Introdução à Filosofia

Lista de 10 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Introdução à Filosofia com questões de Vestibulares.


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01. (UEL) Ainda sobre o mesmo tema, é correto afirmar que a filosofia:

  1. Surgiu como um discurso teórico, sem embasamento na realidade sensível, e em oposição aos mitos gregos.
  2. Retomou os temas da mitologia grega, mas de forma racional, formulando hipóteses lógico-argumentativas.
  3. Reafirmou a aspiração ateísta dos gregos, vetando qualquer prova da existência de alguma força divina.
  4. Desprezou os conhecimentos produzidos por outros povos, graças à supremacia cultural dos gregos.
  5. Estabeleceu-se como um discurso acrítico e teve suas teses endossadas pela força da tradição.

Resposta: B

Resolução: A filosofia surgiu na Grécia antiga como um discurso lógico-argumentativo que retomou os temas da mitologia grega de forma racional, formulando hipóteses e buscando compreender a realidade de maneira crítica e independente.

A opção A está incorreta, pois a filosofia não surgiu como um discurso teórico sem embasamento na realidade sensível, mas sim como uma reflexão crítica sobre a realidade. As opções C, D e E também estão incorretas, pois não correspondem às características da filosofia na Grécia antiga.

02. (UEMA) No amor tudo é mistério: suas flechas e sua aljava, sua chama e sua infância eterna. Mas por que o amor é cego? Aconteceu que num certo dia o Amor e a Loucura brincavam juntos. Aquele ainda não era cego. Surgiu entre eles um desentendimento qualquer. Pretendeu então o Amor que se reunisse para tratar do assunto o conselho dos deuses. Mas a Loucura, impaciente, deu-lhe uma pancada tão violenta que lhe privou da visão. Vênus, mãe e mulher, pôs-se a clamar por vingança, aos gritos. Diante de Júpiter, de Nêmesis – a deusa da vingança – e de todos os juízos do inferno, Vênus exigiu que aquele crime fosse reparado. Seu filho não podia ficar cego. Depois de estudar detalhadamente o caso, a sentença do supremo tribunal celeste consistiu em declarar a loucura a servir de guia ao Amor.

Fonte: LA FONTAINE, Jean de. O amor e a loucura. In: Os melhores contos de loucura. Flávio Moreira da Costa (Org.). Rio de Janeiro: Ediouro, 2007.

A fábula traz uma explicação oriunda dos deuses para uma realidade humana. Esse tipo de explicação classifica-se como

  1. estética.
  2. filosófica.
  3. mitológica.
  4. científica.
  5. crítica.

Resposta: C

Resolução: A fábula traz uma explicação mitológica para a cegueira do Amor, atribuindo-a a uma brincadeira com a Loucura e um suposto crime cometido por ela. A mitologia é um conjunto de lendas e crenças de um povo que visam explicar ou justificar os fenômenos da natureza, os acontecimentos da vida humana e os mistérios da existência.

A opção A, "estética", está incorreta, pois estética é a teoria da beleza e da arte.

A opção B, "filosófica", também está incorreta, pois a filosofia é o estudo crítico e sistemático da realidade, da verdade, da moral, da mente e do conhecimento.

A opção D, "científica", também está incorreta, pois a ciência busca explicar os fenômenos da natureza através de métodos científicos rigorosos e testáveis.

E a opção E, "crítica", também está incorreta, pois a crítica é o exame crítico e a avaliação de obras literárias, artísticas, científicas, etc.

03. (UEL) “Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são eles?”

(VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.)

O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta.

  1. A verdade do mito obedece a critérios empíricos e científicos de comprovação.
  2. O conhecimento mítico segue um rigoroso procedimento lógico-analítico para estabelecer suas verdades.
  3. As explicações míticas constroem-se, de maneira argumentativa e autocrítica.
  4. O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua verdade independe de provas.
  5. A verdade do mito obedece a regras universais do pensamento racional, tais como a lei de não-contradição.

Resposta: D

Resolução:

As explicações míticas são formas de conhecimento que buscam explicar o mundo e o homem através de narrativas e lendas que envolvem deuses, heróis, criaturas sobrenaturais e eventos extraordinários. Elas não seguem critérios científicos de verificação e não se preocupam com a busca por explicações definitivas e universais. Em vez disso, os mitos servem para ajudar as pessoas a compreender o mundo e o seu lugar nele, oferecendo explicações simbólicas e poéticas para os fenômenos da natureza e os acontecimentos da vida humana. A opção A está incorreta, pois o mito não segue critérios empíricos e científicos de comprovação.

A opção B está incorreta, pois o mito não segue um rigoroso procedimento lógico-analítico para estabelecer suas verdades.

A opção C está incorreta, pois as explicações míticas não são construídas

04. (UEL) Leia o texto a seguir e responda à próxima questão.

De onde vem o mundo? De onde vem o universo? Tudo o que existe tem que ter um começo. Portanto, em algum momento, o universo também tinha de ter surgido a partir de uma outra coisa. Mas, se o universo de repente tivesse surgido de alguma outra coisa, então essa outra coisa também devia ter surgido de alguma outra coisa algum dia. Sofia entendeu que só tinha transferido o problema de lugar. Afinal de contas, algum dia, alguma coisa tinha de ter surgido do nada. Existe uma substância básica a partir da qual tudo é feito? A grande questão para os primeiros filósofos não era saber como tudo surgiu do nada. O que os instigava era saber como a água podia se transformar em peixes vivos, ou como a terra sem vida podia se transformar em árvores frondosas ou flores multicoloridas.

Adaptado de: GAARDER, J. O Mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.43-44.

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o surgimento da filosofia, assinale a alternativa correta.

  1. Os pensadores pré-socráticos explicavam os fenômenos e as transformações da natureza e porque a vida é como é, tendo como limitador e princípio de verdade irrefutável as histórias contadas acerca do mundo dos deuses.
  2. Os primeiros filósofos da natureza tinham a convicção de que havia alguma substância básica, uma causa oculta, que estava por trás de todas as transformações na natureza e, a partir da observação, buscavam descobrir leis naturais que fossem eternas.
  3. Os teóricos da natureza que desenvolveram seus sistemas de pensamento por volta do século VI a.C. partiram da ideia unânime de que a água era o princípio original do mundo por sua enorme capacidade de transformação.
  4. A filosofia da natureza nascente adotou a imagem homérica do mundo e reforçou o antropomorfismo do mundo dos deuses em detrimento de uma explicação natural e regular acerca dos primeiros princípios que originam todas as coisas.
  5. Para os pensadores jônicos da natureza, Tales, Anaxímenes e Heráclito, há um princípio originário único denominado o ilimitado, que é a reprodução da aparência sensível que os olhos humanos podem observar no nascimento e na degeneração das coisas.

Resposta: B

Resolução: As afirmações presentes nas opções A, C, D e E estão incorretas. Os primeiros filósofos da natureza (também conhecidos como pré-socráticos ou filósofos da natureza jônicos) buscavam explicações para os fenômenos e transformações da natureza, tendo como base a observação em busca de leis naturais que fossem eternas.

Eles não se baseavam em mitos ou histórias contadas sobre o mundo dos deuses, e tampouco adotavam a imagem homérica do mundo ou reforçavam o antropomorfismo. A opção B está correta, pois os primeiros filósofos da natureza buscavam uma substância básica, uma causa oculta, que estivesse por trás de todas as transformações na natureza.

05. (UEL) “Entre os ‘físicos’ da Jônia, o caráter positivo invadiu de chofre a totalidade do ser. Nada existe que não seja natureza, physis. Os homens, a divindade, o mundo formam um universo unificado, homogêneo, todo ele no mesmo plano: são as partes ou os aspectos de uma só e mesma physis que põem em jogo, por toda parte, as mesmas forças, manifestam a mesma potência de vida. As vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou-se e organizou-se são perfeitamente acessíveis à inteligência humana: a natureza não operou ‘no começo’ de maneira diferente de como o faz ainda, cada dia, quando o fogo seca uma vestimenta molhada ou quando, num crivo agitado pela mão, as partes mais grossas se isolam e se reúnem.”

(VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento grego. Trad. de Ísis Borges B. da Fonseca. 12.ed. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p.110.)

Com base no texto, assinale a alternativa correta.

  1. Para explicar o que acontece no presente é preciso compreender como a natureza agia “no começo”, ou seja, no momento original.
  2. A explicação para os fenômenos naturais pressupõe a aceitação de elementos sobrenaturais.
  3. O nascimento, a diversidade e a organização dos seres naturais têm uma explicação natural e esta pode ser compreendida racionalmente.
  4. A razão é capaz de compreender parte dos fenômenos naturais, mas a explicação da totalidade dos mesmos está além da capacidade humana.
  5. A diversidade de fenômenos naturais pressupõe uma multiplicidade de explicações e nem todas estas explicações podem ser racionalmente compreendidas.

Resposta: C

Resolução: Isso está correto. De acordo com o texto, os "físicos" da Jônia acreditavam que o mundo inteiro, incluindo os seres humanos e a divindade, formam um universo unificado e homogêneo, no mesmo plano, e que a natureza (physis) é a única coisa que existe.

Eles também acreditavam que as vias pelas quais essa physis nasceu, diversificou-se e organizou-se são acessíveis à inteligência humana e que a natureza age da mesma forma agora, no presente, como no passado. Portanto, a explicação para os fenômenos naturais é natural e pode ser compreendida racionalmente. A opção C é, portanto, a resposta correta.

06. (UEG) O ser humano, desde sua origem, em sua existência cotidiana, faz afirmações, nega, deseja, recusa e aprova coisas e pessoas, elaborando juízos de fato e de valor por meio dos quais procura orientar seu comportamento teórico e prático. Entretanto, houve um momento em sua evolução histórico-social em que o ser humano começa a conferir um caráter filosófico às suas indagações e perplexidades, questionando racionalmente suas crenças, valores e escolhas. Nesse sentido, pode-se afirmar que a filosofia

  1. é algo inerente ao ser humano desde sua origem e que, por meio da elaboração dos sentimentos, das percepções e dos anseios humanos, procura consolidar nossas crenças e opiniões.
  2. existe desde que existe o ser humano, não havendo um local ou uma época específica para seu nascimento, o que nos autoriza a afirmar que mesmo a mentalidade mítica é também filosófica e exige o trabalho da razão.
  3. inicia sua investigação quando aceitamos os dogmas e as certezas cotidianas que nos são impostos pela tradição e pela sociedade, visando educar o ser humano como cidadão.
  4. surge quando o ser humano começa a exigir provas e justificações racionais que validam ou invalidam suas crenças, seus valores e suas práticas, em detrimento da verdade revelada pela codificação mítica.

Resposta: D

Resolução: A filosofia é uma disciplina que surgiu a partir da necessidade do ser humano de questionar e refletir racionalmente sobre as suas crenças, valores e escolhas. É uma forma de buscar compreender o mundo e o lugar do ser humano nele de uma maneira crítica e racional.

Diferentemente de outras formas de conhecimento, a filosofia não se baseia em revelações divinas ou em verdades pré-estabelecidas, mas sim em argumentos racionais e lógicos que podem ser testados e verificados.

A filosofia, portanto, é uma disciplina que surgiu a partir da necessidade do ser humano de questionar e refletir sobre as suas crenças, valores e escolhas, buscando compreender o mundo e o lugar do ser humano nele de uma maneira crítica e racional.

07. (UEL) “Mais que saber identificar a natureza das contribuições substantivas dos primeiros filósofos é fundamental perceber a guinada de atitude que representam. A proliferação de óticas que deixam de ser endossadas acriticamente, por força da tradição ou da ‘imposição religiosa’, é o que mais merece ser destacado entre as propriedades que definem a filosoficidade.”

(OLIVA, Alberto; GUERREIRO, Mario. Pré-socráticos: a invenção da filosofia.Campinas: Papirus, 2000. p. 24.)

Assinale a alternativa que apresenta a “guinada de atitude” que o texto afirma ter sido promovida pelos primeiros filósofos.

  1. A aceitação acrítica das explicações tradicionais relativas aos acontecimentos naturais.
  2. A discussão crítica das idéias e posições, que podem ser modificadas ou reformuladas.
  3. A busca por uma verdade única e inquestionável, que pudesse substituir a verdade imposta pela religião.
  4. A confiança na tradição e na “imposição religiosa” como fundamentos para o conhecimento.
  5. A desconfiança na capacidade da razão em virtude da “proliferação de óticas” conflitantes entre si.

Resposta: B

Resolução: De acordo com o texto, a "guinada de atitude" promovida pelos primeiros filósofos é a proliferação de óticas que deixam de ser endossadas acriticamente, por força da tradição ou da "imposição religiosa".

Isso significa que os primeiros filósofos promoveram uma mudança de atitude em relação às explicações tradicionais e às verdades impostas pela religião, passando a questioná-las e a buscar outras formas de compreensão do mundo e do lugar do ser humano nele. Isso implica em uma discussão crítica das idéias e posições, que podem ser modificadas ou reformuladas, ao invés de serem aceitas de maneira acrítica.

08. (UEG) O surgimento da filosofia entre os gregos (Séc. VII a.C.) é marcado por um crescente processo de racionalização da vida na cidade, em que o ser humano abandona a verdade revelada pela codificação mítica e passa a exigir uma explicação racional para a compreensão do mundo humano e do mundo natural. Dentre os legados da filosofia grega para o Ocidente, destaca-se:

  1. a concepção política expressa em A República, de Platão, segundo a qual os mais fortes devem governar sob um regime político oligárquico.
  2. a criação de instituições universitárias como a Academia, de Platão, e o Liceu, de Aristóteles.
  3. a filosofia, tal como surgiu na Grécia, deixou-nos como legado a recusa de uma fé inabalável na razão humana e a crença de que sempre devemos acreditar nos sentimentos.
  4. a recusa em apresentar explicações preestabelecidas mediante a exigência de que, para cada fato, ação ou discurso, seja encontrado um fundamento racional.

Resposta: D

Resolução: O surgimento da filosofia entre os gregos foi marcado pelo processo de racionalização da vida na cidade, em que o ser humano passou a exigir explicações racionais para compreender o mundo humano e o mundo natural.

Entre os legados da filosofia grega para o Ocidente, destaca-se a recusa em aceitar explicações pré-estabelecidas e a exigência de que, para cada fato, ação ou discurso, seja encontrado um fundamento racional. Isso significa que a filosofia grega promoveu uma mudança de atitude em relação às verdades reveladas pelos mitos e pelas religiões, passando a buscar explicações lógicas e racionais para os fenômenos naturais e sociais.

09. (UEL) Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir.

I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm características essenciais da compreensão de mundo grega que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia.

II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos.

III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico.

IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta desvinculada de qualquer base religiosa.

Estão corretas apenas as afirmativas:

  1. I e II.
  2. II e IV.
  3. III e IV.
  4. I, II e III.
  5. I, III e IV.

Resposta: D

Resolução: As afirmativas I, II e III estão corretas.

Em relação à afirmativa I, é verdade que os poemas homéricos já contêm características essenciais da compreensão de mundo grega que se tornaram importantes para o surgimento da filosofia. Esses poemas já apresentavam uma visão do mundo baseada na razão e no naturalismo, o que contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega e para o surgimento da filosofia.

A afirmativa II também é correta, pois o naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos. Isso significa que os gregos já tinham uma compreensão do mundo baseada na razão e no naturalismo, o que contribuiu para o surgimento da filosofia.

A afirmativa III também é correta, pois a humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico. Isso significa que os gregos já tinham uma compreensão do mundo baseada na razão e no naturalismo, o que foi importante para o surgimento da filosofia.

10. (Unicentro) A passagem do Mito ao Logos na Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e processual. Por muito tempo, essas duas maneiras de explicação do real conviveram sem que se traçasse um corte temporal mais preciso. Com base nessa afirmativa, é correto afirmar:

  1. O modo de vida fechado do povo grego facilitou a passagem do Mito ao Logos.
  2. A passagem do Mito ao Logos, na Grécia, foi responsabilidade dos tiranos de Siracusa.
  3. A economia grega estava baseada na industrialização, e isso facilitou a passagem do Mito ao Logos.
  4. O povo grego antigo, nas viagens, se encontrava com outros povos com as mesmas preocupações e culturas, o que contribuiu para a passagem do Mito ao Logos.
  5. A atividade comercial e as constantes viagens oportunizaram a troca de informações/conhecimentos, a observação/assimilação dos modos de vida de outros povos, contribuindo, assim, de modo decisivo, para a construção da passagem do Mito ao Logos.

Resposta: E

Resolução: A resposta correta é a opção E: "A atividade comercial e as constantes viagens oportunizaram a troca de informações/conhecimentos, a observação/assimilação dos modos de vida de outros povos, contribuindo, assim, de modo decisivo, para a construção da passagem do Mito ao Logos."

De acordo com a afirmativa apresentada, a passagem do Mito ao Logos na Grécia antiga foi fruto de um amadurecimento lento e processual, ou seja, ocorreu de maneira gradativa e não de forma abrupta. Isso significa que o Mito e o Logos coexistiram por um período de tempo, sem que houvesse um corte temporal mais preciso entre essas duas maneiras de explicação do real.

Nesse sentido, é correto afirmar que a atividade comercial e as constantes viagens oportunizaram a troca de informações/conhecimentos, a observação/assimilação dos modos de vida de outros povos, contribuindo, assim, de modo decisivo, para a construção da passagem do Mito ao Logos. A passagem do Mito ao Logos não foi influenciada pelo modo de vida fechado do povo grego, pela economia grega baseada na industrialização ou pelos tiranos de Siracusa.

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