Independência Do Brasil I
Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Independência Do Brasil I com questões de Vestibulares.
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1. (Enem) No tempo da independência do Brasil, circulavam nas classes populares do Recife trovas que faziam alusão à revolta escrava do Haiti:
Marinheiros e caiados
Todos devem se acabar,
Porque só pardos e pretos
O país hão de habitar.
AMARAL, F. P. do. Apud CARVALHO, A. Estudos Pernambucanos. Recife: Cultura Acadêmica, 1907.
O período da independência do Brasil registra conflitos raciais, como se depreende:
- dos rumores acerca da revolta escrava do Haiti, que circulavam com a população escrava e entre os mestiços pobres, alimentando seu desejo de mudança.
- da rejeição aos portugueses, brancos, que significava a rejeição à metrópole, como ocorreu na Noite das Garrafadas.
- do apoio que escravos e negros forros deram à monarquia, com a perspectiva de receber sua proteção contra as injustiças do sistema escravista.
- do repúdio que os escravos trabalhadores dos portos demonstravam contra os marinheiros, porque estes representavam a elite branca opressora.
- da expulsão de vários líderes negros independentistas, que defendiam a implantação de uma república negra, a exemplo do Haiti.
2. (Mackenzie) A independência brasileira é fruto mais de uma classe do que da nação tomada em seu conjunto.
Caio Prado Jr.
Identifique a alternativa que justifica e complementa o texto.
- A independência foi liderada pelas camadas populares e acompanhada de profundas mudanças sociais.
- O movimento da independência foi uma ação da elite, preservando seus interesses e privilégios.
- Os vários segmentos sociais uniram-se em função da longa Guerra de Independência.
- Os setores médios urbanos comandaram a luta, fazendo prevalecer o modelo político dos radicais liberais.
- A aristocracia rural não temia a participação da massa escrava no processo, extinguindo a escravidão logo após a independência.
3. (Unifesp) Realizada a emancipação política em 1822, o Estado no Brasil:
- surgiu pronto e acabado, em razão da continuidade dinástica, ao contrário do que ocorreu com os demais países da América do Sul.
- sofreu uma prolongada e difícil etapa de consolidação, tal como ocorreu com os demais países da América do Sul.
- vivenciou, tal como ocorreu com o México, um longo período monárquico e uma curta ocupação estrangeira.
- desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras externas e conflitos internos.
- adquiriu um espírito interior republicano muito semelhante ao argentino, apesar da forma exterior monárquica.
4. (UPF) Independência do Brasil:
A Independência do Brasil, em 1822, foi fruto de uma série de fatores cujo ponto de partida se pode localizar na vinda da família real para o Brasil, em 1808. Com a Corte no Brasil e a sede da monarquia para cá transmutada, deflagrou-se uma verdadeira inversão de papéis, tornando-se Portugal uma “colônia de uma colônia sua”. A tentativa de Portugal de reverter essa situação e tornar-se novamente metrópole do Brasil foi revelada de forma mais contundente através da:
- Inconfidência Mineira, de 1789.
- Revolução do Porto, de 1820
- Revolução Pernambucana, de 1817.
- Revolução Francesa, de 1789.
- Revolução Praieira, de 1848.
5. (ENEM) A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América portuguesa por terem:
- incentivado o clamor popular por liberdade
- enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
- motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
- obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
- provocado os movimentos separatistas das províncias.
6. (FGV) Com relação à África portuguesa, a emancipação política do Brasil em 1822:
- provocou fortes reações nas elites angolanas, a ponto de alguns setores manifestarem interesse em fazer parte do Império Brasileiro.
- acarretou a suspensão definitiva do tráfico negreiro como uma forma de retaliação do governo português contra sua ex-colônia.
- levou ao aparecimentos de movimentos pela independência em Angola e Moçambique, que só se tornariam vitoriosos ao final do século XIX.
- levou a Coroa portuguesa a implementar regimes de segregação racial em suas possessões africanas, inspirados na experiência inglesa na África do Sul.
- provocou o desinteresse português na manutenção dos seus domínios no ultramar e o abandono dessas possessões a outras potências europeias.
7. (Enem PPL) É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Império a mais remota e insignificante de suas aldeolas, congrega-se unânime para comemorar o dia que o tirou dentre as nações dependentes para colocá-Io entre as nações soberanas, e entregou-lhe os seus destinos, que até então haviam ficado a cargo de um povo estranho.
Gazeta de Notícias, 7 set. 1883.
As festividades em torno da Independência do Brasil marcam o nosso calendário desde os anos imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 1822. Essa comemoração está diretamente relacionada com
- a construção e manutenção de símbolos para a formação de uma identidade nacional.
- o domínio da elite brasileira sobre os principais cargos políticos, que se efetivou logo após 1822.
- os interesses de senhores de terras que, após a Independência, exigiram a abolição da escravidão.
- o apoio popular às medidas tomadas pelo governo imperial para a expulsão de estrangeiros do país.
- a consciência da população sobre os seus direitos adquiridos posteriormente à transferência da Corte para o Rio de Janeiro.
08. (Unesp) Sobre o processo de independência da colônia portuguesa na América, no inicio do século xix, é correto afirmar que:
- Foi liderado pela elite do comércio local, por intermédio de acordos que favoreceram colonizados e a antiga metrópole.
- A ruptura com a metrópole europeia provocou reações, como guerras entre portugueses e brasileiros em algumas províncias.
- Os acordos comerciais com a Inglaterra garantiram o comércio portugueses de escravos para a agricultura brasileira.
- A vinda da Família Real limitou o comércio de exportação para portugueses e ingleses, assegurando o monopólio da metrópole.
- As antigas colônias espanholas, recém-emancipadas, auxiliaram os brasileiros nas guerras contra a metrópole portuguesa.
09. (Fuvest) Na edição de julho de 1818 do Correio Braziliense, o jornalista Hipólito José da Costa, residente em Londres, publicou a seguinte avaliação sobre os dilemas então enfrentados pelo Império português na América:
A presença de S.M. [Sua Majestade Imperial] no Brasil lhe dará ocasião para ter mais ou menos influência naqueles acontecimentos; a independência em que el-rei ali se acha das intrigas europeias o deixa em liberdade para decidir-se nas ocorrências, segundo melhor convier a seus interesses. Se volta para Lisboa, antes daquela crise se decidir, não poderá tomar parte nos arranjamentos que a nova ordem de coisas deve ocasionar na América.
Nesse excerto, o autor referia-se:
- aos desdobramentos da Revolução Pernambucana do ano anterior, que ameaçara o domínio português sobre o centro-sul do Brasil.
- às demandas da Revolução Constitucionalista do Porto, exigindo a volta imediata do monarca a Portugal.
- à posição de independência de D. João VI em relação às pressões da Santa Aliança para que interviesse nas guerras do rio da Prata.
- às implicações que os movimentos de independência na América espanhola traziam para a dominação portuguesa no Brasil.
- ao projeto de D. João VI para que seu filho D. Pedro se tornasse imperador do Brasil independente.
10. (UEMG) “Ouvi, ó Povos, o grito, Que vamos livres erguer; O Brasil sacode o jugo, Independência ou Morrer. Congresso opressor jurara Nossos povos abater: Em seu despeito amamos Independência ou Morrer. Depois de trezentos anos Livre o Brasil vai viver: Deve a Pedro a Liberdade, Independência ou morrer.”
(“Independência ou morrer”. Poesia anônima, publicada pela Tipografia do Diário no ano de 1822, Rio de Janeiro. Apud: CARVALHO, José Murilo de, BASTOS, Lúcia & BASILE, Marcelo (Orgs.). Guerra literária: panfletos da Independência (1820-1823). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014, 257-258. 4 v.)
No cenário político em que a poesia acima foi elaborada, as relações entre Brasil e Portugal agravaram-se devido à/ao
- tentativa das Cortes portuguesas de recolonizar o Brasil.
- objetivo das elites brasileiras de expulsar o Príncipe Regente.
- expectativa dos liberais portugueses em fortalecer o Absolutismo.
- esforço dos deputados escravistas para criar a Constituição cidadã.