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Chegada dos Portugueses ao Brasil

Lista de 10 exercícios de História com gabarito sobre o tema Chegada dos Portugueses ao Brasil com questões de Vestibulares.

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1. (UFSM) O ano de 1998 marca os quinhentos anos do Descobrimento do Brasil, pois, "Em 1498, D. Manuel ordenava que Duarte Pacheco Pereira navegasse pelo Mar Oceano, a partir das ilhas de Cabo Verde até o limite de 370 léguas [estipuladas pelo Tratado de Tordesilhas]. É esta a primeira viagem, efetivamente conhecida pelos portugueses, às costas do litoral norte do Brasil"

(FRANZEN, Beatriz. A presença portuguesa no Brasil antes de 1500. In: ESTUDOS LEOPOLDENSES. São Leopoldo: Unisinos, 1997. p. 95.).

Esse fato fez parte

  1. da expansão marítimo-comercial européia, que deslocou o eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico.
  2. da expansão capitalista portuguesa, em sua fase mercantil-colonial plenamente consolidada no Brasil.
  3. do avanço marítimo português, tendo Duarte Pacheco Pereira papel relevante na espionagem e pirataria no Atlântico.
  4. do processo de instalação de feitorias no Brasil, pois Duarte Pacheco Pereira instalou a primeira feitoria, ou seja, São Luiz do Maranhão.
  5. das expedições exploradas do litoral brasileiro, cujo papel de reconhecimento econômico e geográfico coube a Duarte Pacheco Pereira.

2. (Mackenzie) A árvore de pau-brasil era frondosa, com folhas de um verde acinzentado quase metálico e belas flores amarelas. Havia exemplares extraordinários, tão grossos que três homens não poderiam abraçá-los. O tronco vermelho ferruginoso chegava a ter, algumas vezes, 30 metros(...)

Náufragos, Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno)

Em 1550, segundo o pastor francês Jean de Lery, em um único depósito havia cem mil toras.

Sobre esta riqueza neste período da História do Brasil podemos afirmar.

  1. O extrativismo foi rigidamente controlado para evitar o esgotamento da madeira.
  2. Provocou intenso povoamento e colonização, já que demandava muita mão-de-obra.
  3. Explorado com mão-de-obra indígena, através do escambo, gerou feitorias ao longo da costa; seu intenso extrativismo levou ao esgotamento da madeira.
  4. O litoral brasileiro não era ainda alvo de traficantes e corsários franceses e de outras nacionalidades, já que a madeira não tinha valor comercial.
  5. Os choques violentos com as tribos foram inevitáveis, já que os portugueses arrendatários escravizaram as tribos litorâneas para a exploração do pau-brasil.

3. (Unesp) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:

  1. a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosi.
  2. as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
  3. o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos naturais.
  4. as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.
  5. as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.

4. (Cesgranrio) O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no século XV. Embora não houvesse interesse específico de expansão para o Ocidente,...

  1. a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano.
  2. o Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente.
  3. o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar às Índias.
  4. a procura de terras no Ocidente foi uma reação de Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava da América.
  5. essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas intempéries que desviaram a esquadra da rota da Índia.

5. (Mack) Em 1585, os colonos de São Vicente, São Paulo e Santos enviaram uma petição ao capitão-mor de São Vicente na qual solicitaram uma autorização para organizar uma expedição de guerra contra uma tribo indígena, justificando “(...) que Sua Mercê com a gente desta dita capitania faça guerra campal aos índios denominados carijós, os quais a têm há muitos anos merecida por terem mortos de quarenta anos a esta parte mais de cento e cinqüenta homens brancos (...)”.

O contexto no qual essa petição foi elaborada nos permite afirmar que:

  1. a utilização da mão-de-obra indígena se fazia necessária nesse momento pela falta de braços africanos, já que essa região era uma importante fonte de renda para a Metrópole.
  2. a escravidão indígena foi a solução adotada principalmente nas áreas mais prósperas, como Pernambuco e Bahia, onde a exportação açucareira exigia um elevado contingente humano para a realização do trabalho.
  3. não ocorreram conflitos intertribais entre os nativos, o que dificultava a ação das expedições de apresamento indígena, que constantemente enfrentavam o perigo e a morte para realizar a captura de mão-de-obra.
  4. para descumprir as ordens, vindas da Coroa, de proibição à escravização dos nativos, os colonos alegavam motivos relacionados a sua segurança pessoal e à moralização dos costumes, haja vista os inúmeros casamentos mistos realizados nessa região.
  5. a escravidão indígena foi usada em toda a colônia, como solução econômica secundária para a falta ou escassez de escravos africanos, mas fracassou, dentro do contexto de exploração colonial, como solução principal para o problema da mão-de-obra.

6. (PITÁGORAS)Portugal foi o primeiro país da Europa a se lançar nas grandes navegações. Em 1415, os navegantes portugueses chegaram a Ceuta, no Norte da África. Depois da incursão sobre Ceuta, ponto comercial estratégico, os portugueses foram conquistando vários outros pontos da costa da África, onde estabeleceram feitorias para a troca de mercadorias com os africanos, especialmente ouro e escravos. Em 1488, Bartolomeu Dias conseguiu ultrapassar o chamado Cabo das Tormentas, lugar pleno de perigos reais e imaginários, que passou a ser denominado Cabo da Boa Esperança. A façanha de Bartolomeu Dias permitiu que, em 1498, Vasco da Gama atingisse as tão desejadas Índias, lugar das especiarias e de outros produtos exóticos.

Os fatores que contribuíram para o pioneirismo português nas navegações foram, EXCETO

  1. a formação do Estado Nacional português.
  2. o apoio da burguesia e dos nobres.
  3. o desenvolvimento dos instrumentos de navegação.
  4. a Revolução de Avis.
  5. o controle do comércio na rota do Mar Mediterrâneo pela Inglaterra.

7. (UNESP) A propósito da expansão marítimo-comercial européia dos séculos XV e XVI pode-se afirmar que:

  1. a igreja católica foi contrária a expansão e não participou da colonização das novas terras.
  2. os altos custos das navegações empobreceram a burguesia mercantil dos países ibéricos.
  3. a centralização política fortaleceu-se com o descobrimento das novas terras.
  4. os europeus pretendiam absorver os princípios religiosos dos povos americanos.
  5. os descobrimentos intensificaram o comércio das especiarias no mar mediterrâneo.

08. (FMJ) Uma das faces da percepção europeia do homem americano era a demonização. Dizia frei Vicente que o demônio perdera o controle sobre a Europa e se instalara em outra banda da Terra — a América. A infernalidade do demo chegará até a colorir o nome da colônia: Brasil, para nosso religioso, lembra as chamas infernais, vermelhas. E, aqui, ele foi vitorioso, pelo menos na primeira etapa da luta: esqueceu-se o nome de Santa Cruz, e a designação apadrinhada por Satanás acabou levando a melhor.

(Laura de Melo e Souza. Deus e o Diabo na Terra de Santa Cruz, 2005. Adaptado.)

Exemplificada no texto, a percepção dos portugueses em relação aos povos nativos da América Portuguesa era

  1. respeitosa, já que os europeus conseguiam ver nos nativos um povo de cultura distinta, porém merecedora de estudo e compreensão.
  2. negativa, uma vez que os nativos eram vistos como seres sem religião e possíveis cultuadores ou presas do demônio.
  3. indiferente, já que os portugueses protegiam os nativos e preferiam utilizar apenas a mão de obra de africanos escravizados.
  4. de bastante medo, uma vez que os nativos contavam com um arsenal de guerra sofisticado para os padrões europeus da época.
  5. frequentemente positiva, uma vez que estes incorporaram as ideias iluministas de Rousseau sobre o bom selvagem.

09. (UFRR) “No Rio Branco sou vida, sou aruanã, sou canaimé, mapinguari, yakoana, Pajé waymiri. No meu sangue o gosto de açaí” (“Sou”, Zeca Preto).

Esses primeiros habitantes do Brasil sofreram com a chegada dos europeus. De acordo com os registros deixados por viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, ocorreu uma dizimação da população indígena, que se agravou nos séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para essa redução populacional indígena foram:

  1. a prisão e a venda do índio para trabalhar nas minas de prata na Serra do Salitre;
  2. as doenças trazidas pelos europeus, os maus tratos e o trabalho escravo que os índios foram submetidos;
  3. os conflitos permanentes entre as tribos indígenas, afastou definitivamente grupos nativos que seguiram para outros continentes;
  4. a guerra entre os grupos canibais, os ritos comandados por pajés e xamãns e a crueldade incentivada, inclusive, pelas mulheres mais velhas da tribo;
  5. a exploração do trabalho indígena ocorreu de maneira pouco intensa, com incentivo dos dominantes e a reprovação dos padres jesuítas.

10. (IFSulDeMinas) O alimento básico tanto da população livre como dos escravos era a farinha, feita de mandioca ou de milho, cujo cultivo foi aprendido com os índios. Os paulistas foram os grandes responsáveis pela incorporação dos hábitos alimentares indígenas, essenciais para a conquista dos sertões. Em suas incursões pelo sertão, os tropeiros criaram uma comida que mais tarde se tornaria a base da culinária mineira: feijão, carne seca, farinha, angu e couve, alimentos que se podiam manter estocados por longos períodos. A carne de porco e a de vaca e os derivados do leite, como o queijo, eram a base da alimentação devido à distância do litoral.

FURTADO, Júnia. Cultura e sociedade no Brasil Colônia. São Paulo: Atual, 2000, p.98. Adaptado.

Em relação à experiência do bandeirismo, as informações trazidas pelo texto indicam que:

  1. incorporação de hábitos alimentares dos indígenas foi indispensável para o avanço das expedições bandeirantes.
  2. a experiência do bandeirismo contribuiu para a formação de uma identidade regional nas Minas, baseada essencialmente em elementos europeus.
  3. as expedições realizadas pelos paulistas levaram à aniquilação da cultura portuguesa.
  4. Havia enorme distância entre os hábitos de vida dos paulistas, descendentes de europeus, e dos indígenas que viviam no interior do Brasil.

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