Península/Anexação da Criméia
Lista de 06 exercícios de História com gabarito sobre o tema Península/Anexação da Criméia com questões de Vestibulares.
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01. (UERJ) Rússia formaliza anexação da Crimeia
A Rússia anexou formalmente a Península da Crimeia a seu território, depois de um duro discurso do presidente Vladimir Putin em meio a pesadas críticas aos E.U.A., à União Europeia e ao governo interino da Ucrânia. Nesse discurso que antecedeu a assinatura da anexação da Crimeia, Putin destacou a questão como vital para os interesses russos. Segundo ele, o Ocidente “cruzou uma linha vermelha” ao interferir na Ucrânia. “A Crimeia sempre foi e é parte inseparável da Rússia”, declarou o presidente.
Adaptado de estadao.com.br, 18/03/2014.
O evento abordado na reportagem está simultaneamente associado ao presente e ao passado dos povos envolvidos.
Para explicar essa ação russa em relação à Crimeia, são fundamentais os seguintes interesses do atual governo Putin:
- superar o pan-eslavismo − reduzir a diversidade étnica
- estimular a economia − ampliar a produção energética
- combater a corrupção − reconstruir a geopolítica global
- reforçar o nacionalismo − consolidar a geoestratégia militar
02. (UEMG) Moscou dá ultimato à Ucrânia e UE ameaça Rússia com sanções
“Enquanto a Rússia expandia na segunda-feira, 3, seu controle sobre a Península da Crimeia, o governo da Ucrânia denunciou um ultimato do Kremlin para que as forças do país se rendame evitem um ataque militar. Em Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, passou o dia tentando alinhar seus parceiros em busca de uma resposta a Moscou. "A Rússia está do lado errado da história", disse Obama(...)”. IMAGEM
A Rússia prossegue com firmeza, em sua estratégia revanchista, com o intuito de não ceder às imposições do Ocidente.
Assinale a alternativa que pode ser uma opção de Putim, indicada pelo número 1 dentro do mapa:
- Manter a base naval na Crimeia, região considerada estratégica, na qual os russos formam a maioria da população.
- Suprimir o fornecimento de gás para a Europa, já que grande parte dos gasodutos que levam o produto para a UE e para a Turquia passam pela Ucrânia.
- Desistir da cooperação com o Ocidente para acabar com a guerra civil na Síria.
- Fechar o acesso que os EUA utilizam para levar suprimentos e equipamentos para suas tropas no Afeganistão.
03. (UECE) Nikita Kruchov, chefe do Partido Comunista da URSS, em 1954 ordenou que o controle administrativo da Crimeia passasse da Rússia para a Ucrânia. Após a independência da Ucrânia em 1991, estabeleceu-se o impasse entre ambas as nações sobre qual seria o status da península. Em março de 2014, a Rússia anexou a Crimeia ao seu território, provocando inúmeras reações locais, regionais e mundiais. Assinale a opção que corresponde ao interesse de Moscou na Crimeia.
- Legitimar a aproximação comercial com a China e a Alemanha para reequilibrar o antigo lobby empresarial ocidental.
- Evitar a expansão de grupos radicais islâmicos do Oriente Médio e do Norte da África naquela localidade estratégica.
- Manter o controle no Mar Negro e o acesso ao Mar Mediterrâneo por meio da base localizada em Sebastopol, ao sul da península.
- Forçar a unificação entre os dois povos que foram separados com a desintegração do Império Russo após a Revolução Russa.
04. (FGV-SP) Um referendo realizado no dia 17 de março na Crimeia, uma República Autônoma ucraniana de maioria russa, aprovou com 96,8% dos votos a adesão da região à Federação Russa. O referendo é o ápice de uma escalada de tensão que atinge a região há mais de um mês, com uma escalada militar russa e ucraniana na região gerada após a deposição do presidente ucraniano Viktor Yanukovich.
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/03/ entenda-o-que-muda-na-crimeia-apos-referendo-aprovar-adesao-russia.html, acesso em 18/03/2014.
- A península da Crimeia foi conquistada pelos russos no século XVII, mas foi cedida pelo líder soviético Nikita Kruschev à Ucrânia em 1991, quando a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas foi extinta.
- O resultado do referendo de março foi prontamente reconhecido pelos representantes da União Europeia e pelos Estados Unidos, com base no princípio de autodeterminação dos povos.
- Os líderes políticos tártaros, representantes da principal minoria étnica da Crimeia, figuraram entre os principais entusiastas da adesão da região à Federação Russa.
- Após o referendo de março, a Federação Russa passou a considerar a Crimeia parte do seu próprio território, a despeito das reações dos países ocidentais.
- A Ucrânia teme perder a sua importante Frota do Mar Negro, sediada na base naval de Sebastopol, caso a Crimeia se torne de fato parte integrante da Federação Russa.
05. (UESB) Na Rússia, os slogans nacionalistas nunca saíram de moda e são propagados pelos veículos de comunicação. [...] A nostalgia não é pelo comunismo, mas pelo prestígio perdido. “Os russos sentem que foram humilhados no último quarto de século em várias ocasiões. O nacionalismo atual na Rússia tem, então, a esperança de restaurar o status internacional do país entre as grandes potências”, diz o historiador holandês Kees Boterbloem, da Universidade do Sul da Flórida.
(GIANINI; WATKINS, 2014, p. 69).
O texto e os conhecimentos sobre os recentes acontecimentos que ligam a Rússia à Ucrânia e à Crimeia fazem lembrar
- a derrubada do muro de Berlim, na década de 90 do século passado, ocasião em que as repúblicas socialistas da União Soviética buscaram a proteção e se integraram à União Europeia.
- a expansão da Alemanha nazista em direção à Áustria e à Tchecoslováquia na década de 30 do século XX, sob o pretexto, respectivamente, de estabelecer a União Germânica e de proteger as populações germânicas ali residentes
- o avanço do nacionalismo palestino sobre o Estado de Israel, pondo em risco os acordos firmados entre israelenses e russos quanto ao fornecimento de alimentos e produtos químicos.
- a conquista de territórios africanos por países imperialistas, em decorrência dos acordos estabelecidos na Conferência de Berlim, no final do século XIX.
- a reconquista, pela Alemanha, dos territórios franceses da Alsácia e da Lorena, perdidos em razão do que estabeleceu o Tratado de Versalhes, em 1870.