Home > Banco de Questões > Filosofia > Filosofia Moderna >Voltaire (Iluminista)

Voltaire (Iluminista)

Lista de 09 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Voltaire (Iluminista) com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Voltaire (Iluminista) .




01. (UEL) Leia o texto a seguir:

A ideia de progresso manifesta-se inicialmente, à época do Renascimento, como consciência de ruptura. [...] No século XVIII tal ideia associa-se à consciência do caráter progressivo da civilização, e é assim que a encontramos em Voltaire. Tal como para Bacon, no início do século XVII, o progresso também é uma espécie de objeto de fé para os iluministas. [...] A certeza do progresso permite encarar o futuro com otimismo.

(Adaptado de: FALCON, F. J. C. Iluminismo. 2. ed. São Paulo: Ática, 1989, p. 61-2.)

Na primeira metade do século XX, a ideia de progresso também se transformou em objeto de análise do grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisa Social vinculado à Universidade de Frankfurt. Tendo como referência a obra de Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:

  1. Por serem herdeiros do pensamento hegeliano, os autores entendem que a superação do modelo de racionalidade inerente aos conflitos do século XX depende do justo equilíbrio entre uso público e uso privado da razão.
  2. A despeito da Segunda Guerra, a finalidade do iluminismo de libertar os homens do medo, da magia e do mito e torná-los senhores autônomos e livres mediante o uso da ciência e da técnica, foi atingido.
  3. Os autores propõem como alternativa às catástrofes da primeira metade do século XX um novo entendimento da noção de progresso tendo como referência o conceito de racionalidade comunicativa.
  4. Como demonstra a análise feita pelos autores no texto “O autor como produtor”, o ideal de progresso consolidado ao longo da modernidade foi rompido com as guerras do século XX.
  5. Em obras como a Dialética do Esclarecimento, os autores questionam a compreensão da noção de progresso consolidada ao longo da trajetória da razão por estar vinculada a um modelo de racionalidade de cunho instrumental.

02. (UFPR) A respeito do iluminismo, movimento filosófico que se difundiu pela Europa ao longo do século XVIII, considere as seguintes afirmativas:

1. Muitos filósofos franceses, entre eles Montesquieu, Voltaire e Diderot, foram leitores, admiradores e divulgadores da filosofia política produzida pelos ingleses, como John Locke com sua crítica ao absolutismo.

2. Quanto à organização do Estado, os filósofos iluministas não eram contra a monarquia, mas contra as ideias de que o poder monárquico fora constituído pelo direito divino e de que ele não poderia ser submetido a nenhum freio.

3. A descoberta da perspectiva e a valorização de temas religiosos marcaram as expressões artísticas durante o iluminismo.

4. Em Portugal, o pensamento iluminista recebeu grande impulso das descobertas marítimas.

Assinale a alternativa correta.

  1. Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
  2. Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
  3. Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
  4. Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
  5. Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.

03. (F. de Medicina de Jundiaí) É necessário termos presente não só o progresso técnico como também o clima geral da economia, no qual surgem os primeiros sinais da ”revolução industrial”: longo período de expansão que tem o seu início cerca de 1730, primeiro no domínio agrícola (progresso econômico e acréscimo da produção que permitem alimentar uma população mais numerosa), conjuntura favorável ao lucro e as atividades manufatureiras, crescimento das cidades e dos portos, poderio dos armadores e dos negociantes, dos quais Voltaire faz o panegírico nas suas Cartas Inglesas: “O comércio, que enriqueceu os cidadãos na Inglaterra, contribuiu para os tornar livres, e essa liberdade deu por sua vez maior expansão ao comércio; daí se formou o poderio do Estado.”

(Jean Touchard (org.). História das ideias políticas, 1970. Adaptado.)

No contexto apresentado, Voltaire

  1. sustenta a necessidade fundamental de a sociedade organizar- se de forma estamental.
  2. argumenta que a excessiva liberdade econômica pode gerar nas nações tirania política.
  3. denuncia a insustentabilidade das práticas econômicas essenciais sem a tutela estatal.
  4. entende o desenvolvimento do comércio como causa e consequência da liberdade dos cidadãos.
  5. apoia as monarquias absolutistas europeias fundadas no direito divino dos reis.

04. (UENP) Voltaire foi um dos mais famosos pensadores do Iluminismo. Com base na filosofia de Voltaire e nas críticas que estabeleceu, assinale a alternativa correta.

  1. Criticou a intolerância religiosa e a prepotência dos poderosos
  2. Criticou a monarquia que respeitava as liberdades individuais.
  3. Criticou a possibilidade da liberdade de pensamento dos cidadãos.
  4. Criticou a liberdade de expressão e a tolerância como virtude.
  5. Criticou Diderot e o trabalho deste com a organização da Enciclopédia

05. (UEMA) Leia os seguintes pensamentos sobre o trabalho.

“O trabalho espanta três males: o vício, a pobreza e o tédio.”

Voltaire, filósofo francês (1694 – 1778)

“Deus me respeita quando eu trabalho. Mas me ama quando eu canto.”

Rabindranath Tagore, escritor indiano (1861 – 1941) “O ser humano se faz pelo trabalho, porque ao mesmo tempo que produz coisas torna-se humano.”

(Maria Lúcia de A. Aranha et all. Filosofando)

Os pensamentos reproduzidos carregam em si uma ideologia comum sobre o trabalho e escondem, muitas das vezes, suas condições de execução.

A ideia subjacente nas três sentenças é que o trabalho

  1. é um castigo de Deus.
  2. dignifica o homem.
  3. é um processo escravo.
  4. conduz o homem ao tédio.
  5. é uma produção inventiva.

06. (Unioeste) “Ao chegar a Londres, um francês encontrará tudo muito mudado em filosofia, e também no resto. Deixou o mundo cheio, encontrou-o vazio. Em Paris, vê-se o universo composto de turbilhões de matéria sutil, em Londres, não se vê nada disso. Entre nós, a pressão da Lua causa o fluxo do mar; entre os ingleses, o mar gravita em direção à Lua (…)”

VOLTAIRE, Cartas Inglesas. Carta XIV: Descartes e Sir Isaac Newton.

Na décima quarta das Cartas inglesas, Voltaire identifica o atraso francês diante da superioridade inglesa não apenas no campo do conhecimento científico, mas com relação às instituições que o produzem. Ao fim, Voltaire contrapõe o itinerário tortuoso de Descartes às estáveis condições produtivas de Newton a fim de aquilatar duas grandes figuras da filosofia natural na modernidade.

Assinale a alternativa que expressa CORRETAMENTE o contraste entre as filosofias naturais de Descartes e de Newton.

  1. A diferença entre a res cogitans cartesiana e a res extensa newtoniana.
  2. A diferença entre a filosofia empirista de Descartes e o racionalismo apriorista da gravitação de Newton.
  3. A diferença entre a metafísica estritamente mecanicista da física cartesiana e a dinâmica exposta na física newtoniana.
  4. A diferença entre a vida na conturbada capital francesa e nos silenciosos arredores da capital da Grã-Bretanha.
  5. A diferença entre o regime das marés em países insulares e países continentais.

07. (UFF) O escritor e filósofo francês Voltaire, que viveu no século XVIII, é considerado um dos grandes pensadores do Iluminismo ou Século das Luzes. Ele afirma o seguinte sobre a importância de manter acesa a chama da razão:

“Vejo que hoje, neste século que é a aurora da razão, ainda renascem algumas cabeças da hidra do fanatismo. Parece que seu veneno é menos mortífero e que suas goelas são menos devoradoras. Mas o monstro ainda subsiste e todo aquele que buscar a verdade arriscar-se-á a ser perseguido. Deve-se permanecer ocioso nas trevas? Ou deve-se acender um archote onde a inveja e a calúnia reacenderão suas tochas? No que me tange, acredito que a verdade não deve mais se esconder diante dos monstros e que não devemos abster-nos do alimento com medo de sermos envenenados”.

Identifique a opção que melhor expressa esse pensamento de Voltaire.

  1. Aquele que se pauta pela razão e pela verdade não é um sábio, pois corre um risco desnecessário.
  2. A razão é impotente diante do fanatismo, pois esse sempre se impõe sobre os seres humanos.
  3. Aquele que se orienta pela razão e pela verdade deve munir-se da coragem para enfrentar o obscurantismo e o fanatismo.
  4. O fanatismo e o obscurantismo são coisas do passado e por isso a razão não precisa mais estar alerta.
  5. A razão envenena o espírito humano com o fanatismo.

08. (UFMG) Leia o texto.

“Enriquecendo os cidadãos ingleses, o comércio contribuiu para torná-los mais livres e, por sua vez, a liberdade ampliou o comércio. A grandeza do Estado veio como consequência e tornou os ingleses senhores dos mares.”

(VOLTAIRE. CARTAS INGLESAS)

Todas as alternativas estão relacionadas com o texto, EXCETO:

  1. Leis dos Cercamentos / Revolução Industrial.
  2. Parlamentarismo / Mercantilismo.
  3. República de Cromwell / Atos de Navegação.
  4. Revolução Gloriosa / Expansão Comercial.
  5. Revolução Inglesa / Comercialismo.

09. (FGV) “O gênero humano é de tal ordem que não pode subsistir, a menos que haja uma grande infinidade de homens úteis que não possuam nada.”

(Dicionário filosófico, verbete Igualdade)

“O comércio, que enriqueceu os cidadãos na Inglaterra, contribuiu para os tornar livres, e essa liberdade deu por sua vez maior expansão ao comércio; daí se formou o poderio do Estado.”

(Cartas inglesas)

Sobre os trechos de Voltaire, é correto afirmar que o autor

  1. define, com suas ideias, os interesses da burguesia como classe, no século XVIII: o comércio como condição para a acumulação de capital, a riqueza como fator de liberdade e do poder de Estado e a propriedade ligada à desigualdade.
  2. crê, como filósofo iluminista do século XVIII, nas igualdades social e política, pois a filosofia burguesa elabora uma doutrina universalista que confunde a causa da burguesia com a de toda a humanidade.
  3. critica a centralização do poder na medida em que ela breca a liberdade, impedindo o progresso das técnicas e a expansão do comércio que geram riqueza, e, ao mesmo tempo, aceita a propriedade como fundamento da igualdade.
  4. considera que a burguesia não se constitui em uma classe no século XVIII, e ela precisa do poder do Estado centralizado para garantir a sua riqueza e, nessa medida, aproxima-se da nobreza para obter apoio político.
  5. defende, como representante da Ilustração, a liberdade ligada à ausência da propriedade e elabora princípios universais, com direitos e deveres para todos os homens, o que faz a igualdade econômica ser o fundamento da sociedade.

Clique Para Compartilhar Esta Página Nas Redes Sociais



Você acredita que o gabarito esteja incorreto? Avisa aí 😰| Email ou WhatsApp