Home > Banco de Questões > > >

Racionalistas

Lista de 10 exercícios de Filosofia com gabarito sobre o tema Racionalistas (Espinosa e Descartes) com questões de Vestibulares.






1. (UECE) “O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada [...] o poder de bem julgar e distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o que se denomina o bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens; e, destarte, [...] a diversidade de nossas opiniões não provém do fato de serem uns mais racionais do que outros, mas somente de conduzirmos nossos pensamentos por vias diversas e não considerarmos as mesmas coisas.”

DESCARTES, René. Discurso do método, I. Tradução de J. Guinsburg e Bento Prado Júnior. São Paulo: Abril Cultural, 1979. Coleção Os Pensadores.

Tomando-se por base o que diz Descartes na citação acima, explica-se a diversidade de opiniões em que

I. alguns são mais racionais do que os outros.

II. usamos de modos distintos nossa razão.

III. as emitimos sobre coisas diferentes.

Estão corretas as complementações contidas em

02. (UEA) Considerando que todos os mesmos pensamentos que temos quando despertos nos podem também ocorrer quando dormimos, sem que haja nenhum, nesse caso, que seja verdadeiro, resolvi fazer de conta que todas as coisas que até então haviam entrado no meu espírito não eram mais verdadeiras que as ilusões de meus sonhos. Mas, logo em seguida, adverti que, enquanto eu queria assim pensar que tudo era falso, cumpria necessariamente que eu, que pensava, fosse alguma coisa. E, notando que esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as mais extravagantes suposições não seriam capazes de a abalar, julguei que podia aceitá-la, sem escrúpulo, como o primeiro princípio da Filosofia que procurava. Pelo fato mesmo de eu pensar em duvidar da verdade das outras coisas seguia-se mui evidentemente e mui certamente que eu existia.

(René Descartes. Discurso do método, 1973. Adaptado.)

O excerto do Discurso do método de René Descartes (1596-1650) expõe o procedimento inicial da reflexão do filósofo, a chamada “dúvida metódica”. A dúvida tem a função de abrir o caminho da verdade. Pela dúvida, o filósofo chega à primeira certeza, que está na origem do

03. (UPE) Sobre o Saber Filosófico e o Estado Democrático, analise o texto a seguir:

O fim último do Estado não é a dominação; não é para reter o homem pelo temor e fazê-lo pertencer a outro que o Estado é instituído; ao contrário, é para libertar o indivíduo do temor, para que ele viva tanto quanto possível em segurança, isto é, conserve ao máximo seu direito natural de existir e de agir. (...) Na realidade, portanto, o fim do Estado é a liberdade.

(COMTE-SPONVILLE, André. A Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2005, p. 105.)

O autor do texto retrata a singularidade do pensamento de Baruch de Spinoza, um dos grandes racionalistas e filósofos do século XVII. O Estado, se trilhar a ideia democrática e funcionar bem, só tende a propiciar o valor da pessoa humana.

Com relação a esse assunto, assinale a alternativa CORRETA.

04. (PUC) No livro Discurso do método (1537), Descartes estabeleceu algumas regras para bem conduzir a razão.

I. Somente acolher alguma coisa como verdadeira após conhecê-la de maneira evidente.

II. Somente acolher como falso aquilo que foi estabelecido empiricamente como falso. III. Dividir cada dificuldade a ser examinada em quantas partes forem possíveis e necessárias para resolvê-la.

IV. Refletir, antes de tudo, sobre as dificuldades em seu aspecto global; privilegiar sempre o todo em detrimento das partes.

V. Conduzir em ordem os pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais complexos compostos.

VI. Conduzir em ordem os pensamentos, começando a examinar as coisas a partir da sua importância moral até chegar a sua importância histórica.

VII. Fazer, para todos os procedimentos, revisões e enumerações completas para ter certeza de que nada foi omitido.

VIII. Aceitar a fé como fonte do conhecimento a partir da qual tudo pode ser pensado.

IX. Observar a natureza para aprender a pensar.

Correspondem a todas as regras do método apenas os enunciados:

05. (UFPR) Nas primeiras linhas das Meditações Metafísicas, Descartes declara que “recebera muitas falsas opiniões por verdadeiras” e que “aquilo que fundou sobre princípios mal assegurados devia ser muito duvidoso e incerto”.

(DESCARTES, R. Meditações Metafísicas, In: MARÇAL, J. CABARRÃO, M.; FANTIN, M. E. (org.) Antologia de textos filosóficos, Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 153.)

A fim de dar bom fundamento ao conhecimento científico, Descartes entende que é preciso:

06. (UEL) Leia o texto a seguir.

Vimos, assim, que a Alma pode sofrer grandes transformações e passar ora a uma maior perfeição, ora a uma menor, paixões estas que nos explicam as afecções de alegria e de tristeza. Assim, por alegria, entenderei, no que vai seguir-se, a paixão pela qual a Alma passa a uma perfeição maior; por tristeza, ao contrário, a paixão pela qual a Alma passa a uma perfeição menor.

(ESPINOSA, B. Ética. Trad. Antonio Simões. Lisboa: Relógio D’Água, 1992. p. 279).

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o problema da paixão e da afecção em Espinosa, assinale a alternativa correta.

07. (UECE) “[É] uma coisa bem notável que não haja homens [...] que não sejam capazes de arranjar em conjunto diversas palavras e de compô-las num discurso pelo qual façam entender seus pensamentos; [...] os homens que, tendo nascido surdos e mudos, são desprovidos dos órgãos que servem aos outros para falar, [...] costumam inventar eles próprios alguns sinais, pelos quais se fazem entender por quem, estando comumente com eles, disponha de lazer para aprender a sua língua.”

DESCARTES, R. Discurso do método, V.

A passagem acima informa sobre a relação entre pensamento e linguagem no racionalismo moderno.

Sobre essa relação, pode-se afirmar corretamente que

08. (UFPA) No contexto da cultura ocidental e na história do pensamento político e filosófico, as considerações sobre a necessidade de valores morais prévios na organização do Estado e das instituições sociais sempre foi um tema fundamental devido à importância, para esse tipo de questão, dos conceitos de bem e de mal, indispensáveis à vida em comum.

Diante desse fato da história do pensamento político e filosófico, a afirmação de Espinosa, segundo a qual “Se os homens nascessem livres, não formariam nenhum conceito de bem e de mal, enquanto permanecessem livres” (ESPINOSA, 1983, p. 264), quer dizer o seguinte:

09. (Unesp) De um lado, dizem os materialistas, a mente é um processo material ou físico, um produto do funcionamento cerebral. De outro lado, de acordo com as visões não materialistas, a mente é algo diferente do cérebro, podendo existir além dele. Ambas as posições estão enraizadas em uma longa tradição filosófica, que remonta pelo menos à Grécia Antiga. Assim, enquanto Demócrito defendia a ideia de que tudo é composto de átomos e todo pensamento é causado por seus movimentos físicos, Platão insistia que o intelecto humano é imaterial e que a alma sobrevive à morte do corpo.

(Alexander Moreira-Almeida e Saulo de F. Araujo. “O cérebro produz a mente?: um levantamento da opinião de psiquiatras”. www.archivespsy.com, 2015.)

A partir das informações e das relações presentes no texto, conclui-se que

10. (Enem Libras) Os filósofos concebem as emoções que se combatem entre si, em nós, como vícios em que os homens caem por erro próprio; é por isso que se habituaram a ridicularizá-los, deplorá-los, reprová-los ou, quando querem parecer mais morais, detestá-los. Concebem os homens, efetivamente, não tais como são, mas como eles próprios gostariam que fossem.

ESPINOSA, B. Tratado político. São Paulo: Abril Cultural, 1973.

No trecho, Espinosa critica a herança filosófica no que diz respeito à idealização de uma

Você acredita que o gabarito esteja incorreto? Avisa aí 😰| Email ou WhatsApp