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Neocolonialismo ou Imperialismo

Lista de 15 exercícios de História com gabarito sobre o tema Neocolonialismo ou Imperialismo com questões de Vestibulares.

Dá-se o nome de neocolonialismo ao processo de dominação política e econômica, pelas potências capitalistas ou ex-coloniais ocidentais, no final do século XIX e ao longo do século XX, de regiões ou nações da África e da Ásia. Wikipédia

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01. (UERJ) Na Exposição Internacional de Bruxelas, foram apresentados os resultados das ações imperialistas do governo belga na região do Congo, no decorrer da segunda metade do século XIX.

A partir da análise do texto e da fotografia, a concepção que orientou essas ações e um de seus efeitos para as populações congolesas da época estão indicados, respectivamente, em:

  1. globalismo - discriminação
  2. etnocentrismo - aculturação
  3. colaborativismo - racialização
  4. evolucionismo - miscigenação

Resposta: B

Resolução: A política imperialista belga no Congo era baseada no etnocentrismo, que envolvia a crença na superioridade cultural e racial europeia, resultando na aculturação forçada das populações congolesas.

02. (ENEM PPL 2021) A produção de um ou dois cultivos de exportação transformou-se em regra em 1935: cacau na Costa do Ouro, amendoim no Senegal e em Gâmbia, algodão no Sudão, café e algodão em Uganda, café e sisal na Tanzânia etc. O trabalho forçado e o abandono da produção alimentar provocaram muita desnutrição, graves surtos de fome e epidemias, em certas partes da África, no início da Era Colonial.

BOAHEN, A. A. O legado do Colonialismo. Correio da Unesco, n. 7, jul. 1984 (adaptado).

Nos termos apresentados no texto, o Neocolonialismo europeu deixou o seguinte legado para as áreas ocupadas:

  1. Desconcentração da estrutura fundiária.
  2. Expropriação de direitos humanitários.
  3. Autossuficiência do mercado interno.
  4. Valorização de técnicas ancestrais.
  5. Autonomia do setor financeiro.

Resposta: B

Resolução: O neocolonialismo europeu levou à expropriação de direitos humanitários das populações africanas, com impactos como desnutrição e epidemias devido ao trabalho forçado e abandono da produção alimentar.

03. (ACAFE) No século XIX, o Imperialismo e sua política expansionista, levaram os Estados Unidos a aumentar consideravelmente sua extensão territorial, partindo da costa do Atlântico e chegando até o Pacífico.

Neste contexto, todas as alternativas estão corretas, exceto a alternativa:

  1. Na guerra contra o México, foi anexada a Califórnia, o Novo México e o Texas.
  2. Através da concepção do “Destino Manifesto”, as terras indígenas não foram atingidas pelo processo de colonização. Os nativos eram considerados cidadãos estadunidenses.
  3. A Doutrina Monroe tinha como objetivo evitar a interferência das potências europeias na América. Os estadunidenses desejavam exercer sua influência sem a presença europeia.
  4. O Havaí foi anexado pelos EUA tornando-se um Estado americano. Anteriormente, os EUA já investiam no arquipélago, consolidando na região uma elite de fazendeiros e comerciantes.

Resposta: B

Resolução: O “Destino Manifesto” não implicava que as terras indígenas não fossem atingidas; pelo contrário, os nativos eram frequentemente deslocados e não eram considerados cidadãos estadunidenses.

04. (Enem PPL 2013) A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante.

SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado).

O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma

  1. cruzada religiosa.
  2. catequese cristã.
  3. missão civilizatória.
  4. expansão comercial ultramarina.
  5. política exterior multiculturalista.

Resposta: C

Resolução: As potências europeias justificavam suas ações imperialistas como uma “missão civilizatória”, acreditando que estavam trazendo progresso e civilização às regiões colonizadas.

05. (PUC-Rio) A política de expansionismo e domínio econômico, cultural e territorial praticada por países europeus, pelos Estados Unidos e pelo Japão, entre o fim do século XIX e o início do século XX, é chamada de imperialismo. Sobre o imperialismo, analise as afirmativas a seguir.

I – A expansão do capital financeiro produziu um sistema internacional onde regiões agrícolas ou pouco industrializadas ficaram dependentes das principais potências econômicas.

II – Os defensores do expansionismo imperialista argumentaram que a conquista seria justificável, pois regiões atrasadas ou selvagens seriam “civilizadas” pelo comércio, pela moral e pela ciência.

III – A ampliação da circulação de mercadorias, pessoas e ideias construiu, por décadas, um ambiente internacional de contínua prosperidade, abundância e paz.

IV – O ideal civilizatório que sustentou o expansionismo imperialista possibilitou o desenvolvimento de teorias racistas que afirmavam a superioridade de colonizadores frente aos colonizados.

Estão corretas as afirmativas:

  1. I e III.
  2. II, III e IV.
  3. I e IV.
  4. II e IV.
  5. I, II e IV.

Resposta: E

Resolução: A expansão imperialista envolveu a dependência econômica das regiões colonizadas, a crença na superioridade cultural e a produção de teorias racistas. A afirmação III sobre a prosperidade e paz contínuas não é correta.

06. (UNICAMP) “Ninguém é mais do que eu partidário de uma política exterior baseada na amizade íntima com os Estados Unidos. A Doutrina Monroe impõe aos Estados Unidos uma política externa que se começa a desenhar. (…) Em tais condições a nossa diplomacia deve ser principalmente feita em Washington (...). Para mim a Doutrina Monroe (...) significa que politicamente nós nos desprendemos da Europa tão completamente e definitivamente como a lua da terra.”

(Adaptado de Joaquim Nabuco, citado por José Maria de Oliveira Silva, “Manoel Bonfim e a ideologia do imperialismo na América Latina”, em Revista de História, n. 138. São Paulo, jul. 1988, p.88.)

Sobre o contexto ao qual o político e diplomata brasileiro Joaquim Nabuco se refere, é possível afirmar que:

  1. A Doutrina Monroe a que Nabuco se refere, estabelecida em 1823, tinha por base a ideia de “a América para os americanos”.
  2. Joaquim Nabuco, em sua atuação como embaixador, antecipou a política imperialista americana de tornar o Brasil o “quintal” dos Estados Unidos.
  3. Ao declarar que a América estava tão distante da Europa “como a lua da terra”, Nabuco reforçava a necessidade imediata de o Brasil romper suas relações diplomáticas com Portugal.
  4. O pensamento americano considerava legítimas as intenções norte-americanas na América Central, bem como o apoio às ditaduras na América do Sul, desde o século XIX.

Resposta: A

Resolução: A Doutrina Monroe foi formulada com a ideia de que a América deveria ser dominada pelos americanos e não por potências europeias

07. (Fuvest) A exploração da mão de obra escrava, o tráfico negreiro e o imperialismo criaram conflitivas e duradouras relações de aproximação entre os continentes africano e europeu. Muitos países da África, mesmo depois de terem se tornado independentes, continuaram usando a língua dos colonizadores. O português, por exemplo, é língua oficial de

  1. Camarões, Angola e África do Sul.
  2. Serra Leoa, Nigéria e África do Sul.
  3. Angola, Moçambique e Cabo Verde.
  4. Cabo Verde, Serra Leoa e Sudão.
  5. Camarões, Congo e Zimbábue.

Resposta: C

Resolução: Angola, Moçambique e Cabo Verde são países africanos onde o português é a língua oficial, resultado da colonização portuguesa

08. (PUC-Rio) A imagem acima é uma caricatura sobre a política imperialista europeia na África no final do século XIX e início do século XX. Nela, Cecil Rhodes, um dos mais conhecidos exploradores do continente, coloca sua botas sobre o mapa da África ao mesmo tempo em que segura uma linha que representa o sonho inglês de construir uma estrada ferro entre o Egito e o sul da África. Usando-a como referência, é INCORRETO fazer a seguinte afirmação sobre o imperialismo:

  1. buscou-se a integração dos mercados coloniais para o desenvolvimento das potências européias.
  2. o continente africano foi ocupado e seus territórios tornados domínios das principais potências.
  3. abandonou-se as ações militares em favor de uma política apoiada no uso da diplomacia internacional.
  4. o colonialismo foi apresentado como “missão” civilizadora e progressista das potências do Ocidente.
  5. os europeus foram exaltados como membros de uma sociedade tecnologicamente e militarmente superior às nações africanas.

Resposta: C

Resolução: O imperialismo europeu frequentemente usou ações militares para expandir e consolidar seu domínio, não abandonando-as em favor da diplomacia

09. (UNESP) Brasília simbolizou na ideologia nacional-desenvolvimentista o “futuro do Brasil”, o arremate e a obra monumental da nação a ser construída pela industrialização coordenada pelo Estado planificador, pela ação das “forças do progresso” (aquelas voltadas para o desenvolvimento do “capitalismo nacional”), que paulatinamente iriam derrotar as “forças do atraso” (o imperialismo, o latifúndio e a política tradicional, demagógica e “populista”).

(José William Vesentini. A capital da geopolítica, 1986.)

Segundo o texto, a construção de Brasília deve ser entendida

  1. como uma tentativa de limitar a migração para o Centro do país e de reforçar o contingente de mão de obra rural.
  2. dentro de um conjunto de iniciativas de caráter liberal, que buscava eliminar a interferência do Estado nos assuntos econômico-financeiros.
  3. dentro do rearranjo político do pós-Segunda Guerra Mundial, que se caracterizava pelo clima de paz nas relações internacionais.
  4. dentro de um amplo projeto de redimensionamento da economia e da política brasileiras, que pretendia modernizar o país.
  5. como um esforço de internacionalização da economia brasileira, que provocaria aumento significativo da exportação agrícola.

Resposta: D

Resolução: A construção de Brasília foi parte de um projeto para modernizar o Brasil e reestruturar sua economia e política

10. (Enem 2014) Três décadas — de 1884 a 1914 — separam o século XIX — que terminou com a corrida dos países europeus para a África e com o surgimento dos movimentos de unificação nacional na Europa — do século XX, que começou com a Primeira Guerra Mundial. É o período do Imperialismo, da quietude estagnante na Europa e dos acontecimentos empolgantes na Ásia e na África.

ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012.

O processo histórico citado contribuiu para a eclosão da Primeira Grande Guerra na medida em que

  1. difundiu as teorias socialistas.
  2. acirrou as disputas territoriais.
  3. superou as crises econômicas.
  4. multiplicou os conflitos religiosos.
  5. conteve os sentimentos xenófobos.

Resposta: B

Resolução: O imperialismo intensificou as rivalidades entre potências europeias, exacerbando disputas territoriais que ajudaram a precipitar a Primeira Guerra Mundial.

11. (UECE) O Imperialismo e a América latina têm sido objetos de diferentes abordagens. Sobre esse tema, analise o excerto a seguir:

“Se a América Latina não foi esquartejada como a África, deveu-se ao fato — é preciso reconhecê-lo — de ter tido, sem que houvesse solicitado, um "tutor". Um tutor ousado porque se atreveu a dizer que a América era para os americanos, num momento em que apenas tinha a ilusão de ser uma potência. No entanto, quando este tutor se transformou em grande potência, mudou de discurso e gritou que era dono.”

(BRUIT, H.H. O imperialismo. São Paulo: Editora Atual, 1987. p.44.)

O país a que o autor se refere como “tutor” é

  1. França.
  2. Inglaterra.
  3. Estados Unidos.
  4. Espanha.

Resposta: C

Resolução: O “tutor” mencionado é os Estados Unidos, que se apresentaram como protetores da América Latina e mais tarde se tornaram uma potência dominante.

12. (Unioeste) “[...] Entre 1880 e 1914, a maior parte do mundo, à exceção da Europa e das Américas, foi formalmente dividida em territórios sob governo direto ou sob dominação política indireta de um ou outro Estado de um pequeno grupo: principalmente Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica, EUA e Japão.[...]” Texto adaptado de HOBSBAWM, Eric. J. A Era dos Impérios. 1875-1914. 10ª edição. São Paulo: Paz e Terra, 2006. p.88.

Considerando o fragmento acima, com relação ao imperialismo, fenômeno que ocorreu entre a segunda metade do século XIX e a primeira metade do XX, é correto afirmar que

  1. a expansão imperialista empreendida por países como a Grã-Bretanha, França e Alemanha está relacionada à busca por novos mercados e à crença na superioridade cultural e racial dos europeus.
  2. a expansão imperialista da segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX, não está relacionada à rivalidade entre várias economias industriais concorrentes.
  3. a expansão imperialista empreendida por alguns países europeus, os EUA e o Japão resultou no estabelecimento de relações igualitárias entre metrópoles e povos dependentes.
  4. a expansão imperialista empreendida por países como a Grã-Bretanha, França e Alemanha está relacionada unicamente à busca de novos mercados, pois as teorias raciais somente foram elaboradas e colocadas em prática na África do Sul, durante o regime do Apartheid.
  5. embora historiadores como Eric Hobsbawm usem o termo “imperialismo” para se referirem à divisão da África por países europeus como Grã-Bretanha, Alemanha, Itália e França, nenhum dos governantes destes países se autodenominavam “imperadores”.

Resposta: A

Resolução: A expansão imperialista estava ligada à busca por novos mercados e à crença na superioridade cultural e racial dos europeus.

13. (Enem 2011) Em meio às turbulências vividas na primeira metade dos anos 1960, tinha-se a impressão de que as tendências de esquerda estavam se fortalecendo na área cultural. O Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE) encenava peças de teatro que faziam agitação e propaganda em favor da luta pelas reformas de base e satirizavam o “imperialismo” e seus “aliados internos”.

KONDER, L. História das Ideias Socialistas no Brasil. São Paulo: Expressão Popular, 2003.

No início da década de 1960, enquanto vários setores da esquerda brasileira consideravam que o CPC da UNE era uma importante forma de conscientização das classes trabalhadoras, os setores conservadores e de direita (políticos vinculados à União Democrática Nacional - UDN -, Igreja Católica, grandes empresários etc.) entendiam que esta organização

  1. constituía mais uma ameaça para a democracia brasileira, ao difundir a ideologia comunista.
  2. contribuía com a valorização da genuína cultura nacional, ao encenar peças de cunho popular.
  3. realizava uma tarefa que deveria ser exclusiva do Estado, ao pretender educar o povo por meio da cultura.
  4. prestava um serviço importante à sociedade brasileira, ao incentivar a participação política dos mais pobres.
  5. diminuía a força dos operários urbanos, ao substituir os sindicatos como instituição de pressão política sobre o governo.

Resposta: A

Resolução: Os setores conservadores viam o CPC da UNE como uma ameaça à democracia devido à sua associação com ideais comunistas.

14. (UFMS) A Doutrina Monroe, em conjunto com outros fatores, assinalou o que mais tarde se configuraria no imperialismo norte-americano, auxiliando na consolidação dos EUA como uma das maiores potências mundial do século XX.

A questão política expansionista dos EUA está associada:

  1. ao desenvolvimento industrial britânico.
  2. ao slogan “América para os americanos”.
  3. ao apoio da intervenção europeia na América.
  4. à propagação do “american way of life – estilo de vida americano”.
  5. à política de expansão territorial, conhecida como “marcha para o Oeste”.

Resposta: B

Resolução: A Doutrina Monroe expressava o lema “América para os americanos”, que refletia a política expansionista dos EUA na América Latina.

15. (U. E. de Montes Claros) Em se tratando do fenômeno do imperialismo no século XIX, pode-se afirmar que:

  1. Para autores marxistas como Lênin, o imperialismo é consequência direta do funcionamento e da evolução do capitalismo.
  2. O imperialismo é caracterizado por uma política econômica sem restrições, em que o protecionismo entre nações é eliminado.
  3. A exportação de capitais não é um fator importante na expansão imperialista, já que as nações priorizam apenas a procura por áreas fornecedoras de matérias-primas.
  4. O imperialismo foi um fenômeno que se limitou ao universo econômico, pois as nações industriais tinham interesse, exclusivamente, em adquirir colônias.

Resposta: A

Resolução: Segundo Lênin e outros autores marxistas, o imperialismo é visto como uma fase do capitalismo, impulsionada pela necessidade de expansão econômica e controle de novos mercados

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