Revoltas Nativistas
Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Revoltas Nativistas com questões de Vestibulares.
As principais revoltas nativistas foram: a Revolta de Beckman, no Maranhão; a Revolta de Filipe dos Santos, em Vila Rica; a Guerra dos Emboabas, dos Mascates, Revolução Farroupilha, Revolta dos Alfaiates e a Revolução Pernambucana, esta já no século XIX. A Revolta da Cachaça, no entanto, destaca-se por ter sido o primeiro conflito armado surgido entre os colonos contra a metrópole portuguesa.
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01. (Fuvest) A elevação de Recife à condição de vila; os protestos contra a implantação das Casas de Fundição e contra a cobrança de quinto; a extrema miséria e carestia reinantes em Salvador, no final do século XVIII, foram episódios que colaboraram, respectivamente, para as seguintes sublevações coloniais:
- Guerra dos Emboabas, Inconfidência Mineira e Conjura dos Alfaiates.
- Guerra dos Mascates, Motim do Pitangui e Revolta dos Malês.
- Conspiração dos Suassunas, Inconfidência Mineira e Revolta do Maneta.
- Confederação do Equador, Revolta de Felipe dos Santos e Revolta dos Malês.
- Guerra dos Mascates, Revolta de Felipe dos Santos e Conjura dos Alfaiates.
02. (Unibero-SP) A Guerra dos Emboabas (1707-1709) e a Inconfidência Mineira (1789) foram revoltas ocorridas no Brasil. Sobre elas, assinale a alternativa correta:
- Ambas tinham o objetivo de separar o Brasil de Portugal e ocorreram na região da mineração.
- A primeira e considerada uma revolução separatista e mais radical do que a segunda, tendo ocorrido na região de São Paulo e liderada pelos Bandeirantes.
- Tanto a primeira como a segunda foram influenciadas pelas ideias iluministas e pela independência das Treze Colônias inglesas, mas só a segunda teve êxito nos seus objetivos.
- A primeira foi bem-sucedida, garantindo aos paulistas a posse da região da mineração, enquanto a segunda foi reprimida pela Coroa portuguesa antes de acontecer.
- Ambas ocorreram na mesma região do Brasil, contra a dominação portuguesa na área da mineração, no entanto, somente a segunda teve influência das ideias iluministas europeias.
03. (PUC-Campinas) Contextualizando historicamente a Guerra dos Mascates a que a poesia se refere, é correto afirmar que ela
- teve conotação nativista, mas não antilusitana, uma vez que foi um movimento resultante da luta entre os grandes proprietários de terras de Olinda e o governo, pelo comércio interno do açúcar no Recife.
- resultou da insatisfação das camadas mais pobres da população da vila de Olinda contra o controle da produção e comercialização dos produtos de exportação impostos pelos comerciantes de Recife.
- refletiu a lógica do sistema colonial: de um lado, os colonos latifundiários de Olinda endividados e empobrecidos; de outro, os comerciantes metropolitanos de Recife, credores e enriquecidos.
- significou o marco inicial da formação do nativismo na colônia: de um lado, criou um forte sentimento antilusitano que se enraizou em Olinda; de outro intensificou a luta contra os comerciantes lusos de Recife.
- foi um dos mais importantes movimentos de resistência colonial: de um lado, a recusa dos proprietários rurais de Olinda em obedecer a metrópole; de outro, a luta dos comerciantes de Recife pelo monopólio do açúcar.
04. (Cesgranrio) A colonização brasileira foi sempre marcada por confrontos que refletiam a diversidade de interesses presentes na sociedade colonial como pode ser observado nos(as):
- conflitos internos, sem conteúdo emancipacionista, como as Guerras dos Emboabas e dos Mascates.
- ideais monárquicos e democráticos defendidos pelos mineradores e agricultores na Conjuração Mineira.
- projetos imperiais adotados pela Revolução Pernambucana de 1817 por influência da burocracia lusitana.
- reações contrárias aos monopólios, como na Conjuração Baiana, organizada pelos comerciantes locais.
- características nacionalistas de todos os movimentos ocorridos no período colonial, como nas Revoltas do Rio de Janeiro e de Beckman.
05. (Fgv) Antunes voltou ao capão e transmitiu a seus companheiros as promessas de Bento. Os paulistas saíram dos matos aos poucos, depondo as armas. Muitos não passavam de meninos; outros eram bastante velhos. Sujos, magros, cambaleavam, apoiavam-se em seus companheiros. Estendiam a mão, ajoelhados, suplicando por água e comida. Bento fez com que os paulistas se reunissem numa clareira para receber água e comida. Os emboabas saíram da circunvalação, formando-se em torno dos prisioneiros. Bento deu ordem de fogo. Os paulistas que não morreram pelos tiros foram sacrificados a golpes de espada.
(Ana Miranda, O retrato do rei)
O texto trata do chamado Capão da Traição, episódio que faz parte da Guerra dos Emboabas, que se constituiu
- em um conflito opondo paulistas e forasteiros pelo controle das áreas de mineração e tensões relacionadas com o comércio e a especulação de artigos de consumo como a carne de gado, controlada pelos forasteiros.
- em uma rebelião envolvendo senhores de minas de regiões distantes dos maiores centros – como Vila Rica – que não aceitavam a legislação portuguesa referente à distribuição das datas e a cobrança do dízimo.
- no primeiro movimento colonial organizado que tinha como principal objetivo separar a região das Minas Gerais do domínio do Rio de Janeiro, assim como da metrópole portuguesa, e que teve a participação de escravos.
- no mais importante movimento nativista da segunda metade do século XVIII, que envolveu índios cativos, escravos africanos e pequenos mineradores e faiscadores contra a criação das Casas de Fundição.
- na primeira rebelião ligada aos princípios do liberalismo, pois defendia reformas nas práticas coloniais e exigia que qualquer aumento nos tributos tivesse a garantia de representação política para os colonos.
06. (FGV) "A confrontação entre a loja e o engenho tendeu principalmente a assumir a forma de uma contenda municipal, de escopo jurídico-institucional, entre um Recife florescente que aspirava à emancipação e uma Olinda decadente que procurava mantê-Io numa sujeição irrealista. Essa ingênua fachada municipalista não podia, contudo, resistir ao embate dos interesses em choque. Logo revelou-se o que realmente era, o jogo de cena a esconder uma luta pelo poder entre o credor urbano e o devedor rural."
(Evaldo Cabral de Mello. A fronda dos mazombos, São Paulo, Cia. das Letras, 1995, p. 123).
O autor refere-se:
- ao episódio conhecido como a Aclamação de Amador Bueno.
- à chamada Guerra dos Mascates.
- aos acontecimentos que precederam a invasão holandesa de Pernambuco.
- às consequências da criação, por Pombal, da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco.
- às guerras de Independência em Pernambuco.
07. (UFRN) A Guerra dos Emboabas, a dos Mascates e a Revolta de Vila Rica, verificadas nas primeiras décadas do século XVIII, podem ser caracterizadas como:
- movimentos isolados em defesa de ideias liberais, nas diversas capitanias, com a intenção de se criarem governos republicanos;
- movimentos de defesa das terras brasileiras, que resultaram num sentimento nacionalista, visando à independência política;
- manifestações de rebeldia localizadas, que contestavam alguns aspectos da política econômica de dominação do governo português;
- manifestações das camadas populares das regiões envolvidas, contra as elites locais, negando a autoridade do governo metropolitano.
- manifestações separatistas de ideologia liberal contrárias ao domínio português.
08. (UFPE) O termo Nativismo é utilizado pelos historiadores para designar revoltas ou movimentos de resistência contra a dominação portuguesa. São movimentos nativistas ocorridos no Brasil:
- Mascates, Emboabas, Revolta de Beckman.
- Guerra dos Bárbaros, Mascates.
- Revolução de 1817, Confederação do Equador.
- Revolução Praeira, Canudos, Quilombo dos Palmares.
- Confederação dos Tamoios, Guerra dos Bárbaros.
09. (Unama-PA) A Guerra dos Mascates (Pernambuco, 1710-12) exprime:
- um movimento coordenado em busca da independência.
- um sentimento de animosidade contra os holandeses invasores.
- a insatisfação com a política do marquês de Pombal.
- o interesse da burguesia agrária em alcançar os cargos dos Conselhos Municipais.
- o declínio das lavouras canavieiras.
10. (UFPA) A chamada Revolta de Beckman, no Maranhão (1684), ilustra uma realidade produzida pelas peculiaridades do sistema colonial no Brasil. Sustenta-se, nesse sentido, que:
- o movimento revelou os sérios problemas de mão-de-obra enfrentados pelo Maranhão, à época, limitando as próprias possibilidades econômicas da capitania.
- tratou-se de um movimento nascido no interior da crise da política pombalina para o Brasil, traduzi-da, no caso, pelo fechamento da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão.
- a revolta revelou o descontentamento das elites locais diante da proibição, estabelecida pelo governo de D. João IV, para o funcionamento das manufaturas no Maranhão.
- o movimento buscou, contrariando os interesses de Portugal, o concurso de capitais holandeses para a agricultura maranhense, recursos esses não proporcionados por Lisboa.
- o contexto da revolta foi o da marginalização econômica do Maranhão, produzida pela decadência da sua mineração, o que afastou Portugal da capitania.