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Filosofia da Religião

Lista de 12 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Filosofia da Religião com questões de Vestibulares.


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01. (Unespar) A religião representa uma Instituição Social presente na organização das sociedades. Por meio da religião, os indivíduos expressam suas crenças e rituais relacionados à fé. As religiões influenciam a formação da moral e dos valores sociais. A religião também pode ser usada como instrumento de dominação e pode chegar ao fanatismo. Existe uma grande diversidade de religiões no Brasil e isto se dá em função da característica de estado laico conforme determinado pela Constituição Federal.

Frente a esses conceitos, é possível afirmar que:

  1. As diferentes religiões presentes no Brasil são respeitadas por todos os membros da sociedade;
  2. O fanatismo religioso representa um risco para a tolerância e o respeito à diversidade religiosa;
  3. A Constituição Federal aponta uma religião oficial no Brasil;
  4. O Estado Laico proíbe o exercício da liberdade religiosa;
  5. As igrejas e templos religiosos devem receber auxílio financeiro dos governos.

02. (UNESP) O marketing religioso objetiva identificar as necessidades de espírito e de conhecimento dos adeptos de uma determinada religião, oferecendo uma linha de produtos e serviços específicos para determinado segmento religioso e linguagem inerente ao tipo de pregação veiculada. A pessoa que se sente vazia num mundo capitalista e individualista busca refúgio através de uma religião. Identificar o público que mais frequenta o templo e o bairro onde o mesmo está situado, o nível de escolaridade, renda, hábitos, demais dados dos perfis demográficos e psicográficos são considerados num planejamento de marketing de uma linha de produtos religiosos.

(Fernando Rebouças. Marketing religioso. www.infoescola.com, 04.01.2010. Adaptado.)

O fenômeno descrito pode ser explicado por tendências de

  1. instrumentalização e mercantilização da fé religiosa.
  2. crítica religiosa à massificação de produtos de consumo.
  3. recuperação das práticas religiosas tradicionais.
  4. indiferença das igrejas e religiões frente às demandas de mercado.
  5. rejeição de ferramentas administrativas no âmbito religioso.

03. (URCA) Leia:

"As Quatro Nobres Verdades são: Verdade do sofrimento; verdade da origem do sofrimento; verdade da cessação do sofrimento; verdade do caminho que leva à cessação do sofrimento".

(In: https://templozulai.org.br/pt_BR/)

No século VI a.C., Sidarta Gautama (563 a.C. - 483 a.C.), mais conhecido como Buda, criou uma religião e filosofia, a partir de sua experiência de vida, deixando a condição de príncipe e a casta que pertencia no Hinduísmo.

Dentre os preceitos do Budismo estão:

  1. A crença em Alá como único Deus e a peregrinação até Meca.
  2. A crença na salvação através de Jesus Cristo e o batismo como sacramento.
  3. A obediência aos "10 mandamentos" e o monoteísmo.
  4. A defesa do sistema de castas e o politeísmo.
  5. O desenvolvimento da consciência física e espiritual levam ao Nirvana, a crença no carma e na reencarnação.

04. (UEG) Uma pesquisa publicada em março de 2011 informa que o sentimento religioso está diminuindo nos países ricos e que, em algumas décadas, o ateísmo pode se tornar majoritário nessas regiões. Independentemente de concordar ou não com as conclusões da pesquisa, filosoficamente, tal perspectiva pode ser relacionada a

  1. Descartes e sua noção de que Deus existe na medida em que existe a ideia de Deus e ela está no homem, mas não veio do homem.
  2. Marx, que definiu a religião como o “ópio do povo”, considerando que as condições materiais interferem nas crenças.
  3. Sartre e a noção existencialista de que todo homem é livre e deve se responsabilizar por essa liberdade.
  4. Spinoza e sua perspectiva de um deus panteísta, um deus que seria as próprias leis da natureza.

05. (UFSM) Na Bíblia (Mt 5.13) é dito que os cristãos são "o sal da terra e a luz do mundo". Essa passagem tem um significado antropológico. Os preceitos do cristianismo tiveram, além de um significado antropológico, um importante papel na formação moral do Ocidente, onde as parábolas e os evangelhos da Bíblia são tomados como mecanismos de orientação da vida cristã.

Considerando essas informações, é correto afirmar que a ética cristã é

  1. ututilitarista, uma vez que busca oferecer aos homens o maior quantum de felicidade possível, através da realização das ações que produzem as melhores consequências.
  2. hedonista, uma vez que prioriza os aspectos mais frugais da vida, como a vida comunitária, preocupada com o preparo da terra e o alimento.
  3. deontológica, uma vez que é centrada num imperativo universal extraído da razão pura, livre de todas as inclinações subjetivas.
  4. contratualista, uma vez que a comunidade cristã adota preceitos que produzem os resultados racionais pretendidos por todos.
  5. teológica, uma vez que os preceitos orientadores são extraídos de fontes heterônomas, como revelações e profecias.

06. (UFSJ) Na obra “O existencialismo é um humanismo”, Jean-Paul Sartre intenta

  1. desenvolver a ideia de que o existencialismo é definido pela livre escolha e valores inventados pelo sujeito a partir dos quais ele exerce a sua natureza humana essencial.
  2. mostrar o significado ético do existencialismo.
  3. criticar toda a discriminação imposta pelo cristianismo, através do discurso, à condição de ser inexorável, característica natural dos homens.
  4. delinear os aspectos da sensação e da imaginação humanas que só se fortalecem a partir do exercício da liberdade.

07. (FGV-SP) O cristianismo foi difundido nos territórios da Núbia, a partir do século IV, por meio da língua copta, que passou a ser língua- -matriz religiosa de um cristianismo africano, que diferia da versão oficial romana, e depois da versão bizantina. Essa versão do cristianismo que se afirmou ao longo dos séculos num processo intricado de amálgamas entre a doutrina monofisita e os costumes das religiões tradicionais da África negra.

A igreja axumita (e, depois, a igreja etíope) adotou para si o calendário e o rito litúrgico copta, retirado do modelo praticado pelo clero de Alexandria. Havia costumes, como as danças e os tambores, os sacrifícios de cabras e, nos primeiros tempos, a admissão da poligamia. Além disso, havia a distinção entre o consumo de carne pura e impura, a proibição das mulheres de entrarem nos templos no dia seguinte ao que tiveram relações sexuais e a observação do sábado e não do domingo como dia consagrado.

(José Rivair Macedo. História da África, 2013. Adaptado)

Nessa versão do cristianismo, há

  1. uma simpatia pelas práticas religiosas externas e restrições à religiosidade tradicional da África.
  2. uma aversão à religiosidade monoteísta de origem oriental, especialmente ao islamismo.
  3. a influência do cristianismo primitivo associado ao paganismo do Norte da Europa, que marcava os principais rituais.
  4. uma certa antecipação das práticas cristãs presentes nas religiões pós-Reforma, como a ligação direta entre Deus e o fiel.
  5. um complexo processo de mistura e ressignificação de uma série de tradições religiosas, caso das africanas e do judaísmo.

08. (UFU) Com efeito, existem a respeito de Deus verdades que ultrapassam totalmente as capacidades da razão humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus é trino e uno. Ao contrário, existem verdades que podem ser atingidas pela razão: por exemplo, que Deus existe, que há um só Deus etc.

AQUINO, Tomás de. Súmula contra os Gentios. Capítulo Terceiro: A possibilidade de descobrir a verdade divina. Tradução de Luiz João Baraúna. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 61.

Para São Tomás de Aquino, a existência de Deus se prova

  1. por meios metafísicos, resultantes de investigação intelectual.
  2. por meio do movimento que existe no Universo, na medida em que todo movimento deve ter causa exterior ao ser que está em movimento.
  3. apenas pela fé, a razão é mero instrumento acessório e dispensável.
  4. apenas como exercício retórico.

09. (UNESP) O mundo seria ordenado demais, harmonioso demais, para que se possa explicá-lo sem supor, na sua origem, uma inteligência benevolente e organizadora. Como o acaso poderia fabricar um mundo tão bonito? Se encontrassem um relógio num planeta qualquer, ninguém poderia acreditar que ele se explicasse unicamente pelas leis da natureza, qualquer um veria nele o resultado de uma ação deliberada e inteligente. Ora, qualquer ser vivo é infinitamente mais complexo do que o relógio mais sofisticado. Não há relógio sem relojoeiro, diziam Voltaire e Rousseau. Mas que relógio ruim o que contém terremotos, furacões, secas, animais carnívoros, um sem-número de doenças – e o homem! A história natural não é nem um pouco edificante. A história humana também não. Que Deus após Darwin? Que Deus após Auschwitz?

(André Comte-Sponville. Apresentação da filosofia, 2002. Adaptado.)

Sobre os argumentos discorridos pelo autor, é correto afirmar que a existência de Deus é

  1. defendida mediante um argumento de natureza estética, em oposição ao caráter ideológico e alienante das crenças religiosas.
  2. tratada como um problema sobretudo metafísico e teológico, diante do qual são irrelevantes as questões empíricas e históricas.
  3. abordada sob um ponto de vista bíblico-criacionista, em oposição a uma perspectiva romântica peculiar ao iluminismo filosófico.
  4. problematizada mediante um argumento de natureza mecanicista-causal, em oposição ao problema ético da existência do mal.
  5. tratada como uma questão concernente ao livre-arbítrio da consciência, em detrimento de possíveis especulações filosóficas.

10. (UFSM) A tese de Foucault segundo a qual o poder é uma estratégia e um conjunto de práticas que varia conforme as instituições em que é exercido foi formulada para criticar, entre outras coisas, os postulados políticos do marxismo. Sua teoria foi construída a partir do exame de instituições como hospitais e escolas. Essas instituições revelam, segundo Foucault, que as relações de poder se exercem prioritariamente

  1. através de Deus, que confere aos homens autoridade e domínio.
  2. por práticas disciplinares e de controle, que visam ao uso eficaz do corpo.
  3. por meio da utilidade das leis, que promove a felicidade do maior número de pessoas.
  4. mediante a vontade popular, que é concretizada na figura do contrato social.
  5. mediante estratégias repressivas, que envolvemo uso da força e violência pelos detentores do poder.

11. (UEL) Leia o Texto VII e responda à questão.

Texto VII O Cauim é uma bebida produzida a partir da mastigação da mandioca ou do milho por mulheres cuja saliva contribui para o seu fabrico. A preparação dessa bebida consiste em três estágios básicos: fermentação, amadurecimento e azedamento. Assim, em todos os rituais de passagem, em determinadas tribos indígenas, a presença do Cauim é imprescindível.

(Adaptado: SZTUTMAN, R. Cauinagem, uma comunicação embriagada - apontamentos sobre uma festa tipicamente ameríndia. Disponível em: www.antropologia.com.br/tribo. Acesso em: 17 jul. 2008.)

Nos rituais indígenas, a ingestão do cauim evoca a busca de um estado de prazer e de felicidade. Na tradição filosófica, a idéia de felicidade foi abordada por Aristóteles, na obra “Ética a Nicômacos”.

Considerando o pensamento ético de Aristóteles, assinale a alternativa correta.

  1. O interesse pessoal constitui o bem supremo a que visam todas as ações humanas, acima das escolhas racionais.
  2. A felicidade é o bem supremo a que aspira todo indivíduo pela experiência sensível do prazer que se busca por ele mesmo.
  3. Todos os seres humanos aspiram ao bem e à felicidade, que só podem ser alcançados pela conduta virtuosa, aliada à vontade e à escolha racional.
  4. Fim último da existência humana, a felicidade referese à vida solitária do indivíduo, desvinculada da convivência social na polis.
  5. A felicidade do indivíduo não pode ser alcançada pelo discernimento racional, mas tão-somente pelo exercício da sensibilidade.

12. (UFSJ) Na obra “O existencialismo é um humanismo”, Jean-Paul Sartre intenta

  1. desenvolver a ideia de que o existencialismo é definido pela livre escolha e valores inventados pelo sujeito a partir dos quais ele exerce a sua natureza humana essencial.
  2. mostrar o significado ético do existencialismo.
  3. criticar toda a discriminação imposta pelo cristianismo, através do discurso, à condição de ser inexorável, característica natural dos homens.
  4. delinear os aspectos da sensação e da imaginação humanas que só se fortalecem a partir do exercício da liberdade.

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