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Período Helenístico (336 a 146 a.C.)

Lista de 06 exercícios de História com gabarito sobre o tema Período Helenístico (336 a 146 a.C.) com questões de Vestibulares.


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01. (UFPR) Sobre o período helenístico (séculos IV a II a.C.) é correto afirmar:

  1. Com a rápida conquista territorial feita pelos macedônios, liderados especialmente por Alexandre Magno, houve a difusão da cultura grega do Egito até a Índia, por meio da adoção da koiné, uma variante mais simples do grego. Ocorreu a fusão entre culturas orientais e a cultura grega, além da construção de polos culturais, como Alexandria. Esse período deixou uma influência duradoura, que se manteve também dentro dos limites do Império Romano.
  2. Foi um longo período de desenvolvimento econômico, em que a agricultura foi incentivada por todos os territórios conquistados por Alexandre Magno. O objetivo desse imperador era rivalizar com o Império Romano, estabelecendo em Alexandria um governo despótico e centralizador. Nesse período, a cultura grega se expandiu do Egito até a China.
  3. Foi marcado pelas conquistas de Alexandre Magno, que teve dificuldades em expandir o seu governo, por conta da resistência dos romanos e dos persas. Apesar de ter reinado por décadas, Alexandre Magno não conseguiu manter a independência grega, perdendo seus territórios para o nascente Império Romano.
  4. Foi um período de decadência cultural, em que manifestações culturais gregas misturaram-se a influências de outras culturas conquistadas pelos exércitos de Alexandre Magno. Devido ao seu rápido crescimento, o império helenístico permitiu que as culturas e costumes locais se preservassem em troca de lealdade política. Isso levou ao fim da língua, da filosofia, do teatro e da arquitetura gregas.
  5. Foi uma era de violência endêmica e de escravidão dos povos conquistados por Alexandre Magno, o que explica sua breve duração. Logo após a morte de Alexandre, o império se dividiu e foi conquistado pelos persas. Dessa forma, o projeto de difusão da cultura grega foi abandonado, deixando alguns poucos monumentos e bibliotecas pelo Oriente.

02. (FATEC) A figura mostra uma tapeçaria funerária produzida no Egito, durante o chamado Período Helenístico, retratatando um homem vestido como grego, posicionado entre dois deuses egípcios, Osíris e Anúbis.

Assinale a alternativa que explica, corretamente, a fusão das culturas grega e egípcia representada na tapeçaria.

  1. As sucessivas incursões militares empreendidas pela rainha Cleópatra VI nos territórios gregos proporcionaram o contato dos egípcios com a arte e a filosofia a helenística, cuja concepção estética influenciou a produção dos artesãos do Baixo Egito.
  2. Educado por Aristóteles, o faraó Menés, responsável pela unificação dos reinos do Baixo e do Alto Egito, tornou-se grande admirador da arte e da filosofia gregas, e foi o responsável pela difusão da cultura helenística em seu império.
  3. A política expansionista de Alexandre, o Grande, promoveu o contato dos gregos com outros povos da Europa, da Ásia e da África, e originou a cultura helenística, caracterizada pela miscigenação de diversos elementos culturais.
  4. Os egípcios tomaram contato com a cultura helenística por meio do comércio com os povos visigodo, ostrogodo, viking e alano que, partindo do norte da Europa, navegavam até o Nilo levando produtos de diferentes procedências.
  5. Resultado da união política da Grécia e do Egito, por meio do casamento de Alexandre, o Grande, com Cleópatra VI, a cultura helenística foi imposta, muitas vezes à força, a todos os súditos do novo império.

03. (UFPB) O filme Alexandre representou a vida do famoso imperador da Macedônia que constituiu um grande império, incluindo a Grécia, o Egito, a Síria, a Pérsia, indo até as fronteiras com a Índia. Alexandre foi educado pelo filósofo Aristóteles e o seu registro memorável na História deve-se, além de seus feitos militares, à difusão da cultura grega nas regiões do Oriente por ele conquistadas. Esse processo histórico-cultural, conhecido como helenismo, caracterizou-se pelo(a):

  1. formação de uma nova cultura, sem elementos culturais gregos nem orientais.
  2. desaparecimento das culturas orientais diante da cultura grega ou helênica.
  3. conflito cultural irreconciliável entre a cultura grega e as culturas orientais.
  4. desaparecimento da cultura grega diante das culturas orientais (persa e egípcia).
  5. constituição de uma cultura diferenciada, com elementos gregos e orientais.

04. (ESPM) Algumas das obras da escultura clássica que desfrutaram de maior fama em épocas posteriores foram criadas durante o período helenístico, como o Laocoonte e seus filhos. A obra representa a terrível cena em que o sacerdote troiano Laocoonte e seus dois infelizes filhos são envolvidos por duas gigantescas serpentes, em seus anéis, que os estrangulam.

(E. H. Gombrich. A História da Arte)

Sobre a cultura helenística mencionada no texto, é correto assinalar:

  1. foi uma cultura exclusivamente grega e portanto nacionalista, exprimindo o orgulho do povo por sua cidade;
  2. foi uma cultura exclusivamente oriental, desprezando o humanismo;
  3. a cultura helenística fundiu aspectos da cultura grega com a cultura oriental, tornando-se mais realista e exprimindo a violência e a dor;
  4. foi uma cultura influenciada pelo cristianismo e serviu para expressar o poder e a influência da Igreja Católica;
  5. foi uma cultura influenciada pelo islamismo e limitada pelas especificações religiosas.

05. (F. de Medicina de Jundiaí) Leia o documento que descreve métodos de médicos famosos de Alexandria, no período helenístico (século III a.C.).

Além disso, como as dores e diversas espécies de doenças nascem nas partes internas do corpo, eles sustentam que ninguém pode aplicar remédios nessas partes se as ignorar. Por isso é necessário abrir os cadáveres humanos e examinar-lhes as vísceras e intestinos. Herófile e Erasístrato fizeram isso da melhor maneira possível: abriram corpos de homens vivos – criminosos que os reis haviam retirado da condenação ao cárcere – e observaram, enquanto esses indivíduos ainda respiravam, as partes que a natureza havia ocultado até então.

(Aurélio Cornélio Celso, século I d.C. apud Armelle Enders et al. História em curso, 2008. Adaptado.)

O documento revela

  1. o descompasso entre a intenção de curar as pessoas e a religião, que proibia o estudo em cadáveres.
  2. a obtenção de conhecimentos de anatomia a partir de práticas que podiam resultar na morte de seres humanos.
  3. a combinação de elementos culturais gregos e romanos a fim de desenvolver a ciência no império que Roma formara.
  4. a contradição entre a ciência experimental e a resignação dos homens às determinações dos deuses.
  5. o avanço da medicina babilônica, que superava os conhecimentos dos contemporâneos gregos.

06. (F. de Medicina de Jundiaí) Desde os tempos homéricos, passando pelo período helenístico, até o final do Império Romano, a propriedade da terra permaneceu como a condição básica para que o cidadão gozasse de poder e prestígio. [...]

É de Marx a célebre frase: “A história antiga clássica é a história das cidades, porém, de cidades baseadas sobre a propriedade da terra e da agricultura.”

(Maria Beatriz B. Florenzano. O mundo antigo: economia e sociedade, 1982.)

A análise do fragmento permite concluir corretamente que

  1. a supremacia econômica do espaço urbano sobre o rural deveu-se à especial capacidade de acumulação de capitais por parte das cidades da Antiguidade.
  2. a utilização do trabalho livre nas cidades e do trabalho compulsório no campo determinou a prevalência das cidades sobre os espaços rurais greco-romanos.
  3. a importância obtida pela vida urbana no mundo grecoromano tem por fundamento uma estrutura social e política essencialmente agrária.
  4. a inexpressiva participação política das populações campesinas é parte da explicação para a hegemonia do mundo urbano na Antiguidade Clássica.
  5. os espaços urbanos na Antiguidade recebiam a maior parte das populações, mas o desenvolvimento técnico era exclusividade do campo.

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