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Economia do Império do Brasil

Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Economia do Império do Brasil com questões de Vestibulares.


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01. (Mackenzie) Em relação ao Segundo Reinado e à economia cafeeira, é incorreto afirmar que:

  1. o cultivo do café tornou-se o estabilizador da economia do império, reforçando o sistema de dominação dos senhores rurais.
  2. a decretação do Bill Aberdeen ampliou o mercado consumidor de café no Oeste Paulista e região do Vale do Paraíba, consolidando o escravismo.
  3. de 1830 a 1880, quase toda a energia econômica voltou-se para o cultivo do café, que se expandia consideravelmente.
  4. as estradas de ferro foram aparecendo em decorrência do aumento das regiões cultivadas e da necessidade de solucionar a questão dos transportes.
  5. a solução para a falta de mão de obra cafeeira após 1850 apoiou-se no incentivo à imigração, cujas primeiras iniciativas estavam ligadas à firma Vergueiro&Cia.

02. (UECE) Considerando a economia cearense do século XIX, no que diz respeito à produção industrial, atente para o seguinte excerto e assinale a opção que o completa corretamente:

“Durante o século XIX, com o avanço da indústria têxtil na Europa, aumentou consideravelmente a demanda pelo produto. A partir de meados do século XIX, a queda na produção de outros fornecedores e a Guerra da Secessão (1861-64) nos Estados Unidos, poderoso concorrente, contribuíram para expandir significativamente a indústria _________________”

COSTA, Maria Clélia Lustosa. Fortaleza, capital do Ceará: transformações no espaço urbano ao longo do século XIX. Revista do Instituto do Ceará - 2014, p.94.

  1. algodoeira, que dinamizou o comércio da capital, Fortaleza, tornando-a hegemônica na província.
  2. de couro, baseada na produção de gado vacum, cuja exportação garantiu a Aracati a hegemonia econômica da província.
  3. siderúrgica, sobretudo após a inauguração do Porto do Mucuripe, que deu vazão à grande exploração do minério de ferro proveniente do Cariri.
  4. açucareira, que foi fundamental para o desenvolvimento de Fortaleza e das demais cidades de sua região metropolitana.

03. (ESA) O item da pauta de exportação brasileira do Segundo Reinado que foi considerado um importante fator de modernização da economia foi:

  1. O Tabaco.
  2. O Café.
  3. A Cana de Açúcar.
  4. A Soja.
  5. O Trigo

04. (UNICAMP) A casa de morar nas fazendas ou o palacete foram em geral construídos a partir de 1870. Representavam o poderio econômico e político do proprietário, assim como o gênero da pintura de paisagem que, segundo o historiador Rafael Marquese, foi mobilizado pela classe senhorial do Vale do Paraíba como uma resposta direta à crise da escravidão negra no Império do Brasil.

(Adaptado de Ana Luiza Martins, “Representações da economia cafeeira: dos barões aos ‘Reis do café’, em Wilma Peres Costa e Ana Betraiz Demarchi Barel (orgs.), Cultura e Poder entre o Império e a República. São Paulo: Alameda, 2018, p. 195.)

A partir do texto acima, é correto afirmar:

  1. Os senhores do café incrementaram um sistema de produção cafeeiro moderno que atendia o mercado internacional. Desde a instalação da corte joanina no Brasil, eles investiram nas formas de morar como capital simbólico.
  2. Na crise capitalista da década de 1870, os produtores de café no Brasil alavancaram o tráfico de escravizados vindos de África e investiram na riqueza simbólica de suas propriedades.
  3. No Segundo Reinado, com a intensa crise na obtenção de escravizados para as plantações de café e a acirrada disputa na definição das políticas migratórias, os cafeicultores redefiniram seu capital simbólico.
  4. O investimento nas casas de fazenda e na pintura de paisagem reafirmava a importância social da classe senhorial. Era uma reação política contra a reforma agrária estabelecida na Lei de Terras de 1850.

05. (UNESP) A expansão da economia do café para o Oeste Paulista, na segunda metade do século XIX, e a grande imigração para a lavoura de café trouxeram modificações na história do Brasil, como:

  1. o fortalecimento da economia de subsistência e a manutenção da escravidão.
  2. a diversificação econômica e o avanço do processo de urbanização.
  3. a divisão dos latifúndios no Vale do Paraíba e a crise da economia paulista.
  4. o fim da república oligárquica e o crescimento do movimento camponês.
  5. a adoção do sufrágio universal nas eleições federais e a centralização do poder.

06. (UCPEL) A atividade da mineração, comparada à economia açucareira, apresentou algumas diferenças e peculiaridades, entre as quais é correto citar o seguinte:

  1. A sociedade nordestina apresentou maior estratificação social do que a mineira em função do desenvolvimento do comércio interno.
  2. A mineração possibilitou a alforria de alguns escravos que podiam comprar sua própria liberdade, algo praticamente inexistente no ciclo açucareiro.
  3. A capital política da colônia manteve-se inalterada ao longo do período colonial, apesar do novo ciclo econômico proporcionado pela mineração.
  4. A crise do sistema colonial se fez sentir no ciclo minerador, ocorrendo apenas, nessa região, um movimento inspirado no Iluminismo.
  5. A atividade açucareira impossibilitou outras atividades paralelas que permitissem a ocupação do sertão, diferente do que vai ocorrer na mineração.

07. (UEA - SIS) Leia o excerto para responder à questão.

Se se comparam os dois grandes movimentos de população ocorridos no Brasil, a fins do século XIX e começos do XX, surgem alguns contrastes particularmente notórios. O imigrante europeu chegava à plantação de café com todos os gastos pagos, residência garantida, gastos de manutenção assegurados até a primeira colheita. Dispunha sempre de terra para plantar o essencial ao alimento de sua família. A situação do nordestino na Amazônia era bem diversa: começava sempre a trabalhar endividado, obrigavam-no a reembolsar os gastos com a totalidade ou parte da viagem, com os instrumentos de trabalho e outras despesas de instalação. Para alimentar-se dependia do suprimento que realizava o mesmo empresário com o qual estava endividado e lhe comprava o produto. Esgotava-se sua vida num isolamento que talvez nenhum outro sistema econômico haja imposto ao homem.

(Celso Furtado. Formação econômica do Brasil, 1989. Adaptado.)

O excerto compara as economias brasileiras de exportação do café e da borracha e as suas formas peculiares de organização econômica e de exploração da mão de obra. Essas formas peculiares tiveram consequências históricas distintas em cada uma daquelas regiões brasileiras, como

  1. o bloqueio do crescimento industrial na economia do café e a multiplicação de cidades na economia da borracha.
  2. o controle dos empresários nacionais sobre o conjunto da economia do café e o domínio estrangeiro na economia da borracha.
  3. a baixa aplicação de capitais na economia do café e o emprego de maquinários sofisticados na economia da borracha.
  4. a concentração de rendas na economia do café e a mais ampla distribuição de rendimentos por meio de salários na economia da borracha.
  5. a expansão do mercado consumidor na economia do café e a rápida decadência econômica na economia da borracha.

08. (UPE) A evolução da sociedade brasileira no século XIX apresentou várias características importantes. A primeira foi a ascensão de uma nova cultura de exportação, o café, que formaria a base de uma nova economia escravista de grande lavoura na região Sudeste. A segunda foi o contínuo crescimento das tradicionais culturas colon iais de exportação.

(LUNA, Francisco Vidal. & KLEIN, Herbert S. Escravismo no Brasil. São Paulo: Edusp / Imprensa Oficial, 2010. p. 89. Adaptado)

Sobre a temática e a realidade apresentadas no texto, analise as afirmativas seguintes:

I. O açúcar voltou a ser um produto competitivo no mercado mundial, com o declínio da indústria açucareira em São Domingos e nas Antilhas Britânicas.

II. O tráfico negreiro para o Brasil se extinguiu em 1840, com o início do Segundo Reinado.

III. A produção brasileira de algodão, após sofrer com a forte competição do Sul dos Estados Unidos na primeira metade do século, reergueu-se na década de 1860, durante a Guerra de Secessão Americana.

IV. O crescimento dessas novas e velhas culturas de exportação impediu o início da industrialização brasileira, que só veio a se desenvolver nos primórdios do século XX.

V. O crescimento de todas essas culturas de exportação gerou uma demanda sempre crescente por escravos, e, na terceira década do século XIX, o tráfico atlântico chegou ao auge.

Estão CORRETAS

  1. I, II e III.
  2. III, IV e V.
  3. II, III e IV.
  4. I, III e V.
  5. II, IV e V.

09. (UEA) Com a imigração, o mercado interno se alarga consideravelmente. Os colonos do café e os demais trabalhadores do complexo cafeeiro – ferroviários, ensacadores, portuários, empregados das casas de comércio e dos bancos – recebiam salários, que deveriam lhes permitir algum consumo de produtos da indústria, sobretudo, roupas e outros artigos de tecidos.

(Paul Singer. “Interpretação do Brasil: uma experiência histórica de desenvolvimento”. In: O Brasil republicano, 1986.)

A economia do café exerceu um papel essencial no início da industrialização do Brasil, na medida em que

  1. exigiu do governo brasileiro o controle da qualidade do produto exportado.
  2. aboliu a polaridade senhor/escravo e extinguiu a economia de exportação.
  3. nacionalizou o processo produtivo do plantio à exportação da mercadoria.
  4. atraiu trabalhadores do Nordeste brasileiro e contraiu o mercado consumidor.
  5. estimulou outras atividades econômicas e diversificou a sociedade.

10. (CN) Sobre a economia no Segundo Reinado, é correto afirmar que

  1. a tarifa Alves Branco foi criada exclusivamente com objetivos protecionistas, isto é, para favorecer a indústria nacional. Entretanto, a Inglaterra não sofreu os efeitos dessa tarifa.
  2. como a tarifa Alves Branco não conseguiu obter os efeitos desejados, foi instituída a tarifa Silva Ferraz. A Inglaterra, em represália, aprovou a Bill Aberdeen, que combateu o tráfico de escravos
  3. a tarifa Alves Branco foi criada com o objetivo de aumentar a arrecadação de impostos e de incentivar o desenvolvimento econômico do país. Essa tarifa aboliu as taxas alfandegárias preferenciais de 15%.
  4. como consequência das medidas protecionistas contidas na tarifa Silva Ferraz, o café foi perdendo espaço na economia imperial e, em razão disso, teve início a denominada Era Mauá.
  5. as medidas protecionistas implantadas pela tarifa Alves Branco foram um duro golpe nos novos empreendimentos industriais e levaram à falência o Barão de Mauá, encerrando a denominada Era Mauá.

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