Heráclito e a Escola de Éfeso
Lista de 05 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Heráclito e a Escola de Éfeso (Heráclito de Éfeso) com questões de Vestibulares.
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01. (UFU) Leia o fragmento de autoria de Heráclito.
Deus é dia e noite, inverno e verão, guerra e paz, abundância e fome. Mas toma formas variadas assim como o fogo, quando misturado com essências, toma o nome segundo o perfume de cada uma delas.
BORNHEIM, G. (Org.). Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1998, p. 40.
Conforme o exposto, “Deus”, no pensamento de Heráclito, significa:
- A unidade dos contrários.
- O fundamento da religião monoteísta do período arcaico.
- Uma abstração para refutar o logos.
- A impossibilidade da harmonia no mundo.
Resposta: A
Resolução: O texto sugere que "Deus", no pensamento de Heráclito, representa a unidade dos opostos.
02. (ENEM 2016) TEXTO I
Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes a mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e de novo reúne.
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado).
TEXTO II
Fragmento B8: São muitos sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável e sem fim ; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é perecer? Como poderia gerar-se?
PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).
Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõem uma oposição que se insere no campo das
- investigações do pensamento sistemático.
- preocupações do período mitológico.
- discussões de base ontológica.
- habilidades da retórica sofística.
- verdades do mundo sensível.
Resposta: C
Resolução: Os textos apresentam uma oposição no campo das discussões ontológicas. Ontologia é um ramo da filosofia que lida com a natureza do ser ou da existência. Em outras palavras, preocupa-se com a questão do que existe e o que significa para algo existir.
Os textos de Heráclito e Parmênides tratam de questões relacionadas à natureza do ser e à possibilidade ou impossibilidade de mudança, preocupações centrais da ontologia.
03. (UFPR) Considere o seguinte texto:
Não vos deixeis enganar! É vossa curta vista, não a essência das coisas, que vos faz acreditar ver terra firme onde quer que seja no mar do vir-a-ser e perecer. Usais nomes das coisas, como se estas tivessem uma duração fixa: mas mesmo o rio, em que entrais pela segunda vez, não é o mesmo da primeira vez.
(HERÁCLITO DE ÉFESO. Coleção Os Pensadores. Vol. I. São Paulo: Victor Civita, 1973, p. 109.)
Com base no texto e no conhecimento sobre o pensamento de Heráclito de Éfeso, considere as seguintes afirmativas:
1. Em todas as coisas, tem-se a constante transformação e não realidades fixas.
2. Os olhos e os ouvidos são más testemunhas para os homens.
3. A ideia de que tudo se transforma diz respeito ao mundo físico, sendo que em sua essência as coisas não se alteram.
4. O vir-a-ser e o perecer conduzem as pessoas ao engano.
Assinale a alternativa correta.
- Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
- Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
- Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
- Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
- As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Resposta: B
Resolução: As afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. Segundo Heráclito de Éfeso, as coisas estão constantemente em transformação e os sentidos humanos são "más testemunhas" para a compreensão do mundo. A afirmativa 3 é falsa, pois Heráclito acreditava que a essência das coisas também estava em constante mudança.
04. (UFU) Em nós, manifesta-se sempre uma e a mesma coisa, vida e morte, vigília e sono, juventude e velhice. Pois a mudança de um dá o outro e reciprocamente.
Heráclito, fragmento 88. In: BORNHEIM, G. A. (Org.). Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Editora Cultrix, 1998. p. 41.
Assinale a alternativa que explica o fragmento de Heráclito.
- A oposição é a afirmação da força irracional que sustenta o mundo e explica a constante mudança de tudo que existe.
- A oposição dos contrários nada mais é que o equilíbrio das forças, pois no mundo tudo é uno e constante, tudo mais é apenas ilusão.
- A mudança permite afirmar que a constância do mundo das ideias é a única realidade, na qual as essências determinam tudo.
- A oposição é a confirmação de que a realidade é o eterno fluxo de mudanças, e da tensão dos contrários nasce a harmonia e a unidade do mundo.
Resposta: D
Resolução: O fragmento de Heráclito sugere que a oposição dos contrários é uma constante na vida e na natureza, e que essa oposição é necessária para a existência e a harmonia do mundo. A oposição não é vista como algo negativo, mas sim como parte da realidade e da natureza das coisas. Portanto, a alternativa correta é a D, que afirma que a oposição é a confirmação de que a realidade é o eterno fluxo de mudanças, e da tensão dos contrários nasce a harmonia e a unidade do mundo.
05. (UFU) Considere o seguinte texto do filósofo Heráclito (século VI a.C.).
“Para as almas, morrer é transformar-se em água; para a água, morrer é transformar-se em terra. Da terra, contudo, forma-se a água e da água, a alma”
Heráclito. Fragmentos, extraído de: MARCONDES, Danilo. Textos Básicos de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 2000. Tradução do autor.
Em relação ao excerto acima, podemos afirmar que ele ilustra
- a concepção heraclitiana que valoriza a importância do movimento na descrição da realidade.
- a concepção dialética do pensamento heraclitiano, segundo a qual o movimento é uma ilusão dos sentidos.
- a concepção heraclitiana da realidade, segundo a qual a multiplicidade dos fenômenos subjaz uma realidade única.
- o pensamento religioso de Heráclito, segundo o qual a morte é a libertação da alma.
Resposta: A
Resolução: O fragmento de Heráclito menciona a transformação constante das coisas, sugerindo que tudo está em constante mudança e que nada é permanente. Isso reflete a concepção heraclitiana de que a realidade é um eterno fluxo de mudanças, e que tudo está em constante transformação. Portanto, a alternativa correta é a A, que afirma que o fragmento ilustra a concepção heraclitiana que valoriza a importância do movimento na descrição da realidade.