Revolução Chinesa
Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Revolução Chinesa com questões de Vestibulares.
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01. (Fuvest) Na segunda metade do século XIX, em face do avanço do Ocidente na Ásia, a China:
- Tornou-se, como a Índia, uma colônia, com a única diferença de ser dominada por várias potências e não apenas pela Inglaterra.
- Reagiu, como o Japão, realizando, ao mesmo tempo, um processo de restauração imperial e de modernização econômica.
- Manteve, formalmente, seu estatuto de Império Celestial, mas ao preço de enormes perdas e concessões às potências ocidentais.
- Conseguiu fechar-se ao Ocidente graças à Rebelião Taiping, depois de derrotada pela Inglaterra na Guerra do Ópio.
- Resistiu vitoriosamente a todas as agressões do Ocidente até Pequim ser saqueada durante a Guerra dos Boxers
02. (UFRN) A China atravessava grandes dificuldades econômicas em 1966, quando Mao Tsé-tung deu início à Revolução Cultural, que se declarava contrária a “quatro velharias”: velhas ideias, velha cultura, velhos costumes e velhos hábitos”. Apesar de propagar transformações nessas áreas, a revolução Cultural foi também um movimento político, pois:
- fortaleceu o poder de Mao Tsé-tung, em razão da repressão aos líderes acusados de direitistas e do expurgo dos que faziam oposição ao grupo maoísta.
- possibilitou a consolidação da Guarda Vermelha no poder, a qual reimplantou o burocratismo, o autoritarismo e o nepotismo típico do modelo soviético.
- ampliou a influência do modelo soviético sobre o comunismo chinês, com o investimento de muitos capitais e contando com a cooperação de técnicos soviéticos no planejamento da economia.
- traçou uma nova diretriz para o país, com a qual Mao Tsé-tung buscava o desenvolvimento de relações internacionais que atraíssem capitais e empresas estrangeiras.
03. (UFRGS) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes República Popular da China.
( ) No final da década de 1950, o Partido Comunista Chinês contestou a hegemonia soviética sobre o bloco comunista, mas nunca rompeu diretamente com Moscou. ( ) A Grande Revolução Cultural perseguiu diversos intelectuais e tinha, como objetivo, depurar o Partido Comunista Chinês das propostas revisionistas. ( ) O líder Deng Xiaoping promoveu mudanças a partir de um plano de reformas que reestruturou a economia chinesa. ( ) A China, após as reformas econômicas, entrou em uma fase de crescimento acelerado, tornando-se a segunda potência econômica mundial. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é- V – V – F – F.
- F – V – V – V.
- F – F – V – V.
- V – V – F – V.
- V – F – V – F.
04. (Unicamp-SP) No Ocidente, as relações de Mao Tsé-tung com o marxismo foram objeto de discussão. Alguns estudiosos questionaram se Mao era realmente um marxista, enquanto outros argumentaram que seu pensamento estava baseado no stalinismo e não acrescentava nada de novo no marxismo-leninismo. As ideias de Mao só foram reconhecidas internacionalmente pelo termo “maoísmo” depois da Revolução Cultural.
Adaptado de LAWRENCE, Alan. China under communism. Londres/Nova Iorque: Routledge, 2000, p.6.
O fato dos estudiosos ocidentais questionarem a filiação marxista dos ideais de Mao Tsé-tung estava relacionado:
- ao chamado conflito sino-soviético, que resultou na ruptura de relações entre China e URSS.
- à aliança de Mao e do Partido Comunista Chinês com Chang Kai-shek e o Kuomintang durante a II Guerra Mundial.
- à organização da Revolução Chinesa a partir de uma base camponesa e não operária.
- à Revolução Cultural e às críticas que surgiram à burocracia do Partido Comunista Chinês.
05. (UEM) “Em 1976, esgotava-se na China o fôlego da Revolução Cultural, iniciada em 1966. Nesse ano morria Mao Tsé-tung, seu principal idealizador. Em 1978, sob a liderança de Deng Xiaoping, o país começaria a flexibilizar o regime socialista. Buscava-se então uma difícil conciliação entre a abertura econômica em direção à economia de mercado e à preservação do regime político autoritário sob a hegemonia do Partido Comunista Chinês.”
(ARRUDA, J. J. de A. e PILETTI, N. Toda a História. São Paulo: Ática, 2003. p. 465.)
A respeito da História da China, assinale a alternativa correta.
- Mao Tsé-Tung chegou ao poder por meio da revolução armada de orientação socialista que ficou conhecida como revolução cultural.
- O denominado Grande Salto para a Frente, realizado pela Revolução Chinesa ocorreu quando Mao-Tsé Tung conduziu a China ao capitalismo.
- A abertura econômica iniciada a partir de 1978 com Deng Xiaoping promoveu um intenso desenvolvimento da China que a coloca, hoje, entre as maiores economias do planeta.
- A abertura econômica iniciada por Deng Xiaoping estendeu-se também à política e, hoje, a China vive uma democracia semelhante aos países do Ocidente europeu.
- Mesmo tendo uma população superior a 1,3 bilhão de habitantes, a China constituiu-se no maior exportador de alimentos do planeta.
06. (FCC) Em outubro de 1949, Mao Tsé-tung, derrotando os nacionalistas, proclamou a República Popular da China. No interior do chamado campo socialista esse fato foi de suma importância, uma vez que:
- A Revolução possibilitou a criação, em 1950, do bloco de Estados desvinculados dos blocos geopolíticos da Guerra Fria: os Países Não Alinhados.
- O mundo vivenciava plenamente a Guerra Fria e, naquele contexto, a adesão da China representou uma grande vitória para o socialismo.
- A Revolução Socialista Chinesa, no auge da Guerra Fria, quase precipitou o mundo em uma nova guerra nuclear entre os blocos capitalista e socialista.
- A conversão da China ao sistema socialista, no contexto da Guerra Fria, retraiu os Movimentos Nacionais pela Libertação dos países no Oriente Médio.
07. (FGV-SP) A Grande Marcha empreendida nos anos 30 por Mao Tsé-tung e seus seguidores foi:
- uma fuga dos contingentes comunistas que estavam sendo perseguidos pelas tropas do Kuomitang.
- uma fuga dos seguidores de Mao perseguidos pelas tropas japonesas que invadiram a Manchúria.
- uma tentativa das tropas comunistas de cortar as linhas de abastecimento das tropas nacionalistas.
- uma tentativa das tropas de Mao de cercar as tropas japonesas que haviam invadido a Manchúria e o norte da China.
- a marcha empreendida pelos comunistas sobre Nankim para derrotar as tropas do Kuomitang.
08. (FGV) Com a rendição do Japão aos aliados, em 1945, reiniciou-se a Guerra Civil na China. O governo dirigido por Chiang Kai-Shek, chefe da facção de direita conhecida como nacionalista, recebeu ajuda norte-americana mas não conseguiu deter a ofensiva político-militar dos comunistas chineses, liderados por Mao Tse-Tung. Os comunistas entraram em Pequim em janeiro de 1949 e, no dia 1º de outubro, proclamaram a República Popular da China. (Myrian Becho Mota e Patrícia Ramos Braick, História: das cavernas ao terceiro milênio)
Entre as especificidades guardadas pela revolução chinesa, vitoriosa em 1949, é possível apontar:
- A ausência de um partido comunista forte e atuante, a neutralidade das potências mundiais e o apoio do exército japonês aos revolucionários.
- A ausência de um partido comunista organizado nacionalmente, o apoio decisivo de Cuba e a defesa do socialismo por meio da via parlamentar.
- A construção de uma ordem socialista associada a preceitos capitalistas, a presença de brigadas internacionais e o apoio militar da Índia.
- A presença de uma guerra de longa duração, a progressão lenta do poder local ao poder central e a decisiva participação dos camponeses.
- A manutenção da propriedade privada, a restauração da monarquia na China e a presença de tropas revolucionárias da Iugoslávia e da Albânia.
09. (Fuvest)
A fotografia acima, tirada em Beijing, China, em 1989, pode ser identificada, corretamente, como
- reveladora do sucateamento do exército chinês, sinal mais visível da crise económica que então se abateu sobre aquela potência comunista.
- emblema do conflito cultural entre Ocidente e Oriente, que resultou na recuperação de valores religiosos ancestrais na China.
- demonstração da incapacidade do Partido Comunista Chinês de impor sua política pela força, já que o levante daquele ano derrubou o regime.
- montagem jornalística, logo desmascarada pela revelação de que o homem que nela aparece é chinês, enquanto os tanques são soviéticos.
- símbolo do confronto entre liberdade de expressão e autoritarismo político, ainda hoje marcante naquele país.
10. (UERJ) CAMPOS DE “REEDUCAÇÃO PELO TRABALHO” NA CHINA: A MUDANÇA DE UM SISTEMA DE OPRESSÃO POR OUTRO
A extinção do sistema chinês de campos de “reeducação pelo trabalho” (RTL) arrisca não ser mais do que uma mudança cosmética. “Abolir o sistema de RTL é um passo na direção certa. Mas há agora indicadores de que isto é apenas para desviar as atenções públicas dos abusos cometidos naqueles campos, onde a tortura é uma prática sistemática. É claro que as políticas subjacentes de castigar pessoas pelas suas atividades políticas ou pelas suas crenças religiosas não mudaram. Os abusos e a tortura continuam na China, apenas assumiram uma expressão diferente”, sustenta a perita Corinna Barbara Francis, da Anistia Internacional.
Adaptado de amnistia-internacional.pt, 17/12/2013.
Nas últimas quatro décadas, o sistema político chinês vem evoluindo de forma muito lenta, se comparado às grandes mudanças econômicas observadas no país.
A prática mencionada no texto foi intensamente utilizada no momento da história chinesa denominado:
- Longa Marcha
- Guerra do Ópio
- Revolução Cultural
- Levante dos Boxers