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Lei de Terras

Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Lei de Terras com questões de Vestibulares.


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01. (FATEC) Promulgada em 1850, a chamada Lei de Terras determinou as normas sobre a posse, manutenção, uso e comercialização das terras no período do Segundo Reinado, modificando as relações fundiárias no Brasil.

A partir desta data, ficou estabelecido que as terras

A partir desta data, ficou estabelecido que as terras

  1. seriam tomadas pelo Estado e transformadas em cooperativas, visando aumentar a produtividade e combater o problema da fome nas cidades.
  2. seriam demarcadas e entregues a membros da aristocracia imperial, em um regime de administração que ficou conhecido como Capitanias Hereditárias.
  3. passariam a ser adquiridas por meio de compra e venda ou por doação do Estado, com registro em cartório, ficando proibida a obtenção de terras por meio de ocupação.
  4. seriam divididas em pequenos lotes e distribuídas a escravos alforriados e imigrantes europeus, em um sistema que ficou conhecido como colonato.
  5. pertenceriam ao Estado e seriam geridas por funcionários públicos concursados, por meio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Resposta: C

Resolução: A Lei de Terras de 1850 instituiu um sistema pelo qual a posse de terras deveria ser formalizada por compra ou doação do Estado, e não mais por simples ocupação, regulando o acesso à terra no Brasil Imperial

02. (ESA) A Lei de Terras (1850) regulamentou questões relacionadas à propriedade privada da terra e a mão de obra agrícola.

Tal legislação atendeu aos interesses dos grandes fazendeiros da região sudeste, que cultivavam:

  1. cacau.
  2. cana de açúcar
  3. soja.
  4. café.
  5. algodão

Resposta: D

Resolução: A Lei de Terras visava assegurar a propriedade da terra a grandes fazendeiros, especialmente na região sudeste, onde o cultivo de café era predominante.

03. (FGV-SP) Já no artigo 1°, a Lei n° 601/1850 determinava: “ficam proibidas as aquisições de terras devolutas por outro título que não seja o de compra”. No artigo 3°, inciso IV, definia: “são terras devolutas: [...] as que não se acharem ocupadas por posse que, apesar de não se fundarem em título legal, foram legitimadas por esta Lei”.

(José Sacchetta Ramos Mendes, Desígnios da Lei de Terras: imigração, escravismo e propriedade fundiária no Brasil Império. Caderno CRH, vol. 22, no 55, Salvador, jan/abr, 2009)

A lei citada, entre outros pontos, intencionava

  1. fortalecer as pequenas e médias propriedades rurais com o propósito de agilizar a transição do trabalho compulsório para o livre, desmontando, assim, a estrutura latifundiária.
  2. retomar propriedades rurais doadas pelo sistema das sesmarias, em vigor desde o início da colonização do Brasil, e que nunca foram efetivamente ocupadas pelas pessoas que as receberam.
  3. democratizar o acesso à terra, porque com uma legislação específica seria possível colocar terras no mercado a preços razoáveis, atraindo pequenos proprietários e imigrantes do meio urbano europeu.
  4. regulamentar a estrutura fundiária brasileira, porque havia uma numerosa titulação de posse de terras em duplicidade e a maior parte das propriedades nacionais tinha sempre mais de um proprietário.
  5. controlar o acesso à propriedade da terra, em um contexto no qual a entrada de escravos africanos no Brasil mostrava-se cada vez mais difícil e havia projetos para ampliar a vinda de imigrantes.

Resposta: E

Resolução: A lei visava controlar a aquisição de terras e facilitar a chegada de imigrantes como substitutos da mão de obra escrava, que estava se tornando cada vez mais restrita

04. (UECE) Em 1850, ano de extinção oficial do tráfico de escravos no Brasil, foi votada a Lei de Terras. Esta lei, em linhas gerais, determinou que

I. todo proprietário registrasse suas terras, ficando proibida a doação de propriedades ou qualquer outra forma de aquisição de bens fundiários, a não ser por meio da compra.

II. se mantivesse o alto custo do registro imobiliário, impedindo que os posseiros mais pobres obtivessem a propriedade do solo onde plantavam.

III. ficasse assegurado o direito dos imigrantes ― cujo trabalho, em muitos casos, substituiria o trabalho dos escravos ― de se tornarem proprietários das terras onde laboravam.

IV. fossem possíveis a aquisição e a posse de terras públicas, a baixo custo, pelos grandes proprietários, seus herdeiros e descendentes.

Estão corretas as complementações contidas em

  1. I, II, III e IV.
  2. I e II apenas.
  3. II, III e IV apenas.
  4. I, III e IV apenas.

Resposta: B

Resolução: A Lei de Terras determinava o registro das propriedades e mantinha altos custos para o registro, dificultando o acesso dos posseiros pobres. Não assegurava a propriedade dos imigrantes nem permitia a aquisição de terras a baixo custo pelos grandes proprietários

05. (FGV-RJ) A Lei de Terras de 1850, por exemplo, que fora apresentada pela primeira vez em 1843, visava organizar o país para o fim eventual do trabalho escravo – tendo sido votada poucos dias após a interrupção do tráfico.

SCHWARCZ, L.M. e STARLING, H.M., Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 274.

Acerca da Lei de Terras e do processo politico e social a ela associado é correto afirmar:

  1. O fim do tráfico significou, na prática, o fim da escravidão no território brasileiro.
  2. A Lei de Terras impedia a livre ocupação agrária por homens livres pobres no Brasil.
  3. A Lei de Terras e o fim do tráfico permitiram a constituição de pequenas e médias propriedades no Brasil.
  4. A Lei de Terras no Brasil teve as mesmas implicações que a Homestead Act, promulgada nos Estados Unidos em 1862.
  5. A Lei de Terras previa a distribuição de terras não ocupadas a ex-escravos que se dispusessem a cultivá-las.

Resposta: B

Resolução: A Lei de Terras impunha a aquisição de terras apenas por compra, excluindo a ocupação livre, o que dificultava o acesso dos pobres à terra.

06. (URCA) A fim de regulamentar a propriedade da terra de acordo com as novas necessidades econômicas e os novos conceitos de terra e de trabalho, diversas leis importantes foram decretadas em diferentes países durante o século XIX. No Brasil, a lei para este fim ficou conhecida como a Lei de Terras de 1850, sobre a qual podemos corretamente afirmar:

  1. Proibia a aquisição de terras que não fosse exclusivamente pela posse ou doação feita pela Coroa.
  2. Determinava que todos aqueles que tinham adquirido a terra, nos anos precedentes à Lei, por ocupação ou doação, perderiam a terra, ainda que tivessem como legalizá-las mediante o pagamento de taxas cartoriais.
  3. Limitou o tamanho das terras adquiridas pela ocupação que não poderia ser maior do que a maior porção de terra doada no distrito em que se localizava.
  4. Os produtos das vendas das terras públicas e das taxas de registro das propriedades seriam utilizados para importar mão de obra escrava.
  5. Se antes da lei, somente poderiam adquirir terras aqueles que tivessem condições de explorá-las lucrativamente, com a lei, somente poderiam adquirir aqueles que prestassem serviços à Coroa Imperial.

Resposta: C

Resolução: A Lei de Terras anulava as posses feitas por ocupação anterior, exigindo que as terras fossem adquiridas apenas por compra, o que afetava aqueles que tinham adquirido terras por outros meios

07. (URCA) Ao estudar a dinâmica sociodemográfica, juntamente com as questões agrárias na formação socioespacial do Brasil, nos deparamos com intervenções jurídicas como a chamada “Lei de Terras”, de 18 de Setembro de 1850, que ao proibir, a partir daquele momento, as aquisições de terras devolutas por outro título que não fosse o de compra acabou proporcionando o seguinte efeito socioespacial:

  1. Dificultou ainda mais o acesso à terra para os latifundiários.
  2. Facilitou o acesso dos escravos libertos à terra.
  3. Redistribuiu os latifúndios improdutivos existentes no Brasil aos imigrantes italianos.
  4. Eliminou a figura do grileiro no espaço rural brasileiro.
  5. Ratificou a existência dos latifúndios no Brasil.

Resposta: E

Resolução: A lei reforçou a estrutura fundiária existente, beneficiando os grandes proprietários e mantendo a concentração de terras.

08. (FAMECA) A Lei de Terras, aprovada no Brasil em 1850,

  1. atenuou os desníveis sociais, ao permitir o aumento das doações de terras aos assalariados e aos libertos da escravidão.
  2. alterou a estrutura fundiária herdada do período colonial, ao conceder ao trabalhador rural o controle dos meios de produção.
  3. favoreceu a subordinação do trabalhador livre à grande lavoura, ao determinar que o acesso à terra seria apenas pela compra.
  4. regulamentou o funcionamento das propriedades rurais, ao proibir a existência de latifúndios e de terras improdutivas.
  5. facilitou a obtenção da propriedade da terra aos ex-escravos e imigrantes, ao criar o inovador sistema de sesmarias.

Resposta: C

Resolução: A lei estabeleceu que a aquisição de terras deveria ser feita por compra, o que dificultava o acesso dos trabalhadores livres à terra, subordinando-os às grandes propriedades

09. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações sobre a Lei de Terras de 1850.

I - Legislou, pela primeira vez, a propriedade privada no país, essencial para a modernização capitalista da nação.

II - Possibilitou a compra de terras por imigrantes, independente do tempo de permanência no país.

III - Proibiu a doação de terras públicas.

Quais estão corretas?

  1. Apenas I.
  2. Apenas III.
  3. Apenas I e III.
  4. Apenas II e III.
  5. I, II e III.

Resposta: C

Resolução: A Lei de Terras legisla pela primeira vez a propriedade privada no Brasil e proibiu a doação de terras públicas, mas não garantiu a compra de terras por imigrantes independentemente do tempo de permanência

10. (PUC-PR) Em 1850, no Segundo Império brasileiro, diversas medidas de caráter político e econômico buscaram a modernização do Brasil Imperial: extinguiu-se o tráfico negreiro e essa medida proibitiva da importação de escravos liberou capital para outras atividades de negócios no Brasil imperial: surgiram bancos e indústrias, bem como empresas de navegação. Promulgouse, ainda, a Lei de Terras e foi aprovado o primeiro Código Comercial. Na esfera política, o Brasil Imperial conheceu a conciliação entre liberais e conservadores num ministério presidido pelo Marquês de Paraná. Concomitantemente a todas essas transformações, apontava-se também para a extinção do uso de mão de obra escrava negra no Império brasileiro: o Brasil inicia sua grande imigração e busca de mão de obra europeia para trabalhar nas fazendas de café. Ao buscar mão de obra europeia livre e assalariada para a lavoura, o Brasil nega a si mesmo a possibilidade de transformar os escravos negros em trabalhadores livres assalariados. Tendo em vista a temática acerca da mão de obra escrava e da mão de obra branca livre e assalariada, marque a alternativa CORRETA.

  1. Os grandes fazendeiros não conseguiam imaginar transformar o regime de trabalho da grande massa de trabalhadores escravos num regime de trabalho livre e assalariado; ainda em relação à temática do trabalho escravo versus trabalho livre e assalariado executado por imigrantes, podemos afirmar que chegavam ao Brasil ideias de caráter racista de autores europeus como Buckle e Gobineau, ou seja, escravos, ex-escravos e mestiços eram vistos como inferiores por essa corrente ideológica, portanto, receber imigrantes brancos poderia promover o branqueamento da raça no Brasil.
  2. É possível afirmar que a massa de escravos adaptar-se-ia, rapidamente, à nova condição de trabalhador livre e assalariado, afinal, o mercado de trabalho estaria recebendo mão de obra especializada e habituada ao trabalho capitalista.
  3. As teorias raciais que chegavam ao Brasil não encontravam eco nas preocupações da elite brasileira porque aqui a mestiçagem não era comum, sendo a maioria da população branca, ou seja, não havia interesse em europeizar o Brasil.
  4. A proibição do tráfico negreiro, estabelecida em 1850, e sua consequente extinção, não provocaram o aumento do preço do escravo no Brasil do Segundo Império.
  5. Após 1850, o suprimento de cativos no Brasil não ocorreu de maneira nenhuma, ou seja, também não houve o chamado tráfico interprovincial.

Resposta: A

Resolução: A visão racializada prevalente entre os grandes fazendeiros e a elite brasileira reforçava a ideia de que a imigração de europeus brancos ajudaria a promover um ideal de branqueamento racial, dificultando a inclusão dos ex-escravos no mercado de trabalho livre

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