Obama em defesa da guerra, ao receber o Prêmio Nobel da Paz de 2009. Como liberal, Obama poderia ter utilizado os argumentos do filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), que também defendeu, na sua época, a legitimidade das guerras como meio de difusão da civilização européia.

FIORI, J. L. A moral internacional e o poder. Revista CULT. Nº 145. São Paulo: Bregantini, abr. 2010.

O argumento utilizado por Barack Obama ao defender a guerra em nome da paz constitui um tipo de raciocínio

  1. indutivo.
  2. dedutivo.
  3. paradoxal.
  4. metafórico.
  5. analógico.

Resposta: C

Resolução: "defesa da guerra, ao receber o Prêmio Nobel da Paz de 2009" É uma aparente contradição entre duas ideias ou eventos que, a princípio, não podem coexistir, mas que podem revelar um sentido mais profundo quando analisados em profundidade.

09. (UEMA) O raciocínio lógico faz parte do cotidiano. Sempre que se conversa com o outro, usam-se argumentos para expor e para defender pontos de vista. Entre os vários tipos de argumentos existe a falácia, que significa raciocínio incorreto com aparência de correção.

Analise a situação a seguir.

Sandro, engenheiro renomado e morador do bairro do Anil, em São Luís-MA, vai ao Socorrão II visitar um amigo doente. Ele normalmente não fica doente e, por isso mesmo não precisou frequentar hospitais antes. Ocorre que, enquanto esteve nas dependências do hospital de urgência e emergência, Sandro não viu nenhum médico, mas reparou na permanência de muitos doentes nas enfermarias e tantos outros espalhados pelos corredores. Após a visita, já em casa, comentou com seus familiares “Por isso que não vou a hospitais me tratar. Os médicos nunca estão lá quando precisamos”.

A conclusão a que chega Sandro é um argumento falacioso em razão de ser

  1. uma generalização, porque é feita a partir de poucos fatos.
  2. uma ignorância da questão, porque desvia do assunto central tratado.
  3. um argumento contra o homem, porque quem fala não merece confiança.
  4. uma petição de princípio, porque se supõe conhecer aquilo que é o objeto em questão.
  5. um argumento de autoridade, porque se recorre aos conhecimentos de alguém que não pertence a mesma área do assunto abordado.

Resposta: A

Resolução: O argumento de Sandro é baseado em sua experiência única e limitada no hospital Socorrão II, onde ele não viu nenhum médico durante sua visita. A partir dessa experiência específica, ele generaliza que os médicos nunca estão presentes quando são necessários em hospitais. No entanto, essa conclusão não é apoiada por uma amostra representativa ou estatisticamente significativa de casos, pois ele baseia seu argumento em um único incidente.

Essa generalização apressada é uma falácia, pois extrapola uma conclusão muito ampla a partir de uma observação limitada, ignorando a possibilidade de variação entre diferentes situações e hospitais.

10. (UECE) “É impossível que o mesmo atributo, ao mesmo tempo, pertença e não pertença à mesma coisa segundo o mesmo aspecto.”

ARISTÓTELES. Metafísica, IV, 105a15. São Paulo: Loyola, 2002 – Adaptado.

Sobre a citação acima, é correto afirmar que

  1. expressa uma tese sobre a realidade, não sobre o princípio a ser observado na argumentação.
  2. é um princípio do argumento coerente, não contraditório, mas não diz respeito à realidade.
  3. é um princípio, tanto da realidade quanto do pensamento, a ser observado na argumentação.
  4. não diz respeito, como princípio metafísico, à argumentação, à realidade e ao pensamento.

Resposta: C

Resolução: O princípio expresso na citação é conhecido como "princípio de não contradição." Esse princípio afirma que uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo e no mesmo aspecto. Em outras palavras, uma coisa não pode ter uma característica e sua negação ao mesmo tempo sob as mesmas circunstâncias.

Esse princípio é fundamental na lógica e na filosofia, pois fornece uma base para a consistência e a coerência do pensamento e da argumentação. Ele ajuda a evitar contradições e a garantir que as conclusões sejam válidas e racionais. Portanto, esse princípio é importante tanto na análise da realidade quanto na estruturação adequada dos argumentos.

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