Invasões Bárbaras a Roma
Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Invasões Bárbaras a Roma com questões de Vestibulares.
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01. (UFPR) Leia o trecho abaixo, escrito por Agostinho de Hipona (354-430) em 410, sobre a devastação de Roma:
Não, irmãos, não nego o que ocorreu em Roma. Coisas horríveis nos são anunciadas: devastação, incêndios, rapinas, mortes e tormentos de homens. É verdade. Ouvimos muitos relatos, gememos e muito choramos por tudo isso, não podemos consolarnos ante tantas desgraças que se abateram sobre a cidade.
(Santo Agostinho. Sermão sobre a devastação de Roma. Tradução de Jean Lauand. Disponível em: . Acesso em 11 de agosto de 2018.)
Considerando os conhecimentos sobre a história do Império Romano (27 a.C. – 476 d.C.) e as informações do trecho acima, assinale a alternativa que situa o contexto histórico em que ocorreram os problemas relatados sobre Roma e a sua consequência para o Império, entre os séculos IV e V.
- Trata-se do contexto das invasões dos povos visigodos, sendo uma das causas do final do Império Romano do Oriente.
- Trata-se do contexto dos saques de povos vândalos, sendo uma das causas do final do Sacro Império Romano-Germânico.
- Trata-se do contexto das pilhagens de povos ostrogodos, sendo uma das causas do final do Império Bizantino.
- Trata-se do contexto das incorporações de povos vikings, sendo uma das causas do final do Sacro Império Romano do Oriente.
- Trata-se do contexto das invasões de povos bárbaros, sendo uma das causas do final do Império Romano do Ocidente.
02. (UPE) Observe o quadro a seguir: "O Saque de Roma em 410 pelos Vândalos" (1890), do pintor francês Joseph-NoëlSylvestre. Musée Paul-Valéry.
Qual compreensão sobre romanos e bárbaros o artista quis transmitir?
- Os vândalos são preservadores da civilização.
- São pessoas iguais, sem grandes distinções.
- Os vândalos vêm destruir a civilização, representada por Roma.
- A civilização está ameaçada pelos romanos, sendo salva pelos vândalos.
- Os romanos foram bárbaros por terem conquistado vários territórios.
03. (UFRN) Sidônio Apolinário, aristocrata da Gália romana, escrevendo a um amigo, num período de grandes transformações culturais, assim se expressou:
O vosso amigo Eminêncio, honrado senhor, entregou uma carta por vós ditada, admirável no estilo […]. A língua romana foi há muito tempo banida da Bélgica e do Reno; mas se o seu esplendor sobreviveu de qualquer maneira, foi certamente convosco; a nossa jurisdição entrou em decadência ao longo da fronteira, mas enquanto viverdes e preservardes a vossa eloquência, a língua latina permanecerá inabalável. Ao retribuir as vossas saudações o meu coração alegra-se dentro de mim por a nossa cultura em desaparição ter deixado tais traços em vós […].
Apud PEDRERO-SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. “História da Idade Média: textos e testemunhas”. São Paulo: Editora UNESP, 2000. p. 42-43.
A opinião contida no fragmento da carta está diretamente relacionada às
- invasões dos territórios do Império Romano pelos povos germânicos, provocando mudanças nas instituições imperiais.
- influências da cultura grega sobre a latina após a conquista da Grécia pelos romanos e sua anexação ao Império.
- vitórias dos romanos sobre Cartago nas chamadas Guerras Púnicas (264-146 a. C.), impondo a cultura do Império a todo o norte da África.
- crises que se abateram sobre o Império Romano depois do governo de Marco Aurélio (161-180 d. C.), quando o exército passou a controlar o poder.
- as invasões normandas que ocorrem no norte da Gália.
04. (FUVEST) Sobre as invasões dos "bárbaros" na Europa Ocidental, ocorridas entre os séculos III e IX, é correto afirmar que:
- foi uma ocupação militar violenta que, causando destruição e barbárie, acarretou a ruína das instituições romanas.
- se, por um lado, causaram destruição e morte, por outro contribuíram, decisivamente, para o nascimento de uma nova civilização, a da Europa Cristã.
- apesar dos estragos causados, a Europa conseguiu, afinal, conter os bárbaros, derrotando-os militarmente e, sem solução de continuidade, absorveu e integrou os seus remanescentes.
- se não fossem elas, o Império Romano não teria desaparecido, pois, superada a crise do século III, passou a dispor de uma estrutura sócio-econômica dinâmica e de uma constituição política centralizada.
- os Godos foram os povos menos importantes, pois quase não deixaram marcas de sua presença.
05. (UNAERP) Na história de Roma, o século III da era cristã é considerado o século das crises. Foi nesse período que:
- As tensões geradas pelas conquistas se refletiram nas contendas políticas, criaram um clima de constantes agitações, promovendo desordens nas cidades.
- O exército entrou em crise e deixou de ser o exército de cidadãos proprietários de terras.
- O império romano começou a sofrer a terrível crise do trabalho escravo, base principal de sua riqueza.
- Os soldados perderam a confiança no Estado e tornaram-se fiéis a seus generais, partilhando com eles os espólios de guerra.
- Os conflitos pela posse da terra geraram a Guerra Civil.
06. (UEL) A chamada “desintegração” do Império Romano remodelou a Europa. As modificações que ocorreram levaram à formação de uma sociedade com características próprias, conhecida como sociedade medieval. Sobre o período da Alta Idade Média (do século V ao X), é correto afirmar:
- Os povos que ocuparam o Império Romano mantiveram a estrutura política anterior, com uma divisão equilibrada e estável das funções públicas.
- Chamados de “bárbaros”, povos como os germanos e os hunos foram responsáveis pela retomada da atividade mercantil e pela urbanização da Europa.
- Com o caráter da migração ou invasão, a chegada dos chamados “bárbaros” esteve relacionada à falência do mundo escravista e à debilidade militar de Roma.
- A população residente no antigo Império Romano integrou-se com as várias tribos germânicas invasoras, formando federações como a Gália e a Hispânia.
- Os conflitos entre romanos e germanos, decorrentes das invasões, acabaram caracterizando a denominada Guerra dos Cem Anos.
07. (UFSC) O debilitamento do Império Romano permitiu a invasão da Europa Ocidental por tribos bárbaras vindas do norte e do leste, provocando:
- O aparecimento de pequenos reinos com relativa noção administrativa e substituição da economia agrícola por urbana.
- A formação do Império Bizantino, a diminuição dos hábitos de consumo e a redução da economia de mercado.
- A desintegração da autoridade central, despovoamento das cidades e ruralização da economia.
- O abandono das cidades, aumento da escravidão e substituição da economia monetária pela troca.
- O colapso da cultura latina e a organização de pequenos estados políticos estáveis.
08. (C. U. São Camilo) Sob o ponto de vista militar, houve duas atividades: a abertura do exército aos “bárbaros” e a instalação de povos germanos no território romano.
Uma outra política mostrou-se mais perigosa para a integridade do Império: a instalação de povos inteiros, organizados e não assimilados em território romano. Por meio de um contrato com Roma, os povos “bárbaros” ocupavam as terras romanas e, em troca, forneciam ao governo imperial um certo número de soldados.
(Maria Sonsoles Guerras. Os povos bárbaros, 1987. Adaptado.)
Apesar de “perigosa”, essa política do Império Romano apresentou, como vantagem,
- a defesa das fronteiras contra outros povos, fossem germanos ou não.
- o fornecimento de escravos para a produção agrícola nos latifúndios.
- o processo de absorção dos costumes bárbaros pelos romanos.
- a estabilidade política, com a participação de bárbaros no governo.
- a substituição dos voluntários romanos por guerreiros profissionais.