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Primeiro Reinado

Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Primeiro Reinado com questões do Enem.

Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Primeiro Reinado.




01. (Enem 2021) A repugnante tarefa de carregar lixo e os dejetos da casa para as praças e praias era geralmente destinada ao único escravo da família ou ao de menor status ou valor. Todas as noites, depois das dez horas, os escravos conhecidos popularmente como “tigres” levavam tubos ou barris de excremento e lixo sobre a cabeça pelas ruas do Rio.

KARASCH, M C A vida dos escravos no Ric de Janeiro, 1008-1856 Rio de Janero Cia das Letras, 2000.

À ação representada na imagem e descrita no texto evidencia uma prática do cotidiano nas cidades no Brasil nos Séculos XVIII e XIX caracterizada pela

  1. valorização do trabalho braçal.
  2. reiteração das hierarquias sociais.
  3. sacralização das atividades laborais.
  4. superação das exclusões econômicas.
  5. ressignificação das heranças religiosas.

02. (Enem Digital 2020) Depois da Independência, em 1822, o país enfrentaria problemas que com frequência emergiram durante a formação dos Estados nacionais da América Latina. Em muitas regiões do Brasil, essas divergências foram acompanhadas de revoltas, inclusive contra o imperador D. Pedro I. Com a abdicação deste, em 1831, o país atravessaria tempos ainda mais turbulentos sob o regime regencial.

REIS, J. J. Rebelião escrava no Brasil: a história do Levante dos Malês em 1835. São Paulo: Cia. das Letras, 2003 (adaptado).

A instabilidade política no país, ao longo dos períodos mencionados, foi decorrente da(s)

  1. disputas entre as tendências unitarista e federalista.
  2. tensão entre as forças do Exército e Marinha nacional.
  3. dinâmicas demográficas nas fronteiras amazônica e platina.
  4. extensão do direito de voto aos estrangeiros e ex-escravos.
  5. reivindicações da ex-metrópole nas esferas comercial e diplomática.

03. (Enem 2019) Entre os combatentes estava a mais famosa heroína da Independência. Nascida em Feira de Santana, filha de lavradores pobres, Maria Quitéria de Jesus tinha trinta anos quando a Bahia começou a pegar em armas contra os portugueses. Apesar da proibição de mulheres nos batalhões de voluntários, decidiu se alistar às escondidas. Cortou os cabelos, amarrou os seios, vestiu-se de homem e incorporou-se às fileiras brasileiras com o nome de Soldado Medeiros.

GOMES, L. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.

No processo de Independência do Brasil, o caso mencionado é emblemático porque evidencia a

  1. rigidez hierárquica da estrutura social.
  2. inserção feminina nos ofícios militares.
  3. adesão pública dos imigrantes portugueses.
  4. flexibilidade administrativa do governo imperial.
  5. receptividade metropolitana aos ideais emancipatórios.

04. (Enem PPL 2018) A expedição que alcançava a foz do Rio Mucuri era liderada por Teófilo Benedito Ottoni (1807-1869), empresário e político mineiro, que lá pretendia abrir um porto para ligar Minas ao mar. A localidade de Filadélfia era a materialização desse sonho. O nome escolhido era, ao mesmo tempo, uma homenagem à cidade símbolo da independência dos Estados Unidos e um manifesto de adesão a ideais igualitários. Essa filosofia também transparecia na relação com os índios, com os quais o político mineiro procurou negociar a ocupação do território em troca do respeito ao que hoje chamaríamos de reserva.

ARAÚJO, V. L. Uma utopia republicana. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 67, abr. 2011 (adaptado).

Um elemento que caracterizou, no âmbito da sociedade monárquica, o projeto inovador abordado no texto foi

  1. introduzir o protestantismo como mecanismo de integração social.
  2. ampliar a cidadania para integrar os grupos autóctones da região.
  3. aceitar os aborígenes como mão de obra do empreendimento.
  4. reconhecer os nativos para discutir a forma de ocupação do terreno.
  5. incorporar a doutrina liberal como fundamento das relações citadinas.

05. (Enem Libras 2017)

Constituição Política do Império do Brasil (de 25 de março de 1824)

Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos.

Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 18 abr. 2015 (adaptado).

A apropriação das ideias de Montesquieu no âmbito da norma constitucional citada tinha o objetivo de

  1. expandir os limites das fronteiras nacionais.
  2. assegurar o monopólio do comércio externo.
  3. legitimar o autoritarismo do aparelho estatal.
  4. evitar a reconquista pelas forças portuguesas.
  5. atender os interesses das oligarquias regionais.

06. (Enem 2013)

MOREAUX, F.R. Proclamação da Independência. Disponível em: www.tvbrasil.org.br. Acesso em 14 jun. 2010. (Foto: Enem)

FERREZ, M. D. Pedro II. SCHWARCZ, L.M. As barbas do Imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia das Letras, 1998.

As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, respectivamente:

  1. Habilidade militar – riqueza pessoal.
  2. Liderança popular – estabilidade política.
  3. Instabilidade econômica – herança europeia.
  4. Isolamento político – centralização do poder.
  5. Nacionalismo exacerbado – inovação administrativa.

07. (Enem 2012) Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas.

VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).

Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela

  1. estímulos ao racismo.
  2. apoio ao xenofobismo.
  3. críticas ao federalismo.
  4. repúdio ao republicanismo.
  5. questionamentos ao autoritarismo.

08. (Enem 2011) No clima das ideias que se seguiram à revolta de São Domingos, o descobrimento de planos para um levante armado dos artifices mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito especial; esses planos demonstravam aquilo que os brancos conscientes tinham já começado a compreender: as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa sociedade em que só um terço da população era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em termos raciais.

MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.) O Império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986

O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranças populares da Conjuração Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante das reivindicações populares. No período da Independência, parte da elite participou ativamente do processo, no intuito de

  1. instalar um partido nacional, sob sua liderança, garantindo participação controlada dos afrobrasileiros e inibindo novas rebeliões de negros.
  2. atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de modo a inviabilizar novas rebeliões, garantindo o controle da situação.
  3. firmar alianças com as lideranças escravas, permitindo a promoção de mudanças exigidas pelo povo sem a profundidade proposta inicialmente.
  4. impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libertário, o que terminaria por prejudicar seus interesses e seu projeto de nação.
  5. rebelar-se contra as representações metropolitanas, isolando politicamente o Príncipe Regente, instalando um governo conservador para controlar o povo.

09. (Enem PPL 2009) A liderança política do processo de independência das colônias foi decisiva para os rumos que as novas nações tomaram, pois as elites evitaram que as reivindicações mais radicais fossem atendidas, marginalizando, assim, política e socialmente, a maioria. A ruptura dos laços coloniais não significou o surgimento de uma sociedade democrática e autônoma.

A respeito da formação do Estado Nacional na América Latina, é correto associar ao texto acima

  1. o governo de D. Pedro I no Brasil, que provocou adesões daqueles que queriam mais garantias constitucionais, o que conferiu ao imperador reconhecimento e apoio da elite latifundiária.
  2. a unidade administrativa do império português, por haver características comuns entre as regiões colonizadas e homogeneidade na ocupação.
  3. a falta de líderes para os movimentos nacionalistas contra o domínio português, em oposição à América Espanhola.
  4. os partidos políticos que se formaram no final do século XVIII e assumiram os controles político e administrativo dos Estados se ergueram contra os grandes proprietários de terra e rebanhos.
  5. o ordenamento jurídico-político e as diretrizes econômicas no início do século XIX beneficiaram os segmentos sociais não proprietários, devido ao incremento na produção manufatureira.

10. (Enem 2007) Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na produção, com braço escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos.

O atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida “civilizado”, marca que distinguia as classes cultas e “naturalmente” dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infraestrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações.

Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim; P. S. Pinheiro (Orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80.

Levando-se em consideração as afirmações acima, relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião da independência política (1822), é correto afirmar que o país

  1. se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial.
  2. extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no trabalho livre.
  3. se tornou dependente da economia européia por realizar tardiamente sua industrialização em relação a outros países.
  4. se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer ganhos para a infraestrutura de serviços urbanos.
  5. teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários setores produtivos.

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