Capitania de São José do Rio Negro
Lista de 02 exercícios de História com gabarito sobre o tema Capitania de São José do Rio Negro com questões de Vestibulares.
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01. (UFAM PSC) A Capitania de São José do Rio Negro (Capitania do Rio Negro) foi criada pela Carta Régia de 3 de março de 1755. No entanto, a instalação do novo governo só ocorreu três anos mais tarde, por ocasião da segunda viagem do governador e capitão-general do Estado do Grão-Pará e Maranhão Francisco Xavier de Mendonça Furtado ao rio Negro (1758). Nessa ocasião foi nomeado governador, o coronel Joaquim de Melo e Póvoas, que ficaria neste cargo até 1761.
Assinale a alternativa que está INCORRETA acerca da história da criação da Capitania do Rio Negro.
- Sebastião José de Carvalho e Melo, o futuro Marquês de Pombal, foi o grande entusiasta da criação da Capitania do Rio Negro, pois ele acreditava que a criação de uma Capitania Hereditária nos Confins ocidentais da Amazônia Portuguesa iria proporcionar o desenvolvimento econômico e civilização dos indígenas.
- Francisco Xavier de Mendonça Furtado, governador e capitão-general do Grão-Pará e Maranhão, em correspondência com Lisboa, insistia na conveniência da criação de um novo governo, no sertão amazônico fronteiriço com os domínios da Coroa espanhola.
- Um dos fatores para criação da Capitania do Rio Negro era a distância em que se encontrava essa região, em relação aos poderes de decisões, instalados em Belém, e isso fazia com que as providências ali tomadas chegassem aos confins da colônia sempre tarde, com graves prejuízos para as partes interessadas.
- A criação da Capitania do Rio Negro facilitaria a vida política e econômica da população ali estabelecida e, ao mesmo tempo, favoreceria a obra de civilização dos índios e acompanharia a ação dos missionários, sobretudo a dos jesuítas.
- A criação da Capitania do Rio Negro garantiria a soberania de Portugal sobre esta parte da América Portuguesa, completamente abandonada, cobiçada por holandeses, espanhóis e à mercê de foras-da-lei que poderiam criar futuros embaraços aos projetos da Coroa portuguesa para aquela região.
Resposta: A
Resolução: alternativa incorreta é a que diz que Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal) era um grande entusiasta da criação da Capitania do Rio Negro com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e a civilização dos indígenas. Na verdade, o Marquês de Pombal teve um papel mais amplo e estratégico na administração colonial, e a criação da Capitania do Rio Negro visava principalmente a defesa e controle territorial, não a civilização indígena per se.
02. (UEA - SIS) Em meados do século XVIII, a região que hoje compreende o estado do Amazonas era um dos principais alvos de invasores estrangeiros na colônia sul-americana portuguesa. Por isso, diante da necessidade de fortalecer a proteção daquele território e, ao mesmo tempo, estabelecer um aparelhamento estatal luso nesta parte erma da colônia, o rei D. José I, em Carta Régia de 3 de março de 1755, criou a Capitania de São José do Rio Negro [...].
(Durango Duarte. “Um breve histórico da formação do estado do Amazonas – I”. http://idd.org.br, 19.11.2016.)
A criação da Capitania de São José do Rio Negro
- assegurou a autonomia da região, que se libertou das ordens da Coroa portuguesa e passou a controlar diretamente o extrativismo nesses territórios.
- contribuiu para a expulsão dos invasores franceses e britânicos da região amazônica e estimulou o intercâmbio comercial com as áreas vizinhas, de colonização espanhola.
- manteve a região atrelada ao Grão-Pará e Maranhão, mas a dotou de administração própria, facilitando o controle português sobre esses territórios.
- representou o início da reestruturação administrativa portuguesa, que promoveu, a partir de então, a divisão de suas colônias em oito capitanias autônomas.
- permitiu maior integração da região amazônica com as áreas de colonização portuguesa e eliminou a influência política hispânica sobre a Capitania do Grão-Pará e Maranhão.
Resposta: C
Resolução: A criação da Capitania de São José do Rio Negro visava facilitar o controle português sobre a região, mantendo-a atrelada ao Grão-Pará e Maranhão, mas com administração própria. Essa medida ajudou a melhorar a administração e o controle sobre a vasta e estratégica região amazônica, sem garantir autonomia plena à região.