Confederação do Equador (1824)
Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Confederação do Equador (1824) com questões de Vestibulares.
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01. (FCMS/JF) Leia o texto abaixo:
“Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após uma estúpida condescendência com os Brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforado atrevimento de um europeu no Brasil. Acaso pensará esse estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança na Europa, de quem já somos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (… ).”
(Ulysses de Carvalho Brandão. A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR. Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924).
Com base no texto e, em seus conhecimentos, podemos afirmar que:
- Havia uma ampla harmonização de interesses no país, na organização do Estado Nacional.
- O movimento defendia uma mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que permitia aos estrangeiros naturalizados o direito de voto.
- Era a favor da restrição às vantagens do comércio de borracha com os demais países platinos.
- O movimento se posicionava contrário a atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e outorgar uma Constituição que conferia amplos poderes ao Imperador.
Resposta: D
Resolução: A Confederação do Equador foi um movimento que se opôs à atitude absolutista de D. Pedro I, que dissolveu a Constituinte de 1823 e outorgou uma nova Constituição que conferia amplos poderes ao Imperador. Os revoltosos defendiam uma Constituição que limitasse o poder imperial e favorecesse uma maior autonomia das províncias.
02. (UECE) No que concerne à Confederação do Equador de 1824, analise as afirmações a seguir, e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) A Confederação costuma ser considerada um prolongamento da Revolução Pernambucana de 1817.
( ) As propostas liberais, republicanas e federativas serviram de bandeira política para os insurretos.
( ) Os revoltosos propunham a organização de uma república nos moldes dos Estados Unidos da América.
( ) A adesão dos segmentos populares foi fundamental para unir todos os revoltosos.
( ) A imprensa, infelizmente, atuou contra o movimento e nenhum jornal nas províncias envolvidas quis apoiar a causa.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
- F, V, V, V, F.
- V, F, F, V, V.
- V, F, F, V, V.
- V, V, V, F, F.
Resposta: D
Resolução: 1 - Falso. A Confederação do Equador não foi um prolongamento direto da Revolução Pernambucana de 1817, mas ambas partilhavam ideais republicanos e liberais. 2 - Verdadeiro. As propostas liberais e republicanas foram bandeiras dos insurretos. 3 - Verdadeiro. Os revoltosos queriam uma república nos moldes dos Estados Unidos. 4 - Verdadeiro. A adesão dos segmentos populares foi importante para a união dos revoltosos. 5 - Falso. A imprensa, especialmente a local, apoiou o movimento.
03. (UECE) Dentre as afirmações a seguir, assinale aquela que está INCORRETA no que diz respeito à Confederação do Equador (1824)
- A Confederação do Equador estava afinada com os ideais de federação que serviram de base para a implantação da República dos Estados Unidos da América.
- A revolta começou com a exigência de que o Presidente da Província de Pernambuco, indicado por D. Pedro I, renunciasse ao cargo em favor do liberal Manuel de Carvalho Pais de Andrade.
- A Confederação do Equador uniu Pernambuco e as Províncias da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
- Cedendo às forças de repressão comandadas pelo Brigadeiro Francisco Lima e Silva, após cinco meses de resistência, os rebeldes se entregaram, sendo, por este motivo, anistiados.
Resposta: D
Resolução: A afirmação incorreta é a última. Embora a Confederação do Equador tenha enfrentado uma forte repressão, não houve anistia para todos os rebeldes; muitos foram punidos severamente.
04. (UFES) Confederação do Equador: Manifesto Revolucionário
“Brasileiros do Norte! Pedro de Alcântara, filho de D. João VI, rei de Portugal, a quem vós, após uma estúpida condescendência com os brasileiros do Sul, aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-vos. Que desaforo atrevimento de um europeu no Brasil. Acaso pensara esse estrangeiro ingrato e sem costumes que tem algum direito à Coroa, por descender da casa de Bragança na Europa, de quem já fomos independentes de fato e de direito? Não há delírio igual (...).”
(BRANDÃO, Ulysses de Carvalho. A Confederação do Equador, Pernambuco: Publicações Oficiais, 1924)
A causa da Confederação do Equador foi a:
- extinção do Poder Legislativo pela Constituição de 1824 e sua substituição pelo Poder Moderador;
- mudança do sistema eleitoral na Constituição de 1824, que vedava aos brasileiros o direito de se candidatar ao Parlamento, o que só era possível aos portugueses;
- atitude absolutista de D. Pedro I, ao dissolver a Constituinte de 1823 e outorgar uma Constituição que conferia amplos poderes ao imperador;
- liberação do sistema de mão de obra nas disposições constitucionais, por pressão do grupo português, que já não detinha o controle das grandes fazendas e da produção do açúcar;
- restrição às vantagens do comércio do açúcar pelo reforço do monopólio português e aumento dos tributos contidos na Carta Constitucional.
Resposta: C
Resolução: A principal causa da Confederação do Equador foi a atitude absolutista de D. Pedro I, que dissolveu a Constituinte de 1823 e outorgou uma Constituição que lhe concedia amplos poderes, o que provocou a reação dos revoltosos.
05. (UEL) A Confederação do Equador, em 1824, se caracterizou como um movimento de
- emancipação política de Portugal.
- oposição à Abertura dos Portos.
- garantia à política inglesa.
- apoio aos atos do imperador.
- reação à política imperial.
Resposta: E
Resolução: A Confederação do Equador foi uma reação à política centralizadora e absolutista do Primeiro Reinado, especialmente contra as medidas que favoreciam o controle imperial e a centralização administrativa.
06. (UFRN) Em 1824, D. Pedro I assim se pronunciou:
Chegou o momento em que o véu da impostura, com que os demagogos, inimigos do Império e da nossa felicidade, vos têm até agora fascinado, vai cair por terra.
Para iludirem vossa boa-fé, inflamarem vossa imaginação a poderem arrastar-vos cegamente a sistemas políticos reprovados pelas lições da experiência, absolutamente incompatíveis com a vossa situação, e em que só eles ganhavam, separando-vos da união geral de todas as províncias, indispensável para a consolidação e segurança da nossa Independência, fizeram-vos crer que uma facção vendida a Portugal dirigia as operações políticas deste Império para submetê-lo ao antigo domínio dos Portugueses e ao despotismo do seu governo.
Apud COSTA, F. A. Pereira da. "Anais pernambucanos". 2. ed. Recife: FUNDARPE, 1983 v.9. p.52-53.
No discurso acima, o imperador D. Pedro I pronunciou-se sobre a Confederação do Equador. É correto afirmar que essa Confederação
- opunha-se à pretensão de D. Pedro I de unir as coroas portuguesa e brasileira, o que representaria a recolonização do Brasil.
- desejava instalar uma monarquia parlamentarista, estabelecendo limites aos poderes absolutistas de D. Pedro I.
- posicionava-se contra os privilégios portugueses, incluídos por D. Pedro I no projeto constitucional de 1823.
- pretendia implantar uma República independente no Nordeste, contrariando o projeto de unidade nacional centrado em D. Pedro I.
Resposta: D
Resolução: O discurso de D. Pedro I condena a Confederação do Equador como uma tentativa de separação e formação de uma República independente no Nordeste, contrariando seu projeto de unidade nacional centrado em sua figura.
07. (Mackenzie) A Confederação do Equador, movimento que eclodiu em Pernambuco em julho de 1824, caracterizou-se por:
- ser um movimento contrário às medidas da Corte Portuguesa, que visava favorecer o monopólio do comércio.
- uma oposição a medidas centralizadoras e absolutistas do Primeiro Reinado, sendo um movimento republicano.
- garantir a integridade do território brasileiro e a centralização administrativa.
- ser um movimento contrário à maçonaria, clero e demais associações absolutistas.
- levar seu principal líder, Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, à liderança da Constituinte de 1824.
Resposta: B
Resolução: A Confederação do Equador foi uma oposição a medidas centralizadoras e absolutistas do Primeiro Reinado e se caracterizou como um movimento republicano que buscava mais autonomia para as províncias.
08. (UESPI) Sobre a Confederação do Equador, analise as afirmações seguintes.
1 - Foi um movimento de repúdio à política autoritária de D. Pedro I. Esse movimento, iniciado em Pernambuco, agregou algumas províncias nordestinas, em torno da ideia da construção de uma república confederada.
2 - O movimento foi fortemente reprimido pelas forças imperiais, e chegou a enviar o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, pai do duque de Caxias, ao Piauí.
3 - O projeto revolucionário de formação de uma república confederada recebeu apoio imediato das províncias do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí.
4 - A ideia de libertação dos escravos, propagada por alguns líderes, a exemplo de Frei Caneca, dividiu o movimento, afastando os grandes proprietários de terras.
Estão corretas apenas:
- 3 e 4
- 1 e 2
- 1 e 3
- 1 e 4
- 2 e 3
Resposta: D
Resolução: Estão corretas as afirmações 1 e 4. O movimento foi um repúdio à política autoritária de D. Pedro I e a ideia de libertação dos escravos dividiu o movimento, afastando os grandes proprietários de terras.
09. (Unesp) Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d. João VI, rei de Portugal, a quem vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador criminoso, sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederação do Equador! Viva a constituição que nos deve reger! Viva o governo supremo, que há de nascer de nós mesmos!
(Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.)
A proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida
- no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembleia Constituinte e da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional.
- como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram consultadas sobre a aclamação de D. Pedro.
- no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D. João VI para Portugal.
- como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime controlado pelas câmaras municipais.
- como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua maioria por portugueses.
Resposta: A
Resolução: A proclamação de Manuel Paes de Andrade reflete a reação ao fechamento da Assembleia Constituinte e à outorga da Carta Constitucional por D. Pedro I, que foi vista como uma tentativa de recolonização.
10. (UNCISAL) Após a Independência do Brasil, a elite se dividiu entre aqueles que apoiaram a monarquia de viés absolutista adotada por D. Pedro I, e setores mais liberais, que reivindicavam restrições ao autoritarismo do Imperador. Nesse contexto, eclodiu a Confederação do Equador (1824), que teve entre suas principais razões:
- o decreto imperial que determinou o fechamento dos jornais oposicionistas Sentinella da Liberdade e Tífis Pernambucano, ambos alvo da censura imposta pelo governo central.
- a decisão imperial de substituir o governador de Pernambuco, Manuel Paes de Andrade, líder político da elite liberal que apoiava maior autonomia administrativa das províncias.
- o enfrentamento de setores conservadores e liberais, que desfechou uma onda de violência nas principais províncias do país, exigindo intervenção armada do governo imperial.
- a aprovação do Imperador à reforma constitucional proposta pelos liberais, que provocou forte reação da elite conservadora, temendo dar brecha para a criação de um governo popular.
- a recusa do Imperador em negociar com os deputados liberais a extinção do tráfico de escravos com vistas ao fim da escravidão, tema que vinha ganhando apoio de parte da elite.
Resposta: B
Resolução: A Confederação do Equador surgiu como uma reação à decisão imperial de substituir o governador de Pernambuco, Manuel Paes de Andrade, que era um líder político liberal que defendia maior autonomia para as províncias.