Família Real Portuguesa
Lista de 04 exercícios de História com gabarito sobre o tema Família Real Portuguesa com questões de Vestibulares.
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Sociedade, Família Real Portuguesa
01. (Enem 2021) Eu, Dom João, pela graça de Deus, faço saber a V. Mercê que me aprouve banir para essa cidade vários ciganos — homens, mulheres e crianças — devido ao seu escandaloso procedimento neste reino. Tiveram ordem de seguir em diversos navios destinados a esse porto, e, tendo eu proibido, por lei recente, o uso da sua língua habitual, ordeno a V. Mercê que cumpra essa lei sob ameaça de penalidades, não permitindo que ensinem dita língua a seus filhos, de maneira que daqui por diante o seu uso desapareça.
TEIXEIRA, R C. História dos ciganos no Brasil Recdo Núciso ce Estudos Ciganos. 2008
A ordem emanada da Coroa portuguesa para sua colônia americana, em 1718, apresentava um tratamento da identidade cultural pautado em
- converter grupos infiéis à religião oficial.
- suprimir formas divergentes de interação social.
- evitar envolvimento estrangeiro na economia local.
- reprimir indivíduos engajados em revoltas nativistas.
- controlar manifestações artísticas de comunidades autóctones.
Resposta:B
Resolução: O documento real determina a proibição do uso da língua dos ciganos e seu ensino às futuras gerações, ou seja, há uma tentativa deliberada de apagar uma identidade cultural. Isso revela uma ação de repressão cultural e social, com o objetivo de suprimir formas divergentes de interação social, especialmente aquelas que não se encaixam nos padrões estabelecidos pela Coroa Portuguesa.
Economia, Família Real Portuguesa
02. (Enem 2018)
Brasil Colônia
E pois que em outra cousa nesta parte me não posso vingar do demônio, admoesto da parte da cruz de Cristo Jesus a todos que este lugar lerem, que deem a esta terra o nome que com tanta solenidade lhe foi posto, sob pena de a mesma cruz que nos há de ser mostrada no dia final, os acusar de mais devotos do pau-brasil que dela.
Brasil Colônia
E deste modo se hão os povoadores, os quais, por mais arraigados que na terra estejam e mais ricos que sejam, tudo pretendem levar a Portugal, e, se as fazendas e bens que possuem souberam falar, também lhes houveram de ensinar a dizer como os papagaios, aos quais a primeira coisa que ensinam é: papagaio real para Portugal, porque tudo querem para lá.
SALVADOR. F. V In: SOUZA, L. M. (Org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997.
As críticas desses cronistas ao processo de colonização portuguesa na América estavam relacionadas à
- utilização do trabalho escravo.
- implantação de polos urbanos.
- devastação de áreas naturais.
- ocupação de terras indígenas.
- expropriação de riquezas locais.
Resposta:E
Resolução: Os trechos criticam o comportamento dos colonizadores portugueses, que visavam apenas extrair as riquezas da terra (como o pau-brasil) e enviá-las para Portugal, sem preocupação em investir ou desenvolver a colônia. Isso denuncia o processo de expropriação de riquezas locais, típico do colonialismo mercantilista.
Família Real Portuguesa
03. (Enem 2014) A transferência da corte trouxe para a América portuguesa a família real e o governo da Metrópole. Trouxe também, e sobretudo, boa parte do aparato administrativo português. Personalidades diversas e funcionários régios continuaram embarcando para o Brasil atrás da corte, dos seus empregos e dos seus parentes após o ano de 1808.
NOVAIS, F. A.; ALENCASTRO, L. F. (Org.). História da vida privada no Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1997
Os fatos apresentados se relacionam ao processo de independência da América portuguesa por terem
- incentivado o clamor popular por liberdade.
- enfraquecido o pacto de dominação metropolitana.
- motivado as revoltas escravas contra a elite colonial.
- obtido o apoio do grupo constitucionalista português.
- provocado os movimentos separatistas das províncias.
Resposta:B
Resolução: A vinda da corte portuguesa ao Brasil em 1808 enfraqueceu o pacto colonial, pois transferiu o centro do poder para a colônia, criando tensões e contribuindo para o processo de independência. A vinda da corte para a colônia pode não ter sido o principal fator para a manutenção da unidade territorial, no entanto, esta com certeza foi um dos fatores que ajudou o processo completado na segunda metade do século XIX, já que a presença da corte e a posterior independência garantiram legitimidade para o comando no território.
Família Real Portuguesa
04. (Enem PPL 2014)
TEXTO 1
O príncipe D. João VI podia ter decidido ficar em Portugal. Nesse caso, o Brasil com certeza não existiria. A Colõnia se fragmentaria, como se fragmentou a parte espanhola da América. Teríamos, em vez do Brasil de hoje, cinco ou seis países distintos. (José Murilo de Carvalho)
TEXTO II
Há no Brasil uma insistência em reforçar o lugar-comum segundo o qual foi D. João VI o responsável pela unidade do país. Isso não é verdade. A unidade do Brasil foi construída ao longo do tempo e é, antes de tudo, uma fabricação da Coroa. A ideia de que era preciso fortalecer um Império com os territórios de Portugal e Brasil começou já no século XVIII. (Evaldo Cabral de Mello)
1808 — O primeiro ano do resto de nossas vidas. Folha de S. Paulo, 25 nov. 2007(adaptado).
Em 2008, foi comemorado o bicentenário da chegada da família real portuguesa ao Brasil. Nos textos, dois importantes historiadores brasileiros se posicionam diante de um dos possíveis legados desse episódio para a história do país. O legado discutido e um argumento que sustenta a diferença do primeiro ponto de vista para o segundo estão associados, respectivamente, em:
- Integridade territorial — Centralização da administração régia na Corte.
- Desigualdade social — Concentração da propriedade fundiária no campo.
- Homegeneidae intelectual — Difusão das ideias liberais nas universidades.
- Uniformidade cultural — Manutenção da mentalidade escravista nas fazendas.
- Continuidade espacial — Cooptação dos movimentos separatistas nas províncias.
Resposta:A
Resolução: Os jesuítas apesar de contribuírem para a destruição da cultura indígena por um lado, para a sua missão de catequização foi preciso a sistematização e a aprendizagem das línguas nativas, assim os primeiros registros das línguas indígenas ajudaram a manter vivas os diversos idiomas nativos.