Período Pré-Colonial
Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Período Pré-Colonial com questões de Vestibulares.
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01. (Cesgranrio) O início da colonização portuguesa no Brasil, no chamado período "pré-colonial" (1500-1530), foi marcado pelo(a):
- envio de expedições exploratórias do litoral e pelo escambo do pau-brasil;
- plantio e exploração do pau-brasil, associado ao tráfico africano.
- deslocamento, para a América, da estrutura administrativa e militar já experimentada no Oriente;
- fixação de grupos missionários de várias ordens religiosas para catequizar os indígenas;
- implantação da lavoura canavieira, apoiada em capitais holandeses.
Resposta: A
Resolução:
02. (UFPE) As feitorias portuguesas no Novo Mundo foram formas de assegurar, aos conquistadores, as terras descobertas. Sobre essas feitorias, é correto afirmar que:
- feitoria foi uma forma de colonização, empregada por portugueses na África, na Ásia e no Brasil, com pleno êxito para a atividade agrícola.
- as feitorias substituíram as capitanias hereditárias durante o Governo Geral de Mem de Sá, como proposta mais moderna de administração colonial.
- as feitorias foram estabelecimentos fundados por portugueses no litoral das terras conquistadas e serviam para armazenamento de produtos da terra, que deveriam seguir para o mercado europeu.
- tanto as feitorias portuguesas fundadas ao longo do litoral brasileiro quanto as fundadas nas Índias tinham idêntico caráter: a presença do Estado português e a ausência de interesses de particulares.
- o êxito das feitorias afastou a presença de corsários franceses e estimulou a criação das capitanias hereditárias.
Resposta: C
Resolução:
03. (USS) Assinale a alternativa correta a respeito do período pré-colonial brasileiro:
- Os franceses não reconheciam o domínio português, tanto que chegaram a se estabelecer no Rio de Janeiro e no Maranhão.
- O trabalho intenso de Anchieta e Nóbrega na catequese dos índios tinha o objetivo de impedir a escravização do gentio.
- A ocupação temporária europeia, por meio de feitorias, deveu-se à inexistência de organização social produtora de excedentes negociáveis.
- A cordialidade dos indígenas contrastava com a hostilidade europeia dos portugueses, cujo objetivo metalista conduzia sempre à prática da violência.
- A cordialidade inicial entre europeus e índios deveu-se ao fato de que o objetivo catequético superava os fins materiais da expansão marítima.
Resposta: A
Resolução:
04. (UFF) "Carta de Pero Vaz de Caminha", escrita em 1500, é considerada como um dos documentos fundadores da Terra Brasilis e reflete, em seu texto, valores gerais da cultura renascentista, dentre os quais destaca-se:
- a visão do índio como pertencente ao universo não religioso, tendo em conta sua antropofagia;
- a informação sobre os preconceitos desenvolvidos pelo renascimento no que tange à impossibilidade de se formar nos trópicos uma civilização católica e moderna;
- a identificação do Novo Mundo como uma área de insucesso devido à elevada temperatura que nada deixaria produzir;
- a observação da natureza e do homem do Novo Mundo como resultado da experiência da nova visão de homem, característica do século XV;
- a consideração da natureza e do homem como inferiores ao que foi projetado por Deus na Gênese.
Resposta: D
Resolução:
05. (Espcex) “Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. Nesse período, a coroa portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem, no entanto, traçar um plano de ocupação efetiva. […] A atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam voltados para o comércio com o Oriente, que desde a viagem de Vasco da Gama, no final do século XV, havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O desinteresse português em relação ao Brasil estava em conformidade com os interesses mercantilistas da época, como observou o navegante Américo Vespúcio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de proveito”.
Berutti, 2004.
Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a)
- desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos tratados comerciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a oeste de Greenwich.
- maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias.
- desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que dificultavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras.
- abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia metropolitana portuguesa.
- relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as expedições.
Resposta: E
Resolução:
06. (Unesp) Leia o texto para responder à questão.
[Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem os nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm esta letra R na sua pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao som da sua vontade [...].
(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.)
O texto destaca três elementos que o autor considera inexistentes entre os tupinambás, no final do século XVI. Esses três elementos podem ser associados, respectivamente,
- à diversidade religiosa, ao poder judiciário e às relações familiares.
- à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hierarquia política.
- ao catolicismo, ao sistema de governo e ao respeito pelos diferentes.
- à estrutura política, à anarquia social e ao desrespeito familiar.
- ao respeito por Deus, à obediência aos pais e à aceitação dos estrangeiros.
Resposta: B
Resolução:
07. (Fatec) Se levarmos em conta que os colonizadores portugueses mantiveram um contato maior com as nações tupi, podemos dizer que as sociedades indígenas brasileiras viviam num regime de comunidade primitiva, no qual
- não existia propriedade privada, pois os únicos bens individuais eram os instrumentos de caça, pesca e trabalho, como o arco, a flecha e o machado de pedra.
- cabia aos homens, além da caça e da pesca, toda a atividade agrícola do plantio a da colheita.
- cada família tinha a sua propriedade, apesar de todos trabalharem para o sustento da comunidade.
- a economia era planificada, e todo o excedente era trocado com as tribos vizinhas.
- tanto a propriedade privada quanto a agricultura de subsistência e a divisão de trabalho obedeciam a critérios naturais, ou seja, de acordo com o sexo e a idade.
Resposta: A
Resolução:
08. (Unicamp) Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha narrou os primeiros contatos entre os indígenas e os portugueses no Brasil: “Quando eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam ouro por aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!”
(Adaptado de Leonardo Arroyo, A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74.)
Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as culturas indígena e europeia foi
- favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam em realizar transações comerciais: os indígenas se integrariam ao sistema de colonização, abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, e se miscigenando com os colonizadores.
- guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, principalmente por meio da extração de riquezas, interesse que se colocava acima da compreensão da cultura dos indígenas, que seria quase dizimada junto com essa população.
- facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram aos descobridores na exploração da nova terra, viabilizando um sistema colonial cuja base era a escravização dos povos nativos, o que levaria à destruição da sua cultura.
- marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem matéria-prima para suas indústrias e ampliarem o mercado consumidor para sua produção industrial, o que levou à busca por colônias e à integração cultural das populações nativas.
Resposta: B
Resolução:
09. (Pucrs) Responder à questão sobre o período précolonial brasileiro, com base no texto a seguir:
"... Da primeira vez que viestes aqui, vós o fizestes somente para traficar. (...) Não recusáveis tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nessa época, não faláveis em aqui vos fixar. Apenas vos contentáveis com visitar-nos uma vez por ano, permanecendo, entre nós, somente durante quatro ou cinco luas [meses]. Regressáveis então ao vosso país, levando os nossos gêneros para trocá-los com aquilo que carecíamos."
(MAESTRI, Mário. "Terra do Brasil: a conquista lusitana e o genocídio tupinambá". São Paulo: Moderna, 1993, p.86)
O texto anterior faz alusão ao comércio que marcou o período pré-colonial brasileiro conhecido por
- mita.
- escambo.
- encomienda.
- mercantilismo.
- corvéia.
Resposta: B
Resolução:
10. (UFV) Sobre o período Pré-colonial, é CORRETO afirmar:
- Um grupo de mercadores portugueses, representados por Fernão de Loronha, arrendou o direito de exploração do território, no início do século XVI.
- A extração de pau-brasil era destinada à exportação dessa madeira para a construção de fortes e edifícios administrativos portugueses nas possessões ultramarinas do Oriente, como Goa e Nagasaki.
- A administração do Governador-Geral Duarte da Costa permitiu a utilização da mão de obra indígena na instauração de feitorias que, mais tarde, possibilitariam a implementação dos engenhos de açúcar.
- A produção de cana-de-açúcar em Pernambuco e São Vicente, assim como de algodão, no Maranhão, permitiu a expansão da presença portuguesa para além dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas.
Resposta: A
Resolução: