Marquês de Pombal
Lista de 15 exercícios de História com gabarito sobre o tema Marquês de Pombal com questões de Vestibulares.
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01. (EsPCEx) Na segunda metade do século XVIII, durante a administração do marquês de Pombal (1750 a 1777), foram adotadas medidas que objetivavam tornar mais ágil e eficiente a administração da colônia portuguesa do Brasil, dentre as quais se destaca:
- a elevação do Estado do Brasil à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarve.
- o reconhecimento da importância das Regiões do Sul e Sudeste, em função do incremento do ciclo econômico do café.
- a transferência da capital do estado do Brasil, de Salvador para o Rio de Janeiro.
- o estado do Grão-Pará e Maranhão recebeu a denominação de estado do Maranhão.
- a restauração do sistema de Capitanias Hereditárias.
02. (ESPM) Três monarcas governaram Portugal durante o século XVIII. O longo reinado de Dom João V cobriu a primeira metade do século, durante a qual fluíram grandes riquezas para Lisboa, vindas dos territórios brasileiros, a ‘vaca leiteira’ de Portugal, como tão pitorescamente descreveu o professor Charles Boxer o papel da América Portuguesa nesse período. Em 1750 Dom João V foi sucedido por seu filho Dom José I, cujo reinado se assinalou pela longa predominância do Marques de Pombal nos assuntos de Estado e pelo reinado da devota, e mais tarde louca, Dona Maria I, que sucedeu ao seu pai em 1777.
(Kenneth Maxwell. Marques de Pombal: paradoxo do Iluminismo)
A partir da leitura do texto e tendo em conta a relação entre a política de Marques de Pombal e o Brasil, assinale a alternativa que apresente a grande riqueza que fluía para Portugal levada do território brasileiro, bem como uma medida da administração pombalina com impacto na exploração de tal riqueza:
- ouro – criação da Derrama;
- ouro – criação das Casas de Fundição;
- ouro – Tratado de Methuen;
- cana de açúcar – criação do Conselho Ultramarino;
- cana de açúcar – extinção das Capitanias Hereditárias.
03. (FGV-SP) Encontro, teoricamente inexplicável, de dois fenômenos que deveriam em princípio repelir-se um ao outro: o Mercantilismo e a Ilustração. Entretanto, ali estavam eles juntos, articulados, durante todo o período pombalino.
FALCON, F. J. C., A época pombalina. São Paulo: Ática, 1982, p. 483.
Entre as medidas implementadas durante o período em que o Marquês de Pombal foi o principal ministro do rei português D. José I, é correto apontar:
- A anistia aos mineradores da colônia que possuíam débitos tributários com a metrópole portuguesa.
- A implementação de medidas liberalizantes e a extinção das companhias de comércio monopolistas.
- O estabelecimento do Diretório dos Índios, que significou uma tentativa de enfraquecer o poder dos jesuítas.
- A intensificação das perseguições aos judeus e cristãos-novos bem como o fortalecimento do Tribunal do Santo Ofício.
- O fortalecimento da nobreza e do clero em detrimento dos setores financeiros e mercantis da sociedade portuguesa.
04. (ESPM) Em 1759 os jesuítas foram expulsos de Portugal e do Brasil pelo marquês de Pombal. Nas reformas pombalinas, a expulsão dos jesuítas foi capítulo dos mais dramáticos, ousados e radicais, demonstrando até que ponto se reafirmava a soberania do Estado português na colônia.
(Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez. História do Brasil: Uma interpretação)
Os problemas em questão têm por origem o seguinte:
- Pombal acusava a Companhia de Jesus de formar um verdadeiro Estado dentro do Estado e resistir ao poder do rei;
- Pombal condenava o monopólio do comércio de escravos africanos pela Companhia de Jesus;
- Pombal se ressentiu da recusa por parte da Companhia de Jesus de participar da colonização do Estado do Grão-Pará e Maranhão;
- Pombal rompeu com os jesuítas após a Companhia de Jesus apresentar uma decidida condenação ao tráfico negreiro praticado pelo governo português;
- Os jesuítas apoiavam as pretensões espanholas nas negociações dos tratados de limites ocorridos no século XVIII.
05. (UEA) O Pará e o Maranhão receberam, entre 1757 e 1777, por tráfico da Companhia, 25 965 escravos africanos, uma vez que o braço indígena não era facilmente recrutado, devido à proteção dos religiosos e da legislação vigente. A Companhia teve um papel preponderante no incentivo à lavoura de algodão, cacau, cravo e arroz, numa região caracterizada economicamente pela colheita de espécies florestais de rendimentos financeiros elevados e de mais fácil obtenção.
(Arthur Cézar Ferreira Reis. “O comércio colonial e as companhias privilegiadas”. A época colonial, vol 2, 1960. Adaptado.)
O Ministro português, Marquês de Pombal, organizou a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão em 1755. A partir da leitura do excerto, é correto concluir que a Companhia foi criada com a finalidade de
- diminuir a presença da Metrópole na região e incentivar os empreendimentos da burguesia amazônica.
- estabelecer condições políticas para a independência da região e explorar suas riquezas minerais.
- abrir o comércio da região aos navios estrangeiros e garantir a liberdade dos indígenas.
- circunscrever, por meio de fronteiras, as possessões portuguesas na região e evitar a ocupação espanhola.
- resolver o problema da mão de obra na região e diversificar suas atividades econômicas.
06. (UESB) O século XVIII foi para o Brasil o período da consolidação colonial. A descoberta das minas de ouro e diamante na região central da colônia e a consequente expansão da colonização portuguesa permitiram articular o “arquipélago de colônias”, ainda que de forma tênue, pelos caminhos de gado, campos de criatório e feiras. Para além, as grandes transformações em curso na Europa refletiram-se no Brasil, espacializadas pelas mudanças em suas fronteiras.
O final do século XVIII apresenta-se, para Portugal, como um período de crise, que suscitou mudanças expressas pela política pombalina, na qual a indústria, a agricultura e o comércio são objetos da ação governamental, em particular a agricultura, cujos resultados se fizeram sentir no espaço colonial – Brasil: matérias-primas para a indústria portuguesa, produtos para a reexportação do Reino, alimentos para a metrópole. De acordo com Wehling & Wehling, o ressurgimento das companhias privilegiadas de comércio, de cunho fortemente mercantilista, criadas por Pombal, objetivou atenuar os efeitos da crise decorrente da queda da produção de ouro na Colônia.
(O SÉCULO XVIII... 2013).
A política estabelecida pelo Marquês de Pombal, que determinou uma série de transformações no Brasil e em Portugal, se insere em um contexto mais amplo das mudanças processadas na Europa nesse período.
Em relação a esse quadro, pode-se afirmar que
- o controle metropolitano sobre a colônia aumentou e o funcionamento das Câmaras Municipais foi proibido, o que provocou as primeiras rebeliões de caráter separatista.
- a proibição da circulação do ouro em pó e a criação das Casas de Fundição, reforçando o pacto colonial, contribuíram para a eclosão da Revolta de Vila Rica.
- o Brasil passou a desenvolver uma economia diversificada, visando solucionar a crise econômica portuguesa, com o forte desenvolvimento das manufaturas.
- a Inconfidência Mineira, reflexo da crise da produção aurífera, pretendeu a separação de Portugal e a adoção de um regime republicano pautado na indústria e no trabalho assalariado.
- a insatisfação dos colonos em relação à atuação das companhias privilegiadas de comércio levou à eclosão da Revolução Farroupilha, cujo objetivo central era a liberdade de comércio e produção.
07. (UFU) A partir de 1750-60, a produção mineradora começou a declinar. Tal mudança, articulada a outros elementos, determinou uma revisão da política mercantilista durante a administração do Marquês de Pombal, secretário de Estado de D. José I.
ALBUQUERQUE, Manuel Maurício de. Pequena História da Formação Social Brasileira. 2.ed. Rio de Janeiro: Graal, 1981, p.100. (Adaptado).
A crise econômica da segunda metade do século XVIII abriu caminho para as reformas pombalinas, vistas como inevitáveis para a recuperação econômica do reino de Portugal e que se caracterizavam, entre outras medidas,
- pelo estreitamento das relações comerciais com a Inglaterra, país que era visto como mercado seguro dos produtos primários das colônias portuguesas.
- pelo estreitamento das relações com a Igreja, com o aumento da presença dos jesuítas, vistos como agentes importantes da modernização educacional.
- pelo incentivo à produção manufatureira na colônia, com o objetivo de diminuir a dependência econômica em relação aos produtos primários.
- pelo surgimento dos primeiros projetos de abolição de escravos, com o objetivo de formar um mercado consumidor para as indústrias da colônia.
08. (UFPR) As reformas pombalinas, encetadas por Sebastião José de Carvalho e Mello (1699–1782), o Marquês de Pombal, tiveram efeito entre 1755, logo após o terremoto de Lisboa, e 1777, quando esse estadista perdeu sua proeminência na administração do império português. Sobre as reformas que implantou ao longo de sua administração como ministro de Dom José I, é correto afirmar:
- Tiveram grande impacto sobre o Brasil, uma vez que se criaram companhias de comércio em todas as capitanias, com o objetivo mais amplo de racionalizar o comércio e implantar um rígido sistema colonial, vinculando metrópole e colônia.
- Ativeram-se, no campo da educação, ao ensino básico, deixando de lado as instituições universitárias portuguesas.
- Basearam-se na aliança e aproximação à Ordem Jesuítica, que recebeu impulsos e estímulos fundamentais por seu papel na educação oferecida no Reino e nas colônias.
- Consistiram, entre outras medidas, na criação de instituições e repartições públicas vitais à administração do Reino e suas colônias, como o Erário Régio.
- Reforçaram, graças ao seu caráter absolutista, distinções de raça e classe em Portugal e suas colônias, impedindo a ascensão social de negros, índios e indianos existentes nos domínios lusos.
09. (UECE) Assinale a opção que apresenta corretamente ações atribuídas ao Marquês de Pombal na Colônia Brasileira.
- Extinção do sistema de capitanias hereditárias e transferência da sede do governo colonial de Salvador para o Rio de Janeiro.
- Criação das Companhias Comerciais do Grão Pará e do Maranhão, e a organização da Universidade de Coimbra.
- Extinção da Mesa de Inspeção dos Portos e da cobrança do quinto na região das minas.
- Expulsão dos Jesuítas do Brasil e incentivo à criação das indústrias de manufaturas.
10. (UFRR) “A partir de 1657, com a fundação da missão dos jesuítas no rio Negro, a ocupação lusitana, baseada no trabalho das ordens religiosas, teve início efetivo. O trabalho segue intenso até 1750, culminando com a assinatura do tratado de Madrid e a ascensão ao poder do Marquês de Pombal.”
SOUZA, Marcio. História da Amazônia. Manaus: Valer, 2009. p. 115.
De acordo com o período abordado, é incorreto afirmar que:
- para obter maior conhecimento sobre o norte do Brasil, os portugueses enviaram expedições exploratórias para a Amazônia, no século XVIII, chefiadas por Alexandre Rodrigues Ferreira e por Koch-Grunberg;
- Marquês de Pombal, ao assumir o poder em Portugal, expulsou os jesuítas, passou a administrar como déspota esclarecido e incentivou o comércio na região amazônica;
- os portugueses, interessados na posse e controle da região amazônica, assinaram o Tratado de Madrid e mandaram construir o forte São Joaquim do Rio Branco, para assegurar a posse local;
- a catequese foi importante meio de manter o controle na região amazônica em vista dos crescentes interesses franceses, holandeses e espanhóis;
- os portugueses, interessados em aumentar o comércio das drogas do sertão, intensificaram a navegação fluvial entre Mato Grosso e Pará e criaram a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e do Maranhão.
11. (URCA) “No fim de julho de 1750, rodeado de relíquias multifárias, embalado ao som de um canto coral eclesiástico expirava, afinal, D. João V, o moribundo Roi Soleil português. Três dias após a ascensão de D. José I começava a predominar nos negócios de Estado Sebastião José de Carvalho e Melo, posteriormente conhecido como Marquês de Pombal.”
(MAXWELL, Kenneth. A devassa da devassa: a inconfidência mineira: Brasil e Portugal 17501808. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005).
Assinale a alternativa que destaca corretamente o contexto histórico de Brasil e Portugal no período de que trata a obra.
- Quando o Marques de Pombal assumiu o cargo, Portugal passava por grandes dificuldades econômicas em face da dependência em relação à Inglaterra, enquanto o Brasil fornecia ouro que favorecia o crescimento da marinha e da indústria britânica;
- As exportações brasileiras na segunda metade do século XVIII refletiam as especializações de cada região: o Rio de Janeiro exportava madeira e açúcar; Pernambuco exportava cacau; e o Grão Pará e Maranhão exportavam ouro, couro e prata.
- O crescimento da economia inglesa na época era fruto do Tratado de Methuen, de 1703, que dava grandes vantagens aos tecidos portugueses que entravam na Inglaterra a preços baixos e eram vendidos por preços exorbitantes pelos britânicos nas colônias portuguesas como o Brasil;
- Um dos grandes problemas enfrentados por Pombal foi a sua pretensão de proteger os jesuítas e os índios da região do Uruguai, os Sete Povos das Missões, contra as investidas espanholas para expulsálos da América;
- A abundância de ouro brasileiro no mercado português nas décadas de 1760, 1770 e 1780 fez com que se intensificasse o comércio entre Portugal e Inglaterra, favorecendo a economia portuguesa e, consequentemente, a economia colonial brasileira.
12. (UEA) Da ilha amazônica de Marajó ao interior do Piauí, os padres da Companhia possuíam extensas fazendas de gado e de cavalos. No Amazonas, as flotilhas de canoas dos jesuítas aportavam todos os anos em Belém com invejáveis quantidades de cacau, cravo-da-índia, canela e salsaparrilha, cultivados às margens dos principais afluentes do grande rio. A Companhia possuía direitos e privilégios que incluíam a total isenção em Portugal e no Brasil de taxas alfandegárias para todos os seus produtos.
(Daniel Alden. “O período final do Brasil colônia: 1750-1808”. In: Leslie Bethell (org.) História da América Latina: A América Latina Colonial, vol. II, 1999. Adaptado.)
O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, expulsou a Companhia de Jesus de Portugal e do Brasil em 1759.
A sua decisão visou, entre outros objetivos,
- favorecer a escravização dos indígenas das missões religiosas e combater o contrabando das drogas do sertão.
- diversificar as atividades econômicas no Império e suspender o monopólio comercial da Metrópole sobre as especiarias exportadas.
- consolidar as fronteiras com os territórios espanhóis nas regiões de floresta e isolar internamente os aliados dos reis católicos de Castela.
- afastar uma instituição relativamente independente dentro do Estado e incorporar as riquezas da Ordem em período de dificuldades financeiras.
- aproximar-se das nações protestantes economicamente desenvolvidas e abolir a influência religiosa nos assuntos políticos.
13. (UFTM) A Portugal, a economia do ouro proporcionou apenas uma aparência de riqueza [...]. Como agudamente observou o Marquês de Pombal, na segunda metade do século XVIII, o ouro era uma riqueza puramente fictícia para Portugal.
(Celso Furtado. Formação econômica do Brasil, 1971. Adaptado.)
A afirmação do texto, relativa à economia do ouro no Brasil colonial, pode ser explicada
- pelos acordos diplomáticos entre Portugal e Espanha, que definiam que as áreas mineradoras, embora estivessem em território sob domínio português, fossem exploradas prioritariamente por espanhóis.
- pelas sucessivas revoltas contra os impostos na região das Minas, que paralisavam seguidamente a exploração do minério e desperdiçavam a oportunidade de enriquecimento rápido.
- pela forte dependência comercial de Portugal com a Inglaterra, que fazia com que boa parte do ouro obtido no Brasil fosse transferido para os cofres ingleses.
- pela incapacidade portuguesa de explorar e transportar o ouro brasileiro, o que levava a Coroa de Portugal a conceder a estrangeiros os direitos de extração do minério.
- pelo grande contrabando existente na região das Minas Gerais, que não era reprimido pelos portugueses e impedia que os minérios chegassem à Metrópole.
14. (UNIMONTES) Entre os anos de 1750 e 1777, Sebastião José de Carvalho e Melo, mais conhecido como Marquês de Pombal, foi uma das principais figuras políticas portuguesas. Como Ministro do rei Dom José I, Carvalho e Melo promoveu uma série de reformas ditas modernizadoras. Observando a lista de ações a seguir, assinale correta (C) para as que foram adotadas pelo Ministro e incorreta (I) para aquelas que não foram de sua responsabilidade.
( ) Criação do Banco Real e da Fazenda Real.
( ) Concessão de isenção fiscal aos produtores portugueses.
( ) Diminuição das taxas e impostos sobre produtos estrangeiros.
( ) Nomeação de pessoas da burguesia para cargos públicos.
( ) Criação da distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos.
A sequência CORRETA é:
- C, C, I, C e I.
- C, I, C, I e C.
- I, I, I, C e C.
- I, C, C, I e I.
15. (UNIMONTES) Em meados do século XVIII, um marco histórico importante foi a ascensão de Dom José I ao trono de Portugal, não propriamente pelo rei, mas por seu ministro Sebastião José de Carvalho e Melo, futuro Marquês de Pombal.
Acerca da obra empreendida pelo ministro português, é INCORRETO afirmar que
- se constituiu em uma peculiar mistura do absolutismo ilustrado com a tentativa de uma aplicação consequente das doutrinas mercantilistas.
- fomentou a instalação de manufaturas tanto em Portugal quanto na América portuguesa, com vistas a tornar a metrópole menos dependente de importações.
- estimulou uma política sistemática de escravização de indígenas, notadamente nas capitanias de São Vicente, Goiás e na fronteira Sul.
- foi responsável pela substituição, no território colonial, do imposto da capitação pelo imposto do quinto do ouro, com a exigência de renda anual de cem arrobas do metal.