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Brasil Império

Lista de 39 exercícios de História com gabarito sobre o tema Brasil Império com questões do Enem..


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Brasil Império.




01. (Enem 2021) A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para as praças e praias era geralmente destinada ao único escravo da família ou ao de menor status ou valor. Todas as noites, depois das dez horas, os escravos conhecidos popularmente como “tigres” levavam tubos ou barris de excremento e lixo sobre a cabeça pelas ruas do Rio.

KARASCH, M C A vida dos escravos no Ric de Janeiro, 1008-1856 Rio de Janero Cia das Letras, 2000.

À ação representada na imagem e descrita no texto evidencia uma prática do cotidiano nas cidades no Brasil nos Séculos XVIII e XIX caracterizada pela

  1. valorização do trabalho braçal.
  2. reiteração das hierarquias sociais.
  3. sacralização das atividades laborais.
  4. superação das exclusões econômicas.
  5. ressignificação das heranças religiosas.

02. (Enem PPL 2020) Nas cidades, os agentes sociais que se rebelavam contra o arbítrio do governo também eram proprietários de escravos. Levavam seu protesto às autoridades policiais pelo recrutamento sem permissão. Conseguimos levantar, em ocorrências policiais de 1867, na Província do Rio de Janeiro, 140 casos de escravos aprisionados e remetidos à Corte para serem enviados aos campos de batalha.

SOUSA, J. P. Escravidão ou morte: os escravos brasileiros na Guerra do Paraguai. Rio de Janeiro: Mauad; Adesa, 1996.

Desconstruindo o mito dos “voluntários da pátria”, o texto destaca o descontentamento com a mobilização para a Guerra do Paraguai expresso pelo grupo dos

  1. pais, pela separação forçada dos filhos.
  2. cativos, pelo envio compulsório ao conflito.
  3. religiosos, pela diminuição da frequência aos cultos.
  4. oficiais, pelo despreparo militar dos novos recrutas.
  5. senhores, pela perda do investimento em mão de obra.

03. (Enem Digital 2020) Lei n. 3 353, de 13 de maio de 1888

A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia-Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:

Art. 1°: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.

Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário.

Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém.

Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67° ano da Independência e do Império.

Princesa Imperial Regente.

Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 6 fev. 2015 (adaptado).

Um dos fatores que levou à promulgação da lei apresentada foi o(a)

  1. abandono de propostas de imigração.
  2. fracasso do trabalho compulsório.
  3. manifestação do altruísmo britânico.
  4. afirmação da benevolência da Corte.
  5. persistência da campanha abolicionista.

04. (Enem 2021) Durante os anos de 1854-55, o governo brasileiro — por meio de sua representação diplomática em Londres — e os livre-cambistas ingleses — nas colunas do Daily News e na Câmara dos Comuns — aumentaram à pressão Pela revogação da Lei Aberdeen. O governo britânico, entretanto, ainda receava que, sem um tratado anglo-brasileiro satisfatório para substitui-la, não haverá nada Que impedisse os brasileiros de um dia voltarem aos seus velhos hábitos.

BETMELL.L. A abolição do A ecoa, 2002 (adaptado)

As tensões diplomáticas expressas no texto indicam o interesse britânico em

  1. estabelecer jurisdição conciliadora.
  2. compartilhar negócios marítimos.
  3. fomentar politicas higienistas.
  4. manter a proibição comercial.
  5. promover o negócio familiar.

05. (Enem 2021) No anúncio publicado na segunda metade do século XIX, qual a estratégia de resistência escrava apresentada?

No anúncio publicado na segunda metade do século XIX, qual a estratégia de resistência escrava apresentada?

  1. Criação de relações de trabalho.
  2. Fundação de territórios quilombolas.
  3. Suavização da aplicação de normas.
  4. Regularização das funções remuneradas.
  5. Constituição de economia de subsistência.

06. (Enem 2021) A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para as praças e praias era geralmente destinada ao único escravo da família ou ao de menor status ou valor. Todas as noites, depois das dez horas, os escravos conhecidos popularmente como “tigres” levavam tubos ou barris de excremento e lixo sobre a cabeça pelas ruas do Rio.

KARASCH, M C A vida dos escravos no Ric de Janeiro, 1008-1856 Rio de Janero Cia das Letras, 2000.

À ação representada na imagem e descrita no texto evidencia uma prática do cotidiano nas cidades no Brasil nos Séculos XVIII e XIX caracterizada pela

  1. valorização do trabalho braçal.
  2. reiteração das hierarquias sociais.
  3. sacralização das atividades laborais.
  4. superação das exclusões econômicas.
  5. ressignificação das heranças religiosas.

07. (Enem Digital 2020) Depois da Independência, em 1822, o país enfrentaria problemas que com frequência emergiram durante a formação dos Estados nacionais da América Latina. Em muitas regiões do Brasil, essas divergências foram acompanhadas de revoltas, inclusive contra o imperador D. Pedro I. Com a abdicação deste, em 1831, o país atravessaria tempos ainda mais turbulentos sob o regime regencial.

REIS, J. J. Rebelião escrava no Brasil: a história do Levante dos Malês em 1835. São Paulo: Cia. das Letras, 2003 (adaptado).

A instabilidade política no país, ao longo dos períodos mencionados, foi decorrente da(s)

  1. disputas entre as tendências unitarista e federalista.
  2. tensão entre as forças do Exército e Marinha nacional.
  3. dinâmicas demográficas nas fronteiras amazônica e platina.
  4. extensão do direito de voto aos estrangeiros e ex-escravos.
  5. reivindicações da ex-metrópole nas esferas comercial e diplomática.

08. (Enem 2019) Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros.

GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.

No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é emblemático porque evidencia a

  1. rigidez hierárquica da estrutura social.
  2. inserção feminina nos ofícios militares.
  3. adesão pública dos imigrantes portugueses.
  4. flexibilidade administrativa do governo imperial.
  5. receptividade metropolitana aos ideais emancipatórios.

09. (Enem PPL 2019) O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) reuniu historiadores, romancistas, poetas, administradores públicos e políticos em torno da investigação a respeito do caráter brasileiro. Em certo sentido, a estrutura dessa instituição, pelo menos como projeto, reproduzia o modelo centralizador imperial. Assim, enquanto na Corte localizava-se a sede, nas províncias deveria haver os respectivos institutos regionais. Estes, por sua vez, enviariam documentos e relatos regionais para a capital.

DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil. São Paulo: Planeta do Brasil, 2010 (adaptado).

De acordo com o texto, durante o reinado de D. Pedro II, o referido instituto objetivava

  1. construir uma narrativa de nação.
  2. debater as desigualdades sociais.
  3. combater as injustiças coloniais.
  4. defender a retórica do abolicionismo.
  5. evidenciar uma diversidade étnica.

10. (Enem PPL 2019) Uns viam na abdicação uma verdadeira revolução, sonhando com um governo de conteúdo republicano; outros exigiam o respeito à Constituição, esperando alcançar, assim, a consolidação da Monarquia. Para alguns, somente uma Monarquia centralizada seria capaz de preservar a integridade territorial do Brasil; outros permaneciam ardorosos defensores de uma organização federativa, à semelhança da jovem República norte-americana. Havia aqueles que imaginavam que somente um Poder Executivo forte seria capaz de garantir e preservar a ordem vigente; assim como havia os que eram favoráveis à atribuição de amplas prerrogativas à Câmara dos Deputados, por entenderem que somente ali estariam representados os interesses das diversas províncias e regiões do Império.

MATTOS, I. R.; GONÇALVES, M. A. O Império da boa sociedade: a consolidação do Estado imperial brasileiro. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado).

O cenário descrito revela a seguinte característica política do período regencial:

  1. Instalação do regime parlamentar.
  2. Realização de consultas populares.
  3. Indefinição das bases institucionais.
  4. Limitação das instâncias legislativas.
  5. Radicalização das disputas eleitorais.

11. (Enem PPL 2018) A expedição que alcançava a foz do Rio Mucuri era liderada por Teófilo Benedito Ottoni (1807-1869), empresário e político mineiro, que lá pretendia abrir um porto para ligar Minas ao mar. A localidade de Filadélfia era a materialização desse sonho. O nome escolhido era, ao mesmo tempo, uma homenagem à cidade símbolo da independência dos Estados Unidos e um manifesto de adesão a ideais igualitários. Essa filosofia também transparecia na relação com os índios, com os quais o político mineiro procurou negociar a ocupação do território em troca do respeito ao que hoje chamaríamos de reserva.

ARAÚJO, V. L. Uma utopia republicana. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 67, abr. 2011 (adaptado).

Um elemento que caracterizou, no âmbito da sociedade monárquica, o projeto inovador abordado no texto foi

  1. introduzir o protestantismo como mecanismo de integração social.
  2. ampliar a cidadania para integrar os grupos autóctones da região.
  3. aceitar os aborígenes como mão de obra do empreendimento.
  4. reconhecer os nativos para discutir a forma de ocupação do terreno.
  5. incorporar a doutrina liberal como fundamento das relações citadinas.

12. (Enem PPL 2018) Nas décadas de 1860 e 1870, as escolas criadas ou recriadas, em geral, previam a presença de meninas, mas se atrapalhavam na hora de colocar a ideia em prática. Na província do Rio de Janeiro, várias tentativas foram feitas e todas malsucedidas: colocar rapazes e moças em dias alternados e, em 1874, em prédios separados. Para complicar, na Assembleia, um grupo de deputados se manifestava contrário ao desperdício de verbas para uma instituição “desnecessária”, e a sociedade reagia contra a ideia de coeducação.

VILLELA, H. O. S. O mestre-escola e a professora. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2003 (adaptado).

As dificuldades retratadas estavam associadas ao seguinte aspecto daquele contexto histórico:

  1. Formação enciclopédica dos currículos.
  2. Restrição do papel da mulher à esfera privada.
  3. Precariedade de recursos na educação formal.
  4. Vinculação da mão de obra feminina às áreas rurais.
  5. Oferta reduzida de profissionais do magistério público.

13. (Enem 2017) Com a Lei de Terras de 1850, o acesso à terra só passou a ser possível por meio da compra com pagamento em dinheiro. Isso limitava, ou mesmo praticamente impedia, o acesso à terra para os trabalhadores escravos que conquistavam a liberdade.

OLIVEIRA, A. U. Agricultura brasileira: transformações recentes. ln: ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009.

O fato legal evidenciado no texto acentuou o processo de

  1. reforma agrária.
  2. expansão mercantil.
  3. concentração fundiária.
  4. desruralização da elite.
  5. mecanização da produção.

14. (Enem 2017) A fotografia, datada de 1860, é um indício da cultura escravista no Brasil, ao expressara

  1. ambiguidade do trabalho doméstico exercido pela ama de leite, desenvolvendo uma relação de proximidade e subordinação em relação aos senhores.
  2. integração dos escravos aos valores das classes médias, cultivando a família como pilar da sociedade imperial.
  3. melhoria das condições de vida dos escravos observada pela roupa luxuosa, associando o trabalho doméstico a privilégios para os cativos.
  4. esfera da vida privada, centralizando a figura feminina para afirmar o trabalho da mulher na educação letrada dos infantes.
  5. distinção étnica entre senhores e escravos, demarcando a convivência entre estratos sociais como meio para superar a mestiçagem.

15. (Enem PPL 2017) O movimento abolicionista, que levou à libertação dos escravos pela Lei Aurea em 13 de maio de 1888, foi a primeira campanha de dimensões nacionais com participação popular. Nunca antes tantos brasileiros se haviam mobilizado de forma tão intensa por uma causa comum, nem mesmo durante a Guerra do Paraguai. Envolvendo todas as regiões e classes sociais, carregou multidões a comícios e manifestações públicas e mudou de forma dramática as relações políticas e sociais que até então vigoravam no país.

GOMES, L. 1889. São Paulo: Globo, 2013 (adaptado).

O movimento social citado teve como seu principal veículo de propagação o(a)

  1. imprensa escrita.
  2. oficialato militar.
  3. corte palaciana.
  4. clero católico.
  5. câmara de representantes.

16. (Enem PPL 2017) Art. 1º – O estrangeiro que, por qualquer motivo, comprometer a segurança nacional ou a tranquilidade pública, pode ser expulso de parte ou de todo o território nacional.

Art. 2º – São também causas bastantes para a expulsão:

1ª) a condenação ou processo pelos tribunais estrangeiros por crimes ou delitos de natureza comum;

2ª) duas condenações, pelo menos, pelos tribunais brasileiros, por crimes ou delitos de natureza comum;

3ª) a vagabundagem, a mendicidade e o lenocínio competentemente verificados.

BRASIL. Lei 1.641, de 7 de janeiro de 1907. Disponível em: www2.camara.leg.br. Acesso em: 29 ago. 2012 (adaptado).

No início do século XX, na transição do trabalho escravo para o livre, os objetivos da legislação citada eram

  1. disciplinar o trabalhador e evitar sua participação em movimentos políticos contrários ao governo.
  2. estabelecer as condições para a vinda dos imigrantes e definir as regiões que seriam ocupadas.
  3. demonstrar preocupação com as condições de trabalho e favorecer a organização sindical.
  4. criar condições políticas para a imigração e isolar os imigrantes socialmente indesejáveis.
  5. estimular o trabalho urbano e disciplinar as famílias estrangeiras nas fábricas.

17. (Enem Libras 2017) O major Schaeffer recebeu do governo de Dom Pedro I promessas de recompensa financeira para cada imigrante recrutado. Para obter maior lucro, montou uma rede de subagentes espalhados pela Alemanha a fim de angariar colonos e soldados para emigração. Os alemães que aceitavam vir para o sul do país achavam que receberiam 50 hectares de terra, vacas, bois e cavalos, auxílio de um franco por pessoa no primeiro ano e de 50 cêntimos no segundo; além da isenção de impostos nos primeiros dez anos, liberação do serviço militar, nacionalização imediata e liberdade de culto. Entretanto, no decorrer dos anos, vários desses compromissos nunca foram cumpridos.

A Hora. Caderno especial: 192 anos de colonização alemã no RS. Disponível em: https://issuu.com. Acesso em: 8 set. 2016 (adaptado).

Considerando a conjuntura histórica da primeira metade do século XIX, essa política imigratória tinha como objetivo

  1. legitimar a utilização do trabalho livre.
  2. garantir a ocupação dos territórios platinos.
  3. possibilitar a aplicação da reforma fundiária.
  4. promover o incremento do comércio fronteiriço.
  5. assegurar a modernização das frentes agrícolas.

18. (Enem Libras 2017) Constituição Política do Império do Brasil (de 25 de março de 1824)

Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos.

Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 18 abr. 2015 (adaptado).

A apropriação das ideias de Montesquieu no âmbito da norma constitucional citada tinha o objetivo de

  1. expandir os limites das fronteiras nacionais.
  2. assegurar o monopólio do comércio externo.
  3. legitimar o autoritarismo do aparelho estatal.
  4. evitar a reconquista pelas forças portuguesas.
  5. atender os interesses das oligarquias regionais.

19. (Enem PPL 2016)

Xilogravura, 1869. O indígena, representando o Império, coroa com louros o monarca.

Com seu manto real em verde e amarelo, as cores da casa dos Habsburgo e Bragança, mas que lembravam também os tons da natureza do “Novo Mundo”, cravejado de estrelas representando o Cruzeiro do Sul e, finalmente, com o cabeção de penas de papo de tucano em volta do pescoço, D. Pedro II foi coroado imperador do Brasil. O monarca jamais foi tão tropical. Entre muitos ramos de café e tabaco, coroado como um César em meio a coqueiros e paineiras, D. Pedro transformava-se em sinônimo da nacionalidade.

SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado).

No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira recorreu ao simbolismo de determinadas figuras e alegorias. A análise da imagem e do texto revela que o objetivo de tal estratégia era

  1. exaltar o modelo absolutista e despótico.
  2. valorizar a mestiçagem africana e nativa.
  3. reduzir a participação democrática e popular.
  4. mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano.
  5. obscurecer a origem portuguesa e colonizadora.

20. (Enem 2015) Essas imagens de D. Pedro II foram feitas no início dos anos de 1850, pouco mais de uma década após o Golpe da Maioridade.

SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia. Das Letras, 1998 (adaptado).

Considerando o contexto histórico em que foram produzidas e os elementos simbólicos destacados, essas imagens representavam um

  1. jovem maduro que agiria de forma irresponsável.
  2. imperador adulto que governaria segundo as leis.
  3. líder guerreiro que comandaria as vitórias militares.
  4. soberano religioso que acataria a autoridade papal.
  5. monarca absolutista que exerceria seu autoritarismo.

21. (Enem PPL 2015) Em 1881, a Câmara dos Deputados aprovou uma reforma na lei eleitoral brasileira, a fim de introduzir o voto direto. A grande novidade, porém, ficou por conta da exigência de que os eleitores soubessem ler e escrever. As consequências logo se refletiram nas estatísticas. Em 1872, havia mais de 1 milhão de votantes, já em 1886, pouco mais de 100 mil cidadãos participaram das eleições parlamentares. Houve um corte de quase 90 por cento do eleitorado.

CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado).

Nas últimas décadas do século XIX, o Império do Brasil passou por transformações como as descritas, que representaram a

  1. ascensão dos “homens bons”.
  2. restrição dos direitos políticos.
  3. superação dos currais eleitorais.
  4. afirmação do eleitorado monarquista.
  5. ampliação da representação popular.

22. (Enem PPL 2015) A mudança apresentada na tabela é reflexo da Lei Eusébio de Queioz que, em 1850:

  1. aboliu a escravidão no território brasileiro.
  2. definiu o tráfico de escravos como pirataria.
  3. elevou as taxas para importação de escravos.
  4. libertou os escravos com mais de 60 anos.
  5. garantiu o direito de alforria aos escravos.

23. (Enem 2015) TEXTO I

Em todo o país a lei de 13 de maio de 1888 libertou poucos negros em relação à população de cor. A maioria já havia conquistado a alforria antes de 1888, por meio de estratégias possíveis. No entanto, a importância histórica da lei de 1888 não pode ser mensurada apenas em termos numéricos. O impacto que a extinção da escravidão causou numa sociedade constituída a partir da legitimidade da propriedade sobre a pessoa não cabe em cifras.

ALBUQUERQUE, W. O jogo da dissimulação: Abolição e cidadania negra no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).

TEXTO II

Nos anos imediatamente anteriores à Abolição, a população livre do Rio de Janeiro se tornou mais numerosa e diversificada. Os escravos, bem menos numerosos que antes, e com os africanos mais aculturados, certamente não se distinguiam muito facilmente dos libertos e dos pretos e pardos livres habitantes da cidade. Também já não é razoável presumir que uma pessoa de cor seja provavelmente cativa, pois os negros libertos e livres poderiam ser encontrados em toda parte.

CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).

Sobre o fim da escravidão no Brasil, o elemento destacado no Texto I que complementa os argumentos apresentados no Texto II é o(a)

  1. variedade das estratégias de resistência dos cativos.
  2. controle jurídico exercido pelos proprietários.
  3. inovação social representada pela lei.
  4. ineficácia prática da libertação.
  5. significado político da Abolição.

24. (Enem 2014) De volta do Paraguai

Cheio de glória, coberto de louros, depois de ter derramado seu sangue em defesa da pátria e libertado um povo da escravidão, o voluntário volta ao seu país natal para ver sua mãe amarrada a um tronco horrível de realidade!…

AGOSTINI. A vida fluminense, ano 3, n. 128, 11 jun. 1870. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: Letras & Expressões, 2001 (adaptado).

Na charge, identifica-se uma contradição no retorno de parte dos “Voluntários da Pátria” que lutaram na Guerra do Paraguai (1864-1870), evidenciada na

  1. negação da cidadania aos familiares cativos.
  2. concessão de alforrias aos militares escravos.
  3. perseguição dos escravistas aos soldados negros.
  4. punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente.
  5. suspensão das indenizações aos proprietários prejudicados.

25. (Enem 2014) Respeitar a diversidade de circunstâncias entre as pequenas sociedades locais que constituem uma mesma nacionalidade, tal deve ser a regra suprema das leis internas de cada Estado. As leis municipais seriam as cartas de cada povoação doadas pela assembleia provincial, alargadas conforme o seu desenvolvimento, alteradas segundo os conselhos da experiência. Então, administrar-se-ia de perto, governar-se-ia de longe, alvo a que jamais se atingirá de outra sorte.

BASTOS, T. A província (1870). São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1937 (adaptado).

O discurso do autor, no período do Segundo Reinado no Brasil, tinha como meta a implantação do

  1. regime monárquico representativo.
  2. sistema educacional democrático.
  3. modelo territorial federalista.
  4. padrão político autoritário.
  5. poder oligárquico regional.

26. (Enem PPL 2014) Enquanto as rebeliões agitavam o país, as tendências políticas no centro dirigente iam se definindo. Apareciam em germe os dois grandes partidos imperiais — o Conservador e o Liberal. Os conservadores reuniam magistrados, burocratas, uma parte dos proprietários rurais, especialmente do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, e os grandes comerciantes, entre os quais muitos portugueses. Os liberais agrupavam a pequena classe média urbana, alguns padres e proprietários rurais de áreas menos tradicionais, sobretudo de São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul.

FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.

No texto, o autor compara a composição das forças políticas que atuaram no Segundo Reinado (1840-1889). Dois aspectos que caracterizam os partidos Conservador e Liberal estão indicados, respectivamente, em:

  1. Abolição da escravidão — Adoção do trabalho assalariado.
  2. Difusão da industrialização — Conservação do latifúndio monocultor.
  3. Promoção do protecionismo — Remoção das barreiras alfandegárias.
  4. Preservação do unitarismo — Ampliação da descentralização provincial.
  5. Implementação do republicanismo — Constituição da monarquia constitucional.

27. (Enem 2014) A transferência da corte trouxe para a América Portuguesa a família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808.

(NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997)

Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América Portuguesa por terem

  1. incentivado o clamor popular por liberdade.
  2. enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
  3. motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
  4. obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
  5. provocado os movimentos separatistas das províncias.

28. (Enem PPL 2014) Passada a festa da abolição, os ex-escravos procuraram distanciar-se do passado de escravidão, negando-se a se comportar como antigos cativos. Em diversos engenhos do Nordeste, negaram-se a receber a ração diária e a trabalhar sem remuneração. Quando decidiram ficar, isso não significou que concordassem em se submeter às mesmas condições de trabalho do regime anterior.

FRAGA, W.; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da cultura afro-brasileira. São Paulo: Moderna, 2009 (adaptado).

Segundo o texto, os primeiros anos após a abolição da escravidão no Brasil tiveram como característica o(a)

  1. caráter organizativo do movimento negro.
  2. equiparação racial no mercado de trabalho.
  3. busca pelo reconhecimento do exercício da cidanania.
  4. estabelecimento do salário mínimo por projeto legislativo.
  5. entusiasmo com a extinção das péssimas condições de trabalho.

29. (Enem 2013)

MOREAUX, F.R. Proclamação da Independência. Disponível em: www.tvbrasil.org.br. Acesso em 14 jun. 2010. (Foto: Enem)

FERREZ, M. D. Pedro II. SCHWARCZ, L.M. As barbas do Imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia das Letras, 1998.

As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, respectivamente:

  1. Habilidade militar – riqueza pessoal.
  2. Liderança popular – estabilidade política.
  3. Instabilidade econômica – herança europeia.
  4. Isolamento político – centralização do poder.
  5. Nacionalismo exacerbado – inovação administrativa.

30. (Enem 2013) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.

NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha, 2000 (adaptado).

No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no Brasil, no qual

  1. copiava o modelo haitiano de emancipação negra.
  2. incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais..
  3. optava pela via legalista de libertação.
  4. priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores.
  5. antecipava a libertação paternalista dos cativos.

31. (Enem PPL 2012) TEXTO I

Já existe, em nosso país, uma consciência nacional que vai introduzindo o elemento da dignidade humana em nossa legislação, e para qual a escravidão é uma verdadeira mancha. Essa consciência resulta da mistura de duas correntes diversas: o arrependimento dos descendentes de senhores e a afinidade de sofrimento dos herdeiros de escravos.

NABUCO, J. O abolicionismo. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 12 out. 2011 (adaptado).

TEXTO II

Joaquim Nabuco era bom de marketing. Como verdadeiro estrategista, soube trabalhar nos bastidores para impulsionar a campanha abolicionista, utilizando com maestria a imprensa de sua época. Criou repercussão internacional para a causa abolicionista, publicando em jornais estrangeiros lidos e respeitados pelas elites brasileiras. Com isso, a campanha ganhou vulto e a escravidão se tornou um constrangimento, uma vergonha nacional, caminhando assim para o seu fim.

COSTA e SILVA, P. Um abolicionista bom de marketing. Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).

Segundo Joaquim Nabuco, a solução do problema escravista no Brasil ocorreria como resultado da:

  1. Evolução moral da sociedade.
  2. Vontade política do Imperador.
  3. Atuação isenta da Igreja Católica.
  4. Ineficácia econômica do trabalho escravo.
  5. Implantação nacional do movimento republicano.

32. (Enem 2011) Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais:

I. Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais Militares, que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens Sacras.

IV. Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral.

V. Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos.

Constituição Política do Império do Brasil (1824). Disponível em: https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).

A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua formulação. A Constituição de 1824 regulamentou o direito de voto dos “cidadãos brasileiros“ com o objetivo de garantir

  1. o fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira
  2. a ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres.
  3. a concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro.
  4. o controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes.
  5. a diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-administrativas.

33. (Enem PPL 2011) Escrevendo em jornais, entrando para a política, fugindo para quilombos, montando pecúlios para comprar alforrias... Os negros brasileiros não esperaram passivamente pela libertação. Em vez disso, lutaram em diversas frentes contra a escravidão, a ponto de conseguir que, à época em que a Lei Áurea foi assinada, apenas uma pequena minoria continuasse formalmente a ser propriedade.

Antes da Lei Áurea. Liberdade Conquistada. Revista Nossa História. Ano 2, nº 19. São Paulo: Vera Cruz, 2005.

No que diz respeito à Abolição, o texto apresenta uma análise historiográfica realizada nas últimas décadas por historiadores, brasileiros e brasilianistas, que se diferencia das análises mais tradicionais. Essa análise recente apresenta a extinção do regime escravista, em grande parte, como resultado

  1. da ação benevolente da Princesa Isabel, que, assessorada por intelectuais e políticos negros, tomou a abolição como uma causa pessoal.
  2. da ação da imprensa engajada que, controlada por intelectuais brancos sensíveis à causa da liberdade, levantou a bandeira abolicionista.
  3. das necessidades do capitalismo inglês de substituir o trabalho escravo pelo assalariado, visando ampliar o mercado consumidor no Brasil.
  4. da luta dos próprios negros, escravos ou libertos, que empreenderam um conjunto de ações que tornaram o regime escravista incapaz de se sustentar.
  5. do espírito humanitário de uma moderna camada proprietária que, influenciada pelo liberalismo, tomou atitudes individuais, libertando seus escravos.

34. (Enem 2010) Em 2008 foram comemorados os 200 anos da mudança da famı́lia real portuguesa para o Brasil, onde foi instalada a sede do reino. Uma sequência de eventos importantes ocorreu no perı́odo 1808-1821, durante os 13 anos em que D. João VI e a famı́lia real portuguesa permaneceram no Brasil.

Entre esses eventos, destacam-se os seguintes:

• Bahia - 1808: Parada do navio que trazia a famı́lia real portuguesa para o Brasil, sob a proteção da marinha britânica, fugindo de um possı́vel ataque de Napoleão.

• Rio de Janeiro - 1808: desembarque da famı́lia real portuguesa na cidade onde residiriam durante sua permanência no Brasil.

• Salvador - 1810: D. João VI assina a carta régia de abertura dos portos ao comércio de todas as nações amigas, ato antecipadamente negociado com a Inglaterra em troca da escolta dada à esquadra portuguesa.

• Rio de Janeiro - 1816: D. João VI torna-se rei do Brasil e de Portugal, devido à morte de sua mãe, D. Maria I.

• Pernambuco - 1817: As tropas de D. João VI sufocam a revolução republicana.

GOMES. L. 1808: como uma rainha louca, um prı́ncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. São Paulo: Editora Planeta, 2007 (adaptado)

Uma das consequências desses eventos foi

  1. a decadência do império britânico, em razão do contrabando de produtos ingleses através dos portos brasileiros.
  2. o fim do comércio de escravos no Brasil, porque a Inglaterra decretara, em 1806, a proibição do tráfico de escravos em seus domı́nios.
  3. a conquista da região do rio da Prata em represália à aliança entre a Espanha e a França de Napoleão.
  4. a abertura de estradas, que permitiu o rompimento do isolamento que vigorava entre as provı́ncias do paı́s, o que dificultava a comunicação antes de 1808.
  5. o grande desenvolvimento econômico de Portugal após a vinda de D. João VI para o Brasil, uma vez que cessaram as despesas de manutenção do rei e de sua famı́lia.

35. (Enem 2010) Eu, o Prı́ncipe Regente, faço saber aos que o presente Alvará virem: que desejando promover e adiantar a riqueza nacional, e sendo um dos mananciais dela as manufaturas e a indústria, sou servido abolir e revogar toda e qualquer proibição que haja a este respeito no Estado do Brasil.

Alvará de liberdade para as indústrias (1.o de Abril de 1808). In Bonavides, P.; Amaral, R. Textos polı́ticos da História do Brasil. Vol. 1. Brası́lia: Senado Federal, 2002 (adaptado).

O projeto industrializante de D. João, conforme expresso no alvará, não se concretizou. Que caracterı́sticas desse perı́odo explicam esse fato?

  1. A ocupação de Portugal pelas tropas francesas e o fechamento das manufaturas portuguesas.
  2. A dependência portuguesa da Inglaterra e o predomı́nio industrial inglês sobre suas redes de comércio.
  3. A desconfiança da burguesia industrial colonial diante da chegada da famı́lia real portuguesa.
  4. O confronto entre a França e a Inglaterra e a posição dúbia assumida por Portugal no comércio internacional.
  5. O atraso industrial da colônia provocado pela perda de mercados para as indústrias portuguesas.

36. (Enem 2010) Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises: as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período, ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos "barões do café", para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro.

O contexto do Período Regencial foi marcado

  1. por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia.
  2. por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder central.
  3. pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicam melhores condições de vida.
  4. pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão social dos "barões do café".
  5. pela convulsão política e por novas realidades econômicas que exigiam o reforço de velhas realidades sociais.

37. (Enem 2007) Considerando a linha do tempo acima e o processo de abolição da escravatura no Brasil, assinale a opção correta.

  1. O processo abolicionista foi rápido porque recebeu a adesão de todas as correntes políticas do país.
  2. O primeiro passo para a abolição da escravatura foi a proibição do uso dos serviços das crianças nascidas em cativeiro.
  3. Antes que a compra de escravos no exterior fosse proibida, decidiu-se pela libertação dos cativos mais velhos.
  4. Assinada pela princesa Isabel, a Lei Áurea concluiu o processo abolicionista, tornando ilegal a escravidão no Brasil.
  5. Ao abolir o tráfico negreiro, a Lei Eusébio de Queirós bloqueou a formulação de novas leis antiescravidão no Brasil.

38. (Enem PPL 2010) A dependência regional maior ou menor da mão de obra escrava teve reflexos políticos importantes no encaminhamento da extinção da escravatura. Mas apossibilidade e a habilidade de lograr uma solução alternativa caso típico de São Paulo desempenharam, ao mesmo tempo, papel relevante.

FAUSTO, B. História do Brasil, São Paulo: EDUSP, 2000.

A crise do escravismo expressava a difícil questão em torno da substituição da mão de obra, que resultou

  1. na constituição de um mercado interno de mão de obra livre, constituído pelos libertos, uma vez que a maioria dos imigrantes se rebelou contra a superexploração do trabalho.
  2. no confronto entre a aristocracia tradicional, que defendia a escravidão e os privilégios políticos, e os cafeicultores, que lutavam pela modernização econômica com a adoção do trabalho livre.
  3. no “branqueamento” da população, para afastar o predomínio das raças consideradas inferiores e concretizar a ideia do Brasil como modelo de civilização dos trópicos.
  4. no tráfico interprovincial dos escravos das áreas decadentes do Nordeste para o Vale do Paraíba, para a garantia da rentabilidade do café.
  5. na adoção de formas disfarçadas de trabalho compulsório com emprego dos libertos nos cafezais paulistas, uma vez que os imigrantes foram trabalhar em outras regiões do país.

39. (Enem PPL 2010) Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e severo para uma economia de base tão estreita. Lopez precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca.

LYNCH, J. As Repúblicas do Prata: da Indepedência à Guerra do Paraguai. BETHELL, Leslie (Org). História da América Latina: da Independência até 1870, v. III. São Paulo: EDUSP, 2004.

A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes para o Brasil, pois

  1. representou a afirmação do Exército Brasileiro como um ator político de primeira ordem.
  2. confirmou a conquista da hegemonia brasileira sobre a Bacia Platina.
  3. concretizou a emancipação dos escravos negros.
  4. incentivou a adoção de um regime constitucional monárquico.
  5. solucionou a crise financeira, em razão das indenizações recebidas.

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