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Antiguidade Clássica (Grécia e Roma)

Lista de 17 exercícios de História com gabarito sobre o tema Antiguidade Clássica (Grécia e Roma) com questões de Vestibulares.


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01. (Enem 2020) Com efeito, até a destruição de Cartago, o povo e o Senado romano governavam a República em harmonia e sem paixão, e não havia entre os cidadãos luta por glória ou dominação; o medo do inimigo mantinha a cidade no cumprimento do dever. Mas, assim que o medo desapareceu dos espíritos, introduziram-se os males pelos quais a prosperidade tem predileção, isto é, a libertinagem e o orgulho.

SALUSTIO A conjuração de Catilina/A guerra de Jugurta. Petrópolis: Vozes. 1990 (adaptado).

O acontecimento histórico mencionado no texto de Salústio, datado de I a.C., manteve correspondência com o processo de

  1. demarcação de terras públicas.
  2. imposição da escravidão por dívidas.
  3. restrição da cidadania por parentesco.
  4. restauração de instituições ancestrais.
  5. expansão das fronteiras extrapeninsulares.

02. (Enem 2019) A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a proporção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.

VCARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985.

Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do seguinte critério para a participação política:

  1. Controle da terra.
  2. Liberdade de culto.
  3. Igualdade de gênero.
  4. Exclusão dos militares.
  5. Exigência da alfabetização.

03. (Enem Libras 2017) TEXTO

Esta foi a regra que eu segui diante dos que me foram denunciados como cristãos: perguntei a eles mesmos se eram cristãos; aos que respondiam afirmativamente, repeti uma segunda e uma terceira vez a pergunta, ameaçando-os com o suplício. Os que persistiram, mandei executá-los, pois eu não duvidava que, seja qual for a culpa, a teimosia e a obstinação inflexível deveriam ser punidas. Outros, cidadãos romanos portadores da mesma loucura, pus no rol dos que devem ser enviados a Roma.

Correspondência de Plínio, governador de Bitínia, província romana situada na Ásia Menor, ao imperador Trajano. Cerca do ano 111 d.C. Disponível em: www.veritatis.com.br. Acesso em: 17 jun. 2015 (adaptado).

TEXTO

É nossa vontade que todos os povos regidos pela nossa administração pratiquem a religião que o apóstolo Pedro transmitiu aos romanos. Ordenamos que todas aquelas pessoas que seguem esta norma tomem o nome de cristãos católicos. Porém, o resto, os quais consideramos dementes e insensatos, assumirão a infâmia da heresia, os lugares de suas reuniões não receberão o nome de igrejas e serão castigados em primeiro lugar pela divina vingança e, depois, também pela nossa própria iniciativa.

Édito de Tessalônica, ano 380 d.C. In: PEDRERO-SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média: textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000.

Nos textos, a postura do Império Romano diante do cristianismo é retratada em dois momentos distintos.

Em que pesem as diferentes épocas, é destacada a permanência da seguinte prática:

  1. Ausência de liberdade religiosa.
  2. Sacralização dos locais de culto.
  3. Reconhecimento do direito divino.
  4. Formação de tribunais eclesiásticos.
  5. Subordinação do poder governamental.

04. (Enem 2016) Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de não desejar saber como e sob que espécie de constituição os romanos conseguiram em menos de cinquenta e três anos submeter quase todo o mundo habitado ao seu governo exclusivo — fato nunca antes ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou estudos a ponto de considerar qualquer outro objetivo mais importante que a aquisição desse conhecimento?

POLÍBIO. História. Brasília: Editora UnB, 1985.

A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse texto escrito no século II a.C., é a

  1. ampliação do contingente de camponeses livres.
  2. consolidação do poder das falanges hoplitas.
  3. concretização do desígnio imperialista.
  4. adoção do monoteísmo cristão.
  5. libertação do domínio etrusco.

05. (Enem PPL 2016) A Lei das Doze Tábuas, de meados do século V a.C., fixou por escrito um velho direito costumeiro. No relativo às dívidas não pagas, o código permitia, em última análise, matar o devedor; ou vendê-lo como escravo “do outro lado do Tibre” — isto é, fora do território de Roma.

CARDOSO, C. F. S. O trabalho compulsório na Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984.

A referida lei foi um marco na luta por direitos na Roma Antiga, pois possibilitou que os plebeus

  1. modificassem a estrutura agrária assentada no latifúndio.
  2. exercessem a prática da escravidão sobre seus devedores.
  3. conquistassem a possibilidade de casamento com os patrícios.
  4. ampliassem a participação política nos cargos políticos públicos.
  5. reinvindicassem as mudanças sociais com base no conhecimento das leis.

06. (Enem 3ª Aplicação 2016) Os escravos tornam-se propriedade nossa seja em virtude da lei civil, seja da lei comum dos povos; em virtude da lei civil, se qualquer pessoa de mais de vinte anos permitir a venda de si própria com a finalidade de lucrar conservando uma parte do preço da compra; e em virtude da lei comum dos povos, são nossos escravos aqueles que foram capturados na guerra e aqueles que são filhos de nossa escravas.

CARDOSO, C. F. Trabalho compulsório na Antiguidade. São Paulo: Graal, 2003.

A obra Institutas, do jurista Aelius Marcianus (século III d.C.), instrui sobre a escravidão na Roma antiga. No direito e na sociedade romana desse período, os escravos compunham uma

  1. mão de obra especializada protegida pela lei.
  2. força de trabalho sem a presença de ex cidadãos.
  3. categoria de trabalhadores oriundos dos mesmos povos.
  4. condição legal independente da origem étnica do indivíduo
  5. comunidade criada a partir do estabelecimento das leis escritas.

07. (Enem 2015) O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político.

VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).

Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por função

  1. agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade.
  2. permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados.
  3. constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade.
  4. reunir os exércitos para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra.
  5. congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias.

08. (Enem 2014) TEXTO I

Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.

VTUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).

TEXTO II

Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.

VARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.

Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a)

  1. prestígio social.
  2. acúmulo de riqueza.
  3. participação política.
  4. local de nascimento.
  5. grupo de parentesco.

09. (Enem 2014) Compreende-se assim o alcance de uma reivindicação que surge desde o nascimento da cidade na Grécia antiga: a redação das leis. Ao escrevê-las, não se faz mais que assegurar-lhes permanência e fixidez. As leis tornam-se bem comum, regra geral, suscetı́vel de ser aplicada a todos da mesma maneira.

VVERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992 (adaptado).

Para o autor, a reivindicação atendida na Grécia antiga, ainda vigente no mundo contemporâneo, buscava garantir o seguinte princı́pio:

  1. Isonomia - igualdade de tratamento aos cidadãos.
  2. Transparência - acesso às informações governamentais.
  3. Tripartição - separação entre os poderes polı́ticos estatais.
  4. Equiparação - igualdade de gênero na participação polı́tica.
  5. Elegibilidade - permissão para candidatura aos cargos públicos.

10. (Enem 2013) Durante a realeza, e nos primeiros anos republicanos, as leis eram transmitidas oralmente de uma geração para outra. A ausência de uma legislação escrita permitia aos patrı́cios manipular a justiça conforme seus interesses. Em 451 a.C., porém, os plebeus conseguiram eleger uma comissão de dez pessoas - os decênviros - para escrever as leis. Dois deles viajaram a Atenas, na Grécia, para estudar a legislação de Sólon.

VCOULANGES, F. A cidade antiga. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

A superação da tradição jurı́dica oral no mundo antigo, descrita no texto, esteve relacionada à

  1. adoção do sufrágio universal masculino.
  2. extensão da cidadania aos homens livres.
  3. afirmação de instituições democráticas.
  4. implantação de direitos sociais.
  5. tripartição dos poderes polı́ticos.

11. (Enem 2012) A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma caracterı́stica polı́tica dos romanos no perı́odo, indicada em: A figura apresentada é de um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod, atual Estado de Israel. Nela, encontram-se elementos que representam uma caracterı́stica polı́tica dos romanos no perı́odo, indicada em:

  1. Cruzadismo - conquista da terra santa.
  2. Patriotismo - exaltação da cultura local.
  3. Helenismo - apropriação da estética grega.
  4. Imperialismo - selvageria dos povos domi- nados.
  5. Expansionismo- diversidade dos territórios conquistados.

12. (2012 PPL) Mirem-se no exemplo

Daquelas mulheres de Atenas

Vivem pros seus maridos

V Orgulho e raça de Atenas. BUARQUE, C.; BOAL, A. Mulheres de Atenas. In: Meus caros Amigos, 1976. Disponível em: http://letras.terra.com.br. Acesso em: 4 dez. 2011 (fragmento).

Os versos da composição remetem à condição das mulheres na Grécia antiga, caracterizada, naquela época, em razão de

  1. sua função pedagógica, exercida junto às crianças atenienses.
  2. sua importância na consolidação da democracia, pelo casamento.
  3. seu rebaixamento de status social frente aos homens.
  4. seu afastamento das funções domésticas em períodos de guerra.
  5. sua igualdade política em relação aos homens.

13. (Enem 2010) Quem construiu a Tebas de sete portas?

Nos livros estão nomes de reis.

Arrastaram eles os blocos de pedra?

E a Babilônia várias vezes destruı́da. Quem a reconstruiu tantas vezes?

Em que casas da Lima dourada moravam os construtores?

Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta?

A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.

Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares?

VBRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê. Disponı́vel em: http://recantodasletras.uol.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010.

Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de História, o autor censura a memória construı́da sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos. A crı́tica refere-se ao fato de que

  1. os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memória.
  2. a História deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizações que se desenvolveram ao longo do tempo.
  3. grandes monumentos históricos foram construı́dos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das sociedades que os construı́ram.
  4. os trabalhadores consideram que a História é uma ciência de difı́cil compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo.
  5. as civilizações citadas no texto, embora muito importantes, permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas.

14. (Enem 2010 PPL) Na antiga Grécia, o teatro tratou de questões como destino, castigo e justiça. Muitos gregos sabiam de cor inúmeros versos das peças dos seus grandes autores. Na Inglaterra dos séculos XVI e XVII, Shakespeare produziu peças nas quais temas como o amor, o poder, o bem e o mal foram tratados. Nessas peças, os grandes personagens falavam em verso e os demais em prosa. No Brasil colonial, os índios aprenderam com os jesuítas a representar peças de caráter religioso

Esses fatos são exemplos de que, em diferentes tempos e situações, o teatro é uma forma

  1. de manipulação do povo pelo poder, que controla o teatro.
  2. de diversão e de expressão dos valores e problemas da sociedade.
  3. de entretenimento popular, que se esgota na sua função de distrair.
  4. de manipulação do povo pelos intelectuais que compõem as peças.
  5. de entretenimento, que foi superada e hoje é substituída pela televisão.

15. (Enem PPL 2012) No contexto da polis grega, as leis comuns nasciam de uma convenção entre cidadãos, definida pelo confronto de suas opiniões em um verdadeiro espaço público, a ágora, confronto esse que concedia a essas convenções a qualidade de instituições públicas.

MAGDALENO, F. S. A territorialidade da representação política: vínculos territoriais de compromisso dos deputados fluminenses. São Paulo: Annablume, 2010.

No texto, está relatado um exemplo de exercício da cidadania associado ao seguinte modelo de prática democrática:

  1. Direta.
  2. Sindical.
  3. Socialista.
  4. Corporativista.
  5. Representativa.

16. (Enem 2009) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.

VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania

  1. possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.
  2. era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.
  3. estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.
  4. tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
  5. vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.

17. (Enem PPL 2009 ) Em seu discurso em honra dos primeiros mortos na Guerra do Peloponeso (séc. V a.C.), o ateniense Péricles fez um longo elogio fúnebre, exposto na obra do historiador Tucídides. Ao enfatizar o respeito dos atenienses à lei e seu amor ao belo, o estadista ateniense tinha em mente um outro tipo de organização de Estado e sociedade, contra o qual os gregos se haviam batido 50 anos antes e que se caracterizava por uma administração eficiente que concedia autonomia aos diferentes povos e era marcada pela construção de grandes obras e conquistas.

PRADO, A. L. A.,Tucídides, História da Guerra do Peloponeso, Livro I, São Paulo, Martins Fontes (com adaptações).

O “outro tipo de organização de Estado e sociedade” ao qual Péricles se refere era

  1. o mundo dos impérios orientais, que rivalizava comercialmente com a Atenas de Péricles.
  2. o Império Persa, que, apesar de possuir um vasto território, tentou, em vão, conquistar a Grécia.
  3. o universo dos demais gregos, que não viviam sob uma democracia, já que esta era exclusividade de Atenas.
  4. o Alto Império Romano, que, se destacava pela supremacia militar e pelo intenso desenvolvimento econômico.
  5. o mundo dos espartanos, que, desconhecendo a escrita e a lei, eram guiados pelo autoritarismo teocrático de seus líderes.

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