Período Regencial II
Lista de 15 exercícios de História com gabarito sobre o tema Período Regencial II com questões de Vestibulares.
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01. (Fuvest) "Nossas instituições vacilam, o cidadão vive receoso, assustado; o governo consome o tempo em vãs recomendações... O vulcão da anarquia ameaça devorar o Império: aplicai a tempo o remédio." Padre Antonio Feijó, em 1836.
- revogação da Constituição de 1824, que fornecia os instrumentos adequados à manutenção da ordem.
- intervenção armada brasileira na Argentina, que causou grandes distúrbios nas fronteiras.
- disputa pelo poder entre São Paulo, centro econômico importante, e Rio de Janeiro, sede do governo.
- crise decorrente do declínio da produção cafeeira, que produziu descontentamento entre proprietários rurais.
- eclosão de rebeliões regionais, entre elas, a Cabanagem, no Pará e a Farroupilha, no sul do país.
02. (FGV) A abdicação de D. Pedro I em 1831 deu início ao chamado período regencial, sobre o qual se pode afirmar:
I. As elites nacionais reformaram o aparato institucional de modo a estabelecer maior descentralização política.
II. Foi um período convulsionado por revoltas, entre elas, a Farroupilha e a Sabinada.
III. D. Pedro II sucedeu ao pai e impôs, logo ao assumir o trono, reformas no regime escravista. IV. O exercício do Poder Moderador pelos regentes e pelo Exército conferia estabilidade ao regime. As afirmativas corretas são:
- I e II
- I, II e III
- I e III
- II, III e IV
- II e lV
03. (Uece) "O período regencial foi um dos mais agitados da história política do país e também um dos mais importantes. Naqueles anos, esteve em jogo a unidade territorial do Brasil, e o centro do debate político foi dominado pelos temas da centralização ou descentralização do poder, do grau de autonomia das províncias e da organização das Forças Armadas." (FAUSTO, Boris. HISTÓRIA DO BRASIL. 2?? ed. São Paulo: EDUSP, 1995. p. 161.) Sobre as várias revoltas nas províncias durante o período da Regência, podemos afirmar corretamente que:
- eram levantes republicanos em sua maioria, que conseguiam sempre empolgar a população pobre e os escravos
- a principal delas foi a Revolução Farroupilha, acontecida nas províncias do nordeste, que pretendia o retorno do Imperador D. Pedro I
- podem ser vistas como respostas à política centralizadora do Império, que restringia a autonomia financeira e administrativa das províncias
- em sua maioria, eram revoltas lideradas pelos grandes proprietários de terras e exigiam uma posição mais forte e centralizadora do governo imperial
04. (Mackenzie) Do ponto de vista político podemos considerar o período regencial como:
- uma época conturbada politicamente, embora sem lutas separatistas que comprometessem a unidade do país.
- um período em que as reivindicações populares, como direito de voto, abolição da escravidão e descentralização política foram amplamente atendidas.
- uma transição para o regime republicano que se instalou no país a partir de 1840.
- uma fase extremamente agitada com crises e revoltas em várias províncias, geradas pelas contradições das elites, classe média e camadas populares.
- uma etapa marcada pela estabilidade política, já que a oposição ao imperador Pedro I aproximou os vários segmentos sociais, facilitando as alianças na regência.
05. (Mackenzie) O período das regências constitui momento crucial do processo de construção da nação brasileira. Por sua pluralidade e ensaísmo [foi] um grande laboratório político e social, no qual as mais diversas e originais fórmulas políticas foram elaboradas e diferentes experiências testadas, abarcando amplo leque de estratos sociais. O mosaico regencial não se reduz, portanto, a mera fase de transição, tampouco a uma aberração histórica anárquica, nem mesmo a simples ‘experiência republicana’”.
Marcello Basile. “O laboratório da nação: A era regencial *1831-1840). In: Keila Grinberg e Ricardo Salles. O Brasil Imperial. Volume II – 1831-1870. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p.97
Assinale a alternativa que contenha elementos característicos do Período Regencial (1831-1840).
- Suspensão do Poder Moderador, causando oposição de setores políticos conservadores; surgimento do abolicionismo radical, contribuindo para revoltas de escravos na Bahia; fundação do Partido Republicano que, aliado às Forças Armadas, acirrou a oposição ao Império.
- Intensa oposição à antecipação da maioridade de D. Pedro II, visto com uma ameaça aos interesses das camadas populares; profundas diferenças ideológicas entre as facções políticas das elites, levando a confrontos armados; anulação da Constituição de 1824.
- Surgimento de diferentes projetos políticos, como a defesa do republicanismo; mobilização do exército contra a ascensão política das camadas populares; aprofundamento das desigualdades sociais, em virtude da alta inflação e da especulação financeira.
- Disputa pelo governo regencial, representada pela falta de unidade da elite política regencial e pela vacância do trono; formação de facções políticas distintas, portadoras de diferentes projetos; ativa mobilização popular, com revoltas em diversas províncias.
- Eclosão de diversas revoltas sociais e políticas, em províncias do Norte e Nordeste; surgimento de facções políticas, com projetos de governo diferentes; movimento em torno da antecipação da maioridade de D. Pedro II, como forma de garantir o atendimento de reivindicações populares.
06. (UECE) No que diz respeito à dinâmica da produção cafeeira no Vale do Paraíba no final do século XIX, assinale a proposição FALSA.
- A dinâmica da produção cafeeira no Vale do Paraíba obedeceu aos padrões já conhecidos na economia colonial, com a predominância do trinômio latifúndio, monocultura e mão de obra escrava.
- Grande parte da vegetação que cobria o solo do Vale do Paraíba representado pela Mata Atlântica foi derrubada para montagem e organização das grandes fazendas de café.
- A montagem das fazendas de café começava e terminava pela construção das imensas casas grandes e restava aos escravos alimentaremse das sobras das mesas dos senhores.
- A decadência da produção de café na região do Vale do Paraíba não desequilibrou a economia nacional, pois o oeste paulista produziu uma acelerada expansão do setor.
07. (UECE) Dentre as afirmações a seguir, assinale aquela que está INCORRETA no que diz respeito à Confederação do Equador (1824)
- A Confederação do Equador estava afinada com os ideais de federação que serviram de base para a implantação da República dos Estados Unidos da América.
- A revolta começou com a exigência de que o Presidente da Província de Pernambuco, indicado por D. Pedro I, renunciasse ao cargo em favor do liberal Manuel de Carvalho Pais de Andrade.
- A Confederação do Equador uniu Pernambuco e as Províncias da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
- Cedendo às forças de repressão comandadas pelo Brigadeiro Francisco Lima e Silva, após cinco meses de resistência, os rebeldes se entregaram, sendo, por este motivo, anistiados.
08. (UECE) Aprovado em agosto de 1834, o chamado Ato Adicional propôs alterações à Constituição brasileira de 1824. A principal delas se caracterizou por
- conceder maior autonomia às Províncias.
- substituir a Regência Una Pela Regência Trina.
- manter e ampliar o poder do Conselho de Estado.
- extinguir a vitaliciedade do Senado.
09. (ESPM) A antinomia centralização-descentralização foi um dos principais temas presentes nos debates parlamentares. Para alguns a proposta de descentralização era a única capaz de salvar o país da desagregação. Acreditavam que, com a concessão de maior liberdade de ação, as províncias continuariam ligadas ao império. Para outros, era justamente essa maior autonomia que poderia levar a ruptura definitiva. Apesar da oposição dos dois argumentos, o objetivo de ambos os grupos era o mesmo: preservar à unidade nacional.
(...) Em 12 de maio de 1840, depois de prolongados debates parlamentares foi aprovada a Lei Interpretativa do Ato Adicional de 1834.
(Sonia Guarita do Amaral – organizadora. O Brasil como Império)
A Lei Interpretativa do Ato Adicional deve ser relacionada com:
- a extinção da Regência Trina e a criação da Regência Una;
- a abolição do Conselho de Estado, principal órgão de assessoria do imperador;
- a criação das Assembleias Legislativas Provinciais, com deputados eleitos que possuíam um relativo poder deliberativo;
- a criação da Guarda Nacional, subordinada ao Ministério da Justiça e, em grande parte, controlada pelos senhores de terras e de escravos;
- diminuição dos poderes das Assembleias Legislativas Provinciais, assegurando o retorno da centralização dos poderes.
10. (Unicamp) Desde 1835 cogitava-se antecipar a ascensão de D. Pedro II ao trono. A expectativa de um imperador capaz de garantir segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem do monarca, buscava-se unificar um país muito grande e disperso. (Adaptado de Lilia Moritz Schwarcz. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 64, 70, 91.) No período regencial, a estabilidade e a unidade do país estavam ameaçadas porque
- a ausência de um governo central forte causara uma crise econômica, devido à queda das exportações e à alta da inflação, o que favorecia a ocorrência de distúrbios sociais e o aumento da criminalidade.
- o desenvolvimento econômico ocorrido desde a transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro levou as elites provinciais a desejarem a emancipação em relação à metrópole.
- a ausência de um representante da legitimidade monárquica no trono permitia questionamentos ao governo central, levando ao avanço do ideal republicano e à busca de maior autonomia por parte das elites provinciais.
- a expansão da economia cafeeira no sudeste levava as elites agrárias a desejarem uma maior participação no poder político, levando à ruptura da ordem monárquica e à instauração da república.
11. (UEL) No contexto histórico das transformações ocorridas no século XIX, que envolveram questões da identidade nacional e da política, no Brasil, após a abdicação de D. Pedro I, ocorreu uma grave crise institucional. As tentativas de superação por meio das Regências provocaram uma série de revoltas como a Sabinada (BA), a Balaiada (MA) e a Cabanagem (PA).
A superação da crise, que coincidiu com o fim do período regencial, deveu-se à
- antecipação da maioridade do príncipe herdeiro.
- consolidação da Regência Una e Permanente.
- formação e consolidação do Partido Republicano.
- fundação das agremiações abolicionistas.
- volta imediata de D. Pedro I às terras brasileiras.
12. (UFRGS) Durante a regência de Araújo Lima (1837- 1840), foram criadas algumas instituições político-culturais, com o objetivo de produzir uma história da nação, que conferisse aos brasileiros um sentimento de pertencimento e de nacionalidade, e assim de auxiliar na centralização e fortalecimento do Estado.
Uma dessas instituições foi
- a Guarda Nacional.
- o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
- a Academia Imperial de Belas Artes.
- a Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional.
- a Academia Brasileira de Letras.
13. (UECE) O período historicamente conhecido como Período Regencial foi caracterizado
- por rebeliões populares cujas ações exigiam o retorno da antiga realidade social com a volta de Pedro I ao poder.
- pela promoção política e pela ascensão social dos setores menos favorecidos proporcionadas pelos regentes.
- por um conjunto de rebeliões populares que clamavam pelo estabelecimento da república e pelo final da escravidão.
- pela convulsão política que desencadeou várias rebeliões que questionavam as estruturas estabelecidas.
14. (UECE) Atente para o que se diz sobre o ato político ocorrido no Brasil em 1840, que ficou conhecido como “O Golpe da Maioridade”, e sobre alguns dos seus desdobramentos.
I. O Golpe da Maioridade significou a antecipação da maioridade legal do herdeiro do trono, Pedro de Alcântara.
II. A criação do Clube da Maioridade foi importante para a articulação entre os partidos Liberal e Conservador.
III. Este ato teve como uma de suas consequências o retorno dos liberais ao poder, ainda que por pouco tempo.
Está correto o que se afirma em
- I, II e III.
- I e II apenas.
- II e III apenas.
- I e III apenas.
15. (ESPM) Num momento da história do império conhecido como "avanço liberal", durante as regências, foram adotadas algumas medidas que concediam maior poder à representação local.
(Sonia Guarita do Amaral. O Brasil como império)
Aponte entre as alternativas aquela que apresente duas reformas liberais:
- Ato Adicional – Reforma do Código de Processo Criminal;
- Lei de Terras – Lei Saraiva Cotegipe;
- Lei Rio Branco – Código de Processo Criminal;
- Tarifa Alves Branco – Lei Interpretativa do Ato Adicional;
- Código de Processo Criminal – Ato Adicional.