Colonialismo
Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Colonialismo com questões de Vestibulares.
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01. (UFRGS) Sobre a história do colonialismo português, considere as afirmações abaixo.
I - A partir do século XV, Portugal estabeleceu colônias, entrepostos comerciais e feitorias na África, na América e na Ásia, o que lhe permitiu transformar-se em um extenso império ultramarino.
II - No continente americano, as colônias portuguesas permaneceram sob o comando da metrópole até o final do século XIX, quando o fim da escravidão no Brasil rompeu com a rede comercial no Atlântico Sul.
III - Na segunda metade do século XX, iniciaram-se os levantes independentistas das colônias portuguesas na África, impulsionados pela Revolução dos Cravos de 1974.
Quais estão corretas?
- Apenas I.
- Apenas II.
- Apenas III.
- Apenas I e III.
- I, II e III.
02. (UNICAMP) Os estudos históricos por muito tempo explicaram as relações entre Portugal e Brasil por meio da noção de pacto colonial ou exclusivo comercial. Sobre esse conceito, é correto afirmar que:
- Trata-se de uma característica central do sistema colonial moderno e um elemento constitutivo das práticas mercantilistas do Antigo Regime, que considera fundamental a dinâmica interna da economia colonial.
- Definia-se por um sistema baseado em dois polos: um centro de decisão, a metrópole, e outro subordinado, a colônia. Esta submetia-se à primeira através de uma série de mecanismos político-institucionais.
- Em mais de uma ocasião, os colonos reclamaram e foram insubordinados diante do pacto colonial, ao exigirem sua presença e atuação nas Cortes dos reis ou ao pedirem a presença do Marquês de Pombal na colônia.
- A noção de pacto colonial é um projeto embrionário de Estado que acomodava as tensões surgidas entre os interesses metropolitanos e coloniais, ao privilegiar as experiências do “viver em colônia”.
03. (Universidade Tiradentes) A exploração da América foi uma condição essencial para o nascimento do capitalismo, e, também, um índice de sua expansão em escala mundial: “as descobertas de ouro e de prata na América, o extermínio, a escravização das populações indígenas, forçadas a trabalhar no interior das minas, o início da conquista e pilhagem das Índias Orientais e a transformação da África num vasto campo de caçada lucrativa são os acontecimentos que marcaram o alvorecer da era da produção capitalista. Esses processos idílicos são fatores fundamentais da acumulação primitiva. Os métodos (de acumulação primitiva) se baseiam, em parte, na violência mais brutal, como é o caso do sistema colonial. Mas todos eles utilizavam o poder do Estado, a força concentrada e organizada da sociedade para ativar artificialmente o processo de transformação do modo feudal de produção no modo capitalista, abreviando assim as etapas de transição.
(A EXPLORAÇÃO... 2018).
O processo de expansão marítima e comercial e o estabelecimento do sistema colonial ocorreram dentro de um contexto histórico mais amplo, que pode ser identificado,
- na centralização do poder político e no apoio financeiro da burguesia comercial ao projeto colonialista.
- na expansão do movimento do Renascimento Cultural, que aboliu o poder político da Igreja Católica.
- no surgimento e na consolidação do Humanismo e na superação da sociedade estamental.
- na Contrarreforma católica, que impediu a superexploração da mão de obra servil escrava.
- no liberalismo econômico, que incentivou a concorrência comercial, provocando o desenvolvimento manufatureiro.
04. (FAM) A Espanha era uma metrópole durável, mas de modo nenhum desenvolvida. Se as colônias exportavam produtos primários, a Espanha também o fazia. Se as colônias dependiam da marinha mercante estrangeira, também a Espanha dependia. Se as colônias eram dominadas por uma elite senhorial, pouco disposta a economizar e a investir, também o era a Espanha. As duas economias diferiam numa única atividade: as colônias produziam metais preciosos.
(John Lynch. “As origens da independência da América Espanhola”. In: Leslie Bethell (org.). História da América Latina, 2001. Adaptado.)
A análise do texto permite afirmar que
- as colônias espanholas mantinham uma relação econômica de igualdade e parceria com a metrópole, equilibrando sua balança comercial.
- a Espanha dependia de suas colônias na América, pois precisava dos metais preciosos destas para sustentar sua economia.
- a Espanha mantinha a dominação sobre as colônias graças à política de incentivo às atividades comerciais e à produção de manofaturados.
- a Espanha garantia o exclusivismo colonial graças à sua excelente frota naval, evitando a invasão de outras metrópoles europeias.
- as colônias espanholas forneciam matérias-primas à metrópole, enquanto esta era capaz de fornecer produtos industrializados
05. (UEA - SIS) Os diários, as memórias e as crônicas de viagens escritas por marinheiros, comerciantes, militares, missionários e exploradores seriam as principais fontes de conhecimento e representação da África dos séculos XV ao XVIII.
Essas representações associavam o continente africano à barbárie e à devassidão num movimento de contraposição às sociedades europeias. Nem mesmo o confronto com formações políticas hegemônicas como Reino do Kongo e Etiópia ou o contato com outros padrões urbanísticos, estéticos e cosmológicos, puderam alterar de forma efetiva o imaginário europeu acerca do continente.
(Regina Claro. Olhar a África, 2012. Adaptado.)
As representações a respeito dos africanos, citadas no texto,
- criaram modalidades distintas de escravidão para africanos oriundos de pequenas comunidades e de sociedades constituídas em Estados.
- foram fundamentais para a legitimação da conquista europeia e da escravização dos povos da África.
- restringiram a utilização do trabalho escravo africano às lavouras monocultoras e à mineração na América.
- contribuíram para a formulação do pan-africanismo e para a libertação política das colônias africanas no final do século XVIII.
- orientaram as ações dos jesuítas no sentido de condenar a escravidão dos africanos e defender a sua catequização.
06. (FAMECA) Na perspectiva mais geral, o Antigo Regime – mais rígido ou mais flexível de país para país – representava o quadro institucional que permitiu a formação e cristalização da etapa mercantil do capitalismo (capitalismo comercial); a dinâmica própria do desenvolvimento capitalista, por seu turno, ao ampliar as áreas de ação, intensificar o ritmo de crescimento econômico, tende a promover constantes reajustamentos.
(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808), 1981.)
O texto menciona, direta ou indiretamente, três elementos centrais no processo de formação do capitalismo comercial. Esses elementos são
- o absolutismo, o mercantilismo e o colonialismo.
- o racionalismo, o industrialismo e o imperialismo.
- o expansionismo, o liberalismo e o distributivismo.
- o feudalismo, a descentralização monárquica e o servilismo.
- o tecnicismo, o protecionismo e o desenvolvimentismo.
07. (Unaerp) O trabalho na cana era extenuante e desumano. Por décadas, esta colônia francesa sustentou um dos mais lucrativos negócios do Novo Mundo com o chicote apontado para o corpo dos escravos africanos. Os negros cavavam valas para o plantio das mudas, cuidavam dos brotos, zelavam pelo crescimento, faziam a colheita e toda a fabricação do açúcar. Os lucros dependiam da exploração do trabalho. A manutenção da escravidão pelos donos de engenho se baseava em castigos brutais e tinha um nível de perseguição implacável. Os relatos da época descreviam que as punições das chibatas eram mais comuns do que receber comida. A tortura sistemática originava, não sem razão, uma sede de vingança. E esse foi um dos motivos da revolta que seria iniciada em 1791 e conformou a única rebelião vitoriosa de escravos desde a Antiguidade clássica.
MILANI, Aloisio. “Revolução Negra”. Disponível em: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/revolucao_negra.html. Acesso em ago. 2014. Adaptado.
O texto descreve a revolução que originou a independência
- do Senegal, liderada por Vincent Ogé e iniciada simultaneamente à fase do Diretório da Revolução Francesa.
- da Argélia, liderada por André Rigaud e iniciada simultaneamente à fase do Consulado da Revolução Francesa.
- do Benin, liderada por Adrien Houngbédji e iniciada simultaneamente à fase da reação termidoriana da Revolução Francesa.
- do Haiti, liderada por Toussaint L’Overture e iniciada simultaneamente à fase da Assembleia Nacional da Revolução Francesa.
- da Martinica, liderada por Julien Raimond e iniciada simultaneamente à fase da Convenção Nacional da Revolução Francesa.
08. (UEFS) Do ponto de vista social, o trabalho é considerado mais sob o aspecto em que diz respeito aos homens que o efetuam do que sob o ângulo em que aumenta a riqueza dos que o dirigem. As condições sociais do trabalho dependem do sistema econômico, do grau de desenvolvimento das forças produtivas, do grau de organização dos trabalhadores, da legislação e da regulamentação do Estado (Direito do Trabalho).
(BIROU, 1978, p. 409).
Com base na análise do texto e nos conhecimentos a respeito da evolução das relações de trabalho na história da humanidade, desde os tempos antigos até a contemporaneidade, responda à questão a seguir.
O estabelecimento da escravidão como base da produção colonial, na Idade Moderna, está associado
- ao desconhecimento de outras formas de mão de obra pelos exploradores da época.
- à expansão do islamismo no Ocidente e sua crença na inferioridade racial de negros e indígenas.
- à ampliação, na Europa, do mercado de trabalho para os servos da gleba, impedindo a emigração de trabalhadores para o Novo Mundo.
- à atribuição do valor de mercadoria aos seres humanos capturados e escravizados, gerando e alimentando um novo mercado consumidor.
- à baixa densidade demográfica registrada nas áreas coloniais e sua incapacidade de atender às necessidades da produção para o mercado.
09. (UEFS) A crítica dos economistas liberais ingleses do século XVIII ao Pacto Colonial levou à formulação de teorias que recomendavam
- o estabelecimento de Companhias de Comércio privilegiadas, para orientarem as relações entre metrópoles e colônias.
- a construção de portos exclusivos para o escoamento da produção colonial para as metrópoles.
- a liberdade de comércio entre colônias e metrópoles, sem restrições, como forma de ampliar o mercado consumidor, fortalecendo a lucratividade da própria metrópole.
- a quebra do Pacto por parte da Metrópole, abrindo caminho para a exploração direta das atividades industriais.
- o disciplinamento das atividades econômicas, criando leis rígidas que regulamentassem o mercado entre colônias e metrópoles.
10. (ESA) O Tratado de Tordesilhas, celebrado em 1494 entre as Coroas de Portugal e Espanha, pretendeu resolver as disputas por colônias ultramarinas entre esses dois países, estabelecia que
- os espanhóis ficariam com todas as terras descobertas até a data de assinatura do Tratado, e as terras descobertas depois ficariam com os portugueses.
- os domínios espanhóis e portugueses seriam separados por um meridiano estabelecido a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde.
- a Igreja Católica, como patrocinadora do Tratado, arrendaria as terras descobertas pelos portugueses e espanhóis nos quinze anos seguintes.
- Portugal e Espanha administrariam juntos as terras descobertas, para fazerem frente à ameaça colonialista da Inglaterra, da Holanda e da França.
- portugueses e espanhóis seriam tolerantes com os costumes e as religiões dos povos que habitassem as terras descobertas