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Filosofia Moderna II

Lista de 15 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Filosofia Moderna II com questões do Enem.


Você pode conferir as videoaulas, conteúdo de teoria, e mais questões sobre o tema Filosofia Moderna II.




1. (Enem 2015) Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar.

(HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995)

Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que:

  1. os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação.
  2. o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível.
  3. as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso.
  4. os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória.
  5. as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.

2. (Enem PPL 2015) Após ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a concebo em meu espírito.

(DESCARTES, R. Meditações. Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979)

A proposição “eu sou, eu existo” corresponde a um dos momentos mais importantes na ruptura da filosofia do século XVII com os padrões da reflexão medieval, por:

  1. estabelecer o ceticismo como opção legítima.
  2. utilizar silogismos linguísticos como prova ontológica.
  3. inaugurar a posição teórica conhecida como empirismo.
  4. estabelecer um princípio indubitável para o conhecimento.
  5. questionar a relação entre a filosofia e o tema da existência de Deus.

3. (Enem PPL 2015) TEXTO I

Não é possível passar das trevas da ignorância para a luz da ciência a não ser lendo, com um amor sempre mais vivo, as obras dos Antigos. Ladrem os cães, grunhem os porcos! Nem por isso deixarei de ser um seguidor dos Antigos. Para eles irão todos os meus cuidados e, todos os dias, a aurora me encontrará entregue ao seu estudo.

(BLOIS, P. M. G. História da Idade Média: texto e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000)

TEXTO II

A nossa geração tem arraigado o defeito de recusar admitir tudo o que parece vir dos modernos. Por isso, quando descubro uma ideia pessoal e quero torná-la pública, atribuo-a a outrem e declaro: — Foi fulano de tal que o disse, não sou eu. E para que acreditem totalmente nas minhas opiniões, digo: — O inventor foi fulano de tal, não sou eu.

(BATH, A. Apud PEDRERO SÁNCHEZ, M. G. História da Idade Média. São Paulo: Unesp, 2000)

Nos textos são apresentados pontos de vista distintos sobre as mudanças culturais ocorridas no século XII no Ocidente. Comparando os textos, os autores discutem o(a):

  1. produção do conhecimento face à manutenção dos argumentos de autoridade da Igreja.
  2. caráter dinâmico do pensamento laico frente à estagnação dos estudos religiosos.
  3. surgimento do pensamento científico em oposição à tradição teológica cristã.
  4. desenvolvimento do racionalismo crítico ao opor fé e razão.
  5. construção de um saber teológico científico.

4. (Enem PPL 2015) O filósofo Auguste Comte (1798 - 1857) preenche sua doutrina com uma imagem do progresso social na qual se conjugam ciência e política deve assumir o aspecto de uma ação científica e a política deve ser estudada de maneira científica (a física social). Desde que a Revolução francesa favoreceu a integração do povo na vida social, o posotivismo obstina-se no programa de uma comunidade pacífica. E o Estado, instituição do “reino absoluto da lei”, é a garantia da ordem que impede o retorno potencial das revoluções e engendra o progresso.

RUBY, C. Introdução à filosofia política. São Paulo: Unesp, 1998 (adaptado).

A característica do Estado positivo que lhe permite garantir não só a ordem, como também o desejado progresso das nações, é ser

  1. espaço coletivo, onde as carências e desejos da população se realizam por meio das leis.
  2. produto científico da física socil transcendendo e transformando as exigências da realidade.
  3. elemento unificador, organizando e reprimindo, se necessário, as ações dos membros da comunidade.
  4. programa necessário, tal como a Revolução Francesa, devendo portanto se manter aberto a novas insurreições.
  5. agente repressor, tendo um papel importante a cada revolução, por impor pelo menos um curto período de ordem.

05. (ENEM PPL 2015) A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na ideia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori.

KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Barcarolla, 2009.

A passagem citada expõe um pensamento caracterizado pela

  1. eficácia prática da razão empírica.
  2. transvaloração dos valores judaico-cristãos.
  3. recusa em fundamentar a moral pela experiência.
  4. comparação da ética a uma ciência de rigor matemático.
  5. importância dos valores democráticos nas relações de amizade.

06. (ENEM 2014) A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que continuamente se abre perante nossos olhos (isto é, o universo), que não se pode compreender antes de entender a língua e conhecer os caracteres com os quais está escrito. Ele está escrito em língua matemática, os caracteres são triângulos, circunferências e outras figuras geométricas, sem cujos meios é impossível entender humanamente as palavras; sem eles, vagamos perdidos dentro de um obscuro labirinto.

GALILEI, G. O ensaiador. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

No contexto da Revolução Científica do século XVII, assumir a posição de Galileu significava defender a

  1. continuidade do vínculo entre ciência e fé dominante na Idade Média.
  2. necessidade de o estudo linguístico ser acompanhado do exame matemático.
  3. oposição da nova física quantitativa aos pressupostos da filosofia escolástica
  4. importância da independência da investigação científica pretendida pela igreja.
  5. inadequação da matemática para elaborar uma explicação racional da natureza.

07. (ENEM PPL 2014) Sendo os homens, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade para viverem com segurança, conforto e paz umas com as outras, gozando garantidamente das propriedades que tiverem e desfrutando de maior proteção contra quem quer que não faça parte dela.

LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1978

Segundo a Teoria da Formação, de John Locke, para viver em sociedade, cada cidadão deve

  1. manter a libertadade do estado de natureza, direito inalienável.
  2. abrir mão de seus direitos individuais em prol do bem comum.
  3. abdicar de sua propriedade e submeter-se ao poder do mais forte.
  4. concordar com as normas estabelecidas para a vida em sociedade.
  5. renunciar à posse jur´dica de seus bens, mas não à sua independência.

08. (Enem 2014 3ª Aplicação ) Uma vez que a razão me persuade de que devo impedir-me de dar crédito às coisas que não são inteiramente certas e indubitáveis tanto quanto àquelas que nos parecem manifestamente ser falsas, o menor motivo de dúvidas que eu nelas encontrar bastara para me levar a rejeitar todas.

(DESCARTES, R. Meditações de Filosofia Primeira. São Paulo: Abril Cultural, 1973 - adaptado)

Ao introduzir a dúvidas como método, Descartes busca alcançar uma certeza capaz de re-fundar, sobre princípios sólidos, a ciência e a filosofia.

Seu procedimento teórico indica:

  1. a capacidade de o entendimento humano duvidar das certezas claras e distintas.
  2. a ideia de que o ceticismo é base suficiente para edificar a filosofia moderna.
  3. o rompimento com o dogmatismo da filosofia aristotélico-tomista que prevalecera na Idade Media.
  4. a primazia dos sentidos como caminho seguro de condução do homem a verdade.
  5. o estabelecimento de uma regra capaz de consolidar a tradição escolástica de pensamento.

09. (Enem 2014) É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.

(SILVA, F. l. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 - adaptado)

Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por contribuir para o(a):

  1. dissolução do saber científico.
  2. recuperação dos antigos juízos.
  3. exaltação do pensamento clássico.
  4. surgimento do conhecimento inabalável.
  5. fortalecimento dos preconceitos religiosos.

10. (Enem 2014, 3ª aplicação ) Outro remédio eficiente a organizar colônias, em alguns lugares, as quais virão a ser como grilhões impostos a província, porque isto a necessário que se faça ou deve-se lá ter muita força de armas. Não a muito que se gasta com as colônias, e, sem despesa excessiva, podem ser organizadas e mantidas. Os únicos que terão prejuízos com elas serão os de quem se tomam os campos e as moradias para se darem aos novos habitantes. Entretanto, os prejudicados serão a minoria da população do Estado, e dispersos e reduzidos a penúria, nenhum dano trarão ao príncipe, e os que não foram prejudicados terão, por isso, que se aquietarem, temerosos de que o mesmo Ihes suceda.

(MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 20)

Em O príncipe, Maquiavel apresenta conselhos para a manutenção do poder político, como o deste trecho, que tem como objeto a:

  1. transferência dos inimigos da metrópole para a colônia.
  2. substituição de leis, costumes e impostos da região dominada.
  3. implantação de um exercito armado, constituído pela população subjugada.
  4. expansão do principado, com migração populacional para o território conquistado.
  5. distribuição de terras para a parcela do povo dominado, que possui maior poder político.

11. (ENEM 2013) O edifício é circular. Os apartamentos dos prisioneiros ocupam a circunferência. Você pode chamá-los, se quiser, de celas. O apartamento do inspetor ocupa o centro; você pode chamá-lo, se quiser, de alojamento do inspetor. A moral reformada; a saúde preservada; a indústria revigorada; a instrução difundida; os encargos públicos aliviados; a economia assentada, como deve ser, sobre uma rocha; o nó górdio da Lei sobre os Pobres não cortado, mas desfeito — tudo por uma simples ideia de arquitetura!

BENTHAM, J. O panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2008

Essa é a proposta de um sistema conhecido como panóptico, um modelo que mostra o poder da disciplina nas sociedades contemporâneas, exercido preferencialmente por mecanismos

  1. religiosos, que se constituem como um olho divino controlador que tudo vê.
  2. ideológicos, que estabelecem limites pela alienação, impedindo a visão da dominação sofrida.
  3. repressivos, que perpetuam as relações de dominação entre os homens por meio de tortura física.
  4. sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por meio do olhar como instrumento de controle.
  5. consensuais, que pactuam acordos com base na compreensão dos benefícios gerais de se ter as próprias ações controladas.

12. (ENEM 2013) Até hoje admitia-se que nosso conhecimento se devia regular pelos objetos; porém, todas as tentativas para descobrir, mediante conceitos, algo que ampliasse nosso conhecimento, malogravam-se com esse pressuposto. Tentemos, pois, uma vez, experimentar se não se resolverão melhor as tarefas da metafísica, admitindo que os objetos se deveriam regular pelo nosso conhecimento.

KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste-Gulbenkian, 1994 (adaptado)

O trecho em questão é uma referência ao que ficou conhecido como revolução copernicana na filosofia. Nele, confrontam-se duas posições filosóficas que

  1. assumem pontos de vista opostos acerca da natureza do conhecimento.
  2. defendem que o conhecimento é impossível, restando-nos somente o ceticismo.
  3. revelam a relação de interdependência entre os dados da experiência e a reflexão filosófica.
  4. apostam, no que diz respeito às tarefas da filosofia, na primazia das ideias em relação aos objetos.
  5. refutam-se mutuamente quanto à natureza do nosso conhecimento e são ambas recusadas por Kant.

13. (Enem 2013) TEXTO I

Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável.

(DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril Cultural, 1973 - adp)

TEXTO II

É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.

(SILVA, F.L. Descartes. a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 - adaptado)

A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se:

  1. retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade.
  2. questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções.
  3. investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos.
  4. buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e ultrapassados.
  5. encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.

14. (Enem 2013) Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.

(MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991)

A partir da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e políticas. Maquiavel define o homem como um ser:

  1. munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros.
  2. possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política.
  3. guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes.
  4. naturalmente racional, vivendo em um estado pré-social e portando seus direitos naturais.
  5. sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.

15. (Enem 2013) Os produtos e seu consumo constituem a meta declarada do empreendimento tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez no início da Modernidade, como expectativa de que o homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa expectativa, convertida em programa anunciado por pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”, “de um mero imperialismo humano”, mas da aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua vida, física e culturalmente.

(CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques. Scientiae Studia, São Paulo, 2004)

Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste em:

  1. expor a essência da verdade e resolver definitivamente as disputas teóricas ainda existentes.
  2. oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.
  3. ser a expressão da razão e servir de modelo para outras áreas do saber que almejam o progresso.
  4. explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza e eliminar os discursos éticos e religiosos.
  5. explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e impor limites aos debates acadêmicos.

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