Independência Do Brasil II
Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Independência Do Brasil II com questões de Vestibulares.
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01. (Unesp) O Brasil assistiu, nos últimos meses de 1822 e na primeira metade de 1823
- ao reconhecimento da Independência brasileira pelos Estados Unidos, pela Inglaterra e por Portugal.
- ao esforço do imperador para impor seu poder às províncias que não haviam aderido à Independência.
- à libertação da Província Cisplatina, que se tornou independente e recebeu o nome de Uruguai.
- à pacífica unificação de todas as partes do território nacional, sob a liderança do governo central, no Rio de Janeiro.
- à confirmação, pelas Cortes portuguesas e pela Assembleia Constituinte, do poder constitucional do imperador
02. (PUC) O termo independência adquiriu ressonância no vocabulário político especialmente a partir da deflagração da Revolução de 1820, na cidade do Porto. Foi bastante utilizado em manifestos revolucionários para sublinhar a possibilidade de a “nação portuguesa” e os “portugueses de ambos os mundos” regenerarem os tradicionais princípios monárquicos do reino, estabelecidos no século XVII com a ascensão de D. João IV de Bragança. A proposta fundamental era a de construir a “independência nacional”, articulando a monarquia a uma Constituição que estabelecesse limites ao poder real e garantisse direitos e liberdades civis, e políticas aos cidadãos do império. Pretendia-se por essa via, entre outras exigências, contestar o absolutismo representado por D. João VI e o “despotismo” exercido por ministros, por conselheiros e pela corte radicada no Rio de Janeiro desde 1808.
(OLIVEIRA, Cecília H.S. Repercussões da revolução: delineamento do império do Brasil, 1808/1831.
In.: GRINBERG, Keila, SALLES, Ricardo (orgs.). O Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. p.p. 18-19)
O trecho indica a utilização do termo independência como uma mobilização que contestava o absolutismo de D. João VI, garantisse direitos e liberdades civis, e políticas aos cidadãos. Considerando-se o contexto histórico, é CORRETO afirmar:
- A independência era elaborada como uma conquista de uma autonomia que se concretizaria legalmente por meio de uma constituição não implicando, como requisito, o rompimento dos vínculos com Portugal.
- Os movimentos brasileiros pela independência se caracterizaram pela revolução, já que exigiram luta política e militar na consolidação de uma abolição da monarquia e sua substituição pela república.
- O termo independência faz uma associação com liberdade e, como tal, é genuinamente brasileiro, não mantendo vínculo ou recebendo nenhuma influência dos conceitos ou movimentos europeus.
- Como princípio, independência significa emancipação, ou seja, caminhar com as próprias pernas inaugurando um modelo novo de gestão da nação brasileira, alterando inclusive a sede do governo.
03. (UEG) Foi fundamentalmente na conjuntura de desgaste da imagem do Imperador Pedro I, a partir de 1825, que iniciou-se um investimento simbólico em torno do Sete de Setembro [...]. Cristalizou-se, a partir de então, uma narrativa que atribuía à figura de Dom Pedro papel central nos acontecimentos que conduziram o Brasil ao rompimento de sua situação de Colônia, ou seja, a conquista da independência.
SANDES, Noé Freire. A Invenção da nação – entre a Monarquia e a República. Goiânia:
Ed. da UFG, Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira, 2000. p. 25.
Tendo em vista a leitura desse fragmento, percebe-se que a Independência do Brasil foi
- A independência era elaborada como uma conquista de uma autonomia que se concretizaria legalmente por meio de uma constituição não implicando, como requisito, o rompimento dos vínculos com Portugal.
- Os movimentos brasileiros pela independência se caracterizaram pela revolução, já que exigiram luta política e militar na consolidação de uma abolição da monarquia e sua substituição pela república.
- O termo independência faz uma associação com liberdade e, como tal, é genuinamente brasileiro, não mantendo vínculo ou recebendo nenhuma influência dos conceitos ou movimentos europeus.
- Como princípio, independência significa emancipação, ou seja, caminhar com as próprias pernas inaugurando um modelo novo de gestão da nação brasileira, alterando inclusive a sede do governo.
04. (UFJF) Segundo José Murilo de Carvalho, "a principal característica da independência brasileira foi a negociação entre a elite nacional, a coroa portuguesa e a Inglaterra." (CARVALHO, J.M. "Cidadania no Brasil".) Desta forma, em comparação com os demais países da América Latina, é INCORRETO dizer que:
- no Brasil, o processo de independência foi relativamente pacífico, com conflitos militares isolados, como no Maranhão e na Bahia.
- na América hispânica, houve a formação de grandes exércitos e a ascensão de figuras emblemáticas de "libertadores" como Simon Bolívar e Sucre.
- um ponto comum no processo de independência da América Espanhola e do Brasil envolve a questão do trabalho, ou seja, em ambos, o processo levou à abolição da escravidão indígena e africana.
- enquanto no Brasil foi instituída uma monarquia constitucional e mantida a unidade territorial, na América Hispânica o movimento de independência, em geral, resultou na criação de diversas repúblicas.
- a Inglaterra, direta ou indiretamente, apoiou o movimento de Independência do Brasil e do restante da América Latina e também a formação do exército de libertação de Bolívar.
05. (UECE – modificada) "...diz Oliveira Lima que um oficial português jurou a um oficial brasileiro que o Brasil continuaria escravo de Portugal e que o príncipe embarcaria, mesmo que, para isto, tivesse sua espada de servir-lhe de prancha". Fonte: LUSTOSA, Isabel. "Perfis Brasileiros: D. Pedro I". São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p 132/133.
O episódio acima narrado refere-se ao famoso "Dia do Fico". Em relação aos desdobramentos dele decorrentes, considere as seguintes afirmativas:
I - A oficialidade portuguesa não se conformou com a decisão de D. Pedro I de permanecer no Brasil. As tropas armadas portuguesas saíram dos quartéis, armadas de cassetetes, insultando transeuntes e praticando desacatos.
II - Medidas para conter os desagravos das tropas portuguesas não foram tomadas e, contraditoriamente, D. Pedro I exigiu que as elas permanecessem no Brasil e posteriormente premiou as tropas, tornando-as sua guarda pessoal.
III - Instalou-se um clima de guerra com toda tropa de linha e miliciana do país. A estes se juntaram cidadãos de todas as classes: roceiros, agregados, negros forros, escravos dispostos a enfrentar a divisão portuguesa.
São corretas:
- I e II
- II e III
- I e III
- I, II e III
- Somente I
06. (UFPE) A independência do Brasil despertou interesses conflitantes tanto na área econômica quanto na área política. Qual das alternativas apresenta esses conflitos?
- Os interesses econômicos dos comerciantes portugueses se chocaram com o “liberalismo econômico” praticado pelos brasileiros e subordinado à hegemonia da Inglaterra.
- A possibilidade de uma sociedade baseada na igualdade e na liberdade levou a jovem nação a abolir a escravidão.
- As colônias espanholas tornaram-se independentes dentro do mesmo modelo brasileiro: monarquia absolutista.
- A Guerra da Independência dividiu as províncias brasileiras entre o “partido português” e o “partido brasileiro”, levando as províncias do Grão-Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina a apoiarem, por unanimidade, a independência.
- Os republicanos, os monarquistas constitucionalistas e os absolutistas lutaram lado a lado pela independência, não deixando que as suas diferenças dificultassem o processo revolucionário.
07. (Cefet) A classe dominante brasileira era, em sua maioria, conservadora (...). Desejava manter as estruturas econômicas e sociais coloniais baseadas no sistema agrícola, na escravidão e na exportação de produtos agrícolas tropicais para o mercado europeu. Contudo, havia nas cidades (...) alguns liberais que esperavam mudanças mais profundas na política e na sociedade: soberania popular, democracia e mesmo uma república.
(BETHELL, Leslie. A independência do Brasil. In: História da América Latina. São Paulo: EDUSP, 2009. V. 3, p. 213.)
A aceitação de D. Pedro pela elite senhorial, como líder do processo de independência do Brasil, eclodido em 1822, visava a
- manter nosso país sob a tutela da metrópole lusitana.
- evitar transformações mais bruscas na ordem social e política.
- defender a República como sistema de governo para o novo país.
- impossibilitar a escolha do regime monárquico após a emancipação.
- manter a República como sistema de governo.
08. (PUC-RS) Considere as afirmações abaixo sobre a crise do Antigo Sistema Colonial e a Independência do Brasil (1822).
I. O movimento intelectual chamado de Iluminismo teve grande influência na crise do Antigo Sistema Colonial, pois, além de criticar as bases do Antigo Regime, como o absolutismo monárquico e os privilégios da nobreza, condenava também o sistema colonial e o monopólio comercial.
II. Os conflitos na Europa decorrentes da expansão do império napoleônico estiveram na base desse processo, na medida em que Napoleão, tentando bloquear o acesso da Inglaterra ao mercado colonial ibérico, invadiu Espanha e Portugal, precipitando, assim, o processo de independência da América.
III. A vinda da corte portuguesa para o Brasil é considerada como um fator que retardou o processo de independência brasileiro, pois a presença do monarca lusitano na América estreitou ainda mais os laços entre Brasil e Portugal, tornando o primeiro ainda mais dependente do segundo.
IV. A Independência do Brasil foi marcada por um forte conflito entre o novo país e a sua antiga metrópole euro-peia, devido à rejeição das elites político-econômicas da antiga colônia portuguesa ao modelo agroexportador implantado pela coroa lusitana, baseado na grande propriedade da terra e na mão de obra escrava.
Estão corretas apenas as afirmativas
- I e II.
- I e III.
- II e IV.
- I, II e III.
- II, III e IV.
09. (FPP) Na interpretação mais conhecida sobre a História do Brasil, a data de 7 de setembro de 1822 representou um marco, pois, nesse dia, D. Pedro proclamou oficialmente a separação da Colônia da metrópole portuguesa. Sobre o processo de Independência do Brasil, assinale a alternativa CORRETA.
- As relações entre a Coroa portuguesa e o Brasil melhoraram quando Dom João VI, de Portugal, apoiado pela Corte portuguesa, assinou um decreto concedendo o título de Regente do Brasil a seu filho Dom Pedro. Entretanto, aproveitando-se da autoridade que lhe foi concedida, no dia 7 de setembro de 1822, Dom Pedro rompeu politicamente com Portugal e proclamou a Independência do Brasil.
- A Independência brasileira foi um processo liderado, em grande parte, pelos setores sociais que mais se beneficiavam com a ruptura dos laços coloniais: os grandes proprietários de terra e os grandes comerciantes, pois a separação tinha como objetivo preservar a liberdade de comércio e a autonomia administrativa. A maioria da população permaneceu na situação anterior à proclamação da Independência.
- Após o processo de Independência, a economia brasileira tornou-se competitiva no mercado internacional, pois devido ao apoio econômico inglês o Brasil começou a desenvolver a atividade industrial, o que era proibido pelo governo metropolitano.
- A mudança mais significativa após a Independência do Brasil ocorreu no âmbito econômico-social, pois com o desenvolvimento econômico surgiram novas classes sociais urbanas ligadas ao processo industrial.
- A Inglaterra, interessada em manter os benefícios comerciais garantidos pelos tratados de comércio e navegação de 1810, foi a primeira nação a reconhecer a Independência do Brasil.
10. (FUVEST) Dentre os fatores que particularizaram o processo de Independência do Brasil, no contexto latino-americano, pode-se citar
- os interesses ingleses, que entraram em choque com as restrições comerciais impostas pelas Metrópoles ibéricas.
- a influência dos ideais iluministas e o exemplo da luta das Treze Colônias contra o domínio da Grã-Bretanha.
- a presença da Corte portuguesa em terras americanas, que impulsionou um conjunto de transformações decisivas para a separação da colônia.
- as necessidades econômicas das elites locais, cuja ação era limitada pelas restrições impostas pelas autoridades coloniais.
- a luta pela autodeterminação dos povos, em voga no início do século XIX, e que impulsionou líderes como Simon Bolívar.