Descolonização Afro-asiática
Lista de 03 exercícios de História com gabarito sobre o tema Descolonização Afro-asiática com questões de Vestibulares.
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01. (Enem 2015) Voz do sangue
Palpitam-me
os sons do batuque
e os ritmos melancólicos do blue.
Ó negro esfarrapado
do Harlem
ó dançarino de Chicago
ó negro servidor do South
Ó negro da África
negros de todo o mundo
Eu junto
ao vosso magnífico canto
a minha pobre voz
os meus humildes ritmos.
Eu vos acompanho
pelas emaranhadas áfricas
do nosso Rumo.
Eu vos sinto
negros de todo o mundo
eu vivo a nossa história
meus irmãos.
Disponível em: agostinhoneto.org. Acesso em: 30 jun. 2015.
Nesse poema, o líder angolano Agostinho Neto, na década de 1940, evoca o pan-africanismo com o objetivo de
- incitar a luta por políticas de ações afirmativas na América e na África.
- reconhecer as desigualdades sociais entre os negros de Angola e dos Estados Unidos.
- descrever o quadro de pobreza após os processos de independência no continente africano.
- solicitar o engajamento dos negros estadunidenses na luta armada pela independência em Angola.
- conclamar as populações negras de diferentes países a apoiar as lutas por igualdade e independência.
02. (Enem 2013 PPL) A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante.
(SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 - adaptado)
O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma:
- cruzada religiosa.
- catequese cristã.
- missão civilizatória.
- expansão comercial ultramarina.
- política exterior multiculturalista.
03. (Enem 2015 PPL) Colonizar, afirmava, em 1912, um eminente jurista, “é relacionar-se com os países novos para tirar benefícios dos recursos de qualquer natureza desses países, aproveitá-los no interesse nacional, e ao mesmo tempo levar às populações primitivas as vantagens da cultura intelectual, social, científica-comercial e industrial, apanágio das raças superiores. A colonização é, pois, um estabelecimento fundado em país novo por uma raça de civilização avançada, para realizar o duplo fim que acabamos de indicar.”
(Précis de législation et d´économie coloniales. Apud LINHARES, M. Y. A luta contra a Metrópole (Ásia e África). São Paulo: Brasiliense, 1981)
A definição de colonização apresentada no texto tinha a função ideológica de:
- dissimular a prática da exploração mediante a ideia de civilização.
- compensar o saque das riquezas mediante a educação formal dos colonos.
- formar uma identidade colonial mediante a recuperação de sua ancestralidade.
- reparar o atraso da Colônia mediante a incorporação dos hábitos da Metrópole.
- promover a elevação cultural da Colônia mediante a incorporação de tradições metropolitanas.