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França Antártica

Lista de 04 exercícios de História com gabarito sobre o tema França Antártica com questões de Vestibulares.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema França Antártica .




01. (UFRRJ) O texto abaixo trata das incursões francesas na América; entretanto, essas ainda não representavam que a França tivesse dado início à sua expansão.

“Ao longo do século XVI, os franceses estiveram na América, mas isso não significava uma atitude sistemática e coerente desenvolvida pela Coroa. Era, no mais das vezes, atuação de corsários e uns poucos indivíduos. Como exemplo, pode-se mencionar as invasões do litoral brasileiro, (…) e algumas visitas à América do Norte.” (FARIA, R. de M. e outros. História para o ensino médio. Belo Horizonte:Lê, 1998,p.182)

Entre os motivos que levaram a França a iniciar tardiamente sua expansão marítima e comercial, podemos destacar:

  1. os problemas internos ligados à consolidação do Estado Nacional.
  2. a derrota da França na violenta guerra contra a Alemanha.
  3. a falta de associação entre a Coroa e a burguesia francesa.
  4. a violenta disputa entre calvinistas e luteranos.
  5. A não inclusão das classes superiores no projeto expansionista.

02. (FUVEST) Eu por vezes tenho dito a V. A. aquilo que me parecia acerca dos negócios da França, e isto por ver por conjecturas e aparências grandes aquilo que podia suceder dos pontos mais aparentes, que consigo traziam muito prejuízo ao estado e aumento dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava em vós, Senhor, trabalhardes com modos honestos de fazer que esta gente não houvesse de entrar nem possuir coisa de vossas navegações, pelo grandíssimo dano que daí se podia seguir.

Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 1954.

O trecho acima foi extraído de uma carta dirigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia ao Rei de Portugal D. João III, escrita em Paris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra

  1. a persistência dos ataques franceses contra a América, que Portugal vinha tentando colonizar de modo efetivo desde a adoção do sistema de capitanias hereditárias.
  2. os primórdios da aliança que logo se estabeleceria entre as Coroas de Portugal e da França e que visava a combater as pretensões expansionistas da Espanha na América.
  3. a preocupação dos jesuítas portugueses com a expansão de jesuítas franceses, que, no Brasil, vinham exercendo grande influência sobre as populações nativas.
  4. o projeto de expansão territorial português na Europa, o qual, na época da carta, visava à dominação de territórios franceses tanto na Europa quanto na América.
  5. a manifestação de um conflito entre a recém-criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa em torno do combate à pirataria francesa

03. (FGV) As tentativas francesas de estabelecimento definitivo no Brasil ocorreram entre a segunda metade do século XVI e a primeira metade do século XVII. As regiões que estiveram sob ocupação francesa foram:

  1. Rio de Janeiro (França Antártica) e Pernambuco (França Equinocial);
  2. Pernambuco (França Antártica) e Santa Catarina (França Equinocial);
  3. Bahia (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica);
  4. Maranhão (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica);
  5. Espírito Santo (França Equinocial) e Rio de Janeiro (França Antártica).

04. (FGV-RJ) Navegamos pelo espaço de quatro dias, até que, a dez de novembro, encontramos a barra de um grande rio chamado de Guanabara, pelos nativos (devido à sua semelhança com um lago) e de Rio de Janeiro pelos primeiros descobridores do local. [...] o Senhor de Villegagnon, para se garantir contra possíveis ataques selvagens, que se ofendem com extrema facilidade, e também contra os portugueses, se estes alguma vez quisessem aparecer por ali, fortificou o lugar da melhor maneira que pôde. Os víveres eram-nos fornecidos pelos selvagens e constituídos dos alimentos do país, a saber, peixes e veação diversa, constante de carne de animais selvagens (pois eles, diferentemente de nós, não criam gado), além de farinha feita de raízes [...] Pão e vinho não havia. Em troca destes víveres, recebiam de nós alguns objetos de pequeno valor, como facas, podões e anzóis.

THEVET, André. As singularidades da França Antártica. Belo Horizonte/São Paulo, Itatia/Edusp. 1978, p. 93-94.

O frei franciscano André Thevet esteve em terras brasileiras entre 1555 e 1556, junto com outros franceses comandados por Nicolas de Villegagnon. A leitura do trecho do relato dessa expedição permite

  1. constatar a aceitação, pelo reino francês, da partilha do Novo Mundo realizada por portugueses e espanhóis.
  2. identificar as diferenças entre as práticas coloniais e o tratamento dispensado aos indígenas pelos portugueses e franceses.
  3. perceber as diferenças culturais entre os povos indígenas e os conquistadores europeus.
  4. reconhecer a necessidade da escravidão africana como base para a montagem das estruturas produtoras coloniais.
  5. diferenciar as orientações religiosas dos protestantes franceses das referências católicas ibéricas.

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