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Brasil Colônia

Lista de 30 exercícios de História com gabarito sobre o tema Brasil Colônia com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Brasil Colônia.




Sociedade, Família Real Portuguesa

01. (Enem 2021) Eu, Dom João, pela graça de Deus, faço saber a V. Mercê que me aprouve banir para essa cidade vários ciganos — homens, mulheres e crianças — devido ao seu escandaloso procedimento neste reino. Tiveram ordem de seguir em diversos navios destinados a esse porto, e, tendo eu proibido, por lei recente, o uso da sua língua habitual, ordeno a V. Mercê que cumpra essa lei sob ameaça de penalidades, não permitindo que ensinem dita língua a seus filhos, de maneira que daqui por diante o seu uso desapareça.

TEIXEIRA, R C. História dos ciganos no Brasil Recdo Núciso ce Estudos Ciganos. 2008

A ordem emanada da Coroa portuguesa para sua colônia americana, em 1718, apresentava um tratamento da identidade cultural pautado em

  1. converter grupos infiéis à religião oficial.
  2. suprimir formas divergentes de interação social.
  3. evitar envolvimento estrangeiro na economia local.
  4. reprimir indivíduos engajados em revoltas nativistas.
  5. controlar manifestações artísticas de comunidades autóctones.

Revolução Pernambucana, Revoltas, Capitanias Hereditárias

02. (Enem 2020) O movimento sedicioso ocorrido na capitania de Pernambuco, no ano 1817, foi analisado de formas diferentes por dois meios de comunicação daquela época. O Correio Braziliense apontou para o fato de ser “a comoção no Brasil motivada por um descontentamento geral, e não por maquinações de alguns indivíduos”. Já a Gazeta do Rio de Janeiro considerou o movimento como um “pontual desvio de norma, apenas uma 'mancha' nas 'páginas da História Portuguesa", tão distinta pelos testemunhos de amor e respeito que os vassalos desta nação consagram ao seu soberano”.

JANCSÓ, I; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000 (adaptado).

Os fragmentos das matérias jornalísticas sobre o acontecimento, embora com percepções diversas, relacionam-se a um aspecto do processo de independência da colônia luso-americana expresso em dissensões entre

  1. quadros dirigentes em torno da abolição da ordem escravocrata.
  2. grupos regionais acerca da configuração politico-territorial.
  3. intelectuais laicos acerca da revogação do domínio eclesiástico.
  4. homens livres em torno da extensão do direito de voto.
  5. elites locais acerca da ordenação do monopólio fundiário.

Escravidão, Religião

03. (Enem Digital 2020) Dias depois da morte de D. Mariquinha, Seu Lula, todo de luto, reuniu os negros no pátio da casa-grande e falou para eles. A voz não era mais aquela voz mansa de outros tempos. Agora Seu Lula era o dono de tudo. O feitor, o negro Deodato, recebera as suas instruções aos gritos. Seu Lula não queria vadiação naquele engenho. Agora, todas as tardes, os negros teriam que rezar as ave-marias. Negro não podia mais andar de reza para S. Cosme e S. Damião. Aquilo era feitiçaria. [...]

E o feitor Deodato, com a proteção do senhor, começou a tratar a escravatura como um carrasco. O chicote cantava no lombo dos negros, sem piedade. Todos os dias chegavam negros chorando aos pés de D. Amélia, pedindo valia, proteção contra o chicote do Deodato. A fama da maldade do feitor espalhara-se pela várzea. O senhor de engenho do Santa Fé tinha um escravo que matava negro na peia. [...] E o Santa Fé foi ficando assim o engenho sinistro da várzea.

RÊGO, J. L. Fogo morto. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.

A condição dos trabalhadores escravizados do Santa Fé torna-se exponencialmente aflitiva após a morte da senhora do engenho.

Nessa passagem, o sofrimento a que se submetem é intensificado pela reação à

  1. mania do novo senhor de se dirigir a eles aos gritos.
  2. saudade do afeto antes dispensado por D. Mariquinha.
  3. privação sumária de suas crenças e práticas ritualísticas.
  4. inércia moral de D. Amélia ante as imposições do marido.
  5. reputação do Santa Fé de lugar funesto a seus moradores.

Escravidão, Religião

04. (Enem 2020) Porque todos confessamos não se poder viver sem alguns escravos, que busquem a lenha e a água, e façam cada dia o pão que se come, e outros serviços que não são possíveis poderem-se fazer pelos Irmãos Jesuítas, máxime sendo tão poucos, que seria necessário deixar as confissões e tudo mais. Parece-me que a Companhia de Jesus deve ter e adquirir escravos, justamente, por meios que as Constituições permitem, quando puder para nossos colégios e casas de meninos.

LEITE. S. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro Civilização Brasileira. 1938 (adaptado)

O texto explicita premissas da expansão ultramarina portuguesa ao buscar justificar a

  1. propagação do ideário cristão.
  2. valorização do trabalho braçal.
  3. adoção do cativeiro na Colônia.
  4. adesão ao ascetismo contemplativo.
  5. alfabetização dos indígenas nas Missões.

Escravidão, Sociedade

05. (Enem Digital 2020) As pessoas do Rio de Janeiro se fazem transportar em cadeirinhas bem douradas sustentadas por negros. Esta cadeira é seguida por um ou dois negros domésticos, trajados de librés mas com os pés nus. Se é uma mulher que se transporta, ela tem frequentemente quatro ou cinco negras indumentadas com asseio; elas vão enfeitadas com muitos colares e brincos de ouro. Outras são levadas em uma rede. Os que querem andar a pé são acompanhados por um negro, que leva uma sombrinha ou guarda-chuva, como se queira chamar.

LARA, S. H. Fragmentos setecentistas. São Paulo: Cia. das Letras, 2007 (adaptado).

Essas práticas, relatadas pelo capelão de um navio que ancorou na cidade do Rio de Janeiro em dezembro de 1748, simbolizavam o seguinte aspecto da sociedade colonial:

  1. A devoção de criados aos proprietários, como expressão da harmonia do elo patriarcal.
  2. A utilização de escravos bem-vestidos em atividades degradantes, como marca da hierarquia social.
  3. A mobilização de séquitos nos passeios, como evidência do medo da violência nos centros urbanos.
  4. A inserção de cativos na prestação de serviços pessoais, como fase de transição para o trabalho livre.
  5. A concessão de vestes opulentas aos agregados, como forma de amparo concedido pela elite senhorial.

Escravidão, Economia

06. (Enem PPL 2020) Uma sombra pairava sobre as tão esperadas descobertas auríferas: a multidão de aventureiros que se espalhara por serras e grotões mostrava-se criminosa e desobediente aos ditames da Coroa ou da Igreja. Carregavam consigo tantos escravos que o preço da mão de obra começara a aumentar na Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro. Ao fim de dez anos, a tensão entre paulistas e forasteiros, entre autoridades e mineradores, só fazia aumentar.

DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil. São Paulo: Planeta, 2010.

No contexto abordado, do início do século XVIII, a medida tomada pela Coroa lusitana visando garantir a ordem na região foi a

  1. regulamentação da exploração do trabalho.
  2. proibição da fixação de comerciantes.
  3. fundação de núcleos de povoamento.
  4. revogação da concessão de lavras.
  5. criação das intendências das minas.

Capitanias Hereditárias

07. (Enem PPL 2020) A originalidade do Absolutismo português talvez esteja no fato de ter sido o regime político europeu que melhor sintetizou a ideia do patrimonialismo estatal: os recursos materiais da nação se confundindo com os bens pessoais do monarca.

LOPES, M. A. O Absolutismo: política e sociedade na Europa moderna. São Paulo: Brasiliense, 1996 (adaptado).

Na colonização do Brasil, o patrimonialismo da Coroa portuguesa ficou evidente

  1. nas capitanias hereditárias.
  2. na catequização indígena.
  3. no sistema de plantation.
  4. nas reduções jesuítas.
  5. no tráfico de escravos.

Escravidão, Economia

08. (Enem PPL 2020) Ao longo de uma evolução iniciada nos meados do século XIV, o tráfico lusitano se desenvolve na periferia da economia metropolitana e das trocas africanas. Em seguida, o negócio se apresenta como uma fonte de receita para a Coroa e responde à demanda escravista de outras regiões europeias. Por fim, os africanos são usados para consolidar a produção ultramarina.

ALENCASTRO, L. F. O trato dos viventes. São Paulo: Cia. das Letras, 2000 (adaptado).

A atividade econômica destacada no texto é um dos elementos do processo que levou o reino português a

  1. utilizar o clero jesuíta para garantir a manutenção da emancipação indígena.
  2. dinamizar o setor fabril para absorver os lucros dos investimentos senhoriais.
  3. aceitar a tutela papal para reivindicar a exclusividade das rotas transoceânicas.
  4. fortalecer os estabelecimentos bancários para financiar a expansão da exploração mineradora.
  5. implementar a agromanufatura açucareira para viabilizar a continuidade da empreitada colonial.

Economia, Inglaterra

09. (Enem PPL 2020) A Inglaterra não só os produzia em condições técnicas mais avançadas do que o resto dos países, como os transportava e distribuía. Tinha, pois, necessidades de mercados, e foi por isso que se esforçou, naquela etapa de sua história, para criá-los e desenvolvê-los. O Tratado de Methuen em 1703 estabelecia a compra dos tecidos ingleses por parte de Portugal, enquanto a Inglaterra se comprometia a adquirir a produção vinícola dos lusitanos.

SODRÉ, N. W. As razões da independência. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969 (adaptado).

No contexto político-econômico da época, esse tratado teve como consequência para os britânicos a

  1. aplicação de práticas liberais.
  2. estagnação de superávit mercantil.
  3. obtenção de privilégios comerciais.
  4. promoção de equidade alfandegária.
  5. equiparação de reservas monetárias.

Escravidão

10. (Enem 2019) A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.

FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).

Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade:

  1. Coleta de drogas do sertão.
  2. Extração de metais preciosos.
  3. Adoção da pecuária extensiva.
  4. Retirada de madeira do litoral.
  5. Exploração da lavoura de tabaco.

11. (Enem 2019) Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX, maravilhado pela geografia, flora e fauna da região sul-americana, via seus habitantes como se fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro, referindo-se a suas incomensuráveis riquezas naturais não exploradas. De alguma maneira, o cientista ratificou nosso papel de exportadores de natureza no que seria o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos como territórios condenados a aproveitar os recursos naturais existentes.

ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos.

São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).

A relação entre ser humano e natureza ressaltada no texto refletia a permanência da seguinte corrente filosófica:

  1. Relativismo cognitivo.
  2. Materialismo dialético
  3. Racionalismo cartesiano
  4. Pluralismo epistemológico
  5. Existencialismo fenomenológico

Sociedade

12. (Enem 2019) O processamento da mandioca era uma atividade já realizada pelos nativos que viviam no Brasil antes da chegada de portugueses e africanos. Entretanto, ao longo do processo de colonização portuguesa, a produção de farinha foi aperfeiçoada e ampliada, tornando-se lugar-comum em todo o território da colônia portuguesa na América. Com a consolidação do comércio atlântico em suas diferentes conexões, a farinha atravessou os mares e chegou aos mercados africanos.

BEZERRA, N. R. Escravidão, farinha e tráfico atlântico: um novo olhar sobre as relações entre o Rio de Janeiro e Benguela (1790-1830). Disponível em: www.bn.br. Acesso em: 20 ago. 2014 (adaptado)

Considerando a formação do espaço atlântico, esse produto exemplifica historicamente a

  1. difusão de hábitos alimentares.
  2. disseminação de rituais festivos.
  3. ampliação dos saberes autóctones.
  4. apropriação de costumes guerreiros.
  5. diversificação de oferendas religiosas.

Economia, Família Real Portuguesa

13. (Enem 2018)

Brasil Colônia

E pois que em outra cousa nesta parte me não posso vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela.

Brasil Colônia

E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que possuem souberam falar, também lhes houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem para lá.

SALVADOR. F. V In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.

As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América estavam relacionadas à

  1. utilização do trabalho escravo.
  2. implantação de polos urbanos.
  3. devastação de áreas naturais.
  4. ocupação de terras indígenas.
  5. expropriação de riquezas locais.

Povos Indígenas

14. (Enem 2018 PPL) Na África, os europeus morriam como moscas; aqui eram os índios que morriam: agentes patogênicos da varíola, do sarampo, da coqueluche, da catapora, do tifo, da difteria, da gripe, da peste bubônica, e possivelmente da malária, provocaram no Novo Mundo o que Dobyns chamou de “um dos maiores cataclismos biológicos do mundo”. No entanto, é importante enfatizar que a falta de imunidade, devido ao seu isolamento, não basta para explicar a mortandade, mesmo quando ela foi de origem patogênica.

CUNHA, M. C. Índios no Brasil: história, direitos e cidadania. São Paulo: Claro Enigma, 2012.

Uma ação empreendida pelos colonizadores que contribuiu para o desastre mencionado foi o(a)

  1. desqualificação do trabalho das populações nativas.
  2. abertura do mercado da colônia às outras nações.
  3. interdição de Portugal aos saberes autóctones.
  4. incentivo da metrópole à emigração feminina.
  5. estímulo dos europeus às guerras intertribais.

Escravidão, Sociedade, Religião

15. (Enem 2018) Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os objetos conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava uma necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos.

CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013 (adaptado).

A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um(a)

  1. expressão do valor das festividades da população pobre.
  2. ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
  3. estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.
  4. elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
  5. instrumento para minimizar o sentimento de desamparo social.

Economia, Revoltas

16. (Enem 2018) A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de João Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta proclamação heroica.

VAINFAS, R. Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009.

O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa seiscentista foi o resultado do(a)

  1. fraqueza bélica dos protestantes batavos.
  2. comércio transatlântico da África ocidental.
  3. auxílio financeiro dos negociantes flamengos.
  4. diplomacia internacional dos Estados ibéricos.
  5. interesse econômico dos senhores de engenho.

Sociedade

17. (Enem PPL 2018) Os próprios senhores de engenho eram uns gulosos de doce e de comidas adocicadas. Houve engenho que ficou com o nome de “Guloso”. E Manuel Tomé de Jesus, no seu Engenho de Noruega, antigo dos Bois, vivia a encomendar doces às doceiras de Santo Antão; vivia a receber presentes de doces de seus compadres. Os bolos feitos em casa pelas negras não chegavam para o gasto. O velho capitão-mor era mesmo que menino por alfenim e cocada. E como estava sempre hospedando frades e padres no seu casarão de Noruega, tinha o cuidado de conservar em casa uma opulência de doces finos.

FREYRE, G. Nordeste: aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do Nordeste do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1985 (adaptado).

O texto relaciona-se a uma prática do Nordeste oitocentista que está evidenciada em:

  1. Produção familiar de bens para festejar as datas religiosas.
  2. Fabricação escrava de alimentos para manter o domínio das elites.
  3. Circulação regional de produtos para garantir as trocas metropolitanas.
  4. Criação artesanal de iguarias para assegurar as redes de sociabilidade.
  5. Comercialização ambulante de quitutes para reproduzir a tradição portuguesa.

Escravidão, Sociedade

18. (Enem 2017) A fotografia, datada de 1860, é um indício da cultura escravista no Brasil, ao expressar a

  1. ambiguidade do trabalho doméstico exercido pela ama de leite, desenvolvendo uma relação de proximidade e subordinação em relação aos senhores.
  2. integração dos escravos aos valores das classes médias, cultivando a família como pilar da sociedade imperial.
  3. melhoria das condições de vida dos escravos observada pela roupa luxuosa, associando o trabalho doméstico a privilégios para os cativos.
  4. esfera da vida privada, centralizando a figura feminina para afirmar o trabalho da mulher na educação letrada dos infantes.
  5. distinção étnica entre senhores e escravos, demarcando a convivência entre estratos sociais como meio para superar a mestiçagem.

Sociedade

19. (Enem Libras 2017) Todos os anos, multidões de portugueses e de estrangeiros saem nas frotas para ir às minas. Das cidades, vilas, plantações e do interior do Brasil vêm brancos, mestiços e negros juntamente com muitos ameríndios contratados pelos paulistas. A mistura é de pessoas de todos os tipos e condições; homens e mulheres; moços e velhos; pobres e ricos; fidalgos e povo; leigos, clérigos e religiosos de diferentes ordens, muitos dos quais não têm casa nem convento no Brasil.

BOXER, C. O império marítimo português: 1435-1825. São Paulo: Cia. das Letras, 2002.

A qual aspecto da vida no Brasil colonial o autor se refere?

  1. À imposição de um credo exclusivo.
  2. À alteração dos fluxos populacionais.
  3. À fragilização do poder da Metrópole.
  4. Ao desregramento da ordem social.
  5. Ao antilusitanismo das camadas populares.

Escravidão, Povos Africanos, Sociedade

20. (Enem Libras 2016) Na segunda metade do século XIX, a capoeira era uma marca da tradição rebelde da população trabalhadora urbana na maior cidade do Império do Brasil, que reunia escravos e livres, brasileiros e imigrantes, jovens e adultos, negros e brancos. O que mais os unia era pertencer aos porões da sociedade, e na última escala do piso social estavam os escravos africanos.

SOARES, C. E. L. Capoeira mata um. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013.

De acordo com o texto, um fator que contribuiu para a construção da tradição mencionada foi a

  1. elitização de ritos católicos.
  2. desorganização da vida rural.
  3. redução da desigualdade racial.
  4. mercantilização da cultura popular.
  5. diversificação dos grupos participantes.

Sedição Baiana ou Conjuração Baiana, Revoltas

21. (Enem 2016) O que ocorreu na Bahia de 1798, ao contráro das outras situações de contestação política na América portuguesa, é que o projeto que lhe era subjacente não tocou somente na condição, ou no instrumento, da integração subordinada das colônias no império luso. Dessa feita, ao contrário do que se deu nas Minas Gerais (1789), a sedição avançou sobre a sua decorrência.

JANCSÓ, I.; PIMENTA, J. P. Peças de um mosaico. In: MOTA, C. G. (Org).).Viagem incompleta: a experiência Brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000.

a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 2000. A diferença entre as sedições abordadas no texto encontrava-se na pretensão de

  1. eliminar a hierarquia militar.
  2. abolir a escravidão africana.
  3. anular o domínio metropolitano.
  4. suprimir a propriedade fundiária.
  5. extinguir o absolutismo monárquico.

Sociedade, Religiã

22. (Enem 2016)

TEXTO II

Os santos tornaram-se grandes aliados da Igreja para atrair novos devotos, pois eram obedientes a Deus e ao poder clerical. Contando e estimulando o conhecimento sobre a vida dos santos, a Igreja transmitia aos fiéis os ensinamentos que julgava corretos e que deviam ser imitados por escravos que, em geral, traziam outras crenças de suas terras de origem, muito diferentes das que preconizava a fé católica.

OLIVEIRA, A. J. Negra devoção.Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 20, maio 2007 (adaptado).

Posteriormente ressignificados no interios de certas irmandades e no contato com outra matriz religiosa, o ícone e a prática mencionada no texto estiveram desde o século XVII relacionados a um esforço da Igreja Católica para

  1. reduzir o poder das confrarias.
  2. cristianizar a população afro-brasileira.
  3. espoliar recursos materiais dos cativos.
  4. recrutar libertos para seu corpo eclesiástico.
  5. atender a demanda popular por padroeiros locais.

Sociedade, Religião

23. (Enem PPL 2016) As convicções religiosas dos escravos eram entretanto colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo Mundo, onde eram batizados obrigatoriamente “para a salvação de sua alma” e deviam curvar-se às doutrinas religiosas de seus mestres. Iemanjá, mãe de numerosos outros orixás, foi sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, e Nanã Buruku, a mais idosa das divindades das águas, foi comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria.

VERGER, P. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. São Paulo: Corrupio, 1981.

O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma estratégia utilizada pelos negros escravizados para

  1. compreender o papel do sagrado para a cultura europeia.
  2. garantir a aceitação pelas comunidades dos convertidos.
  3. preservar as crenças e a sua relação com o sagrado.
  4. integrar as distintas culturas no Novo Mundo.
  5. possibilitar a adoração de santos católicos.

Escravidão, Economia, Sociedade

24. (Enem PPL 2016) Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a Colônia tinha acabado de passar por uma explosão populacional. Em pouco mais de cem anos, o número de habitantes aumentara dez vezes.

GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma Corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. São Paulo: Planeta do Brasil, 2008 (adaptado).

A alteração demográfica destacada no período teve como causa a atividade

  1. cafeeira, com a atração da imigração europeia.
  2. industrial, com a intensificação do êxodo rural.
  3. mineradora, com a ampliação do tráfico africano.
  4. canavieira, com o aumento do apresamento indígena.
  5. manufatureira, com a incorporação do trabalho assalariado.

Entradas e Bandeiras, Economia

25. (Enem 3ª Aplicação 2016) As camadas dirigentes paulistas na segunda metade do século XIX recorriam à história e à figura dos bandeirantes. Para os paulistas, desde o início da colonização, os habitantes de Piratininga (antigo nome de São Paulo) tinham sido responsáveis pel ampliação do território nacional, enriquecendo a metróple portuguesa com ouro e expandindo suas possessões. Graças à integração territorial que promoveram, os bandeirantes eram tidos ainda como fundadores da unidade nacional. Representavam a lealdade à província de São Paulo e ao Brasil

ABUD, K. M. Paulistas, uni-vos! Revista de História da Biblioteca Nacional. n, 34, 1 jul. 2008 (adaptado).

No período da história nacional analisado, a estratégia descrita tinha como objetivo

  1. promover o pioneirismo industrial pela substituição de importações.
  2. questionar o governo regencial após a descentralização administrativa.
  3. recuperar a hegemonia perdida com o fim da política do café com leite.
  4. aumentar a participação política em função da expansão cafeeira.
  5. legitimar o movimento abolicionista durante a crise do escravismo.

Entradas e Bandeiras

26. (Enem 2015) Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte com representações de bandeirantes no acervo do Museu Paulista, mediante a aquisição de uma tela que homenageava o sertanista que comandara a destruição do Quilombo de Palmares. Essa aquisição, viabilizada por verba estadual, foi simultânea à emergência de uma interpretação histórica que apontava o fenômeno dosertanismo paulista como o elo decisivo entre a trajetória territorial do Brasil e de São Paulo, concepção essa que se consolidaria entre os historiadores ligados ao Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo ao longo das três primeiras décadas do século XX.

MARINS, P. C. G. Nas matas com pose de reis: a representação de bandeirantes e a tradição da retratística monárquica europeia. Revista do LEB, n. 44, fev. 2007.

A prática governamental descrita no texto, com a escolha dos temas das obras, tinha como propósito a construção de uma memória que

  1. afirmava a centralidade de um estado na política do país.
  2. resgatava a importância da resistência escrava na história brasileira.
  3. evidenciava a importância da produção artística no contexto regional.
  4. valorizava a saga histórica do povo na afirmação de uma memória social.
  5. destacava a presença do indígena no desbravamento do território colonial.

Povos Indígenas, Jesuítas, Economia

27. (Enem 2014) O índio era o único elemento então disponível para ajudar o colonizador como agricultor, pescador, guia, conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser tratado como gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos índios se confundiu com uma disputa entre jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam como defensores da liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos.

CALDEIRA, J. A nação mercantilista. São Paulo: Editora 34, 1999 (adaptado).

Entre os séculos XVI e XVIII, os jesuítas buscaram a conversão dos indígenas ao catolicismo. Essa aproximação dos jesuítas em relação ao mundo indígena foi mediada pela

  1. demarcação do território indígena.
  2. manutenção da organização familiar.
  3. valorização dos líderes religiosos indígenas.
  4. preservação do costume das moradias coletivas.
  5. comunicação pela língua geral baseada no tupi.

Família Real Portuguesa

28. (Enem 2014) A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808.

NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997

Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América portuguesa por terem

  1. incentivado o clamor popular por liberdade.
  2. enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
  3. motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
  4. obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
  5. provocado os movimentos separatistas das províncias.

Família Real Portuguesa

29. (Enem PPL 2014)

TEXTO 1

O príncipe D. João VI podia ter decidido ficar em Portugal. Nesse caso, o Brasil com certeza não existiria. A Colõnia se fragmentaria, como se fragmentou a parte espanhola da América. Teríamos, em vez do Brasil de hoje, cinco ou seis países distintos. (José Murilo de Carvalho)

TEXTO II

Há no Brasil uma insistência em reforçar o lugar-comum segundo o qual foi D. João VI o responsável pela unidade do país. Isso não é verdade. A unidade do Brasil foi construída ao longo do tempo e é, antes de tudo, uma fabricação da Coroa. A ideia de que era preciso fortalecer um Império com os territórios de Portugal e Brasil começou já no século XVIII. (Evaldo Cabral de Mello)

1808 — O primeiro ano do resto de nossas vidas. Folha de S. Paulo, 25 nov. 2007(adaptado).

Em 2008, foi comemorado o bicentenário da chegada da família real portuguesa ao Brasil. Nos textos, dois importantes historiadores brasileiros se posicionam diante de um dos possíveis legados desse episódio para a história do país. O legado discutido e um argumento que sustenta a diferença do primeiro ponto de vista para o segundo estão associados, respectivamente, em:

  1. Integridade territorial — Centralização da administração régia na Corte.
  2. Desigualdade social — Concentração da propriedade fundiária no campo.
  3. Homegeneidae intelectual — Difusão das ideias liberais nas universidades.
  4. Uniformidade cultural — Manutenção da mentalidade escravista nas fazendas.
  5. Continuidade espacial — Cooptação dos movimentos separatistas nas províncias.

Povos Indígenas, Jesuítas

30. (Enem PPL 2014) Quando Deus confundiu as línguas na torre de Babel, ponderou Filo Hebreu que todos ficaram mudos e surdos, porque, ainda que todos falassem e todos ouvissem, nenhum entendia o outro. Na antiga Babel, houve setenta e duas línguas; na Babel do rio das Amazonas, já se conhecem mais de cento e cinquenta. E assim, quando lá chegamos, todos nós somos mudos e todos eles, surdos. Vede agora quanto estudo e quanto trabalho serão necessários para que esses mudos falem e esses surdos ouçam.

VIEIRA, A. Sermões pregados no Brasil. In: RODRIGUES, J. H. História viva. São Paulo: Global, 1985 (adaptado).

No decorrer da colonização protuguesa na América, as tentativas de resolução do problema apontado pelo padre Antônio Vieira resultaram na

  1. ampliação da violência nas guerras intertribais.
  2. desistência da evangelização dos povos nativos.
  3. indiferença dos jesuítas em relação à diversidade de línguas americanas.
  4. pressão da Metrópole pelo abandono da catequese nas regiões americanas.
  5. sistematização das línguas nativas numa estrutura gramatical facilitadora da catequese.

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