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Revoltas Separatistas

Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Revoltas Separatistas com questões de Vestibulares.

As revoltas separatistas no período colonial foram a Inconfidência Mineira (Conjuração Mineira), e a Conjuração Baiana, elas pregavam a independência em relação a Portugal.


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01. (Fuvest) O ideário da Revolução Francesa, que entre outras coisas defendia o governo representativo, a liberdade de expressão, a liberdade de produção e de comércio, influenciou no Brasil a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, porque:

  1. cedia às pressões de intelectuais estrangeiros que queriam divulgar suas obras no Brasil.
  2. servia aos interesses de comerciantes holandeses aqui estabelecidos que desejavam influir no governo colonial.
  3. satisfazia aos brasileiros e aos portugueses, que desta forma conseguiram conciliar suas diferenças econômicas e políticas.
  4. apesar de expressar as aspirações de uma minoria da sociedade francesa, aqui foi adaptado pelos positivistas aos objetivos dos militares.
  5. foi adotado por proprietários, comerciantes, profissionais liberais, padres, pequenos lavradores, libertos e escravos, como justificativa para sua oposição ao absolutismo e ao sistema colonial.

Resposta: E

Resolução: A Revolução Francesa influenciou movimentos de contestação no Brasil, como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, principalmente porque suas ideias foram adotadas por diversos segmentos sociais que se opunham ao sistema colonial e ao absolutismo, incluindo proprietários, comerciantes, e escravos.

02. (UFPB) A imagem, abaixo, reproduz um ajuntamento de negros e mestiços.

Ajuntamentos semelhantes ao da gravura tornaram-se freqüentes na cidade de Salvador-Capitania da Bahia, nos fins do século XVIII e primeiras décadas do século XIX. Em 1798, eclodia a Conjuração Baiana contra o governo metropolitano português instalado na capitania, envolvendo segmentos sociais subalternos. Sobre a Conjuração Baiana, é INCORRETO afirmar:

  1. A Conjuração Baiana, comparada à Inconfidência Mineira, guarda semelhanças e diferenças: os dois movimentos defendiam a criação de uma república, mas, enquanto os inconfidentes de Vila Rica omitiram-se em relação à escravidão, os de Salvador propunham a sua abolição.
  2. A Conjuração Baiana também ficou conhecida como Revolta dos Alfaiates, porque teve como participantes: artesãos e pequenos comerciantes, tais como alfaiates, além de soldados, religiosos, intelectuais e outros integrantes das camadas populares.
  3. O movimento de 1798 demonstrou que, apesar do controle ideológico exercido pela metrópole portuguesa sobre a sua Colônia americana, o Brasil não ficou imune às correntes liberais de pensamento em circulação, naquele momento, na Europa e nos Estados Unidos.
  4. A revolta baiana foi um movimento restrito apenas aos escravos e seus descendentes, que mantinham contactos freqüentes com os ex-escravos do Haiti, após a revolta destes e a conseqüente abolição da escravidão naquela colônia francesa.
  5. A insurreição baiana teve uma abrangência social mais ampla do que a Inconfidência Mineira, não apenas pelos segmentos sociais participantes daquele movimento, mas porque propunha mudanças mais profundas, tais como o fim dos privilégios econômicos e sociais.

Resposta: D

Resolução: A Conjuração Baiana envolveu amplos segmentos sociais, mas não se restringiu a um movimento exclusivamente de escravos ou ex-escravos. A revolta foi um movimento de caráter popular com uma proposta social mais ampla, contrastando com a imagem de uma revolta exclusiva de escravos e descendentes.

03. (PUC-RIO) A partir de seus conhecimentos sobre a Conjuração Mineira (1789), EXAMINE as afirmativas abaixo:

I – Inspirados pelas idéias iluministas, os conjurados mineiros defenderam a liberdade do comércio e a independência da região das minas.

II – Dentre os grupos sociais envolvidos no movimento, destacaram-se os proprietários de lavras e de terras, oficiais militares, clérigos, letrados e escravos.

III – O exemplo da possibilidade de quebra do vínculo colonial representado pela independência das Treze Colônias exerceu influência entre aqueles que planejaram a conspiração.

IV – O declínio da exploração aurífera, na segunda metade do século XVIII, ao lado da iminente cobrança da derrama foram fatores que contribuíram para aumentar a insatisfação dos colonos mineiros com a Coroa portuguesa.

  1. Somente as afirmativas I e II estão corretas.
  2. Somente as afirmativas I e III estão corretas.
  3. Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
  4. Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.
  5. Todas as afirmativas estão corretas.

Resposta: D

Resolução: As afirmativas I, III e IV estão corretas. A Inconfidência Mineira foi influenciada pelas ideias iluministas, pelo exemplo da independência das Treze Colônias, e pela insatisfação com a exploração aurífera e a derrama. A afirmativa II está incorreta, pois os grupos sociais envolvidos eram majoritariamente da elite e não incluíam escravos.

04. (PUC-PR) A Conjuração Baiana (1798) diferenciou-se da Conjuração Mineira (1789), entre outros aspectos, porque aquela:

  1. envolveu a alta burguesia da sociedade do Nordeste.
  2. pretendia a revogação da política fiscal do marquês de Pombal.
  3. aglutinou a oficialidade brasileira insatisfeita com seu soldo.
  4. teve um caráter popular, com preocupações sobretudo sociais.
  5. ficou também conhecida como “Revolta dos Marinheiros”.

Resposta: D

Resolução: A Conjuração Baiana se diferenciou da Inconfidência Mineira pelo seu caráter popular e preocupações sociais, como a proposta de abolição da escravidão e a igualdade entre diferentes classes sociais, o que não era o foco da Inconfidência Mineira.

05. (UFMG) Leia este trecho, que contém uma fala atribuída a Joaquim José da Silva Xavier:

“... se por acaso estes países chegassem a ser independentes, fazendo as suas negociações sobre a pedraria pelos seus legítimos valores, e não sendo obrigados a vender escondido pelo preço que lhe dessem, como presentemente sucedia pelo caminho dos contrabandos, em que cada um vai vendendo por qualquer lucro que acha, e só os estrangeiros lhe tiram a verdadeira utilidade, por fazerem a sua negociação livre, e levado o ouro ao seu legítimo valor, ainda ficava muito na Capitania, e escusavam os povos de viver em tanta miséria.”

A partir dessa leitura e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO afirmar que os Inconfidentes Mineiros de 1789:

  1. acreditavam que o contrabando aumentava o valor recebido pelas pedras e ouro, pois dificultava sua circulação.
  2. consideravam que o monopólio comercial explicava por que as regiões de que se compunha Minas Gerais, cheias de pedras e ouro, ficavam mais ricas.
  3. defendiam o livre-comércio, por meio do qual pedras e ouro adquiririam seu real valor, uma vez que seriam vendidos aos estrangeiros legalmente.
  4. pensavam que os estrangeiros poderiam tirar vantagens do livre-comércio das pedras e ouro, visando a aumentar seus lucros.

Resposta: C

Resolução: Os Inconfidentes Mineiros defendiam o livre-comércio para que as pedras e ouro fossem vendidos ao seu valor real, ao invés de serem vendidos ilegalmente com preços baixos devido ao contrabando.

06. (FCC-SP) A Conjuração Baiana (1798) caracterizou-se por ser um movimento que:

A Conjuração Baiana (1798) caracterizou-se por ser um movimento que:

  1. teve participação popular, com vista à concretização de reivindicações sociais.
  2. atraiu a burguesia conservadora, que não desejava a continuação do pacto colonial.
  3. envolveu, predominantemente, grupos militaresinfluenciados pela Revolução Norte-Americana.
  4. visava a impedir a crescente influência da maçonaria na política de Portugal em relação ao Brasil.
  5. criou condições favoráveis à concretização da “inversão brasileira” (1808-21).

Resposta: A

Resolução: A Conjuração Baiana foi caracterizada por sua participação popular e suas reivindicações sociais, em contraste com outras revoltas que tinham uma base mais elitista ou focada em objetivos políticos ou econômicos.

07. (UFRN) Entre os movimentos que eclodiram no Brasil no final do período colonial, destaca-se a Conjuração Baiana, ocorrida em 1798. Nessa ocasião, em Salvador, foram divulgados panfletos manuscritos. Em um deles, constavam os seguintes dizeres:

Animai-vos Povo Bahiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade… […]

Homens, o tempo é chegado para vossa ressurreição; sim, para ressuscitardes do abismo da escravidão, para levantardes a sagrada Bandeira da Liberdade.[…] E fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felizes sem exceção de pessoa, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer num homem tolo, que nos governe, que só governarão aqueles que tiverem juízo e capacidade para mandar a homens. […] … numa revolução, a fim de tornar esta Capitania num Governo democrático, nele seremos felizes; porque só governarão as pessoas que tiverem capacidade para isso, ou sejam brancos ou pardos, ou pretos, sem distinção de cor…

TAVARES, Luís Henrique Dias. Introdução ao estudo das idéias do movimento revolucionário de 1798. Salvador: Liv. Progresso, 1959. pp. 7-13.

No fragmento anterior, estão expressos os anseios dos(as):

  1. categorias marginalizadas (artesãos, mulatos, soldados, brancos, pobres e negros) que desejavam uma sociedade com direitos iguais para todos os segmentos sociais da Bahia.
  2. membros da elite branca da Bahia, que pretendiam a liberdade de comércio, o fim das imposições da metrópole e a autonomia política da província.
  3. grandes proprietários das decadentes lavouras canavieiras do Recôncavo Baiano, que temiam uma revolução feita pelos escravos negros e mulatos livres.
  4. camadas médias de Salvador, constituídas de homens livres, brancos e mulatos, temerosos de um levante dos escravos ou, como diziam, daquela “canalha africana”.

Resposta: A

Resolução: O fragmento expressa os anseios das categorias marginalizadas de Salvador, que buscavam uma sociedade com direitos iguais e sem distinção de cor, refletindo os objetivos inclusivos e igualitários da Conjuração Baiana.

08. (UECE) Leia atentamente o seguinte excerto:

“O papel de herói da Inconfidência Mineira cabe ainda a Tiradentes porque ele foi o inconfidente que recebeu a pena maior: a morte na forca, uma vez que o próprio réu, durante a devassa, assumiu para si toda a culpa. Sabe-se, no entanto, que sua morte se deve também em grande parte à acusação dos demais inconfidentes, bem como a sua condição social: pertencente à camada média da sociedade mineira, sem importantes ligações de família, sem ilustração nem boas maneiras”.

Cândida Vilares Gancho & Vera Vilhena de Toledo. Inconfidência Mineira. São Paulo, Editora Ática, Série Princípios,1991. p.45.

Sobre a Inconfidência Mineira, ocorrida em Vila Rica no período da mineração aurífera, é correto afirmar que

  1. representou o exemplo de revolta popular contra a dominação colonial portuguesa no Brasil, uma vez que, oriunda das camadas mais humildes de Minas Gerais, inclusive escravos, chegou a contagiar indivíduos pertencentes às mais altas posições sociais.
  2. foi uma representação dos interesses de grupo da elite local, intelectuais, religiosos, militares fazendeiros, em livrarem-se do controle e dos impostos cobrados pela coroa portuguesa na região, mas não havia consenso em relação à libertação dos escravos.
  3. marcou o início do processo de independência do Brasil, baseado na luta armada do povo contra as forças leais a Portugal, e em defesa dos ideais liberais e republicanos, como o fim da escravidão, direito ao voto universal masculino e governo presidencialista.
  4. apesar de bem sucedida, com a proclamação da independência de Minas Gerais, teve pouco impacto na história do Brasil, uma vez que seus objetivos extremamente populares não foram bem aceitos pelas elites econômicas de outras regiões da colônia.

Resposta: B

Resolução: A Inconfidência Mineira representou os interesses da elite local, que buscava se livrar dos impostos e do controle português, sem um consenso sobre a questão da escravidão.

09. (FMTM-MG) No final do século XVIII, o Antigo Regime e o sistema colonial estavam em crise. Nesse contexto, a Conjuração Mineira:

  1. ocorreu na época de apogeu do ouro, quando a população revoltou-se contra a exploração portuguesa, marcada por altos impostos.
  2. decorreu do abrandamento dos princípios mercantilistas de dominação, devido à administração pombalina inspirada no despotismo esclareci-do.
  3. foi um movimento da elite econômica e cultural da região, que recebeu influências do Iluminismo e da independência das Treze Colônias inglesas.
  4. representou a primeira tentativa de emancipação da colônia, com propostas de adoção da república e abolição imediata da escravatura.
  5. diferenciou-se das demais revoltas coloniais porque contou com a participação de escravos e porque pretendia libertar o Brasil de Portugal.

Resposta: C

Resolução: A Conjuração Mineira foi um movimento da elite econômica e cultural da região, influenciado pelo Iluminismo e pela independência das Treze Colônias, com propostas de emancipação que incluíam a república.

10. (Mackenzie) “A coalizão de magnatas comprometidos com a revolução mineira não era monolítica, tendo na multiplicidade de motivações e de elementos envolvidos uma debilidade potencial. Os magnatas esperavam alcançar seus objetivos sob cobertura de um levante popular”.

(Kenneth Maxwell – “A devassa da devassa”).

Assinale a interpretação correta sobre o texto referente à Inconfidência Mineira.

  1. A Inconfidência Mineira era um movimento de elite, com propostas sociais indefinidas e que pretendia usar a derrama como pretexto para o levante popular.
  2. O movimento mineiro tinha sólido apoio popular e eclodiria com a adesão dos dragões: a polícia local.
  3. Os envolvidos não tinham motivos pessoais para aderir à revolta, articulada em todo o país através de seus líderes.
  4. A conspiração entrou na fase da luta armada, sendo derrotada por tropas metropolitanas.
  5. A segurança perfeita e o sigilo do movimento impediram que delatores denunciassem a revolta ao governo.

Resposta: A

Resolução: A Inconfidência Mineira era um movimento da elite com propostas sociais indefinidas, que pretendia usar a insatisfação popular com a derrama como pretexto para o levante.

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