Thomas Hobbes
Lista de 15 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Thomas Hobbes com questões de Vestibulares.
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01. (Enem Digital 2020) O fim último, causa final e desígnio dos homens, ao introduzir uma restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita; quer dizer, o desejo de sair da mísera condição de guerra que é a consequência necessária das paixões naturais dos homens, como o orgulho, a vingança e coisas semelhantes. É necessário um poder visível capaz de mantê-los em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito às leis, que são contrárias a nossas paixões naturais.
HOBBES, T. M. Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).
Para o autor, o surgimento do estado civil estabelece as condições para o ser humano
- internalizar os princípios morais, objetivando a satisfação da vontade individual.
- aderir à organização política, almejando o estabelecimento do despotismo.
- aprofundar sua religiosidade, contribuindo para o fortalecimento da Igreja.
- assegurar o exercício do poder, com o resgate da sua autonomia.
- obter a situação de paz, com a garantia legal do seu bem-estar.
Resposta: E
Resolução: A resposta correta é a opção E, pois o autor afirma que o fim último do ser humano é o cuidado com sua própria conservação e uma vida mais satisfeita, o que pode ser alcançado através do estabelecimento do estado civil, que estabelece as condições para a paz e garante a legalidade do bem-estar do indivíduo. As outras opções não estão de acordo com o texto apresentado.
02. (UECE) Um dos argumentos em favor do direito amplo ao armamento individual é o que afirma que cabe ao próprio indivíduo, e não ao Estado, a proteção de sua vida e de sua propriedade. Esse argumento pode ser entendido, nos termos da filosofia de Thomas Hobbes, como um “direito de natureza”, que o pensador inglês define no seguinte modo: “O direito de natureza é a liberdade que cada homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, de sua vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim”.
HOBBES, Thomas. Leviatã, Parte I, cap. XIV. Trad. br. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1983 – adaptado.
Com base na definição acima, considere as seguintes afirmações:
I. O direito de natureza não garante a vida de ninguém.
II. O direito de natureza não garante a propriedade individual.
III. O direito de natureza é igual para todos.
É correto o que se afirma em
- I e II apenas.
- I e III apenas.
- II e III apenas.
- I, II e III.
Resposta: D
Resolução: A resposta correta é a opção D, pois todas as afirmações são corretas de acordo com a definição apresentada pelo autor. A afirmação I é correta, pois o direito de natureza se preocupa com a preservação da própria vida do indivíduo, e não com a vida de outras pessoas. A afirmação II também é correta, pois o direito de natureza se refere à liberdade do indivíduo de usar seu próprio poder para proteger sua própria propriedade. A afirmação III é correta, pois o direito de natureza é igual para todos, uma vez que se baseia na liberdade do indivíduo de usar seu próprio poder para preservar sua própria vida e propriedade.
03. (UFU) Leia o excerto do Leviatã de Thomas Hobbes (1588–1679).
“Desta guerra de todos os homens contra todos os homens também isto é consequência: que nada pode ser injusto. As noções de bem e mal, de justiça e de injustiça não podem aí ter lugar. Onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei não há injustiça. A justiça e a injustiça não fazem parte das faculdades do corpo ou do espírito. Se assim fosse, poderiam existir num homem que estivesse sozinho no mundo, do mesmo modo que seus sentidos e paixões.”
HOBBES, Thomas. Leviatã: ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. Trad. João P. Monteiro e Maria B. N. da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
Do excerto acima, depreende-se que
I. no estado de natureza, existe moralidade.
II. a noção de que “o homem é o lobo do homem”.
III. o Estado já é tratado como poder político.
IV. o Pacto Social e o do Estado são necessários.
Assinale a alternativa que apresenta as afirmativas corretas.
- Apenas I e II.
- Apenas I e III.
- Apenas II e IV.
- Apenas III e IV.
Resposta: C
Resolução: A resposta correta é a opção C, pois as afirmativas II e IV são corretas de acordo com o excerto apresentado. A afirmativa II é correta, pois o autor afirma que no estado de natureza, que é aquele em que os homens vivem em guerra uns contra os outros, "nada pode ser injusto" e "as noções de bem e mal, de justiça e de injustiça não podem aí ter lugar", o que leva à conclusão de que o homem é o lobo do homem. A afirmativa IV é correta, pois o autor afirma que a justiça e a injustiça só podem existir onde há lei, e que para que haja lei é necessário um poder comum, o que implica em um pacto social ou no estabelecimento de um estado. As afirmativas I e III são incorretas, pois o autor afirma que no estado de natureza não existe moralidade e que o estado ainda não é tratado como poder político.
04. (Mackenzie) “O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os votos), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com a sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita.” (Thomas Hobbes) Hobbes, teórico e filósofo do século XVII, elaborou as bases do seu pensamento político, admitindo a existência de um pacto social entre os homens e o governo, capaz de realizar uma construção racional da sociedade. Considere as assertivas abaixo.
I. A humanidade, no seu estado natural, era uma selva. Mas quando os homens eram submetidos por Estados soberanos, não tinham que recear um regresso à selva no relacionamento entre indivíduos, a partir do momento em que os benefícios consentidos do poder absoluto, em princípio ilimitado, permitiam ao homem deixar de ser uma ameaça para os outros homens.
II. Sua doutrina, a respeito do direito divino dos reis serviu como suporte ideológico ao despotismo esclarecido dos monarcas europeus durante a Era Moderna e de inspiração para a burguesia mercantil, em luta contra o poderio que a nobreza exercia sobre as cidades.
III. O Absolutismo, por ele defendido, seria uma nova forma de governo capaz de articular setores sociais distintos. Atenderia aos anseios dos setores populares urbanos, interessados em apoiar o poder real a fim de contar com isenção fiscal, assim como a aristocracia, que encontra, nessa forma de governo, possibilidade de manter seus privilégios econômicos e sociais.
Assinale
- se apenas I estiver correta.
- se apenas II estiver correta.
- se apenas III estiver correta.
- se apenas I e II estiverem corretas.
- se apenas II e III estiverem corretas.
Resposta: A
Resolução: A resposta correta é a opção A, pois apenas a afirmativa I está correta de acordo com o texto apresentado. A afirmativa I é correta, pois o autor afirma que o fim último dos homens é o cuidado com sua própria conservação e uma vida mais satisfeita, e que isso pode ser alcançado através do estabelecimento de um pacto social com o governo. A afirmativa II é incorreta, pois o autor não defende o direito divino dos reis como uma doutrina, e sim o absolutismo como uma forma de governo. A afirmativa III também é incorreta, pois o absolutismo defendido pelo autor não articularia setores sociais distintos e não atenderia aos anseios dos setores populares urbanos e da aristocracia.
05. (Santa Casa) Os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos outros (e sim, pelo contrário, um enorme desprazer), quando não existe um poder capaz de manter a todos em respeito. [...]
Portanto tudo aquilo que é válido para um tempo de guerra, em que todo homem é inimigo de todo homem, o mesmo é válido também para o tempo durante o qual os homens vivem sem outra segurança senão a que lhes pode ser oferecida por sua própria força e sua própria invenção. [...]
Portanto não é de admirar que seja necessária alguma coisa mais, além de um pacto, para tornar constante e duradouro seu acordo: ou seja, um poder comum que os mantenha em respeito, e que dirija suas ações no sentido do benefício comum.
(Thomas Hobbes. Leviatã, 1983.)
Thomas Hobbes (1588-1679) defende, no texto,
- a instituição de um poder político soberano, capaz de conter os homens e permitir a vida em sociedade.
- a submissão plena a um poder religioso, que impeça os homens de lutarem uns contra os outros.
- a constituição de um pacto social, necessário para que os homens retornem à liberdade do estado de natureza.
- a guerra social, fundamental para que se eliminem as diferenças entre as classes e se construa uma sociedade igualitária.
- a implantação de uma ditadura, que elimine as disputas político-partidárias e suprima a democracia.
Resposta: A
Resolução: A resposta correta é a opção A, pois o autor defende a instituição de um poder político soberano, capaz de conter os homens e permitir a vida em sociedade. No texto, o autor afirma que é necessário um poder comum que mantenha os homens em respeito e dirija suas ações no sentido do benefício comum, e que esse poder é necessário para tornar constante e duradouro o pacto social entre os homens. As demais opções são incorretas, pois o autor não defende a submissão plena a um poder religioso, a constituição de um pacto social para retornar à liberdade do estado de natureza, a guerra social para construir uma sociedade igualitária ou a implantação de uma ditadura para eliminar as disputas político-partidárias e suprimir a democracia.
06. (UFRN) O cargo de soberano (seja ele um monarca ou uma assembleia) consiste no objetivo para o qual lhe foi confiado o soberano poder, nomeadamente a obtenção da segurança do povo, ao qual está obrigado pela lei da natureza, e do qual tem de prestar contas a Deus, o autor dessa lei, e a mais ninguém além dele. [...] Deus é rei, que a terra se alegre, escreve o salmista. E também, deus é rei muito embora as nações não o queiram; e é aquele que está sentado entre os querubins, muito embora a terra seja movida.
(Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1988. p. 103-6, 200-1. Col. Os Pensadores, v. 1.)
O período do Antigo Regime foi permeado de muitos defensores, tanto quanto de opositores à soberania real. Na visão de Hobbes, autor do livro “O Leviatã”, bem como na visão de outros filósofos contemporâneos a ele, como Bossuet e Maquiavel, o poder do rei deve
- existir, desde que comprovada a sua aptidão e eficiência em relação à gestão pública.
- ser visto como inalienável, ilimitado e inquestionável, já que, segundo alguns desses pensadores, procede de Deus.
- prevalecer acima de outros poderes (executivo, legislativo e judiciário), desde que não os exclua ou o contradiga.
- ser baseado na astúcia e na sabedoria, mas, acima de tudo, no preparo intelectual e acadêmico, ao qual tem que se submeter qualquer governante.
Resposta: B
Resolução: As ideias de Hobbes sobre a soberania do rei foram bastante influentes na época do Antigo Regime, especialmente entre os defensores da monarquia absoluta. Segundo Hobbes, o poder do rei é legítimo porque procede de Deus e é inalienável, ilimitado e inquestionável. Além disso, o rei deve prevalecer acima de outros poderes, mas isso não significa que ele os exclua ou contradiga. As outras opções não refletem corretamente as ideias de Hobbes sobre a soberania real.
07. (Enem 2015) A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que um deles possa com base nela reclamar algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Martins Fontes, 2003
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo objeto, eles
- entravam em conflito.
- recorriam aos clérigos.
- consultavam os anciãos.
- apelavam aos governantes.
- exerciam a solidariedade.
Resposta: A
Resolução: Hobbes acreditava que no estado de natureza, que é o estado da sociedade antes do estabelecimento de um poder comum para manter as pessoas maravilhadas, as pessoas estariam em uma guerra de todos contra todos. Isso ocorre porque sem um poder comum para manter as pessoas admiradas, não haveria lei ou justiça, e as pessoas teriam que confiar em sua própria força para se proteger. Isso levaria a uma situação em que as pessoas estariam constantemente em conflito umas com as outras, tentando impor seus próprios interesses sobre os dos outros.
08. (UEMA) No século XVII, o filósofo inglês Thomas Hobbes, filiado ao empirismo moderno, resume as orientações ético-políticas à conservação da vida. Com base nessa tese hobbesiana, é correto afirmar que
- não existem valores universais, embora as teorias biológicas tornem-se pressupostos básicos à ética e à política.
- mesmo não existindo valores universais, valores metafísicos são admitidos, desde que sejam úteis à vida.
- inegavelmente o bem e o mal são metafísicos e históricos, embora não existam valores universais.
- não existem valores universais, ainda que valores divinos possam conservar a vida dos homens.
- não existem valores universais, mas essencialmente aquilo que conserva ou ameaça a vida.
Resposta: E
Resolução: O filósofo Thomas Hobbes defende a ideia de que o objetivo principal da ética e da política é a conservação da vida dos indivíduos. Em sua obra "Leviatã", Hobbes afirma que a natureza humana é essencialmente egoísta e que os indivíduos estão constantemente em conflito uns com os outros, o que leva ao estado de guerra de todos contra todos. Portanto, ele defende a necessidade de um poder comum que possa manter os indivíduos em respeito e promover a vida em sociedade. Nessa perspectiva, os valores universais não são considerados relevantes, já que o que importa é aquilo que conserva ou ameaça a vida dos indivíduos. Portanto, a resposta correta é a opção E.
09. (Enem PPL 2013) Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e indivisível. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor, mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade nocivos à paz.
CHEVALLIER, J. J. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos dias. Rio de Janeiro: Agir, 1995 (adaptado).
A proposta de organização da sociedade apresentada no texto encontra-se fundamentada na
- imposição das leis e na respeitabilidade ao soberano.
- abdicação dos interesses individuais e na legitimidade do governo.
- alteração dos direitos civis e na representatividade do monarca.
- cooperação dos súditos e na legalidade do poder democrático.
- mobilização do povo e na autoridade do parlamento.
Resposta: B
Resolução: Isso significa que, segundo Hobbes, os indivíduos devem renunciar a certos direitos e liberdades em benefício da paz e da estabilidade da sociedade e que o governo tem legitimidade porque foi criado por meio de um contrato entre os indivíduos e é responsável por garantir a paz e a segurança da sociedade.
10. (UNESP) É como se cada homem dissesse a cada homem: Autorizo e transfiro o meu direito de me governar a mim mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires para ele o teu direito, autorizando de uma maneira semelhante todas as suas ações. Feito isso, à multidão assim unida numa só pessoa se chama Estado
(Thomas Hobbes. Leviatã, 2003. Adaptado.)
No texto, o autor expressa sua teoria sobre a origem do Estado.
Nessa teoria, o Estado tem sua origem na
- atribuição de um poder absoluto ao soberano.
- criação de leis aplicáveis ao povo e ao governante.
- instituição de um governo pelos mais sábios.
- manipulação do povo pelos chefes de Estado.
- gestão do coletivo no estado de natureza.
Resposta: A
Resolução: Sim, o texto apresenta a teoria de Hobbes sobre a origem do Estado, segundo a qual os indivíduos renunciam a seus direitos e liberdade em benefício da paz, e transferem o poder de governo a um soberano, seja ele um indivíduo ou uma assembleia de homens. O soberano, nesse caso, é investido de um poder absoluto e indivisível para assegurar a ordem e a segurança na sociedade.
11. (UCPEL) Thomas Hobbes, importante pensador do século XVII, defendia que ao
- rei é lícito governar despoticamente, em virtude do poder absoluto que recebeu do povo.
- parlamento cabe limitar a ação do monarca, pois os governantes estão submetidos à lei dos homens.
- povo cabe o direito de rebelião, sempre que os governantes se mostrarem absolutistas.
- governante cumpre submeter-se à lei natural, de origem divina,que limitou sua ação.
- Estado cabe garantir a liberdade de seus súditos, a fim de que haja ordem e segurança.
Resposta: A
Resolução: Hobbes defendia que o rei possuía poder absoluto e que era lícito governar despoticamente, mas isso não significa que ele defendesse que os governantes estavam isentos de serem submetidos à lei. Na verdade, Hobbes argumentava que os governantes deveriam cumprir a lei natural, que é de origem divina, e que limita sua ação. Ele também defendia que o Estado deveria garantir a liberdade de seus súditos para garantir a ordem e a segurança. Portanto, a resposta correta seria a opção D, "governante cumpre submeter-se à lei natural, de origem divina, que limitou sua ação."
12. (UFT) Hobbes, filósofo inglês que viveu entre 1588 e 1679, faz parte do conjunto dos pensadores contratualistas, defendendo justamente a ideia de um contrato social como base da criação e da manutenção de um Estado eficiente. No Leviatã, ele afirma que “os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos outros [...] quando não existe um poder capaz de manter a todos em respeito”.
Fonte: HOBBES, Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 78.
A partir da frase citada, assinale a alternativa CORRETA:
- Reflete a antropologia hobbesiana que, como Rousseau, sublinha o caráter bondoso do homem na sua condição natural.
- Opõe-se radicalmente à célebre afirmação do pensamento aristotélico, segundo a qual o homem é um animal político.
- Reafirma a natureza essencialmente política do homem que serve de base para o estabelecimento do contrato social.
- Revela o interesse hobbesiano de salvaguardar as condições originais da vida do homem no estado de natureza.
Resposta: B
Resolução: A afirmação de Hobbes de que os homens não tiram prazer algum da companhia uns dos outros quando não existe um poder capaz de manter a todos em respeito reflete a visão de Hobbes sobre o estado de natureza. Para ele, o estado de natureza era um estado de guerra constante, onde os indivíduos eram constantemente ameaçados e não conseguiam desfrutar das vantagens da sociedade. Portanto, a afirmação de Hobbes se opõe radicalmente à ideia de Aristóteles de que o homem é um animal político e que possui uma natureza essencialmente política. Portanto, a resposta correta seria a opção B, "Opõe-se radicalmente à célebre afirmação do pensamento aristotélico, segundo a qual o homem é um animal político."
13. (UFU) A maior parte daqueles que escreveram alguma coisa a propósito das repúblicas ou supõe, ou nos pede, ou requer que acreditemos que o homem é uma criatura que nasce apta para a sociedade.
HOBBES, T. Do cidadão. Tradução de Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Martins Fontes, 2002 . p. 25.
Hobbes refutava a pretensa sociabilidade natural do homem. Assinale a alternativa que, segundo Hobbes, justifica a associação dos homens em uma comunidade política.
- O sentimento de igualdade garante o convívio humano, portanto, essa certeza atesta a inexistência do medo no estado de natureza e revela que a camaradagem é o alicerce da sociedade civil.
- O pacto social confirma a ideia inatista da sociabilidade humana, os afetos que estão em cada indivíduo e os impelem à vida em comunidade, independentemente das vantagens que esse modo de vida acarreta.
- O amor é o sentimento que une os homens, pois nisso consiste a verdadeira igualdade entre os homens, e a comunidade política se origina desse laço afetivo capaz de materializar o pacto social.
- O homem não é naturalmente levado a viver em sociedade, a ordem civil é acidental, a união não é movida pela busca de companhia, mas pelo proveito que essa união poderá proporcionar.
Resposta: D
Resolução: Hobbes refutava a ideia de que o homem é naturalmente sociável e que é levado a viver em sociedade. Para ele, o homem é movido pelo medo e pelo interesse próprio e só se une a outros homens para proteger a própria segurança. Portanto, a resposta correta seria a opção D, "O homem não é naturalmente levado a viver em sociedade, a ordem civil é acidental, a união não é movida pela busca de companhia, mas pelo proveito que essa união poderá proporcionar."
14. (UEL) Leia o texto a seguir.
As leis da natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia e a piedade) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias às nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho e a vingança. Os pactos sem a espada não passam de palavras, sem força para dar qualquer segurança a ninguém. Portanto, apesar das leis da natureza (que cada um respeita quando tem vontade de respeitá-las e quando pode fazê-lo com segurança), se não for instituído um poder suficientemente grande para nossa segurança, cada um confiará, e poderá legitimamente confiar, apenas em sua própria força e capacidade, como proteção contra todos os outros.
(Adaptado de: HOBBES, T. Leviatã. São Paulo: Victor Civita, 1974. p.107.)
Um dos problemas enfrentados pela Filosofia Política diz respeito às razões que levam os indivíduos a se unirem com o objetivo de constituir uma ordem civil. Trata-se do problema da ordem política requerer ou não um elemento coercitivo a fim de garantir a vida civil.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre Thomas Hobbes, assinale a alternativa correta.
- A ordem política é o fim natural para o qual os homens tendem, o que dispensa a força para fundar e manter a associação política.
- Uma multidão reunida em associação civil age espontaneamente com base na justiça e nas leis da natureza, o que leva ao respeito mútuo sem o uso da força.
- Os seres humanos, natural e necessariamente, entendem-se, uma vez que buscam concretizar na vida civil fins comuns, o que dispensa o uso da coerção.
- Os seres humanos reúnem-se politicamente porque a vida civil, em que se cultiva o diálogo sem o uso da força, realiza a perfeição humana.
- Os seres humanos precisam se sujeitar e obedecer a um poder comum que os mantenha em respeito se quiserem viver em paz e em ordem uns com os outros.
Resposta: E
Resolução: De acordo com Hobbes, os seres humanos se unem para constituir uma ordem civil para garantir a sua própria segurança e para protegerem-se uns aos outros. Para ele, a ordem política precisa de um elemento coercitivo para funcionar e garantir a vida civil. Isso significa que os indivíduos precisam se sujeitar e obedecer a um poder comum que os mantenha em respeito para poderem viver em paz e em ordem uns com os outros. Portanto, a resposta correta seria a opção E, "Os seres humanos precisam se sujeitar e obedecer a um poder comum que os mantenha em respeito se quiserem viver em paz e em ordem uns com os outros."
15. (UEG) A filosofia política, de Hobbes a Rousseau, sempre tematizou a questão da passagem do estado de natureza para o estado civil. No entanto, esses pensadores produziram distintas concepções sobre esse processo.
A partir dessas elaborações dos filósofos políticos, verifica-se que:
- o estado de natureza nunca existiu, pois o Homem é um ser social e, como tal, sempre esteve unido numa ordem moral e ética benéfica para todos, tal como colocou Hobbes.
- o estado de natureza se caracterizava pela harmonia universal, mas foi substituído pela competição a partir da criação da propriedade privada, tal como disse Maquiavel.
- o estado civil cumpre um papel histórico de extrema importância ao proporcionar uma maior liberdade individual com a instituição da propriedade privada, como afirmou Locke.
- o estado de natureza era marcado pela luta pela sobrevivência, na qual todos lutavam contra todos e foi isso que fez emergir um estado absolutista, de acordo com Rousseau.
- o estado civil é um processo de evolução natural da humanidade, pois a história social reconstitui a história individual, no sentido de uma maior maturidade, segundo Montesquieu.
Resposta: C
Resolução: De acordo com Locke, o estado civil cumpre um papel histórico de extrema importância ao proporcionar uma maior liberdade individual com a instituição da propriedade privada. Ele argumentava que, no estado de natureza, os indivíduos possuem direitos naturais que são protegidos pelo estado civil e que a propriedade privada é fundamental para a preservação desses direitos. Portanto, a resposta correta seria a opção C, "o estado civil cumpre um papel histórico de extrema importância ao proporcionar uma maior liberdade individual com a instituição da propriedade privada, como afirmou Locke."