Merleau-Ponty

Lista de 05 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Merleau-Ponty com questões de Vestibulares.


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Maurice Merleau-Ponty foi um filósofo fenomenólogo francês. Tomando como ponto de partida o estudo da percepção, Merleau-Ponty é levado a reconhecer que o "corpo próprio" não é apenas uma coisa, um objeto potencial de estudo para a ciência, mas também é uma condição permanente da experiência, que é constituinte da abertura perceptiva para o mundo e seu investimento. Wikipédia






01. (Fuvest) No texto do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty é estabelecida uma conexão entre as relações sociais e a racionalidade dos indivíduos:

A sociedade humana não é uma comunidade de espíritos racionais, só se pode compreendê-la assim nos países favorecidos, em que o equilíbrio vital e econômico foi obtido localmente e por certo tempo.

Maurice Merleau-Ponty, Fenomenologia da percepção, p.89.

Qual sentença, se tomada como verdadeira, reforça a posição exprimida pelo filósofo no trecho?

  1. A racionalidade é uma potência espiritual que se impõe sobre as circunstâncias históricas.
  2. O equilíbrio vital e econômico é uma força irracional que se contrapõe aos espíritos racionais.
  3. Nos países favorecidos, as pessoas são naturalmente mais racionais.
  4. A racionalidade das relações sociais depende da estabilidade de circunstâncias históricas.
  5. Os espíritos racionais são responsáveis pelo equilíbrio vital e econômico dos países favorecidos.

Resposta: D

Resolução: No trecho citado, Merleau-Ponty afirma que a sociedade humana não é uma comunidade de espíritos racionais em todos os lugares, mas apenas nos países favorecidos, onde o equilíbrio vital e econômico foi obtido localmente e por certo tempo.

Isso implica que a racionalidade das relações sociais está condicionada à estabilidade de circunstâncias históricas específicas, ou seja, a presença do equilíbrio vital e econômico é um fator determinante para que a sociedade funcione como uma comunidade de espíritos racionais. Portanto, a alternativa D está alinhada com a posição defendida pelo filósofo no trecho.

02. (Enem 2020) TEXTO I

Os meus pensamentos são todos sensações.

Penso com os olhos e com os ouvidos

E com as mãos e os pés

E com o nariz e a boca.

PESSOA, F O guardador de rebanhos - IX. In: GALHOZ, M A (Org.) Obras poéticas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar. 1999 (fragmento)

TEXTO II

Tudo aquilo que sei do mundo, mesmo por ciência, eu o sei a partir de uma visão minha ou de uma experiência do mundo sem a qual os símbolos da ciência não poderiam dizer nada.

MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martine Fontes, 1990 (adaptado).

Os textos mostram-se alinhados a um entendimento acerca da ideia de conhecimento, numa perspectiva que ampara a

  1. anterioridade da razão no domínio cognitivo.
  2. confirmação da existência de saberes inatos.
  3. valorização do corpo na apreensão da realidade.
  4. verificabilidade de proposições no campo da lógica.
  5. possibilidade de contemplação de verdades atemporais.

Resposta: C

Resolução: Os textos estão alinhados a uma perspectiva que ampara a alternativa C: "Valorização do corpo na apreensão da realidade."

No Texto I, de Fernando Pessoa, o eu lírico afirma que seus pensamentos são todos sensações, o que sugere uma conexão entre a percepção sensorial do corpo e a geração de pensamentos.

No Texto II, de Merleau-Ponty, o autor ressalta que tudo o que ele sabe do mundo é a partir de uma visão sua ou de uma experiência do mundo, o que novamente destaca o papel do corpo e da percepção sensorial na apreensão da realidade.

Ambos os textos enfatizam a importância das sensações e da experiência do corpo como base do conhecimento e da compreensão do mundo, o que reforça a valorização do corpo na apreensão da realidade. Portanto, a alternativa C está correta.

03. (Fuvest) No texto do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty é estabelecida uma conexão entre as relações sociais e a racionalidade dos indivíduos:

A sociedade humana não é uma comunidade de espíritos racionais, só se pode compreendê-la assim nos países favorecidos, em que o equilíbrio vital e econômico foi obtido localmente e por certo tempo.

Maurice Merleau-Ponty, Fenomenologia da percepção, p.89.

Qual sentença, se tomada como verdadeira, reforça a posição exprimida pelo filósofo no trecho?

  1. A racionalidade é uma potência espiritual que se impõe sobre as circunstâncias históricas.
  2. O equilíbrio vital e econômico é uma força irracional que se contrapõe aos espíritos racionais.
  3. Nos países favorecidos, as pessoas são naturalmente mais racionais.
  4. A racionalidade das relações sociais depende da estabilidade de circunstâncias históricas.
  5. Os espíritos racionais são responsáveis pelo equilíbrio vital e econômico dos países favorecidos.

Resposta: D

Resolução: No texto, Merleau-Ponty afirma que a sociedade humana não é uma comunidade de espíritos racionais em geral, mas apenas nos países favorecidos, onde o equilíbrio vital e econômico foi obtido localmente e por certo tempo. Isso sugere que a racionalidade das relações sociais está relacionada à estabilidade das circunstâncias históricas, ou seja, quando as condições econômicas e sociais são favoráveis, as pessoas tendem a se comportar de maneira mais racional.

04. (UEA) O existencialismo foi um movimento filosófico do século XX. Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty escreveram e publicaram livros sobre o existencialismo. Embora houvesse diferenças entre pensamentos e pensadores existencialistas, um princípio filosófico lhes era comum, segundo o qual

  1. o homem está no topo da vida animada, depois de ter passado por um longo processo de transformação e de evolução.
  2. o homem alcança a sabedoria quando adquire o conhecimento das leis que regem a sua existência.
  3. o prazer é o bem mais soberano do homem; os prazeres naturais e necessários à existência devem ser favorecidos.
  4. a existência precede a essência; o homem é o que ele faz de si mesmo por meio de seus atos.
  5. o homem existe porque pensa; ele é, desde o início de sua existência, um ser caracterizado pela racionalidade.

Resposta: D

Resolução: Essa ideia central do existencialismo destaca que a essência do ser humano não é algo predeterminado ou fixo, mas é construída por meio de suas escolhas e ações ao longo da vida. O indivíduo é livre para criar seu próprio significado e propósito existencial, moldando sua própria essência através das suas experiências e decisões. Essa visão enfatiza a responsabilidade pessoal e a liberdade individual.

05. (Enem 2018) O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que, simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movi - mento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movi - mento.

MERLEAU-PONTY. M. Elogio da filosofia. Lisboa: Guimarães, 1998 (adaptado).

O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por

  1. reunir os antagonismos das opiniões ao método dialético.
  2. ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das ideias.
  3. associar a certeza do intelecto à imutabilidade da verdade.
  4. conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento.
  5. compatibilizar as estruturas do pensamento aos princípios fundamentais.

Resposta: D

Resolução: O filósofo é caracterizado por estar sempre em movimento, transitando constantemente entre o saber e a ignorância, entre a evidência e a ambiguidade. Ele não se limita apenas a suportar a ambiguidade (equívoco) ou a se apegar a um saber absoluto e positivo, mas sim busca incessantemente questionar, investigar e refletir sobre os problemas filosóficos. Essa busca pelo conhecimento e pela compreensão dos diversos aspectos da realidade exige rigor na investigação, mas também implica inquietude diante das incertezas e dos limites do conhecimento humano.

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