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Revolução Industrial

Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Revolução Industrial com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Revolução Industrial .




01. (Enem 2019) Dificilmente passa-se uma noite sem que algum sitiante tenha seu celeiro ou sua pilha de cereais destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores não diretamente envolvidos nos ataques pareciam apoiá-los, como se vê neste depoimento ao The Times: “deixa queimar, pena que não foi a casa”, “podemos nos aquecer agora”; “nós só queríamos algumas batatas; há um fogo ótimo para cozinhá-las”.

HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).

A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no século XIX, foi uma reação ao seguinte processo socioespacial:

  1. Restrição da propriedade privada.
  2. Expropriação das terras comunais.
  3. Imposição da estatização fundiária.
  4. Redução da produção monocultora.
  5. Proibição das atividades artesanais.

02. (Enem 2018 PPL) A partir da segunda metade do século XVIII, com a primeira Revolução Industrial e o nascimento do proletariado, cresceram as pressões por uma maior participação política, e a urbanização intensificou-se, recriando uma paisagem social muito distinta da que antes existia.

(QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002)

As mudanças citadas foram conduzidas principalmente pelos seguintes atores sociais:

  1. Burguesia e trabalhadores assalariados.
  2. Igreja e corporações de ofício.
  3. Realeza e comerciantes.
  4. Campesinato e artesãos.
  5. Nobreza e artífices.

03. (Enem PPL 2016) A Segunda Revolução Industrial, no final do século XIX e início do século XX, nos EUA, período em que a eletricidade passou gradativamente a fazer parte do cotidiano das cidades e a alimentar os motores das fábricas, caracterizou-se pela administração científica do trabalho e pela produção em série.

MERLO, A. R. C.; LAPIS, N. L. A saúde e os processos de trabalho no capitalismo: reflexões na interface da psicodinâmica do trabalho e da sociologia do trabalho.

Psicologia e Sociedade, n. 1, abr. 2007.

De acordo com o texto, na primeira metade do século XX, o capitalismo produziu um novo espaço geoeconômico e uma revolução que está relacionada com a

  1. proliferação de pequenas e médias empresas, que se equiparam com as novas tecnologias e aumentaram a produção, com aporte do grande capital.
  2. técnica de produção fordista, que instituiu a divisão e a hierarquização do trabalho, em que cada trabalhador realizava apenas uma etapa do processo produtivo.
  3. passagem do sistema de produção artesanal para o sistema de produção fabril, concentrando-se, principalmente, na produção têxtil destinada ao mercado interno.
  4. independência política das nações colonizadas, que permitiu igualdade nas relações econômicas entre os países produtores de matérias-primas e os países industrializados.
  5. constituição de uma classe de assalariados, que possuíam como fonte de subsistência a venda de sua força de trabalho e que lutavam pela melhoria das condições de trabalho na fábricas.

04. (Enem PPL 2013) O servo pertence à terra e rende frutos ao dono da terra. O operário urbano livre, ao contrário, vende-se a si mesmo e, além disso, por partes. Vende em leilão 8,10,12,15 horas da sua vida, dia após dia, a quem melhor pagar, ao proprietário das matérias-primas, dos instrumentos de trabalho e dos meios de subsistência, isto é, ao capitalista.

MARX, K. Trabalho assalariado e capital & salário, preço e lucro. São Paulo: Expressão Popular, 2010.

O texto indica que houve uma transformação dos espaços urbanos e rurais com a implementação do sistema capitalista, devido às mudanças tecnossociais ligadas ao

  1. desenvolvimento agrário e ao regime de servidão.
  2. aumento da produção rural, que fixou a população nesse meio.
  3. desenvolvimento das zonas urbanas e às novas relações de trabalho.
  4. aumento populacional das cidades associado ao regime de servidão.
  5. desenvolvimento da produção urbana associada às relações servis de trabalho.

05. (Enem PPL 2013) TEXTO I

O aparecimento da máquina movida a vapor foi o nascimento do sistema fabril em grande escala, representando um aumento tremendo na produção, abrindo caminho na direção dos lucros, resultado do aumento da procura. Eram forças abrindo um novo mundo.

HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1974 (adaptado).

TEXTO II

Os edifícios das fábricas adaptavam-se mal à concentração de numerosa mão de obra, reunida para longos dias de trabalho, numa situação árdua e insalubre. O trabalho nas fábricas destruiu o sistema doméstico de produção. Homens, mulheres e crianças deixavam os lugares onde moravam para trabalhar em diferentes fábricas.

LEITE, M. M. Iniciação à história social contemporânea.

São Paulo: Cultrix,1980 (adaptado).

As estratégias empregadas pelos textos para abordar o impacto da Revolução Industrial sobre as sociedades que se industrializavam são, respectivamente,

  1. ressaltar a expansão tecnológica e deter-se no trabalho doméstico.
  2. acentuar as inovações tecnológicas e priorizar as mudanças no mundo do trabalho.
  3. debater as consequências sociais e valorizar a reorganização do trabalho.
  4. indicar os ganhos sociais e realçar as perdas culturais.
  5. minimizar as transformações sociais e criticar os avanços tecnológicos.

06. (Enem 2011 PPL) Os principais distúrbios começaram em Nottingham, em 1811. Uma grande manifestação de malharistas, gritando por trabalho e por um preço mais liberal, foi dissolvida pelo exército. Naquela noite, sessenta armações de malha foram destruídas na grande vila de Arnold por amotinados que não tomaram nenhuma precaução em se disfarçar e foram aplaudidos pela multidão.

(THOMPSON, E.P. A formação da classe operária inglesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987)

Esse texto diz respeito à nova realidade socioeconômica da Inglaterra implantada a partir da Revolução Industrial. A principal consequência para os trabalhadores nas primeiras décadas do século XIX se manifestou por meio:

  1. da destruição de máquinas que deterioravam as condições de vida e de trabalho.
  2. de petições enviadas ao Parlamento inglês na defesa de direitos coletivos.
  3. da vitória sobre a burguesia, com a redução da jornada de trabalho para oito horas.
  4. da conquista de direitos trabalhistas pela atuação combativa dos sindicatos
  5. do descontentamento pelo aumento de preços dos alimentos básicos e moradia.

07. (Enem 2010) A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altosfornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder.

DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).

Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial Inglesa e as caracterı́sticas das cidades industriais no inı́cio do século XIX?

  1. A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em espaços privilegiados para a livre iniciativa, caracterı́stica da nova sociedade capitalista.
  2. O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial.
  3. A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas.
  4. A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e da arquitetura do perı́odo, transformando as cidades em locais de ex-perimentação estética e artı́stica.
  5. O alto nı́vel de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.

08. (Enem 2010) A evolução do processo de transformação de matérias-primas em produtos acabados ocorreu em três estágios: artesanato, manufatura e maquinofatura. Um desses estágios foi o artesanato, em que se

  1. trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira padronizada.
  2. trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente do modelo de produção em série.
  3. empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das máquinas.
  4. realizava parte da produção por cada operário, com uso de máquinas e trabalho assalariado.
  5. faziam interferências do processo produtivo por técnicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo de produção.

09. (Enem 2010) Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na miséria?

Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem?

Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso suor - ah, que bebem vosso sangue?

SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada

  1. na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos patrões.
  2. no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias.
  3. na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado.
  4. no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade.
  5. na riqueza, que não era usufruı́da por aqueles que a produziam.

10. (Enem PPL 2010) Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados como sínteses das transformações que levaram à consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em primeiro lugar, porque sua especialização exigiu uma articulação fundamental com o mercado. Como se concentravam na atividade de produção de lã, a realização da renda dependeu dos mercados, de novas tecnologias de beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de ovelhas. Em segundo lugar, concentrou–se na inter–relação do campo com a cidade e, num primeiro momento, também se vinculou à liberação de mão de obra.

RODRIGUES, A. E. M. Revoluções burguesas. In: REIS FILHO, D. A. et al (Orgs.) O Século XX, v. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 (adaptado).

Outra consequência dos cercamentos que teria contribuído para a Revolução Industrial na Inglaterra foi o

  1. aumento do consumo interno.
  2. congelamento do salário mínimo.
  3. fortalecimento dos sindicatos proletários.
  4. enfraquecimento da burguesia industrial.
  5. desmembramento das propriedades improdutivas.

11. (Enem PPL 2010) O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se organizavam em uma classe específica, a classe operária, diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança; a Revolução Industrial trouxe a necessidadeda mobilização permanente.

HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977.

No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe operária. Enquanto a “confiança” dada pela Revolução Francesa era originária do significado da vitória revolucionária sobre as classes dominantes, a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria da compreensão de que

  1. a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o enfrentamento do desemprego.
  2. a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários.
  3. a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material para os operários.
  4. o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais.
  5. a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada com as manifestações coletivas em favor dos direitos trabalhistas.

12. (Enem 2009) A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia uma acentuada perda de prestı́gio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões temporários, passaram a ser denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais. Exceto em alguns ramos especializados, os velhos artesãos foram colocados lado a lado com novos imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros-tecelões abandonaram suas pequenas propriedades para se concentrar na atividade de tecer. Reduzidos à completa dependência dos teares mecanizados ou dos fornecedores de matéria-prima, os tecelões ficaram expostos a sucessivas reduções dos rendimentos.

THOMPSON, E. P. The making of the english working class. Harmondsworth: Penguin Books, 1979 (adaptado).

Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a forma de trabalhar alterou-se porque

  1. a invenção do tear propiciou o surgimento de novas relações sociais.
  2. os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os inexperientes.
  3. os novos teares exigiam treinamento especializado para serem operados.
  4. os artesãos, no perı́odo anterior, combinavam a tecelagem com o cultivo de subsistência.
  5. os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesãos nas fábricas.

13. (Enem 2009) Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas por atividades rudimentares e de baixa produtividade. A partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o advento da revolução tecnológica, houve um desenvolvimento contı́nuo do setor agropecuário.

São, portanto, observadas consequências econômicas, sociais e ambientais inter-relacionadas no perı́odo posterior à Revolução Industrial, as quais incluem

  1. a erradicação da fome no mundo.
  2. o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas urbanas.
  3. a maior demanda por recursos naturais, entre os quais os recursos energéticos.
  4. a menor necessidade de utilização de adubos e corretivos na agricultura.
  5. o contı́nuo aumento da oferta de emprego no setor primário da economia, em face da mecanização.

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