Silogismo
Lista de 10 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Silogismo com questões de Vestibulares.
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01. (UEA) A quarta espécie de Reconhecimento provém de um silogismo, como n'As Coéforas, pelo seguinte raciocínio: alguém chegou, que me é semelhante, mas ninguém se me assemelha senão Orestes, logo quem veio foi Orestes.
(Aristóteles. Poética, 1992.)
As Coéforas é uma peça trágica grega, escrita por Ésquilo (525-456 a.C.), que representa a vingança dos filhos de Agamenon, Electra e Orestes, ao assassinato de seu pai. Aristóteles refere-se ao instante em que Electra reconhece, depois de longo tempo de separação, seu irmão Orestes. O “reconhecimento” foi possível por meio de um silogismo, que é
- um axioma, proposição que dispensa a comprovação.
- uma conexão de ideias, em que é possível deduzir uma conclusão.
- uma intuição, cujo conhecimento aflora espontaneamente à mente.
- um saber apriorístico, pois desvinculado do conhecimento experimental.
- um método dialético, porque opera com a contraposição de teses e antíteses.
02. (UFU) Em relação ao silogismo categórico de Aristóteles é INCORRETO afirmar que
- o termo médio aparece na conclusão do silogismo e nunca nas premissas.
- a primeira proposição é chamada premissa maior; a segunda, premissa menor, e a terceira conclusão.
- o termo médio é aquele que produz a ligação entre os termos das premissas, produz a conclusão e, assim, ele se faz presente nas premissas maior e menor.
- sendo as premissas verdadeiras, a conclusão também será, necessariamente, verdadeira.
03. (UEMA) O silogismo determina um argumento, formado por três proposições que estão interligadas. Na filosofia, o silogismo é uma doutrina pertencente à lógica aristotélica e que organiza a forma de pensar. Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) utilizou esse método nos estudos da argumentação lógica.
Vejamos exemplo de um silogismo.
• Todo brasileiro é sul-americano.
• Todo nordestino é brasileiro.
• Logo, todo nordestino é sul-americano.
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Como é classificado esse tipo de silogismo?
- Indução
- Dedução
- Conjunção
- Disjunção
- Bicondicional
04. (UPE) Ao usarmos as palavras lógica e lógico, estamos participando de uma tradição de pensamento, que se origina da Filosofia grega, quando a palavra logos – significando linguagem – discurso e pensamento-conhecimento – conduziu os filósofos a indagar se o logos obedecia ou não a regras, possuía ou não normas, princípios e critérios para seu uso e funcionamento.
(CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia, 1996, p. 180.)
Sobre esse assunto, analise os itens a seguir:
I. O evoluir da lógica, desde os gregos até aos nossos dias, obedece a uma linha ascendente, de contínuo progresso. Ou seja, no evoluir da lógica, não se percebem períodos de retrocesso e desenvolvimento.
II. A lógica não examina se a estrutura das inferências é correta ou não. Ela se precupa com o conteúdo e não com a estrutura do pensamento.
III. A lógica é uma disciplina filosófica, de ordem informal que faz uso exclusivamente do método indutivo.
IV. A falácia é um tipo de raciocínio correto, embora tenha aparência de incorreção.
V. O raciocínio dedutivo ou argumento dedutivo é aquele que parte de premissas gerais para uma conclusão particular. A título de exemplo, eis o silogismo:
Todos os homens são mortais.
Antonino é homem.
Logo,
Antonino é mortal.
Está CORRETO o que se afirma em
- I e V.
- I.
- II, III e IV.
- IV e V.
- V.
05. (UPE) Leia o texto a seguir referente à lógica: A lógica é uma disciplina, que serve de introdução. É o vestíbulo da filosofia, ou seja, a antessala, o instrumento que vai permitir o caminhar rigoroso do filósofo ou do cientista.
ARANHA, Maria Lúcia e MARTINS, Maria Helena. Filosofando, 1993, p. 79. Adaptado.
Com relação a esse assunto, analise as afirmativas a seguir:
I. O silogismo científico é aquele que se refere ao particular e admite premissas contraditórias.
II. No raciocínio conjuntivo, ocorre a justaposição dos acontecimentos. Por exemplo: É noite e está escuro.
III. Na ciência da matemática, predomina o uso de processos indutivos de raciocínio.
IV. A lógica é uma disciplina informal que usa, com exclusividade, o método indutivo.
Está CORRETO, apenas, o que se afirma em
- I, II e IV.
- II, III e IV.
- II e III.
- I.
- II.
06. (UFT) Segundo a lógica tradicional, conhecida como a lógica formal aristotélica, a análise da validade dos silogismos pode ser feita por meio do uso de regras. O silogismo que se segue é reconhecidamente um argumento cuja forma é inválida porque desrespeita uma dessas regras. Eis o silogismo:
Todas as cobras são répteis.
Algumas cobras não são animais perigosos.
Logo, alguns animais perigosos não são répteis
Sobre a invalidade da forma do silogismo dado, assinale a alternativa CORRETA:
- É inválida porque infringe a regra: “o termo médio não pode entrar na conclusão”.
- É inválida porque infringe a regra: “nunca na conclusão os termos podem ter extensão maior que nas premissas”.
- É inválida porque infringe a regra: “a conclusão segue sempre a menor ou mais fraca premissa”.
- É inválida porque infringe a regra: “o termo médio deve ser universal pelo menos uma vez”.
07. (UFU) Na escola, Joana se queixava a uma amiga sobre um namorado que a abandonara para ficar com outra colega da turma. Tentando consolá-la, a amiga lhe disse que ela deveria se acostumar com isso, ou então, nunca mais tentar namorar, pois, disse ela, “os garotos são todos interesseiros”. Deixando a dor de Joana de lado, poderíamos sistematizar o argumento da amiga na forma de um silogismo tal como definido pelo filósofo Aristóteles, da seguinte maneira:
Todo garoto é interesseiro. Premissa maior
Ora, o namorado de Joana é um garoto. Premissa menor
Logo, o namorado de Joana é interesseiro. Conclusão.
A respeito desse argumento, e de acordo com as regras da lógica aristotélica, é correto afirmar que
- o argumento é inválido, pois a premissa maior é falsa.
- o argumento é válido, pois a intenção da amiga era ajudar Joana
- o argumento é válido, pois a conclusão é uma consequência lógica das premissas
- o argumento é inválido, pois a conclusão é falsa
08. (UFN) Considere o texto a seguir para a questão.
Toda arte e toda indagação, assim como toda ação e todo propósito, visam a algum bem; por isto foi dito acertadamente que o bem é aquilo a que todas as coisas visam. Mas nota-se uma certa diversidade entre as finalidades; algumas são atividades, outras são produtos distintos das atividades de que resultam; onde há finalidades distintas das ações, os produtos são por natureza melhores que as atividades. Mas como há muitas atividades, artes e ciências, suas finalidades também são muitas; a finalidade da medicina é a saúde, a da construção naval é a nau, a da estratégia é a vitória, a da economia é a riqueza. [...]
Retomando nossa investigação, e diante do fato de todo conhecimento e todo propósito visarem a algum bem, falemos daquilo que consideramos a finalidade da ciência política, e do mais alto de todos os bens a que pode levar a ação. Em palavras, o acordo quanto a este ponto é quase geral; tanto a maioria dos homens quanto as pessoas mais qualificadas dizem que este bem supremo é a felicidade, e consideram que viver bem e ir bem equivale a ser feliz; quanto ao que é realmente a felicidade, há divergências, e a maioria das pessoas não sustenta opinião idêntica à dos sábios. A maioria pensa que se trata de algo simples e óbvio, como o prazer, a riqueza ou as honrarias; mas até as pessoas componentes da maioria divergem entre si, e muitas vezes a mesma pessoa identifica o bem com coisas diferentes, dependendo das circunstâncias – com a saúde, quando ela está doente, e com a riqueza quando empobrece; cônscias, porém, de sua ignorância, elas admiram aqueles que compõem alguma coisa grandiosa e acima de sua compreensão. Há quem pense que além destes muitos bens há um outro, bom por si mesmo, e que também é a causa de todos os outros. Seria talvez infrutífero, de certo modo, examinar todas as opiniões sustentadas a este respeito; bastará examinar as mais difundidas ou as aparentemente mais razoáveis.
(Fonte: Aristóteles. Ética a Nicômacos, Brasília: Editora UnB, 2001, p. 17-9).
Considere o seguinte silogismo:
Toda ação visa a um fim. Todo bem é um fim. Logo, toda ação é um bem.
O silogismo acima é inválido, porque sua forma não é garantia de que, se houver premissas verdadeiras, haverá conclusão verdadeira. Assim, ele não se sustenta, pois
- apresenta quatro termos.
- não se tem nenhuma afirmação sobre a totalidade designada pelo termo médio, isto é, o termo médio não está distribuído.
- as premissas não implicam a conclusão; a premissa maior não faz uma afirmação sobre a totalidade do termo maior.
- é incompleto, por não haver termo médio em sua conclusão.
- chega a uma conclusão particular a partir de duas premissas universais, isto é, incorre na falácia existencial.
09. (UECE) “O silogismo é uma locução em que uma vez certas suposições sejam feitas, alguma coisa distinta delas se segue necessariamente devido à mera presença das suposições como tais. Por ‘devido à mera presença das suposições como tais’ entendo que é por causa delas que resulta a conclusão, e por isso quero dizer que não há necessidade de qualquer termo adicional para tornar a conclusão necessária”
ARISTÓTELES. Órganon: Categorias, Da interpretação, Analíticos anteriores, Analíticos posteriores, Tópicos, Refutações sofísticas. Bauru, SP: EDIPRO, 2010, p. 111.
Considerando o enunciado acima, constante no livro I dos Analíticos anteriores, atente para o que se afirma a seguir, e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) Trata-se da definição de silogismo, termo filosófico com o qual Aristóteles designou a conclusão deduzida de premissas, a argumentação lógica perfeita.
( ) Expõe as bases do argumento indutivo com três proposições declarativas (duas premissas e uma conclusão) que se conectam de tal modo que, a partir de premissas, é possível induzir uma conclusão.
( ) Expressa a importância dada por Aristóteles à correção lógica do raciocínio empregado na construção do conhecimento do Ser das coisas.
( ) O silogismo não trata do conteúdo do que se afirma, mas permite se chegar a conclusões verdadeiras, desde que baseadas em princípios gerais verdadeiros.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
- F, F, V, F.
- F, V, F, V.
- V, V, F, F.
- V, F, V, V.
10. (UFU) Silogismo. Essa palavra, que na origem significava cálculo, era empregada por Platão como raciocínio em geral e foi adotada por Aristóteles para indicar o tipo perfeito do raciocínio dedutivo, definido como um discurso em que, postas algumas coisas, outras se seguem necessariamente.
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Trad. Benedetti, I. C. São Paulo: Martins Fontes, 2003. (Adaptado)
Considerando-se a definição de silogismo, assinale a alternativa que indica sua interpretação correta.
- A conclusão pode contrariar todas as premissas.
- O silogismo só conduz a conclusões hipotéticas.
- A conclusão é sempre resultado das premissas.
- A dedução é inaplicável ao silogismo categórico.